Sociedade e Cultura - Formação Profissional

ÁREA DE SOCIEDADE E CULTURA



TEXTOS SOBRE FORMAÇÃO PROFISSIONAL


Cidadadania e Formação Técnico Profissional - Desafios neste final de século - G Frigotto

Educação/Trabalho: Reinventando o passado? - Celso J. Ferretti e Felícia R. Madeira

Educação e Tecnologia - Elomar Vaz de Lima (Prof. de História do CEFET-SP)


TEXTOS DO SITE DO "BOLETIM DO SENAC" -

 
  • Competências na organização curricular da reforma do ensino médio - Alice Casimiro Lopes: "Arrisco afirmar, contudo, ser no nível médio de ensino que as competências são definidas mais claramente como princípios organizadores do currículo. Também é nesse nível de ensino que a tensão entre o currículo por competências e a forma de organização curricular hegemônica – a disciplinar –apresenta-se mais patente. Tanto que a recente publicação das diretrizes curriculares da educação básica,5 buscando unificar orientações conferidas à educação infantil, ao ensino fundamental, ao ensino médio e à educação profissional, tem um formato próximo àquele conferido aos documentos para o ensino médio, nível terminal da educação básica, prevalecendo inclusive as listagens de competências separadas por áreas." (Texto Publicado no Boletim Técnico Senac Volume 27 - Número 3 - Setembro / Dezembro 2001)

  • O Modelo das Competências Profissionais no Mundo do Trabalho e na Educação: Implicações para o Currículo - Neise Deluiz: "O modelo das competências profissionais começa a ser discutido no mundo empresarial a partir dos anos oitenta, no contexto da crise estrutural do capitalismo que se configura, nos países centrais, no início da década de setenta. Esta crise se expressa pelo esgotamento do padrão de acumulação taylorista/fordista; pela hipertrofia da esfera financeira na nova fase do processo de internacionalização do capital; por uma acirrada concorrência intercapitalista, com tendência crescente à concentração de capitais devido às fusões entre as empresas monopolistas e oligopolistas; e pela desregulamentação dos mercados e da força de trabalho, resultantes da crise da organização assalariada do trabalho e do contrato social." (Texto Publicado no Boletim Técnico Senac Volume 27 - Número 3 - Setembro / Dezembro 2001)

  • A Pedagogia das Competências e a Psicologização das Questões Sociais - Marise Nogueira Ramos: "As reformas educacionais buscam, assim, a formalização de uma pedagogia das competências, na medida em que essa noção extrapola o campo teórico para adquirir materialidade pela organização dos currículos e programas escolares. Nesse contexto, a noção de competência pode ser analisada na perspectiva das pedagogias psicológicas, desde sua identidade original com o condutivismo até a aproximação mais recente com o construtivismo. Por outro lado, a apropriação socioeconômica de uma noção originária da psicologia cognitiva conferiria à educação o papel de adequar psicologicamente os trabalhadores às relações sociais de produção contemporâneas. Nesse campo de contradições, problematizaremos a competência como uma noção propícia à abordagem psicológica de questões sociais." (Texto Publicado no Boletim Técnico Senac Volume 27 - Número 3 - Setembro / Dezembro 2001)

  • Avaliando competências na escola de alguns ou na escola de todos? - Léa Depresbiteris: "... é compreensível que, ao se falar de avaliação de competências, tenhamos muita cautela. Na verdade, não existem verdades fixas sobre esses termos. É preciso refletir muito a respeito, o que se espera que este artigo possa estimular. Afinal, por mais diferentes que sejam as interpretações, uma idéia parece emergir das discussões: a avaliação de competências segue uma lógica diferente daquela de uma avaliação voltada para uma função classificatória. " (Texto Publicado no Boletim Técnico Senac Volume 27 - Número 3 - Setembro / Dezembro 2001)

  • Pedagogia das competências: conteúdos e métodos - Suzana Burnier: ".Mas essas duas visões dialogam com o mundo: a modernidade, a urbanização, a produção em massa, a aproximação dos espaços e tempos, etc. Interagir com essa modernidade é desafio para todos. Mas, de acordo com a perspectiva social e política de cada grupo, essa interação busca objetivos muito diferenciados: competição x solidariedade, premiação x justiça social, lógica do mercado competitivo x lógica dos direitos sociais. É no interior desse contexto que vêm disputando diferentes concepções pedagógicas em torno da expressão Pedagogia das Competências. As posições variam desde a adoção quase religiosa dessa terminologia, passando por uma visão crítica dela mas que resgata seus aspectos positivos até a recusa total de qualquer abordagem ou proposta onde apareça o termo 'competências'." (Texto Publicado no Boletim Técnico Senac Volume 27 - Número 3 - Setembro / Dezembro 2001)

