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ANTES DO ADMIRÁVEL MUNDO NOVO
Encaminho aos senhores a discussão sobre as atitudes que deveremos ter a partir de agora no tocante aos meios de comunicação. Muito já se tem falado sobre as novas tecnologias, a fusão de mídias, a banda a larga, a globalização e etc. Todos são assuntos relevantes, com importância, creio, já bastante discutida e avaliada. Num outro momento já tive oportunidade de dizer que a minha impressão é a de que de repente existiu um grande movimento de estudiosos, quase profetas, baseados numa verdade que estava muito próxima, tanto em suas palestras como em livros. Era uma realidade que fala num mundo plugado de uma forma completa, onde a velocidade da informação era a “matrix” de tudo e por tudo. Acabamos ficando num meio de caminho meio constrangedor e frustrante. Não deve, de qualquer forma, vir ao caso nesse momento. Nesse momento temos de pensar nos meios de comunicação tal como são. E como são? Existe a televisão, os jornais, revistas, o rádio e o telefone. A Internet cresce numa velocidade gigantesca, exponencial. Dentro de poucos anos, com certeza, engolirá tudo, todos os analistas falam com bastante clareza sobre isso. Por hora, muito sites interessantes, muito acesso a artigos, a bibliotecas, a imagens, a museus, etc. Mas o povo é informado diariamente, é guiado de uma certa maneira e tem seu entretenimento via televisão, sua informação via imprensa escrita, tv e rádio, seu cinema e seu teatro. E o mundo está perdendo a cabeça, as pessoas estão enlouquecendo mais do que anteriormente, os homens estão matando mais freqüentemente, as taras aumentam e os crimes infantis também. Nós, entusiastas da educação a distância, das novas tecnologias, do Vale do Silício, da fusão de mídias, talvez tenhamos de dar uma repensada rápida em tudo e ver o que pode ser feito hoje, agora, pelo mundo, antes que ele desabe e as tão faladas fusões e Mundos Novos não cheguem.
Geraldo Iglesias Março de 2000 |
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