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Origens | |||||||||||||||
Embora seja comum muitos autores identificarem as origens do conflito com a ascenção de Solano López ao poder no Paraguai no início dos anos sessenta do século XIX ou ainda com a intervenção do Império no Uruguai em 1864, pode-se buscar as raízes da guerra na época colonial, quando os países da'América do Sul ainda eram colônias de potências européias. | |||||||||||||||
De fato, Portugal e Espanha vinham disputando a região do Prata (Uruguai, nordeste da Argentina) e regiões próximas (sul do Brasil e parte do Paraguai) já desde do século XVII pelo menos. A rivalidade de ambas metrópoles atingia picos em certas épocas. Contudo mesmo quando havia acordo entre elas, nas colônias a intranquilidade permanecia. | |||||||||||||||
Quando se tornaram independentes no início do século XIX, os países com interesses na região do Prata herdaram não somente as fronteiras mal delineadas, mas também a animosidade das antigas metrópoles. | |||||||||||||||
A disputa envolvia sobretudo o recém independente Império Brasileiro e a Confederação do Prata, sob uma ainda não hegemônica liderança portenha. As escaramuças entre tropas de ambos os lados da fronteira continuaram com a independência da região. Finalmente, em 1825, com ambos lados disputando a soberania sobre a Cisplatina ou Banda Oriental (atual Uruguai) a guerra foi oficialmente declarada. As duas jovens nações não possuíam nem mesmo forças terrestres adequadas para o desempenho de atividades bélicas. Tanto assim que durante os três anos de conflito (1825-1828) as escaramuças de pequenos grupos armados foram a tônica naquela região. Apenas a Batalha de Passo do Rosário (ou Ituzaingó para uruguaios e argentinos) foi de fato uma batalha de maior porte. Nesta ocasião uma força uruguaio-argentina se bateu contra as tropas imperiais sob o comando do Marquês de Barbacena. Apesar de vitoriosa na ocasião, os soldados portenhos e uruguaios não conseguiram explorar o sucesso obtido no campo de batalha. Seu exército era tão desprovidos de logística que, ao invés de avançar, recuou se internando em território uruguaio por falta de provisões. Ao mesmo tempo, a marinha imperial conseguiu obter hegemonia no mar, fechando os portos de Buenos Aires e Montevidéo e circunscrevendo as atividades da marinha argentina a tentativas de furar o bloqueio. Assim, nem Brasil nem Argentina conseguiram manter o Uruguai sob seus controle e a solução foi um meio-termo: a independência daquela região em relação a seus dois poderosos vizinhos. | |||||||||||||||
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Jean Baptiste Debret | |||||||||||||||
Tropas luso-brasileiras seguem para o Uruguai | |||||||||||||||
Buenos Aires, por sua vez, possuía diferenças com as demais províncias da Confederação do Prata. Elas nunca aceitaram tranquilamente a tentativa dos portenhos de tornarem sua cidade a mais importante da confederação e nem a aceitavam como capital. Algumas vezes o Império tentou se aproveitar desta animosidade. De fato, em 1851, chegou a fazer aliança com Corrientes e Entre Rios contra o governo de Buenos Aires. No entanto, a regra mais comum eram as províncias se odiarem, mas se unirem contra as pretensões expansionistas do Brasil. | |||||||||||||||
O Paraguai também experimentou ameaças a sua independência. Logo após a proclamção de independência das Províncias do Prata em 1810, Buenos Aires tentou incorporar a região sob débil controle de Assunção à seus desejos. O resultado foi a Batalha de Tacuarí, ocorrida em 1811, quando uma tropa argentina de 1.500 homens foi derrotada por uma força paraguaia. No entanto, o Paraguai nunca se veria totalmente livre de ameaças veladas de Buenos Aires e do Império |
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Diante de um cenário turbulento como este, a política externa dos países da região teria que ser guiada com muita cautela, principalmente pelos países menores. O pai de Solano López, Carlos Antonio López, conduziu durante todo seu governo uma política de isolamento de seu país. Tanto assim que, quando do convite brasileiro para se juntar a aliança para derrubar o presidente argentino Juan Manuel Rosas, ele declinou de assumir compromisso ofensivo ao governo vizinho. Solano Lopez, ao contrário, acreditava que o Paraguai deveria ter uma maior influência no jogo político da região. Assim, se aproximou dos líderes do Partido Blanco do Uruguai em sua guerra contra os colorados (tradicionalmente mais simpáticos ao Império). Quando o Brasil demonstrou claramente seu apoio ao General Venâncio Flores, chefe do Partido Colorado, López tomou isto como uma ameaça aos interesses de seus país. Assim, ao cruzarem a fronteira para o Uruguai em 16 de outubro de 1864, as tropas brasileiras deram a justificativa para o inicio das hostilidades . Em breve todos os países da região estariam envolvidos no conflito. |
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Os oponentes |