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Falando o que vem na cabeça.

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Rio de Janeiro - Quando eu estive na França, durante a última Copa do Mundo, chegaram às minhas mãos várias revistas brasileiras. Recordo-me que uma delas fazia uma exaltação ao Viagra. Estampava uma banana descascada na capa, representando um membro ereto. Uma outra, apresentava uma reportagem se referindo a um medicamento, que infelizmente não me recordo o nome, dizendo ser a solução para a insônia, agindo de modo diferente de outras drogas, sem causar dependência.

Eu, que não gozo das simpatias de Morfeu, confesso que naquele momento fiquei mais interessado na possibilidade de deitar e dormir do que fazer levantar alguma coisa.

Não mais ouvi falar do remédio milagroso para dormir.

Em conversas com médicos, eles disseram ser muito individual a indução ao sono, e que muitos clientes conseguem dormir bem até com um antialérigico, tipo Fenergan.

A porra é complicada, meu caro irmão João Areosa que me indaga a respeito. Pior ainda, João, é que todos os medicamentos, mandam suspender o BÃO.

Para os que não sabem, o BÃO é o nome que o meu amigo João dá a um bom uísque.

Analisando o fato, acho que o João vai preferir tomar um porre para dormir.

Bem aventurados aqueles que dormem bem...

Com referência ao já famoso Viagra, o cantor Julio Iglesias revelou que além de ter feito o uso normal, experimentou colocar as cápsulas nos ouvidos.

Disse que o resultado foi incrível. Passou a ouvir declarações e histórias de amor, como se fossem cantos de sereia, que provocaram o mesmo efeito.

Os inocentes, sim, tenho pena dos inocentes que morrem vitimados por uma bala perdida, que são atropelados na via pública, que são vítimas das enxurradas e das guerras sem propósito, dos furacões da vida e também tenho pena dos aposentados autênticos.

Estive duas vezes em Bagdá (será que o bag é boiola, dá?).

A primeira vez foi com o Kuwait. Quase viro vítima inocente, culpado por ter vencido o jogo. Foi difícil sair inteiro do Estádio.

A segunda vez, com os Emirados, após a guerra contra o Irã.

O nosso médico foi levar um jogador ao hospital para tratamento, voltando horrorizado com o que viu: "Capitão Chirol só havia mutilados".

Depois disso o bigodudo, invadiu o Kuwait e matou milhares de pessoas, inclusive o nosso Sheik Fahed, que era o presidente da Federação de Futebol. O mesmo que invadiu o campo na copa da Espanha no jogo contra a França.

Esse não era nenhum inocente, mas era meu amigo, gente boa que amava o futebol.

Quando eu era jovem, gostava muito de história e geografia. Os rios Tigris e o Euphrates, ficaram gravados na memória. Estive à margem de um deles em Bagdá, acreditem, é mais poluído que o nosso Tietê. Não tem nada a ver com as mil e umas noites de Scheerazade. Não confundir a linda mulher, que para adiar a sua morte, ficava contando estórias para o Sultão, com o Ladrão de Bagdá.

O AI-5, é pinto, comparado ao regime existente.

Ao invés dos mandatários canalizarem as riquezas do petróleo para o bem estar do povo, usam a prepotência e a tirania só pensando em guerra. Constróem fortalezas, que felizmente deixaram de ser invulneráveis e usam a religião como escudo. Que Alá se apiede da alma do Sr. Sadan.

Claro que não aprovo nenhum tipo de violência, mas não vamos por isso crucificar o Clinton. Chega o que aprontaram pra cima dele. A dona Mônica está faturando alto. Dizem que vai até fazer propaganda de uma famosa marca de charutos.

E o outro João que é Ubaldo. Que Figura marvilhosa ! Queira saber ou não, você é muito admirado pela minha família. Minha mulher chega a guardar reportagens suas, que são sempre marcadas pelo sadio humor e coragem. Talento ? Nem se fala. Vejo que às vezes você tem problemas como eu no computador. Só espero que essas máquinas, jamais cometam um crime eletrônico, deixando de salvar um texto seu.

Como dizia o poeta Vinicius, Saravá bom baiano!

Assim como o Pelé foi eleito o atleta do século e a Seleção de 1970 foi considerada a equipe do século, O Dr. João Havelange, é para mim o desportista do século. Por favor, Monsieur Havelange, viva muito para ensinar aos nossos dirigentes. Quem sabe, com a sua ajuda, teremos pelo menos, um clube carioca nas finais do brasileiro.

Acabo de ganhar de presente da minha mulher, o primeiro de uma série, dos "Três séculos de música para piano" do mestre Artur Moreira Lima.

Vem ainda muita coisa boa por aí. Espero que "As impressões Seresteiras "de Vila Lobos, faça parte da coleção.

Sempre fui admirador do Artur Moreira Lima. Ouvi histórias maravilhosas contadas por ele, na época em que viveu na Rússia. Quando trabalhei com o querido e saudoso Domingos Bosco, no Fluminense, comentava sempre com ele a vontade que tinha de conhecer o grande pianista, torcedor tricolor.

Certa vez, fomos jogar em S. Paulo. Após o jogo, eu estava embaixo do chuveiro, quando, de repente, abriram a cortina de plástico do box aonde eu me encontrava inteiramente nu.

Deparei-me com o Bosco , segurando o braço do maestro e falando: você não queria conhecer o Artur? Muito constrangido, porém emocionado, apertei a mão privilegiada do artista, não sabendo aonde colocava a outra mão.

Obrigado mestre, o "Jesus Alegria dos homens" de Bach , o "Prelúdio de Rachimaninof", assim como toda as composições contidas nos CDs estão fantásticos.

Às vezes, paro para pensar, e apesar de tudo, me sinto gratificado. O futebol me proporcionou muitas coisas boas e belas, tenho de reconhecer.

Quero agradecer a todos os que prestigiam essa Home Page, que é fruto da dedicação e talento do João do Bão e, especialmente agradecer aqueles que durante o ano que se vai, tiveram a coragem de ler o que foi escrito por mim, que não sou do ramo, mas me esforcei para contar alguma coisa.

Desejo um bom Natal a todos e um feliz ano que antecede o próximo século.


Admildo Chirol morreu
quatro dias depois de
escrever esta coluna.



Admildo Chirol é treinador
de Futebol  formado no
Rio de Janeiro.
Foi o preparador físico
da seleção Brasileira na
conquista do tri, no México,
em 1970.



e-mail para esta coluna
admildo@rio.nutecnet.com.br

 

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