  • A Certificação nos Domínios da Educação Profissional edo Mercado de Trabalho - João Carlos Alexim (João Carlos Alexim é sociólogo. Mestre em Sociologia pelo Instituto Universitário de Pesquisa do Rio de Janeiro/IUPERJ. Ex-diretor do CINTERFOR - Centro Interamericano de Investigación y Documentación sobre Formación Profesional. Ex-diretor do Escritório da OIT no Brasil. Ex-secretário nacional de Relações do Trabalho)

    Sumário - A Certificação pode proporcionar avaliação mais uniforme e justa do trabalhador, devendo também contribuir para redução das desigualdades, para evitar o subjetivismo e a discriminação, combatendo a exclusão social e promovendo a cidadania. Significa ainda dar tratamento mais apropriado à diversidade no mercado de trabalho, facilitando a mobilidade dos trabalhadores e reduzindo os custos para a empresa. Isto, naturalmente, se a Certificação é aplicada dentro de cuidadosos critérios de eqüidade e integração social. (Texto Publicado no Boletim do Senac - Volume 27 - Número 2- Maio/Agosto 2001)

  • O Banco Mundial e a Educação Profissional - Ramon de Oliveira (professor do Departamento de Fundamentos Sócio-Filosóficos da Educação da UFPE e doutor em educação pela UFF.)

    Sumário - O Banco Mundial, ao priorizar para os governos o financiamento apenas da educação básica — entendida como oito anos de escolarização —, retira da alçada do Estado a obrigação de atuar em outros níveis de ensino. Conseqüentemente, a desarticulação da educação profissional e da educação secundária não objetiva alcançar a maior eficiência da primeira, mas sim, retirar do raio de cobrança da população sua manutenção pelo poder público. Texto Publicado no Boletim do Senac - Volume 27 - Número 2- Maio/Agosto 2001)

  • O Novo Mundo do Trabalho: Oportunidades e Desafios para o Presente - Ana Arroio e Karla Régnier (Ana Arroio é jornalista e doutora em Políticas de Ciência e Tecnologia pela Universidade de Sussex – GB, Consultora da Macroplan Prospectiva & Estratégia)
    Karla Régnier é mestre em Sociologia do Trabalho e pós-graduada em Informática aplicada à Educação, Consultora da Macroplan Prospectiva & Estratégia)
    Sumário - Em se tratando do mundo do trabalho, nada indica que o processo de transformações iniciado tenha chegado à maturidade. Muitos e surpreendentes eventos ainda virão, especialmente com os avanços da biotecnologia. Possivelmente, o processo de desemprego, exclusão social e de pauperização que vem atingindo as sociedades tornar-se-á ainda mais agudo, criando uma cisão maior entre os países do ‘norte’ e do ‘sul’. Mas permanece a esperança de que os atores sociais, organizados em instituições políticas e civis, busquem soluções para minimizar estes efeitos. (Texto Publicado no Boletim do Senac - Volume 27 - Número 2- Maio/Agosto 2001)

  • Modernização e Cidadania: Heranças de um Pacto Conservador - Érica Vieira de Almeida (assistente social e professora assistente da UFF/Instituto de Ciências da Sociedade e Desenvolvimento Regional, Campos dos Goitacazes, RJ. Mestre em Serviço Social na Escola de Serviço Social da UFRJ)
    Sumário - Dentre as inúmeras conseqüências da subordinação do governo brasileiro às deliberações do Consenso de Washington, a desresponsabilização do Estado com relação à "questão social" tem sido uma das mais nocivas e preocupantes, sobretudo porque abre espaço para a perpetuação de um corporativismo perigoso que sobrepõe interesses particulares aos interesses públicos, destruindo qualquer possibilidade de consolidação de uma proposta política assentada na vontade coletiva. Os efeitos nefastos dessa apartação podem ser claramente percebidos quando a miséria e a desigualdade social, que continuam a ser os problemas mais graves do país, vão deixando de ser um desafio para toda a sociedade brasileira.(Texto Publicado no Boletim do Senac - Volume 27 - Número 2- Maio/Agosto 2001)

