“O vestido é chique, delicado, não tem extravagâncias”, resume a figurinista Marília Carneiro.

A figurinista explica ainda que a falta de véu, grinalda, branco e todos os quesitos de um vestido de casamento padrão se justifica pelo próprio estilo de Dafne.

Flávia Alessandra, que amou o vestido de sua personagem, acha que ele tem tudo a ver com o universo da mãe de Bianca: “Ela não ama este homem, não queria se casar na igreja. Se estivesse de véu e grinalda seria incoerente com a personagem".

E já que é para ser elegante, simplicidade total é o lema desse vestido! O modelito cai como uma luva em mulheres modernas e contemporâneas como Dafne!

Confira os detalhes da peça:

Pois Giulia, a filha da atriz, volta e meia vai ao estúdio de Caras & Bocas prestigiar o trabalho de Flávia.

Dessa vez, porém, a menina de 9 anos aproveitou para registrar vários momentos e chamou a atenção da equipe e do elenco.

Todos fizeram pose para as lentes de Giulia, que estava lá acompanhada da amiga Duda (na foto acima, à esquerda, com Flávia e Giulia)!

Sempre bem-humorado, o diretor Jorge Fernando brincou:

O que não faltam são pretendentes! Mas nem todos estão com más intenções. A própria Flavia Alessandra define os homens que cercam sua personagem:

“O Vicente é um fofo. O genro que toda mãe quer. Mas ele só se dá mal, apesar de ser totalmente bem intencionado.

Nicholas é mau por interesse. Ele é totalmente manipulado pela mãe Lea e pela irmã Judith. Tem porte de garanhão, é bem narcisista. Acha que a Dafne vai cair de amores por ele.

Já Gabriel é o verdadeiro amor. É aquele que a puxa pela cintura e ela treme nas bases. Os dois só não vão conseguir ficar juntos por causa do gênio deles”.

Desde que chegou da Bahia, o rapagão vem tirando o sossego do cunhado Fabiano, que até dinheiro tem que emprestar para o “come e dorme” que está alojado em sua casa.

O elenco de Caras & Bocas se solidarizou com a cruz do personagem e contou o que faria caso tivesse que abrigar em casa um cunhado feito Adenor.

Otaviano Costa
“Um cunhado como esse teria pouco tempo de vida na minha casa, com certeza. Eu o colocaria na real, pra ‘trabalhar vagabundo’ ou sairia da minha casa, safado!”

Flávia Alessandra:
“Graças a Deus, sou abençoada com sogra, sogro e cunhada. É muito delicada a situação, ainda mais porque ele é caçula, e aí já tem um instinto de proteção maior. Acho que eu arrancaria os cabelos, mas tentaria uma forma de colocar ele pra trabalhar!”

Malvino Salvador
“Eu mandaria ele lavar pratos e fazer as tarefas da casa!”

Fábio Lago
“Já teria colocado pra fora de casa há muito tempo! Sou de Ilhéus, baiano legítimo, do interior. E minha mãe sempre adotou muita gente em casa. Somos quatro filhos, mas sempre tinha um de fora. E tinha um menorzinho, que era um ‘come e dorme’! Era um Adenor! Ele passou uns três, quatro anos lá em casa, mas não fazia nada. A gente fica brigando com ele o tempo todo. Mas se tivesse um Adenor dentro da minha casa já tinha colocado pra fora há muito tempo! Ele é muito espaçoso!”

Suzana Pires
“Tem que ter jogo de cintura, incentivar aos poucos a pessoa a arrumar um trabalho. Se é alguém que você ama, que não vê a muito tempo, você acaba mimando mesmo, como é o caso da Ivonete com o Adenor. Mas tem que ter limite, né! Deve, inclusive, conversar com o marido, explicar que ele só reclamar não vai ajudar. Tem que ter mais naturalidade. Em vez de impor, tem que incentivar! Acho que essa é a saída, uma hora ele vai ter que trabalhar! E aos poucos ir cortando as mordomias...”

Bete Mendes
“Eu ia criar uma condição onde ele se revelasse, onde ele fosse flagrado fazendo as bobagens que faz. E a punição seria: trabalho, trabalho, trabalho...!”

Não tão experts como seus personagens, Flávia Alessandra, Marcos Pasquim e Ingrid Guimarães contam no vídeo ao lado que também são admiradores das artes plásticas na vida real.

Ingrid, no entanto, é quem mais tem intimidade com esse mundo.

Afinal, o marido da atriz, René Guimarães, é artista plástico.

Foi com René, aliás, que Pasquim fez laboratório para aprender sobre o universo das telas e tintas.

