Líderes da Tríplice Aliança
Imperador Dom Pedro II de Alcantara (1840-1889) - Após dez anos de regência, D. Pedro II subiu ao trono brasileiro com catorze anos de idade em 1840.  O período entre a abdicação de seu pai, D. Pedro I, e sua ascenção foi  marcado por conflitos internos que ameaçaram a integridade territorial do país. Seu longo reinado, no entanto, foi caracterizado pela paz interna e disputas com os países vizinhos.
D. Pedro II era um governante extremamente popular, ainda que a imagem do império fosse seriamente arranhada no exterior pela manutenção do trabalho escravo. A economia também sofria com o a escravidão.
O processo de eliminação do trabalho escravo foi  lento durante o império, e ,por fim, a incapacidade do regime em tornar o país social e economicamente menos atrasado  acabou por deslegitimar a coroa frente a importantes setores da sociedade, levando ao descrédito das instituições monárquicas.
Durante a guerra contra o Paraguai, o imperador pouco interferiu sobre os assuntos militares. Ao contrário das lideranças de seus aliados, D. Pedro preferia deixar os assuntos do campo de batalha para seus oficiais. Porém, quando a crise assolou as fileiras aliadas após o fracasso em Curupaiti,  o monarca chamou a si a responsabilidade pela escolha do único chefe militar capaz de conduzir as tropas brasileiras em meio a briga de egos dos oficias. Ele acreditava firmemente que a honra nacional exigia o conflito prosseguisse até o fim contra o governo paraguaio.
A guerra, contudo, havia demonstrado a indigência econômica e militar do país. O exército, antes relegado na política,  passou a ter papel importante. Oficiais já se aventuravam no campo político.  O trabalho escravo e a monarquia passaram aser identificados com o atraso.  Com a proclamação da república em 1889, D. Pedro II foi exilado por decreto do novo governo. Morreu dois anos mais tarde em Paris.
Bartolomeu Mitre, Presidente da Argentina (1862-1868), Comandante em chefe das forças da Tríplice Aliança  (1865-1868) - Nascido em Buenos Aires, Mitre não é conhecido entre seus compatriotas somente pelo seu papel no conflito contra o Paraguai. Na realidade, suas atividades jornalisticas são melhor conhecidas. 
Sua vida política começa por meio das críticas que fazia como articulista de jornal ao então presidente  Juan Manuel Rosas (1835-1852). Forçado ao exílio, Mitre voltou ao seu país somente anos depois com o sucesso da revolta de Justo José Urquiza (contando com o apoio do Uruguai e Brasil) contra Rosas. Porém, logo ele e Urquiza trilharam caminhos diferentes. Já em 1859 Mitre comanadou uma revolta contra o seu antigo protetor. Contudo, Urquiza saiu vitorioso na batalha de Cepeda. Dois anos depois Mitre bate as tropas do então presidente argentino na célebre batalha de Pavón.
Mitre assume o comando dos exércitos aliados quando do início da guerra contra o Paraguai. Isto lhe causou problemas. Oficiais brasileiros nunca aceitaram passivamente seu comando. Somente com a intervenção do imperador, que obrigou seus oficiais a observarem o texto do tratado da aliança, que estipulava que o comando das operações seria do mandatário do país onde as hostilidades contra o exército de López haviam começado, é que Mitre teve alguma autoridade sobre os oficais dos países aliados. Depois de Curupaity, contudo, ele se afastou do campo de batalha contra López para resolver  problemas internos de seu país. Sua presença no Paraguai tornaram-se raras após setembro de 1866 até sua derrota na campanha eleitoral de 1868 para Domingo Faustino Sarmiento, adepto de uma menor participação argentina no conflito.  Mitre então retorna a vida jornalística. Em 1870 ele ajuda a fundar o jornal  La Nacion. Em 1891 tenta mais uma vez se eleger presidente da nação, mas o novo fracasso o leva a desistir de concorrer a cargos eletivos. Em 1906  morre em Buenos Aires.
Venâncio Flores, Presidente do Uruguai (1854-1855 and 1865-1868), Comandante em chefe do exército uruguaio (1865-1866) - Flores era conhecido como o último dos gauchos. Ele partcipou das lutas pela independência de seu país contra o Brasil entre 1825-1828. Combateu o governo de Fructuoso Rivera (1836) e como um dos líderes do Partido Colorado lutou na guerra civil (1839-1851) contra os Blancos que eram liderados por Manuel Oribe. Foi escolhido como membro do triumvirato que governou o Uruguai a partir de 1853.  Com a morte dos dois outros membros no ano seguinte, ele assumiu o poder no pequeno país platino por curto período de tempo. Sua maneira autoritária de governar criou-lhe muitos problemas e uma lista de desafetos. Em 1855 foi forçado a deixar o poder.  Em 1863 Flores faz um acordo com Buenos Aires e o império  para angariar apoio logístico a revolta que pretende levantar contra  o blanco Bernardo Prudencio Berro.
De volta ao poder, Flores retornou a pratica de perseguir seus opositores, impondo um governo contrário as liberdades civis. Comandou as forças de seu país na guerra contra o governo paraguaio até setembro de 1866. Retirou-se então do campo de batalha para administrar a instavel situção política do seu país. Em fevereiro de 1868 Berro comanda um levante das forças blancas contra o governo de Flores. Ele é assassinado, mas o golpe fracassa e Berro é morto. As bases para a hegemonia colorada estavam lançadas.
Tenente-General Manoel Luís Osório (Marquês de Herval) - Osório iniciou sua carreira militar como cadete durante as lutas contra as forças portuguesas na campanha pela independência. Como capitão participou da Guerra da Cisplatina (1825-28), tendo lutando também  na campanha contra Oribe no Uruguai (1851) no posto de coronel. Osório era conhecido no exército por sua forte liderança que exercia junto a seus oficiais e soldados. Tinha o hábito de comandar as tropas na vanguarda, expondo-se diversas vezes a ferimentos. Ao iniciarem as hostilidades contra o Paraguai,  foi escolhido como comandante do exército imperial. Esteve entre os primeiros oficias aliados a pisar em solo inimigo  na travessia do rio Paraná em abril de 1866.  Na época em que o comando das forças brasileiras passara à Caxias, Osório se encontrava afastado do campo de batalha. Ao retornar, recebeu o comando do recém criado III Corpo do Exército Imperial.. Ferido na Batalha do Avai em dezembro de 1868, teve que se ausentar do campo de batalha por meses. Seu regresso ao Paraguai foi rapido. O novo comandante-em-chefe do exercito, Conde D'Eu, tinha poucas simpatias por Osorio, e este preferiu se retirar em definitivo da campanha militar.. Morreu no Rio de Janeiro em 1879.
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