AINDA ÓRFÃOS DO PAULO FRANCIS


Vamos continuar pensando nas observações do nosso Jornalista Arnaldo Jabor, este combativo e informado profissional, doublé de Paulo Francis (infelizmente sem as qualidades daquele).
É bem verdade que por trabalhar na TVE (e conhecer bem a realidade daquela Emissora) fiquei especialmente tocado pela crônica (confusa) em que nosso ex-cineasta e atual Jornalista critica a transmissão Do Grande Prêmio Cinema Brasil.
Pensando com mais calma, tento compreender porquê o Jornalista Jabor disse que “o áudio não foi tirado da mesa”. Como não foi? De onde teria sido tirado? Será que ele imaginou que era som ambiente? Se no passado não tivesse tentado a carreira de cineasta seria compreensível que ele não soubesse que nos shows o áudio é sempre tirado da mesa.
Problemas de áudio? Verdade. Mas problemas genéricos, do show e da transmissão, mas nunca pelo primarismo profissional que ele insinua.
De qualquer maneira compreendo bem que ele tenha mesmo essas dificuldades na compreensão de coisas técnicas de mídia. Afinal no cinema...
Agora, Jornalista, ele deveria já saber que os fatos têm que ser apurados, que não se escreve qualquer coisa assim, sem certeza. Quando, em sua história a TVE teve doze mil funcionários? Nunca.Nem perto. Nem de longe. Por quê pedir demissões naquela Empresa?
Os erros da transmissão foram mais graves do que os erros profissionais do Jornalista Jabor em não averiguar, checar os dados? Deveríamos nós pedir a demissão dele?
A continuar assim, ele terá de mudar de profissão mais uma vez.
Saudades, Paulo Francis.

Geraldo Iglesias
21.02.2000 - RJ

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