  • Qualificação Versus Competência - Maria da Conceição Calmon Arruda( Maria da Conceição Calmon Arruda é Mestre em Ciência da Informação pelo IBICT, Bibliotecária da Procuradoria Geral da Câmara Municipal do RJ)
    Sumário - O novo modelo de qualificação profissional não só rompe com o paradigma de qualificação anterior, que privilegiava a especialização, como também com o modelo comportamental requerido ao trabalhador. O silêncio e a fragmentação de tarefas dão lugar à comunicação e à interatividade. Identifica-se a definição de um novo patamar de qualificação, vinculado ao savoir-faire dos trabalhadores, ao ambiente subjetivo do sujeito: abstração, criatividade, dinamismo, comunicação, etc. e à emergência do modelo da competência, que privilegia a atuação individual e a vivência socioeconômica e cultural do indivíduo. (Texto Publicado no Boletim do Senac - Volume 27 - Volume 26 - Número 2 - Maio/Agosto 2000)

  • A Questão da Qualificação - Marcelo Lima (Pedagogo. Mestre em Educação pela Universidade Federal do Espírito Santo. Professor do Curso de Especialização em Educação da UFES)
    Sumário - As inovações tecnológicas e organizacionais podem marcar de maneira indelével a identidade dos trabalhadores: as identidades antes definidas de maneira fragmentada, situadas no âmbito das funções parcelizadas, comum ao taylorismo, sofrem uma espécie de ampliação justaposta, e as funções do trabalhador passam a ser tudo aquilo que é necessário à eficácia produtiva, sem, no entanto, formar uma unidade coerente capaz de conferir uma identidade profissional ao trabalhador. No contexto do esvaziamento dos direitos dos trabalhadores, o modelo das competências, ao estabelecer um conteúdo do trabalho ampliado mas desarticulado, compromete a identidade ocupacional, desfaz os laços de solidariedade da categoria profissional, além de deteriorar o perfil de classe. (Texto Publicado no Boletim do Senac - Volume 27 - Número 1 - Janeiro/Abril 2001)

  • A Teoria do Capital Humano e a Educação Profissional Brasileira - Ramon de Oliveira (Doutor em Educação pela Universidade Federal Fluminense. Professor do Centro de Educação da Universidade Federal de Pernambuco)
    Sumário - Outro fator que deve ser destacado na educação profissional brasileira é o seu caráter fragmentado e dualista. Ao ter sido implementada a separação da formação profissional da educação geral, fortaleceu-se a dicotomia entre o pensar e o fazer. Os setores populares, além de serem obrigados a procurar a iniciativa privada para conseguir uma qualificação profissional, são discriminados no referente aos conteúdos ministrados nestas formações. (Texto Publicado no Boletim do Senac - Volume 27 - Número 1 - Janeiro/Abril 2001)

  • Éramos Felizes e Não Sabíamos: uma Análise da Educação Profissional Brasileira    - Ramon de Oliveira (Professor do Departamento de Fundamentos Sócios-Filosóficos da Educação da UFPE e mestre em educação pela UFP)

    Sumário - Este texto procura mostrar que a recorrência a novos conceitos como o de competência e o de empregabilidade, na educação profissional brasileira, embora seja considerada pelos Ministérios da Educação e do Trabalho como mecanismo fundamental para alcançar um modelo de desenvolvimento social sustentável e garantir uma maior eqüidade social, expressa, na prática, um retrocesso no campo da formação para o trabalho.

    A reforma da educação profissional, particularmente, no sistema de educação tecnológica, ao invés de propiciar uma maior democratização de acesso aos estudantes das camadas populares a uma educação que articule teoria e prática, retrocede historicamente e reafirma, no interior do sistema educacional, a dicotomia entre o ensino profissional e o ensino propedêutico. (Texto Publicado no Boletim do Senac - Volume 26 - Número 1 - Janeiro/Abril 2000)

  • O Diálogo entre Economia e Educação como Chave para Entendimento da Aquisição da Qualificação   - Vera Lúcia Bueno Fartes (Mestre em Educação. Professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia)

    Sumário - O texto faz parte de um conjunto mais amplo de discussões que visam alargar o espectro da questão atual da qualificação, num esforço para reconduzi-la a um de seus principais campos de origem: a Educação. Nesse sentido, interessa-nos alcançar o que poderíamos chamar de "ponta" do processo, na qual entendemos que se encontra enraizada a questão da aquisição da qualificação.

