Super Vicki


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Última modificação: 26 março, 2009

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

POLÊMICA

 

VICKI: A PERFEITA PRINCESINHA DO PAPAI

 

 

Na década de 80, quando Super Vicki (Small Wonder) passava na televisão, muitos pais fãs do seriado escreveram insistentemente para a emissora, falando sobre como seria excitante ter uma andróide como aquela em casa. Vicki parecia despertar a síndrome da "princesinha do papai".

Vicki representava o ideal de filha perfeita; ela era tão inteligente quanto um computador, podendo assimilar grande número de informações mais do que qualquer criança normal além de ter um alto nível de maturidade (ela não ficava chorando pedindo para o pai comprar tal brinquedo, não xingava, não bagunçava a casa, etc.) o que parecia excitar os pais que assistiam ao seriado na época; parecia que os bio-filhos (os filhos biológicos) eram inferiores se comparados à menina robô.  

A pequena andróide tinha a capacidade de nunca questionar as ordens dadas pelos “pais” (obedecia que nem um cachorrinho). Este é outro motivo para se admirar com a idéia de se ter uma menina andróide em casa. Muitos pais sonham em ter um filho sempre obediente às suas ordens pois, por eles já terem vivido muito mais tempo que eles, acham que podem ser mais críticos em relação à vida que os adolescentes. Vicki poderia se tornar ou fazer o que eles desejassem. Os pais imaginavam ter uma Vicki andando pela casa (tipo animal de estimação), ajudando nos afazeres domésticos ou fazendo compras. Seria muito mais prazeroso ter uma menina bonita com rosto rosado que ajudasse o encantado pai a levantar o carro com sua extraordinária força e examinasse o veículo para corrigir problemas mecânicos ou carregando os tacos durante uma partida de golfe. Mais que um membro familiar, parece que os pais transformariam a menina robô em um escravo pessoal.

Não só pelas qualidades de filha, a pequena andróide atraía o público masculino pelo que ela tinha por dentro. Por trás da menina graciosa, se esconde uma tecnologia bastante complexa que até hoje, passados 20 anos, a humanidade não conseguiu imitar. Um retrato disso é Ted Lawson; o “pai” de Vicki dedica mais atenção à ela que ao próprio filho, Jamie Lawson, pelo fato da menina ser uma andróide. É como acontece com alguns pais que passam mais tempo cuidando do automóvel que com o filho só que no caso de Vicki, há muito mais coisas a serem trabalhadas pois, com o decorrer dos episódios, ela vai sendo aperfeiçoada para se parecer cada vez mais com um ser humano normal.

As possíveis relações entre ciber-filha e pai (ou melhor, dono), abre espaço para muitos intrigantes questionamentos. Talvez algumas das cartas viessem de pais que perderam um filho e ansiavam um futuro onde andróides (tanto masculinos como femininos) estivessem disponíveis para compra, sendo usados como substitutos para o(os) filho(os) que perdeu(ram) e que eles, os robôs, seriam crianças programadas para estarem sempre alegres, talvez se tornassem até melhores que o filho original.

Alguns pais com idade mais avançada questionavam sobre a perda da antiga feminilidade romântica das filhas adolescentes moderninhas, que mais pareciam garotos com sutiã. Instintivamente os pais anseiam por filhas “princesas”, mas, no clima unissex de hoje, as meninas se transformam em príncipes femininos rapidamente. Não que esses pais fossem chauvinistas e vissem Vicki como a “filha ideal” por passar a maior parte do tempo na cozinha; o principal lamento era com relação à perda da elegância e doçura feminina tradicional. Vicki representava o oposto à juventude moderna, ela representa o retorno da “princesinha do papai” e com uma vantagem: a princesinha nunca vira uma rainha, nunca envelhece. A não ser que eles comprem peças para uma robô adolescente :)

 

 

 

 
 

 

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