Já a intérprete de Dafne garante que não tem nenhum talento para pintar, mas que admira muito as obras e tem até o iniciozinho de uma coleção.

E alguém muito especial para Flávia Alessandra esteve lá para acompanhar as gravações!

Caterine Azevedo, de 12 anos, afilhada de Flávia, acompanhou os bastidores da novela.

Ela nos contou que adora o trabalho da madrinha, que curte muito a personagem Dafne e que tem planos de também ser atriz.

“Ela está estudando teatro, canto e tablado. Está se dedicando e eu a trouxe para poder conhecer a dinâmica das gravações, admirar e ir absorvendo um pouco desse mundo que ela quer fazer parte”, revela Flávia, orgulhosa.

Se depender da dedicação da madrinha, Caterine certamente será uma estrela!

O estilo tem Pablo Picasso como um de seus principais ícones, sendo que, no Brasil, Tarsila do Amaral também desenvolveu obras com referências nesse movimento que surgiu no início do século XX.

Isabela Sá, produtora de artes da novela, contou que a inspiração cubista surgiu porque a galeria de arte de Dafne é contemporânea.

A pessoa escolhida para fazer as esculturas foi Elvira, uma “chocolateur”, acostumada a produzir com chocolate. Ela nunca tinha passado por um trabalho como este, mas o resultado das obras ficou surpreendente! Isabela não precisou lhe passar muitas orientações, bastou falar no cubismo para que ela tivesse sua inspiração. Elvira utilizou todos os tipos de chocolate: branco, preto, amargo, meio amargo...

“Foi uma produção ousada, mas que deu resultados surpreendentes! O diretor da novela, Jorge Fernando, ficou muito satisfeito com o trabalho que foi feito. Mas, foi preciso muita cautela. Para dar uma ideia, foram 40 dias entre a criação da primeira peça e a finalização da última”, conta Isabela.

Na pele de Rebeca, tia de Hannah (a futura noiva de Benjamin), Tereza certamente vai conquistar o público com o jeitão da personagem: uma judia ortodoxa, que acaba de chegar de Israel e é carregada no sotaque!

No primeiro dia de gravação, Maria Lúcia Torre, Sidney Sampaio, Jaime Leibovitch e Julia Lund já estavam no estúdio, quando o diretor Jorge Fernando perguntou, cheio de bom humor: “Cadê Tereza?”.

E eis que surge Tereza Rachel cantarolando com toda a disposição, para a diversão da equipe. Já deu para perceber que essa participação vai ficar marcada!

Tem momentos na vida em que a gente faz tantas, e nem percebe!

Já parou para pensar nisso? O elenco já!

No vídeo ao lado, Otaviano Costa, Flávia Alessandra, Malvino Salvador, Henri Castelli, Marcos Pasquim, Sergio Marone e Deborah Evelyn revelam em quais momentos já se pegaram fazendo caras e bocas.

Mas uma dessas obras de arte em especial chamou a atenção da atriz: uma estátua à sua imagem e semelhança!

“Gente, essa sou eu?”, indagou Ingrid ao ver a peça.

Dafne e Gabriel já não se viam há 15 anos.

E o primeiro encontro depois de tanto tempo tem direito a muita roupa suja para se lavar!

Afinal, um acha que o outro o abandonou no passado.

Mas quando se veem frente a frente, a chama reacende.

Daí o beijo que Gabriel tasca na ex-namorada!

Resta saber se a paixão vai ser forte como antes.

Será que um amor adormecido como o de Dafne e Gabriel pode voltar a toda?

Em uma enquete realizada aqui no site, 87% dos internautas acham que sim, o amor, quando é de verdade e mesmo se não correspondido, fica guardado e é capaz de voltar. E você, o que acha? Vote na enquete!

Foi construído um vidro de 4,5 metros especialmente para a vitrine do local, onde está exposta a obra do artista plástico Glenn Hamilton, um ciclope de madeira que pesa quase uma tonelada!

Na foto acima, você vê o ciclope como fundo para uma das cenas do primeiro capítulo, quando Dafne leva um banho de lama de Gabriel!

Para a equipe de produção de arte, liderada por Isabela Sá, uma das partes mais interessantes do trabalho foi a criação da galeria de arte de Dafne.

Por dois meses, sendo um antes do início das gravações e outro já com as cenas sendo rodadas no estúdio, cinco artistas plásticos se reuniram em uma oficina de arte para desenvolver as peças de vanguarda que compõem o cenário e as exposições citadas na trama.

A empreitada deu-se a partir das sobras de materiais da fábrica de cenários da Central Globo de Produção. Isopor, resina, fibra, tecidos e bordados, tudo serviu como matéria-prima para a criação dessas obras de arte que vão aparecer na novela, no cenário da galeria.

