*   HOMOSSEXUALISMO E MÍDIA

O homem desde sempre tem diferenças e isso é um mérito e não um defeito.
Um é branco, outro negro. Ideologicamente um é de esquerda, outro de direita. Na maioria das vezes, a cultura de cada povo determina essas diferenças, o que é estranho, diferente, numa cultura pode não ser em outra.
Evolutivamente, nos últimos cinqüenta anos em especial, aconteceram grandes mudanças, quedas de violentos preconceitos, como o feminismo por exemplo.
O racismo talvez ainda seja um dos maiores problemas mundiais quando se trata das diferenças. Nenhum país conseguiu ainda livrar-se absolutamente de toda e qualquer forma de racismo. Cada um desses países cria mecanismos, leis e outras formas coercitivas para conter algo tão arraigado no homem.
O Brasil, tendo sua colonização basicamente estruturada economicamente na escravatura, enfrenta hoje ainda forte influência de um racismo resistente a tal ponto de criar lei severa punindo com prisão inafiançável os que pratiquem tal ato.
Aqui, nosso povo extremamente miscigenado, confunde os atos de racismo, é assustado, vê em tudo um ato de racismo (e na maioria das vezes é mesmo). Diversas ONGS, diversos movimentos tratam dos direitos de igualdade, dos direitos nos negros chegando a extremos como camisetas com dizeres “Cem por cento negro” e outros, como se ser negro fosse melhor do que ser branco ou vice-versa.  Na dramaturgia, o negro foi sempre o empregado, nos livros didáticos idem e agora, “politicamente correto” é ser negro, ou mulato ou “ter um pezinho na África”. Trata-se evidentemente de um exagero, embora justificado pelo atavismo, pois ser negro não é ser diferente, a não ser do ponto de vista do branco, e aí sim, racista.
No homossexualismo a coisa é tão forte quanto no racismo, embora as causas e a forma sejam diferentes. Há pouco tempo atrás o homossexualismo era considerado doença mental pela Organização Mundial de Saúde. Graças às lutas dos movimentos gays em todo o mundo, cada vez mais o homossexual é aceito e compreendido pela sociedade.
Do ponto de vista puramente filosófico e psicológico nada há de errado com o homossexual: ele apenas teve uma opção diferente e trata de dar vazão àquilo que acredita e dá prazer. Juridicamente já é aceita a união matrimonial de gays em alguns poucos países do mundo e aqui mesmo, no Brasil, já se preservam direitos adquiridos por uma vida inteira de parceria conjugal. A Igreja Católica e a maioria das Igrejas globalmente rejeitam o homossexualismo. A Igreja Católica acredita que Deus criou o homem e a mulher e eles serão um casal, indissolúvel que dão continuidade através da procriação à continuidade da espécie humana. Repelem, portanto, qualquer forma de relação que não seja heterossexual.
Por outro lado, o homossexualismo mistura-se com muita freqüência com outras formas de vida como a “transsexualismo”, a pan sexualidade, o “travestismo”, chegando mesmo a mudanças radicais  como as cirurgias para mudança de sexos. Ora, a mudança de sexo é algo, à princípio anormal. Você nasceu com uma característica e a altera abruptamente através da cirurgia.
Assim, podemos pensar que uma coisa é um homem ou uma mulher escolherem ter relações sexuais com parceiros do mesmo sexo, por opção, por “serem assim”. Uma outra coisa é quando uma pessoa precisa na verdade se travestir, se vestir e agir como alguém do sexo oposto, estando aí inclusas uma série de atitudes e exemplos que extrapolam a opção: estas pessoas desejam impor ao outro que ele não é diferente, que ele”é o que é”, talvez o outro seja o “diferente”.
Os homossexuais assumidos (menos de um por cento do total), salvo exceções, na verdade estão ainda se lambuzando no melado, como as feministas o estiveram há alguns anos atrás. Não tratam sua opção sexual como tal, e sim como uma realidade que todos devem aceitar e comungar. Renegam a tradição, a opinião contrária. Os gays assumidos em sua grande maioria são artistas e fazem do ato de serem gays uma pantomima, uma farsa. Provocam os heterossexuais, dizem que, no fundo todos são homossexuais enrustidos e só entendem como liberdade, exporem todo o tempo, das formas mais estapafúrdias e mesmo agressivas suas opções sexuais.
Dificilmente consegue-se tratar do assunto com gays assumidos sem que a discussão descambe para a ironia, o deboche ou a agressividade.
A criança, o adolescente é muito sugestionáveis quanto à sexualidade de seus ídolos e para isso a mídia contribui enormemente. QUANTOS GAROTOS NÃO SE VESTIRAM DE BATAS E REBOLARAM COMO Caetano Veloso na época da Tropicália, ainda que esses expectadores nada tivessem de homossexuais.
Por outro lado, como tratar seriamente do assunto, se a maioria deles não são assumidos porque a sociedade definitivamente não os aceita às claras (nem na política, nem na igreja, nem na grande maioria das profissões)? Como tratar de uma opção que, quando não resvala para a doença, como no caso dos que se travestem, abandonando seus corpos em função de uma mente  que não permite clareza de raciocínio sobre o corpo, numa verdadeira esquizofrenia, não é aceita pela sociedade (tanto que a esmagadora maioria não assume sua escolha)? O gay assumido, na maioria artistas, se dizem alegres e dessa alegria alavancam  a imposição de seus modos de suas formas de agir e muitas vezes inibem a quem está em volta.
Como tratar com a seriedade que mídia deve ter, um assunto que não é percebido seriamente pelo grupo que o compõe?

Geraldo Iglesias

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