Terra

Dados Gerais
Estrutura Interna
Atmosfera

raio equatorial = 6378 km
massa = 5,97E24 kg = 1,0123 massas terrestres = 1/328900,5 massas solares
densidade = 5,5 g/cm^3
período de rotação = 23 h 56 min 04,1 s
inclinação do equador = 23,44°
achatamento = 0,003353
temperatura = 300 K
albedo geométrico = 0,367
magnitude absoluta = -3,86
número de satélites conhecidos = 1

A Terra é o terceiro planeta a partir do Sol, e forma com o seu satélite, a Lua, uma espécie de planeta duplo. Excetuando-se Caronte, satélite de Plutão, é o satélite que apresenta maior tamanho comparado ao planeta.
A Terra é o único planeta conhecido até agora que apresenta água no estado líquido, ou seja, a temperatura se encontra entre o ponto de congelamento e o de ebulição da água; esta água na forma líquida é fundamental para a existência de vida da forma que conhecemos atualmente.
O diâmetro da Terra é de 12000 km. No seu centro há um núcleo de ferro-níquel, a altas temperatura, pressão e densidade. Este núcleo é suposto líquido (devido a inexistência de ondas S abaixo de 3000 km, as ondas S não se propagam em líquidos), mas haveria um núcleo mais interno que seria sólido (já que as ondas P têm sua velocidade modificada a uma profundidade de 5000 km, isto indica que a onda passou de um meio para outro diferente).
Este núcleo é envolvido pelo manto, formado por silicatos, que a altas pressões se comporta como um líquido viscoso.
Exterior ao manto há a crosta, mais fina sob os oceanos e mais grossa nas montanhas (a espessura varia de 12 a 65 km) que flutua sobre este, permitindo o movimento de placas tectônicas. Há 200 milhões de anos atrás os continentes estavam unidos formando um protocontinente denominado Pangea. Hoje em dia o movimento destas placas continua, fazendo com que a América do Norte se afaste alguns centímetros por ano da Europa. Montanhas se formam nas regiões onde duas placas colidem, o movimento da placa onde está a Índia em relação a de onde se encontra o restante da Ásia faz com que o Himalaia aumente levemente de altura com o tempo. Na região onde há divisões de placas, uma pode sobrepor suas extremidades a de outra, gerando os terremotos, os terremotos ocorrem em regiões mais profundas nos continentes e em regiões mais próximas da superfície nos leitos marinhos, devido a diferença de espessura da crosta nestas regiões. A superfície solida também pode se deformar sob influência do clima (erosão) e pela ação humana.
A maior parte da superfície terrestre é coberta por água, que teve sua origem da condensação do vapor de água eliminado em erupções vulcânicas.
A atmosfera primordial da Terra não possuia oxigênio, mas este surgiu a partir de processos químicos orgâncos ocorridos nos oceanos, o dióxido de carbono existênte está agora concentrado principalmente em rochas. Atualmente a atmosfera é composta principalmente de nitrogênio (77%) e oxigênio (21%), ocorrem em menor proporção dióxido de carbono, argônio e vapor d'água. A camada mais baixa da atmosfera é a troposfera (0 até 8-10km), é onde ocorrem a maior parte dos fenômenos atmosféricos. Acima está a estratosfera (até 60km), onde a temperatura baixa em relação a camada anterior; é na estratosfera que se encontra a camada de ozônio que protege o planeta da radiação ultravioleta emitida pelo Sol. A fronteira entre as duas camadas citadas anteriormente é dita Tropopausa. Acima da estratosfera encontra-se a ionosfera, região onde ocorre a aurora; esta região é fundamental para a comunicação por rádio, já que reflete as ondas de volta à Terra. Acima está a exosfera.
O fenômeno atmosférico mais comum é o arco-íris, que é causado pela refração da luz em gotas d'água, onde a luz é decomposta em seu espectro. O arco-íris sempre se encontra em direção oposta ao Sol,mas também pode ser causado pela luz refletida pela Lua. Quando a luz é refletida pelos cristais de gelo existentes na atmosfera ocorre um fenômeno conhecido por halo, que é um círculo ou partes de um em torno do Sol ou da Lua. A aurora é um fenômeno que ocorre próximo às regiões polares, e é causado pelo movimento de partículas carregadas emitidas pelo Sol, quando aprisionadas pelo campo magnético terrestre, que as força a se moverem em direção aos polos.
A Terra possui um campo magnético que é gerado por movimentos de seu núcleo, o campo é uma espécie de dipolo, inclinado 11° do eixo da Terra, ou seja, o polo magnético não coincide com o geográfico. A localização dos polos magnéticos é alterada com o tempo, os polos norte e sul já inverteram suas posições diversas vezes.
A Terra possui um satélite natural, a
Lua.