A prova disso é que pedimos para o elenco da trama caprichar em caras e bocas e o resultado foi hilário!

Atores e atrizes entraram no clima do tema da novela e ficaram praticamente irreconhecíveis, como você pode conferir no painel abaixo.

Quer entrar no clima também? Então tente adivinhar de quem são essas caras e bocas!

E o que não faltam são musas inspiradoras em Caras & Bocas!

Figurinos simples e elegantes
“Estamos fazendo um desenho o mais linear possível para que cada personagem tenha seu perfil bem definido. E não trabalho com excessos, o figurino está bastante simples, elegante”, adianta a figurinista Marília Carneiro.

Para o universo da galeria de arte, onde Dafne e Simone trabalham, foi usado muito cinza e preto, com inspiração na moda nova-iorquina. Entretanto, o figurino da protagonista às vezes surpreende. “Uma cor bem dosada dá alegria, então não necessariamente os ricos só usam cinza e preto e os pobres laranja e vermelho”, afirma Marília.

Laís é mais sensual
Na contramão do figurino clean de Dafne está a composição de Laís. Apesar de viver na zona oeste de São Paulo, sua família tem um alto padrão social se comparada aos seus vizinhos.

A equipe optou, portanto, por um figurino mais latino e sensual: os shorts curtos acompanham as sandálias de salto alto, e o cabelão mais selvagem e com muito movimento faz parceria com grandes brincos. Cores fortes como verde-bandeira, azuis elétricos e amarelo-ovo também são usadas sem susto.

Simone é fashion victim
Entre os outros personagens que têm figurinos bem marcados está Simone. A sócia de Dafne na galeria de arte é uma fashion victim, portanto há liberdade para usar tudo que está na moda, nas vitrines e até o que é mais engraçado.

Léa é perua e Socorro não tem vaidades
Já Léa é uma perua assumida, “daquelas que usam turquesa porque enfeita até quem está do lado”, se diverte Marília.

Para que isso fosse possível, parte do elenco (Flávia Alessandra, Ary Fontoura, Isabelle Drummond, Henri Castelli, Deborah Evelyn, Marcos Breda, Sérgio Marone, Maria Zilda Bethlem e Rafael Zulu) e da equipe (um grupo da TV Globo com 18 pessoas entre elas o diretor Marcelo Zambelli, o diretor de fotografia Fernando da Silva Santos, a produtora de arte Isabela Sá e a figurinista Lúcia Daddario) passaram oito dias entre Cullinan, Hartbeespoort e Sun City para gravar as cenas que você tem visto na telinha.

E se a experiência para quem assiste já está emocionante, para quem esteve lá foi inesquecível!

"Nicholas vai pegar várias durante a novela", revela o ator.

Quer saber mais sobre o pegador que ainda por cima vai fazer de tudo para conquistar o coração de Dafne? 

Então assista a Sérgio Marone no vídeo abaixo!

Outro detalhe: só usa terno e gravata!

O estilo do personagem, aliás, não tem nada a ver com o de seu intérprete Henri Castelli:

"O Vicente usa terno e gravata o dia inteiro, coisa que não faço", conta o ator.

Mas o personagem, apesar de tímido e totalmente atrapalhado, tem o seu charme e é um rapaz bom-caráter.

Se eles estão ansiosos para a estreia da novela daqui a pouco?

“Estou, claro, todo mundo fica! Principalmente para ver o desenho de cena, da personagem, se fui pelo caminho certo ou não e ver a novela como um todo”, conta Flávia Alessandra.

Já Malvino Salvador diz que não está nervoso, mas ansioso para ver o primeiro capítulo: “O mais bacana dessa novela é o espírito de todos durante as gravações. Porque se o clima é alto astral nos bastidores é porque a trama é muito boa, né? Você percebe que todo mundo está satisfeito com seu personagem, sabe que tem importância substancial para a trama e o público vai perceber isso”.

E na hora de posar para a foto acima, Malvino faz cara de nervoso e Flávia brinca: “Supertensos!”.

A intérprete de Dafne realmente não esconde a excitação: “Não dormi direito e estava completamente desconcentrada ainda agora no estúdio, porque a cabeça vai e volta. É muito difícil!”.

Flávia Alessandra, Malvino Salvador, Deborah Evelyn, Otaviano Costa, Fernanda Machado e muitos outros atores, além do diretor Jorge Fernando e do autor Walcyr Carrasco estavam lá para prestigiar a estreia da trama.

