página de abdul affi
1. a sedução dos espaços
2. o tempo passado como espaço que regressa ao reencontro com o
que nos envolve está próximo
3. o interior de todas as histórias  - muitas ...!
4. a estratégia compartilhada na transformação de imagens em sigilos
5. imagens que servem de base a apontamentos naturais e reflectem o desejo
6. o mago encontra o motivo - durante o rito - por azar
7. motivo susceptível de ser seleccionado para integrar na obra
8. por essa via, recolhe-se a imagem sem grandes considerações estéticas
9. mais tarde estuda a possibilidade de uma subliminar pintura
10. essa pintura resulta - logo - tão sensível... de tons tão pouco estridentes
11. nela estão marcados os signos e símbolos do desejo a cumprir
12. a obra contém o signo actuante no rito. expresso no grafismo que
apenas o mago sabe decifrar









 


 
 

.

1. 
a possibilidade de tudo
2. 
os mitos não são lendas para aqueles que crêem, que os respeitam
3. 
são histórias localizadas no tempo. envolvem o sobrenatural e
deles irrompe uma realidade - outra.
4. 
o ritual transporta-nos ao mito - é dizer: revivemos através dele o mito.
5. 
através do rito a natureza é revitalizada e cumpre-se o objecto do ritual:
- a busca da perfeição do início.
6. 
o retorno implicará, pois, esse ritual e a recitação do mito.
7. 
na superfície neutra do papel, uma grafia que nasce do gesto incontrolado
da mão - a mão que desenha perante um olhar que observa e não intervém.
8. 
há nisto um quê de gnose estética que tem como base o auto-conhecimento.
9. 
essa grafia, desencadeia - pode desencadear - processos transitórios
de transe ou o despertar de forças subterradas nos atavismos da espécie.
10. 
a incorporação da escrita na obra plástica não é novidade
- faz parte integrante da história da pintura
11. 
uma questão estética.
12. 
arrisquemos, porém, uma leitura alargada. uma leitura não limitada
apenas a uma caligrafia formal e plástica, num contexto simplesmente semântico.
13. 
arrisquemos a palavra/escrita/dita, enquanto geradora de múltiplas relações de poder
14.
enquanto geradora do desejo
15. 
o artista/feiticeiro deverá, pois, desenvolver uma grafia capaz
de libertar forças escondidas - capaz de jogar com a pluricefalia xamânica
16. 
cumprir em pleno o acto de criação, tendo presente a
dinâmica do caos onde natureza, criatividade, tempo e acaso são variáveis num quadro perfeitamente determinista.








 
 

17. 
a relação entre o acaso, o acto criativo, o tempo e 
a natureza coloca
o mago/artista como interveniente num ritual preciso, o qual só será concluído
quando alcançada a comunhão entre natureza e projecto criado.
18. 
esta acção coloca o mago na condição de 
manipulador de elementos capazes de estruturar a obra  - sigilo.
 



 


 
 
 

19. 
ele comporta-se como um soldador de objectos onde o
acaso é elemento de fundamental importância.
20. 
assim, os "objectos" alvo da colagem transformam-se em
signos/símbolos da acção-desejo
21. 
o desejo também de anular o caracter condicionador da linguagem
22.
a obra conseguida é para ser vista/contemplada(pelos olhos)
23. 
não para ser lida no sentido convencional - recusa de todos
os condicionalismos gerados pelos signos da linguagem
24. 
a actuação do artista/mago, neste ritual, é espontânea
25. 
não há limitações ao rito.
26. 
o iniciado não obedece a quaisquer liturgias ou a leis ditadas por mestres.
27. 
só a liberdade poderá gerar o prazer.
28. 
mas o mago é conhecedor
29. 
ele sabe que a natureza é a grande mãe e o caos é a possibilidade de tudo
30. 
o mesmo será: TUDO É POSSÍVEL
31. 
e O DESEJO SERÁ CUMPRIDO se O QUE QUISERMOS, FIZERMOS
32. 
assim teremos um acto conceptual gerado por um rito.
33. 
um acto pendular que se poderá resumir da seguinte forma

 

 

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