    Dentre as discussões que a aquisição da qualificação suscita, destaca-se uma já clássica para o campo educacional: trata-se da polêmica questão da educação como propiciadora de "capital humano", com as quais se envolveu boa parte do pensamento educacional nos anos de 1960/80. É nosso propósito revisitá-la, na busca de novos significados que permitam atualizar as discussões para o contexto dos anos 90. (Texto Publicado no Boletim do Senac - Volume 26 - Número 1 - Janeiro/Abril 2000)

  • Trabalho e Educação no Projeto de Formação Profissional do MST - Antonio Júlio de Menezes Neto (Professor de Sociologia da Educação na Faculdade de Educação da UFMG e Mestre em Extensão Rural pela Universidade)

    Sumário - Este artigo trata da proposta de organização do trabalho do Movimento dos Sem-Terra, com ênfase na produção camponesa coletiva e agroindustrial e mostra como este Movimento pensa e coloca em prática a questão da educação e da formação profissional.

    Para tanto, analisa alguns dos princípios educativos do Movimento e descreve o funcionamento de uma escola de formação técnica em Cooperativismo, mantida pelo MST. (Texto Publicado no Boletim do Senac - Volume 26 - Número 1 - Janeiro/Abril 2000)

  • Educação e políticas públicas: questões para o debate - Rosa Elisa M. Barone (Socióloga, Doutora em Educação (PUC-SP). Núcleo de Gestão Pública, UNIEMP - Fórum Permanente das Relações Universidade e Empresa. )

    "Qual é o impacto da adoção das proposições sociopolíticas identificadas com o ideário neoliberal na conformação da políticas sociais e públicas? De que forma esse ideário está presente no campo da educação? Quais são os desdobramentos da adoção dos princípios neoliberais na política de educação do país? Essas são algumas das questões que constituem o pano de fundo de nossa reflexão." (Boletim do Senac - Volume 26 - Número 3 - Setembro/Dezembro 2000)

  • A Informação em questão ou a questão da informação? - Maria da Conceição Calmon Arruda

    "O objetivo deste artigo é discutir as principais teses que versam sobre os efeitos da nova base técnica na sociedade contemporânea e os fatores que contribuem para a confecção do imaginário de interligamento do globo pela técnica." (Boletim do Senac - Volume 26 - Número 3 - Setembro/Dezembro 2000)

  • Conhecimento,Tecnologia e Organização: Evolução, Conflitos e Perspectivas     - Jayme Teixeira Filho (consultor da Informal Informática e professor do Instituto de Tecnologia da Informação e Comunicação da Universidade Santa Úrsula)

    Sumário - O século XX se encerra em um cenário de mudanças, impasses e perplexidades. Essas mudanças podem ser observadas na transformação das organizações, no trabalho e na educação. Este artigo aborda as principais mudanças que caracterizam a segunda metade do século XX e suas conseqüências e aplicações no campo da Administração.

    Mais especificamente, são discutidas as novas perspectivas abertas pela Tecnologia da Informação e da Comunicação e seus impactos nas organizações. É dada atenção especial à função do Conhecimento nas empresas como elemento de competitividade e ao papel da Tecnologia da Informação e da Comunicação no suporte à Gestão do Conhecimento. (Boletim do Senac - Volume 24 - Número 2 - Maio/Agosto 1998)

  • A Procura de um Trabalho: o Mundo de João (José) - De Deisi Deffune (economista e especialista em planejamento econômico e social) e Léa Depresbiteris (doutora em psicologia escolar e técnica de educação do Senai)

    Sumário - Escrito propositalmente em forma de crônica para amenizar o impacto desalentador que alguns temas nos provocam, como por exemplo o desemprego. Ou quem sabe se para encararmos com maior tranqüilidade as dificuldades que temos em lidar com uma multiplicidade de conceitos? Afinal, quem tem certeza absoluta sobre as diferenças entre polivalência, multiqualificação e multifuncionalidade? Quem pode dizer que o conceito de polivalência educacional é o mesmo termo que povoa o campo do trabalho? Que ambigüidades estão envolvidas na teoria e nas práticas desses conceitos? Enfim, o texto-crônica, crônica-texto, tenta abordar, ainda de maneira superficial, algumas concepções que certamente devem ser mais aprofundadas, para que se possa desenvolver ações educativas mais eficientes no campo da educação profissional. (Boletim do Senac - Volume 22 - Número 3 - Setembro/Dezembro 1996)

  • O Redimensionamento da Ciência e da Tecnologia e os Impactos nas Políticas de Educação Profissional: a Decadência da Imaginação Radical e o Triunfo (Neo-)Conservador nos Anos 90 - De Alexandre Simão de Freitas (Pedagogo. Assessor em Planejamento Estratégico e Gestão de Projetos Sociais a Organizações Não-Governamentais do Recife, com foco em Profissionalização de Adolescentes e Jovens)