O público vibrou na sequência em que anos após sem se verem, Gabriel passa de carro jogando lama em Dafne.

No vídeo ao lado, Otaviano, intérprete do folgado Adenor, conta que essa foi uma surpresa muito gostosa que o destino lhes reservou.

E Flávia revela que, apesar de dividirem o mesmo local de trabalho, está difícil de se encontrarem!

Dafne e Adenor também dificilmente vão se esbarrar em Caras & Bocas, já que são de núcleos distintos.

O autor, que foi eleito membro da Academia Paulista de Letras em setembro do ano passado, faz em ‘Caras & Bocas’ a quarta parceria com o diretor Jorge Fernando.

Na entrevista abaixo, Walcyr adianta o que podemos esperar da nova novela das sete!

Como você define ‘Caras & Bocas’?
Walcyr Carrasco: É uma novela de amor com humor. Tem uma linguagem moderna e descontraída. E fala de coisas que estão acontecendo no nosso tempo sem perder o romantismo. Conta a história de amor entre uma mulher sofisticada e feminista, a Dafne, vivida por Flávia Alessandra, e um dono de bar de classe baixa, machão, que um dia foi pintor, mas desistiu de seus sonhos, o Gabriel, vivido por Malvino Salvador.

O que o público pode esperar dessa próxima novela das sete?
WC: Pode esperar romantismo, comédia e abordagem de temas e personagens surpreendentes. Falarei do mundo das artes plásticas, do tráfico e exploração de animais selvagens. Um de nossos protagonistas é justamente um chimpanzé. Também contarei a história de Anita, uma garota cega que deseja viver seus sonhos, trabalhar e ser independente, e que se apaixonará por um garçom, Anselmo. Através dela mostrarei os problemas dos deficientes visuais no Brasil. É inclusive a primeira vez no mundo em que uma atriz cega na vida real fará o papel de uma cega na ficção.

O diretor Jorge Fernando tem declarado que seu maior desejo com ‘Caras & Bocas’ é contar uma história de forma simples. Você prefere as histórias simples?
WC: Eu gosto das histórias que o público entende com tranquilidade. Costumo dizer que trama é que nem piada: se tem que explicar demais perde a graça. Eu quero uma novela com que o público se identifique, torça, ria e se emocione. E não alguma coisa para dar dor de cabeça!

As primeiras cenas da novela se passam na África do Sul. De onde surgiu seu interesse pelo país?
WC: Viajo muito e, se gosto de um lugar, quero que o público também o conheça. Para mim, o público é um amigo com quem quero compartilhar tudo aquilo de que gosto. Adoro animais, queria estar perto da vida selvagem. E na África pude fazer safáris, ficar pertinho de leões (tão perto que até hoje nem acredito).

Aos 18, largou os estudos e foi para o nordeste, onde trabalhou em espetáculos amadores.

Estreou no teatro profissional na peça “A Rainha Morta”.

Passou um ano em Paris com o grupo “Dzi Croquetes” e, no final dos anos 70, de volta ao Brasil, entrou para a TV Globo e participou como ator do seriado ‘Ciranda Cirandinha’.

Trabalhou ainda nas novelas ‘Pai Herói’ e ‘Água Viva’, entre outras. Em 1981, Jorge Fernando dirigiu a novela ‘O Amor é Nosso’, mas sua consagração como diretor veio em ‘Guerra dos Sexos’, em 1983. Criativo e talentoso, ele tem em seu currículo, além de novelas, peças teatrais, filmes, shows e musicais.

Com a cenografia assinada por May Martins e Marcelo Carneiro, ‘Caras & Bocas’ é uma trama ambientada em São Paulo.

A novela tem uma cidade cenográfica que simula dois bairros paulistanos, Jardins e Lapa, que são os dois principais espaços da trama.

No primeiro, encontram-se, entre outros, a galeria de arte da Dafne (à esquerda) e Simone e o prédio onde esta última mora, assim como a joalheria da família judia de Benjamin, o restaurante de André e uma requintada loja feminina.

Já a Lapa, é onde Gabriel e sua família residem e trabalham no bar (primeira foto). O bairro também abriga outros núcleos, como as famílias de Laís e do baiano Fabiano, noiva e funcionário de Gabriel respectivamente.

Além de nove atores – Flávia Alessandra, Ary Fontoura, Isabelle Drummond, Henri Castelli, Deborah Evelyn, Marcos Breda, Sérgio Marone, Maria Zilda Bethlem e Rafael Zulu –, um grupo da TV Globo com 18 pessoas viajou ao país.

Durante o pouco tempo livre, Flávia Alessandra aproveitou para fazer alguns registros com sua máquina fotográfica.