De todos os sentimentos humanos, certamente os que mais contribuem para que a existência seja repleta de harmonia e beleza, são a amizade, a ternura e o amor. A Amizade é o balsamo que cura nossas feridas, é o remédio para as horas difíceis, quando a vida nos parece atribulada ou quando não vemos uma saída para nossos problemas, nestes momentos, é sempre o apoio de um amigo, com suas palavras de encorajamento e presença confortadora, que nos da alento para que possamos continuar nossa caminhada. A Ternura é como um dia de sol em nossa vida, ela torna os corações humanos mais receptivos e amorosos, emprestando- lhes luz, calor e harmonia. Que abraço é melhor do que dado pela ternura? O Amor enriquece a alma, conforta os aflitos, supera desentendimentos, promove reconciliações, distribui alegria, ameniza a tristeza. O amor nos favorece os mais altos momentos de sensibilidade e emoção, habilitando- nos a felicidade plena.

Seus olhos tão belos, tão puros, De vivos luzir, Estrelas incertas, que as águas dormentes Do mar vão ferir; Seus olhos tão belos, tão puros, Tem meiga expressão, Mais doce que a brisa, -mais doce que a nauta De noite cantando, -mais doce que a frauta Quebrando a solidão. Seus olhos tão belos, tão puros, De vivo luzir, São meigos infantes, gentis, engraçados Brincando a sorrir. São meigos infantes, brincando, saltando Em jogo infantil, Inquietos, travessos; -causando tormento, Com beijos nos pagam a dor de um momento, Com modo gentil. Seus olhos tão belos, tão puros, Assim é que são; Às vezes luzindo, serenos, tranquilos, Às vezes vulcão; Às vezes, oh! sim derramam tão fraco, Tão frouxo brilhar, Qua a mim me parece que o ar lhes falece, E os olhos tão meigos, que pranto umedece Me fazem chorar. Assim lindo infante, que dorme tranquilo, Desperta a chorar; E mudo e sisudo, cismando mil coisas, Não pensa- a pensar. Nas almas tão puras de virgem, do infante, Às vezes do céu Cai doce harmonia duma Harpa celeste, Um vago desejo; e a mente se veste De pranto ` co um céu. Quer sejam saudades, quer sejam desejos Da pátria melhor; Eu amo seus olhos que choram sem causa Um pranto sem dor. Eu amo teus olhos tão belos, tão puros, De vivo fulgor; Seus olhos que exprimem tão doce harmonia, Que falam de amor com tanta poesia, Com tanto pudor. Seus olhos tão belos, tão puros, Assim é que são; Eu amo esses olhos que falam de amores Com tanta paixão.