Outras informações de interesse
Aqui temos informações complementares sobre as estações, não só da Ytuana, mas também das sucessoras Cia. União Sorocabana e Ytuana e E.F. Sorocabana, gentilmente cedidas por Ralph Mennucci Giesbrecht:
1. Cesário Mota - esta foi inaugurada em 1914, como "km 178", mas ganhou o
nome de Cesário Mota em 1921. Foi desativada em 20/08/1935.
2. Ermida - aberta também em 1914, como km 180. Somente em 1921 passou a ser chamada de Totóta
Fonseca. Em 28/04/1927 foi renomeada como Ermida.
3-Itupeva (1873)
4-Monserrat (1889)
5-Quilombo (1873)
6-Francisco Quirino
7-Itaici
8-Indaiatuba (1873)
9-Cardeal (1910) - O nome da estação, chamada então de Posto Cardeal, aparece pela primeira vez na
listagem de estações da Sorocabana referente
ao ano de 1910. Não houve um relato formal sobre sua construção. Seu nome é uma homenagem ao português José Rodrigues Cardeal, que mandou erigir uma
capela na região. Até 1916, não tinha movimentação de passageiros. Em 1/7/1919, o posto foi elevado à categoria de estação, no mesmo dia em que
se inaugurou o prédio definitivo. Aparentemente, o que existia antes era uma construção pequena e rústica, provisória, mesmo.
9A-Chave Stein - pequena parada, existe até hoje!! Parece ser coisa inaugurada nos anos 50.
10-Elias Fausto (1875) - Embora conste em algumas fontes o ano de 1873 como sendo o da inauguração da estação original, o mais provável é que a
abertura do ramal que deveria ir até São Pedro tenha ocorrido somente em 1875, com esta estação como terminal provisório. O seu nome original foi
Monte Mor, pois, embora distante desta vila, o local da estação pertencia a este município na época. Recebeu o novo nome somente em 1890, como uma
homenagem ao então Diretor-Superintendente da Ituana, dr. Elias Fausto. A estação deu origem à vila que mais tarde se tornou município com o mesmo nome. Em 1899, o prédio foi reconstruído, e, em 1908, ampliado.
11-Chave Queluz - sem vestígios (Fazenda Queluz)
12-Tiburcio (1907) - Nos relatórios da Sorocabana, referentes aos anos de 1906 e 1907, aparecem notas
sobre a construção do edifício do posto telegráfico de Tibúrcio, que a partir de 1907 passa a aparecer na relação,
das estações. Em 1920, as condições da estação eram péssimas, pois a estação era "um pardieiro", de acordo com o relatório do Estado, novo dono
da Sorocabana a partir daquele ano. Em 1/10/1925, foi elevada a estação. A estação foi demolida há cerca de dez anos, de acordo com moradores da
colônia do mesmo nome, que sobreviveu junto com sua capelinha, e que me deram um depoimento rápido em 02/04/1998. O lugar da estação é hoje
indistinto (embora estivesse situado não muito longe da colônia), visto que plantou-se cana por toda a área.
13-Capivari (1875) - O primeiro trem chegou a Capivari "em trafego provisorio" em 12 de fevereiro de 1875. O tráfego definitivo foi inaugurado
no final desse ano, juntamente com a estação. Em 1888, o relatório da Ituana escreve: "A 1o. de Dezembro foi encontrada a estação de Capivary
arrombada. Foi feito o competente auto de corpo de delicto, e todas as providencias tomadas para se descobrir o malfeitor. Não se conseguiu porém
provar evidentemente o culpado desse attentado, mas não se encontrando desfalque algum importante, e sómente a ausencia de documentos que provavam
a desidia de um empregado subalterno, acredita-se que aquelle arrombamento foi expressamente feito para fazer desaparecerem aquelles documentos. O
respectivo empregado foi demittido e ordem expressa foi dada ao chefe a'aquella estação para não abandonal-a durante a noite". Em 1901, o prédio
foi reconstruído. O prédio da estação atual foi construído somente em 1918,
com projeto de Cândido Mota Filho. Com a quilometragem marcando 191,371 km (distância a partir de São Paulo, passando por Mairinque), na placa ainda
existente na fachada do prédio, a estação de Capivari é certamente a maior do ramal, tanto em comprimento quanto em altura, com um belo relógio sobre
ela.
14-Rafard (1876) - antiga Villa Raffard
14A-Chave Leopoldina - existiu entre 1937 e meados da década de 40
15-Mombuca (1876) - demolida
16-Rio das Pedras (1876) - Hoje demolida - Inaugurada em 1876, teve seu prédio totalmente reconstruído em 1899. Foi, infelizmente, demolida em 1984
(de acordo com o Relatório das Instalações Fixas da Fepasa, de 1986), sobrando apenas o prédio do armazém.
16A-Charcot - era uma parada, já no município de Piracicaba.