    Sumário - As diretrizes de políticas e os programas de formação profissional propostos atualmente pelo governo apresentam, por exemplo, uma descontextualização explícita dos aspectos políticos envolvidos na compreensão das práticas sócio-profissionais. As questões de natureza sócio-política e epistemológica são reformuladas em termos de melhoria da gestão e eficiência, ignorando os múltiplos interesses e condicionantes subjacentes ao conhecimento e o próprio conflito existente entre os diferentes campos, instituições e disciplinas científicas que apoiam os sistemas e os programas de formação e ensino. (Volume 25 - Número 3 - Setembro/Dezembro 1999)

  • Formação Profissional: os (Des)Caminhos da Democratização Educacional - De Marcela Alejandra Pronko (Mestre em Educação pela Universidade Federal Fluminense. Prof. de História Social da Educação da Universidad Nacional Luján, Argentina)

    Sumário - "Neste texto, pretendemos desenvolver uma breve reflexão sobre a formação profissional sem, no entanto, tentar esgotá-lo. Nossa intenção é, inicialmente, sublinhar essa multidimensionalidade que o atravessa, através da consideração de alguns exemplos históricos para, posteriormente, concentrar nossa atenção em algumas questões gerais, às vezes negligenciadas e certamente polêmicas, no intuito de contribuir, assim, para o debate mais geral sobre o tema. Referimo-nos à historicamente conflitiva relação entre ensino profissional e ensino geral, e as conseqüências aparentes e profundas da redefinição dessa relação nos dias de hoje, face às mudanças tecnológicas e organizacionais introduzidas no processo produtivo." (Volume 25 - Número 3 - Setembro/Dezembro 1999)

  • Anotações acerca da Especialização Flexível e o Caso Brasileiro - De Adelia Maria Miglievich Ribeiro (Mestre em Educação pela Universidade Federal Fluminense. Prof. de História Social da Educação da Universidad Nacional Luján, Argentina)

    Sumário - Com base na bibliografia internacional e nacional contemporânea, o artigo aponta para as principais características do modelo de especialização flexível derivadas da falência do modelo fordista e conseqüente reestruturação produtiva; leia-se, introdução de novas tecnologias, novos padrões organizacionais da empresa, novas competências do trabalhador e uma inédita relação entre as empresas. Aborda-se, também, a ambivalência da especialização flexível em termos de reais benefícios para a classe trabalhadora, com foco especial no contexto brasileiro. (Volume 22 - Número 1 - Janeiro/Abril 1996)

  • Formação de Tecnólogos: Lições da Experiência, Tendências Atuais e Perspectivas - De Domingos Leite Lima Filho (Engenheiro Eletricista com Pós-Graduação em Automação Industrial. Prof. do Depto. Acadêmico de Eletrotécnica do Cefet-PR)

    Sumário - "...é importante salientar que os Cursos Superiores de Tecnologia não constituem exatamente uma novidade na história educacional brasileira. Pelo contrário, no caso particular dos Cefets, a formação de tecnólogos está ligada à própria origem destas instituições. Portanto, à luz das lições de experiências passadas e recentes, e tendo em vista os contextos políticos e econômicos em que se realizaram, o presente trabalho apresenta um conjunto de reflexões sobre a experiência em curso, na intenção de contribuir para a identificação de elementos de continuidade ou de ruptura presentes na atual proposta, de modo a também refletir sobre os limites, possibilidades e desafios presentes e futuros." (Boletim do Senac - 1999)  

  • Educação Profissional: Categorias para uma Nova Pedagogia do Trabalho - De Acacia Zeneida Kuenzer

    Sumário - Os novos projetos pedagógicos não nascem das idéias dos intelectuais; ao contrário, eles são determinados pelas mudanças ocorridas no mundo do trabalho, que apresentam diferentes demandas a cada etapa de desenvolvimento das forças produtivas, em função das características que assume a divisão social e técnica do trabalho. Apresenta uma síntese da nova realidade do mundo do trabalho, que será tomada como ponto de partida para uma rápida análise das novas políticas, pano de fundo para a reflexão sobre as categorias que vêm construindo a nova proposta de educação profissional. (Boletim do Senac - Volume 25 - Número 2 - Março/Agosto 1999)  

  • Globalização e Crise do Emprego: Mistificações e Perspectivas da Formação Técnico-Profissional - De Gaudêncio Frigotto (Doutor em educação. Professor titular em Economia Política da Educação da Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense)

