
Nosso
prazer
Nos corpos as carícias,
os beijos, os desejos;
a pele molhada de suor com cheiro de flor.
De nossos lábios
ouvem-se sussurros, gritos,
gemidos esparsos, contidos nas
gargantas
que se fecham aumentando o silêncio na noite.
Palavrões
soltos, entre espasmos violentos,
apenas imaginados... Embriagam-se
os amantes de tanto
prazer.
Corações disparados,
carícias ousadas,
espaços conquistados pela confiança mútua,
na
entrega sem lindes, nos gritos
ouvidos
e até sentidos no interior da carne
flamejante, trêmula... Em busca de nosso
prazer.
Sentimo-nos sem nos tocar
e bebemos
nossos beijos sem nos beijar... De teu rosto,
confirmando
o acme do gozo alcançado,
uma lágrima trêmula resvala,
tudo é virtual!
Mesmo assim, na
madrugada silenciosa e fria
estamos abraçados, ainda acordados, obcecados,
felizes
e extenuados, refazendo-nos da loucura
da paixão,
do desvario incontido
para recomeçamos tudo
no
afã de nossa louca, sofrida e amaríssima solidão.
Em cada ato da
extremada entrega,
no
êxtase dos nossos loucos devaneios,
na
confusão de abraços e ósculos febris
de
prazer, nas mentes obliteradas, sabemos
que
as palavras são dispensáveis, pois
comunicamo-nos
por afagos, gemidos,
agressões
mútuas, gestos e olhares.
Apenas a energia extremada do momento
sublime,
superando o medo existente de desejar cada vez
mais os corpos
ardentes apaixonados pelo prazer.
Wilson M. Pereira
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