Petróleo
Criação da ANP
Desde 97, muito se tem falado na ANP (Agência Nacional de Petróleo), tratada como o grande instrumento regulador e fiscalizador do setor petrolífero no País. A ANP terá um poder extraordinário sobre o setor e sobre as empresas concessionárias.
Uma das questões que preocupam, principalmente aos trabalhadores da Petrobrás, diz respeito à privatização da empresa. Esta não é uma atribuição da Agência, mas ela pode contribuir de maneira decisiva para o desmonte da Petrobrás.
A ANP pode retirar da empresa algumas atividades e colocá-las em licitação. A saída da Petrobrás de alguns setores fará com que ela perca sua característica de empresa verticalizada e impedirá a realização de políticas importantes para o abastecimento do País.
O desmonte depende da análise técnica (talvez política, infelizmente) dos dados fornecidos pela empresa. A abertura de licitação para atividades exercidas pela Petrobrás pode levar a empresa a uma diminuição de seu porte, em benefício de grupos privados internacionais.
Por isso o cargo de diretor-geral da Agência ficou para o genro do presidente FHC, David Zylbersztajn. Um engenheiro que entende pouco de petróleo, mas que tem a confiança do sogro (que o nomeou) para ocupar um dos cargos mais importantes e de maior poder da economia brasileira.
Mas alguns mitos foram criados sobre a ANP. Um deles, é de que a Agência poderá substituir a diretoria da Petrobrás. Esta não é uma atribuição do genro Zylbersztajn, mas do sogro FHC. Agora está tudo em família.
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