    Sumário - Globalização e crise do emprego: mistificações e perspectivas da formação técnico-profissional. Analisa a formação técnico-profissional num contexto de final de século marcado por transformações contraditórias. A disputa pela organização e projeto político-pedagógico da formação técnico-profissional no Brasil nos anos 90 resulta de um embate que confronta um projeto societário que se assenta no ajuste à nova (des)ordem mundial e outro que busca viabilizar uma alternativa autônoma e sustentável de desenvolvimento. No primeiro caso, a formação profissional se desenvolve numa perspectiva pragmática vinculada à ideologia da empregabilidade. No segundo caso, articula-se à educação básica associada à perspectiva da formação de sujeitos e protagonistas de uma cidadania ativa. (Boletim do Senac - Volume 25 - Número 2 - Março/Agosto 1999)

  • Educação e Desenvolvimento: Análise Crítica de uma Relação Quase Sempre Fantasiosa - De Pedro Demo (PhD em Sociologia pela Universidade de Saarbrücken, Alemanha e professor titular da UnB, Departamento de Serviço Social)

    Sumário - Educação e desenvolvimento: análise crítica de uma relação quase sempre fantasiosa. Abordamos três dimensões importantes da educação conjugada com cidadania, ou como estratégia central do combate à pobreza política: educação ligada ao desenvolvimento, tendo como fulcro central o conceito de oportunidade; educação ligada à aprendizagem, de teor reconstrutivo e promotora de um sujeito capaz de história própria; e educação no contexto da teleducação, em vertentes novas que combatem o instrucionismo. Todas confluem para a competência humana de cariz político. (Boletim do Senac - Volume 25 - Número 1 - Janeiro/Abril 1999 )

  • Uma Leitura Sobre o Desenvolvimento do Setor Terciário no Movimento Contemporâneo do Capital - De Rosemary Roggero (mestre pelo Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação: História, Política, Sociedade da PUC/SP)

    Sumário - Uma leitura sobre o desenvolvimento do setor terciário no movimento contemporâneo do capital e suas relações com a qualificação profissional. Diante das constatações que apontam para a expansão do setor terciário da Economia, acompanhada de crescente e complexa diversificação das atividades que o compõem, este artigo objetiva caracterizar e destacar aspectos polêmicos do setor, buscando analisar, comparativamente, o estágio em que se encontra nos países de capitalismo avançado e sua dinâmica de expansão, no Brasil, tendo como parâmetros, as questões ligadas às inovações tecnológicas e organizacionais. (Boletim do Senac - Volume 24 - Número 3 - Setembro/Dezembro 1998)

  • A Disputa Entre Capital e Trabalho na concepção e na formulação de políticas de formação técnico-profissional no Brasil: Uma aproximação histórica - De Marcela Alejandra Pronko (Professora do Departamento de Educação da Universidade Nacional de Luján (Argentina) e mestre em Educação pela Universidade Federal Fluminense)

    Sumário - A disputa entre Capital e Trabalho na concepção e na formulação de políticas de formação técnico-profissional no Brasil: uma aproximação histórica. Este artigo tenta historicizar as diferentes concepções valorativas do trabalho no Brasil ao longo dos últimos dois séculos e suas conseqüências na concepção e formulação de políticas de formação técnica e profissional, tanto na ótica do Capital, quanto na ótica do Trabalho. Nesse sentido, destaca o fato de que, apesar das concepções de trabalho e de formação técnica geradas pelo Capital terem sido hegemônicas no Brasil, durante esse período, elas não foram monolíticas e absolutas, devendo confrontar-se no campo ideológico (em algumas etapas com maior intensidade que em outras) com propostas e concepções divergentes vindas de setores minoritários do próprio Capital e de grupos e organizações ligadas ao Trabalho. (Boletim do Senac - Volume 24 - Número 2 - Maio/Agosto 1998)

  • Educação profissional, vida produtiva e cidadania - De Pedro Demo (PhD em Sociologia pela Universidade de Saarbrücken, Alemanha e professor titular da UnB, Departamento de Serviço Social)

    Sumário - Educação profissional: vida produtiva e cidadania. O texto busca desenhar o cenário relativo ao desafio da educação profissional no mundo que se configura diante de nós, globalizado e competitivo, de um lado, e, de outro, tendente a reduzir os espaços de cidadania. Pode-se dizer que a marca mais profissionalizante é "saber pensar", mais do que o mero domínio de conteúdos, que envelhecem numa velocidade cada vez maior. Neste sentido, cursos rápidos, do tipo "treinamento", não são úteis nem para entrar no mercado e muito menos para sustentar a cidadania do trabalhador. Todavia, como caminhamos para uma sociedade sem emprego e com cada vez menos trabalho, a necessidade de garantir condições de vida também para quem não trabalha só pode ser bem manejada pela cidadania. O neoliberalismo decanta o mercado como regulador de tudo, mas será a cidadania o futuro fiel da balança, até mesmo para evitar a barbárie. (Boletim do Senac - Volume 24 - Número 1 - Janeiro/Abril 1998)

