BEM VIVER por Sandra Florencio

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20/Janeiro/2001

BOM DIA! Em primeiro lugar gostaria de escrever sobre algo que, acredito, vocês já perceberam: Do final do ano passado para cá ando devagar quase pa...ran...do. Depois de tanto trabalho e agitação entrei num estágio de "Calma Beth, Calma" (expressão familiar só para aqueles, que como eu, viveu os áureos tempos da BLITZ, relembrada agora no Rock In Rio 3)... Pois é. De tanto ouvir e falar em qualidade de vida, ócio criativo e tantos outros assuntos dessa categoria me vi na embaraçosa situação de não estar praticando o que tão fervorosamente pregava para amigos, alunos e leitores. Por isso, aviso aos caros leitores (na grande maioria amigos e fornecedores de textos e histórias que ainda vão aparecer por aqui) que neste período de férias para a maioria dos mortais, que a coluna vai ter uma periodicidade que nem eu sei ainda... :-) Agradecendo o crédito, deixo com vocês mais um bom texto para reflexões de início de ano de Carlos Guilherme Mota em Ideologia da Cultura Brasileira. "Os Antigos, quando queriam prognosticar o futuro, sacrificavam os animais, consultavam-lhes as entranhas, e conforme o que viam nelas, assim prognosticavam. Não consultavam a cabeça, que é o assento do entendimento, senão as entranhas, que são o lugar do amor; porque não prognostica melhor quem melhor entende, senão quem mais ama. E este costume era geral em toda Europa antes da vinda de Cristo, e os Portugueses tinham uma grande singularidade nele entre os outros gentios. Os outros consultavam as entranhas dos animais, os Portugueses consultavam as entranhas dos homens. E de que homens? De todos? Não. Dos sacrificados. (...) Se quereis profetizar os futuros, consultai as entranhas dos homens sacrificados: consultem-se as entranhas dos que se sacrificaram e dos que se sacrificam: e o que elas disserem, isso se tenha por profecia. Porém, consultar de quem não se sacrificou, nem se sacrifica, nem se há de sacrificar ‚ é não querer profecias verdadeiras: é querer cegar o presente, e não acertar o futuro." Até Breve!