17-Piracicaba - A estação de Piracicaba original foi construída em terreno doado
pela Câmara Municipal. Ela foi inaugurada com dois dias de festas, em 20/02/1877, quando a cidade se chamava ainda Constituição, nome que foi
alterado para Piracicaba, menos de dois meses depois. É ainda curioso que existam
fontes que dão como ano de inauguração da estação de Piracicaba o ano de 1879, apesar de todas as descrições que existem das datas e das festas de
inauguração em 1877. O tráfego definitivo dos trens, entretanto, só foi iniciado em 19 de maio, três meses depois da inauguração da estação. Esse
prédio era um armazém de cargas, com um pequeno cômodo para o embarque e desembarque de passageiros.
Em 06/01/1885, com a inauguração da nova estação, ainda em construção, com direito a
concertos e saraus, o trem chegou ao seu novo leito pela primeira vez, desativando a estação primitiva. Esta, que se situava onde hoje está o
Bairro Alto, entre as ruas Moraes Barros e XV de Novembro, foi demolida anos mais tarde, depois de ter sido sugerida a sua adaptação para abrigar a
hospedaria de imigrantes na cidade, o que acabou por não acontecer. Hoje, em seu lugar, existe o grupo escolar Dr. Alfredo Cardoso, lugar esse que
não ficava muito longe da estação atual, mas num local mais alto. A nova estação, depois de uma obra muito lenta (a pedra fundamental havia sido
colocada, com mais festas, em 22/04/1884), foi terminada somente em fins de 1886, quase dois anos depois de sua inauguração oficial, na margem direita
do córrego Itapeva, que, canalizado mais tarde, tornou-se hoje uma das mais importantes vias da cidade, a Armando de Salles Oliveira. Esse edifício,
projetado pelo engenheiro José Pereira Rebouças foi totalmente reformado em 1943, tomando o aspecto que
ostenta até hoje. Durante a reforma, um barraco de madeira serviu, mais uma vez, de estação provisória de embarque e desembarque. Em 1944, o "novo"
prédio foi inaugurado. Existem registros que afirmam ter sido o velho prédio demolido para dar lugar ao atual, mas o que ocorreu mesmo foi uma
ampla reforma, com o aproveitamento da estrutura original do edifício. O edifício serve hoje como estação de ônibus. A fachada ainda é muito
parecida com a de 1944; já a parte de trás, não tem mais nada a ver, e a plataforma foi completamente demolida e a cobertura obviamente retirada,
para dar passagem a uma rua.
Fontes: História de Piracicaba em
Quadrinhos, Leandro Guerrini, 1970; Relatório da Sorocabana, 1943;
Mais que Vencedores, Noedi Monteiro, 1997.
18-Barão de Resende (1913) - demolida - Foi inaugurada em 1913, dando origem ao bairro de Vila Resende. Depois de uma reforma em 1938, ganhou um
novo prédio em 1952. Desta estação saía um ramal de bitola métrica, de 30 km, pertencente à Societé Sucreries Bresiliennes, para o transporte de cana
e derivados. Barão de Resende foi finalmente desativada em 1966, com o fim das operações do trecho Piracicaba-São Pedro.
Infelizmente, foi demolida, e hoje, não existe nem sombra do que um dia foi a estação. Pelo que pude
deduzir, existe hoje no local um prédio da Polícia Militar. Ficava no final da avenida Rui Barbosa.
19-Montana (antiga Chave) (1887) - demolida - Embora apareça na relação de estações da Sorocabana
apenas a partir de 1908, é sabido que já existia naquele ponto um posto desde vários anos antes, tanto que, em 1899, o
pequeno prédio havia sido reconstruído. A estação original deve ter sido construída quando da inauguração do ramal de Artêmis, em 1887, que começava
exatamente aqui. Em 1908, um novo prédio, maior, foi inaugurado. Em 1953, o nome foi alterado para Montana, depois de, por muitos anos, chamar-se
somente Chave, que na verdade era um nome genérico para pequenas paradas da Sorocabana. O nome Montana teria sido dado em homenagem ao primeiro
encarregado de Via Permanente no lugar, que tinha esse nome. Em 1962, o ramal de Artêmis foi desativado. Montana foi finalmente desativada em 1966,
com o fim das operações do trecho Piracicaba-São Pedro. Foi demolida, e, no local onde ela estava, às margens do rio Corumbataí, existe hoje um
descampado, cercado com arame, e algo que, visto de longe, pode ter sido
uma plataforma. A seguir, uma ponte metálica, ainda com alguns trilhos, cruza o Corumbataí, sendo isso o que resta do ramal de Artêmis. Na
cabeceira dessa ponte, uma pequena favela.
20-Costa Pinto (1888) - Construído para atender a Usina Costa Pinto, ainda hoje existente ao norte da cidade de Piracicaba, a estação, inaugurada em
1888, já em 1899 tinha o seu edifício reconstruído. A estação foi
finalmente desativada em 1966, com o fim das operações do trecho Piracicaba-São Pedro. O prédio ainda existe, fechado inclusive com tijolos;
é pequeno e simpático. O resto da vila ferroviária ainda parece estar todo
lá. O local se chama Vila Breda e fica situado atrás da usina, mas já do outro lado do rio Corumbataí.
20A-Tabela (parada)
21-Recreio (1888)
22-Paraisolândia (antiga Paraíso) (1888)
23-Charqueada (também antigamente escrito Xarqueada) (1888)
24-São Pedro (1893) - demolida