  • Formação profissional: uma contribuição para o debate brasileiro contemporâneo a partir da experiência internacional - De Rosa Elisa M. Barone (Socióloga pela UNESP, mestre em Educação pela PUC/SP e doutora em Educação pela PUC/SP)

    Sumário - Formação profissional: uma contribuição para o debate brasileiro contemporâneo a partir da experiência internacional. Este artigo procura fornecer elementos para a discussão da temática da formação profissional no Brasil a partir da recuperação de experiências vivenciadas por países de diferentes contextos socioeconômicos. Para isso apresentamos sistemas e/ou modelos considerados emblemáticos no cenário internacional de formação profissional tais como: Alemanha, Reino Unido, França, Estados Unidos, Japão e Chile. Além das principais características e linhas de atuação dos diferentes sistemas e/ou modelos apresentados, procuramos apontar alguns dos limites que se impõem quando da tentativa de transposição e de sua implementação em outros países, principalmente aqueles em desenvolvimento. (Boletim do Senac - Volume 24 - Número 1 - Janeiro/Abril 1998)

  • O Perfil de Empregabilidade: o Desafio do Autodesenvolvimento - De Vania Prata Ferreira Reis (Diretora da empresa Grupo de Atendimento Psicológico-GAP, profª de Psicologia da Educação e Técnicas de Exame Psicológico, coord. do Núcleo de Psicologia Aplicada da UFES)

    Sumário - O perfil de empregabilidade: o desafio do autodesenvolvimento. O cenário de transformações que estão ocorrendo em nosso mundo contemporâneo, em especial no âmbito do emprego e do trabalho, está a exigir posturas pessoais e profissionais diferentes das que temos vivido até o momento. Qual o perfil profissional necessário e que maneiras temos para atingir esse perfil são as questões que veremos aqui. (Boletim do Senac - Volume 24 - Número 1 - Janeiro/Abril 1998)

  • Alguns Elementos sobre a Racionalidade dos Modelos Taylorista, Fordista e Toyotista - De Karla von Döllinger Régnier (Socióloga)

    Sumário - O artigo se propõe a discutir o desenvolvimento dos modelos produtivos taylorista, fordista e toyotista como formações históricas determinadas, que articulam de diferentes modos os processos produtivos e as relações sociais, definindo padrões de racionalidade específicos. Ressalta as características básicas constitutivas desses modelos, suas semelhanças e suas diferenças. (Boletim do Senac - Volume 23 - Número 2 - Maio/Agosto 1997)

  • Educação, Trabalho e Emprego numa Perspectiva Global - De Karla von Döllinger Régnier (Socióloga)

    Sumário - Das origens dos processos de globalização econômica às suas conseqüências, entre elas o desemprego, passando pela reformulação dos modos de produção - entendendo aí o surgimento de novas formas que assume o trabalho. O artigo procura refletir sobre os desafios que enfrentam a educação e a formação profissional, assim como a cidadania, na construção do mundo que se quer. (Boletim do Senac - Volume 23 - Número 1 - Janeiro/Abril 1997)

  • Globalização: A Mão Invisível do Mercado Mundializada nos Bolsões da Desigualdade Social - De Donaldo Bello de Souza (graduado em Educação/PUC-RJ, bacharel e licenciado em Filosofia/PUC-RJ, mestre em Educação/PUC-RJ, consultor da Divisão de Educação e Tecnologia do Departamento Nacional do Senai.)

    Sumário - Trata do fenômeno da mundialização econômica, procurando identificar os determinantes políticos de seus mecanismos no âmbito das dimensões técnica e econômica. Discute o processo de internacionalização do Estado-Nação, o ideário neoliberal, a reestruturação produtiva mundial e o aprofundamento das desigualdades sociais. Coloca, como questão final, que o problema do desemprego contemporâneo não deve ser visto como resolúvel pela mera atualização de conhecimentos, habilidades e atitudes da força de trabalho de acordo com os novos parâmetros globais, uma vez que as ações de formação e reconversão profissional não são, em si mesmas, determinantes da geração de postos de trabalho. (Boletim do Senac - Volume 22 - Número 2 - Maio/Agosto 1996)

  • A Globalização Econômica e os Desafios à Formação Profissional - De Neise Deluiz (professora-adjunta da UFRJ e especialista da Faculdad Latinoamericana de Ciencias Sociales (FLACSO), socióloga e doutora em Educação/UFRJ)

