*  2001 - AS PATRULHOTAS

A entrada de novo ano, novo século e novo milênio é interessante como data, mas não altera rigorosamente nada na vida de cada um de nós.
Entrar em 2001 é um passo apenas carregado de simbolismo; afinal, quantas pessoas ultrapassam um milênio?
De qualquer forma não custa nasa pensarmos com clareza na necessidade de entendimento do que são os grupos que reorganizam geopoliticamente o mundo. Como a União Européia, o Mercosul e a Alca.
Pensarmos na globalização e no capitalismo como uma realidade irrefutável, passível ainda de pífias batidinhas histéricas de pés, mas processo sem retorno.
Na maravilhosa possibilidade do Museu do Louvre conviver com a Microsoft, do padre internauta, do jovem estudante de sânscrito e da prostituta virtual.
Desse novo mundo unido por ondas e cabos, onde o tempo deixa de ter o mesmo valor de antes, onde a educação e a cultura são fundamentais, onde o partidarismo retrógrado dito de esquerda está morto (embora ignaros esparsos insistam em seu ressurgimento).
Da importância da informação (pela Internet e pelos jornais de imprensa) e da ética. Da opção entre o e-book e os livros com iluminuras dos copistas medievais.
Da necessidade de retornarmos aos conceitos humanos, cristãos (ou o da religião de cada um); da percepção que cada indivíduo é um ser livre pensante que pode e deve ter suas opiniões, suas preferências sem com isso estar infringindo leis.
Quem sabe repensar o “politicamente correto”, conceito idiota e bestificante que tenta, via patrulhotas da extrema esquerda dominante, colocar antolhos em que deseja ter apenas a liberdade de pensar.
E por aí vai.
P.S. Por que não PETROBRAX?

Geraldo Iglesias
Janeiro 2001
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