Vênus Marte






principais mares e crateras
Lua

A Lua é o objeto mais próximo de nós no espaço. Mesmo sem o uso de intrumentos podemos discernir áreas claras e escuras na superfície lunar, as áreas escuras foram denominadas mares (maria, em latim), mas estas áreas nada têm em comum com os mares e oceanos terrestres. Com auxílio de binóculos ou um pequeno telescópio podemos ver crateras na superfície da Lua, todas formadas por impacto de meteoritos. Na Terra também existem crateras resultantes de impactos, mas estas são menos abundantes que na Lua porque a atmosfera terrestre permite que apenas os meteoritos de maior tamanho (que existem em menor numero se comparado aos de dimensões menores) cheguem a superfície, os menores são totalmente consumidos pela atmosfera, gerando um fenômeno popularmente denominado como 'estrela cadente'. Outro fator que dificulta a localização de crateras na Terra é a erosão, que deforma o terreno, além da ocupação humana, vulcões e terremotos, que alteram o ambiente; na Lua a tênue atmosfera e a inexistência (atualmente) de vulcanismo e baixa atividade tectônica preservam as crateras.
O primeiro homem a pisar na Lua foi Neil Armstrong, da Apolo 11, em 1969. Várias missões foram enviadas a Lua e trouxeram para a Terra vários gramas de material do solo lunar, sismômetros foram deixados na Lua e detectaram abalos sísmicos (moonquakes) além de impacto de meteoritos.
A origem da Lua ainda não é conhecida, uma teoria que dizia que esta teria se originado de material proveniente de onde hoje se encontra o oceano Pacífico já foi descartada, pois a composição do solo lunar é diferente da do solo terrestre e as rochas terrestres apresentam água em sua composição enquanto as lunares não. Sabemos que a Terra e a Lua foram formadas em épocas próximas, mas ainda não se sabe se a Lua sempre foi satélite da Terra ou se fora capturada após a formação desta última.
Atráves da atividade sísmica e estudo do campo gravitacional lunar foi possível construir um modelo de sua estrutura interna. Os abalos sísmicos na Lua ocorrem em regiões mais profundas e com menor intensidade que na Terra, a maioria dos abalos ocorrem na região que divide o manto sólido (litosfera) e o núcleo (astenosfera). As ondas S não penetram na astenosfera, indicando que esta não é completamente sólida. Alguns abalos sísmicos na Lua podem ser gerado pelas forças de maré.
As missões à Lua também verificaram a existência de concentração maior de massa (mascons) nas regiões abaixo dos mares, esta concentração ocorre porque nestas regiões existem grandes brocos de basalto formados pelos impactos que geraram os mares, depois disto as crateras foram preenchidas por lava, como pode ser visto no Mare Ibrium.
Com o início das missões espaciais e em particular com o programa Apolo cresceu o interesse pela Lua, mas o início do estudo da Lua ocorreu por volta de 2000 aC.
O movimento mais evidente da Lua, o seu nascimento no leste o ocaso ao oeste, nada mais é que o efeito da rotação da Terra. Mas a Lua executa um movimento real em direção ao leste, levando aproximadamente 27,32 dias para dar uma volta completa, este período é denominado 'mês sideral'; isto é, a cada mês sideral a Lua retorna à mesma posição do céu em relação às estrelas distantes.
Após este período as posições relativas do Sol, Terra e Lua não serão as mesmas, o período necessário para que as posições sejam as mesmas é 29,53 dias, conhecido como 'mês sinódico', e é o período necessário para que uma fase da Lua se repita; por exemplo, na Lua cheia, Terra, Sol e Lua devem estar alinhados,e isto ocorre a cada 29,53 dias. A fase da Lua coincide com a data a cada 19 anos, este período é conhecido como 'ciclo metônico'.


fases da Lua

Eclíptica é uma linha imaginária no céu que o Sol percorre. O plano equatorial terrestre forma com a eclíptica um ângulo de 23,5° , o plano equantorial lunar forma um ângulo de 5° com a eclíptica. É esta pequena inclinação de 5° que faz com que não tenhamos um eclipse a cada lua nova ou cheia, já que o eclipse ocorre quando o Sol, Terra e Lua estão alinhados. Os pontos onde a trajetória da Lua cruza a eclíptica são denominados 'nodos', estes se deslocam gradualmente para oste no céu, e completam uma revolução completa no céu em 18,61 anos. Então para que ocorra o eclipse, é necessário o alinhamento, que pode ocorrer apenas nos nodos.


plano equatorial da Terra, da Lua e nodos.

eclipse lunar: ocorre quando a Lua passa pela sombra da Terra.

eclipse solar: Como os diâmetros angulares do Sol e da Lua são semelhantes, o eclipse total só ocorre eu uma área limitada (A) da superfície terrestre, quando a sombra não alcança a superfície da Terra temos um eclipse anular, o eclipse é parcial nas regiões de penumbra (B).

'Maria'			Mares
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Oceanus Procellarum	Oceano das Tormentas
Mare Aestatis		Mar do Verão
Mare Anguis		Mar das Serpentes
Mare Australe		Mar do Sul
Mare Cognitum		Mar do Conhecimento
Mare Crisium		Mar das Crises
Mare Fecunditatis	Mar da Fertilidade
Mare Frigoris		Mar do Frio
Mare Humboldtianum	Mar de Humboldt
Mare Humorum		Mar da Umidade
Mare Imbrium		Mar das Chuvas
Mare Ingenii		Mar do Engenho
Mare Marginis		Mar Marginal
Mare Moscoviensae	Mar de Moscou
Mare Nectaris		Mar do Néctar
Mare Nubium		Mar das Nuvens
Mare Orientale		Mar Oriental
Mare Serenitatis	Mar da Serenidade
Mare Smythii		Mar de Smyth
Mare Spumans		Mar Espumante
Mare Tranquillitatis	Mar da Tranquilidade
Mare Undarum		Mar das Ondas
Mare Vaporum		Mar dos Vapores

'Maria' pequenos	Lagos, Baías e Pântanos
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Lacus Mortis		Lago da Morte
Lacus Somniorum		Lago dos Sonhos
Lacus Veris		Lago da Primavera
Lacus Automni		Lago do Outono
Lacus Aestatis		Lago do Verão
Palus Somnii		Pântano do Sono
Palus Nebularum		Pântano das Doenças
Palus Putredinis	Pântano da Podridão
Palus Epidemiarum	Pântanos das Epidemias
Sinus Aestuum		Baía Fervente
Sinus Iridum		Baía do Arco-íris
Sinus Medii		Baía Central
Sinus Roris		Baía do Orvalho

astronomia