    Sumário - Este artigo trata dos desafios atuais postos à formação profissional por um contexto de globalização econômica, de novas formas de organização da produção e do trabalho e dos crescentes processos de democratização da sociedade. Discute as tendências e características do trabalho e as novas competências dos trabalhadores, seu conteúdo, sua historicidade e sua vinculação às relações sociais. Aponta para os riscos da "abordagem das competências" em sua visão tecnicista e lança questões sobre a problemática atual da certificação das competências que está sendo implementada no País. (Boletim do Senac - Volume 22 - Número 2 - Maio/Agosto 1996)

  • Mudanças Organizacionais em Lojas de Departamentos: Adoção de Tecnologias de Informação e Terceirização - De José Tarcísio P. Trindade(professor da Universidade Estadual de Maringá/PR e mestre em Engenharia de Sistemas pela COPPE/UFRJ) e Lidia M. Segre (professora do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro/COPPE e doutora pela UFRJ/COPPE)

    Sumário - Mudanças organizacionais em lojas de departamentos: adoção de tecnologias de informação e terceirização. O artigo trata, com base em estudo de caso numa loja de departamento, de como a introdução do auto-serviço no setor do comércio varejista bem como a introdução das novas tecnologias de informação alteraram as estratégias e as técnicas de comercialização e a organização do trabalho, provocando mudanças nas rotinas dos serviços e na logística das empresas. Tal processo de mudanças prossegue, agora, com a terceirização, que busca a racionalidade dos processos e a economia de custos. (Boletim do Senac - Volume 22 - Número 2 - Maio/Agosto 1996)

  • A Construção de uma Nova Institucionalidade para a Formação - De Pedro Daniel Weinberg(diretor do Cinterfor/ OIT. Trad. de Francisco de Castro Azevedo)

    Sumário - Aborda a questão das mudanças no âmbito da formação profissional, à luz das transformações operadas no plano econômico, tecnológico, produtivo, trabalhista e no comércio internacional, assim como as novas formas de organização do trabalho. Destaca a centralidade que no novo cenário adquire a formação e desenvolvimento de recursos humanos, enquanto estes se transformam na força essencial para uma nova realidade. Revê as inovações recentes, que afetam tanto o conceito de formação como as modalidades institucionais, os sujeitos e as formas de ação que, em relação a estes, assumem as instituições. Analisa os novos papéis do Estado, instituições de formação, empresas, organizações de empregados e trabalhadores, apresentando as experiências do Brasil, Chile, Colômbia e México. (Boletim do Senac - Volume 22 - Número 1 - Janeiro/Abril 1996)

  • Gramsci e a Organização da Escola Unitária - De Wânia R. Coutinho Gonzales(Mestre em Educação pelo Instituto de Estudos Avançados em Educação da Fundação Getulio Vargas)

    Sumário - Os autores nacionais que discutem as complexas relações entre educação e trabalho se apóiam, em grande parte, no pensamento de Karl Marx e Antonio Gramsci. Entretanto, as idéias de ambos têm possibilitado aos estudiosos múltiplas interpretações que nem sempre são consensuadas no meio acadêmico. Esse trabalho tem como objetivos o resgate do pensamento de Gramsci a partir de sua proposta de integração entre educação, trabalho e cultura; polemizar sobre algumas afirmações que são atribuídas ao autor e efetuar comparações acerca da concepção de educação politécnica de Marx e da proposta de escola unitária de Gramsci. (Boletim do Senac - Volume 22 - Número 1 - Janeiro/Abril 1996)

  • Da Arte do Ofício à Ciência da Indústria: a Conformação do Capitalismo Industrial no Brasil Vista Através da Educação Profissional - De Marisa Brandão(Socióloga e Mestre em Educação pela Universidade Federal Fluminense. Prof. e Assistente do Depto de Ensino Médio e Técnico do Cefet/RJ)

    "... assistiremos em 1909, à criação de uma rede nacional de Escolas de Aprendizes Artífices "/.../ em execução da lei 1.606, de 29 de dezembro de 1906/.../".6

    Não pretendemos aqui fazer um levantamento histórico de cada uma das escolas desta rede,7 nem tampouco uma análise exaustiva de todos os aspectos que as caracterizaram;8 o que nos interessa neste trabalho é destacar, em termos gerais, baseando-nos em seus sucessivos regulamentos e com referência a algumas análises já realizadas, aspectos que entendemos serem relevantes para a compreensão do significado que teve esta rede de ensino profissional no momento de sua criação e nas quase três décadas de sua existência." (Boletim do Senac - 1999)