Ética e Cidadania |
Crimes
Será que há realmente quem acredite que exista perdão para crimes desse tipo? A espécie Homo sapiens é a única que mata e tortura outras espécies da Terra por prazer. Qual deveria ser a resposta da natureza para uma tal aberração? Num artigo publicado na revista alemã Der Spiegel, o biólogo evolucionista Edward Wilson declara que a cada dia desaparecem no mundo cerca de 70 espécies de plantas e animais, 27 mil por ano. A causa é a ação predatória do ser humano na natureza. Pesquisadores do National Science Board dos Estados Unidos estimam que 25% das espécies estão ameaçadas de morte nos próximos 25 anos pela atuação de uma única espécie: o Homo sapiens. Como pode ainda causar espanto quando catástrofes da natureza dizimam milhares de membros dessa espécie degenerada? E as experiências com animais? De onde o ser humano (?) tirou a idéia que tem direito de vida e morte sobre outras espécies da Criação? Na Inglaterra, um sorridente e orgulhoso pesquisador anunciou ter conseguido produzir sapos sem cabeça, enquanto alguns colegas seus fizeram crescer as orelhas de um coelho até atingir cada uma 34,3cm de comprimento por 18,7cm de largura... Num feito que a empresa americana Genome Therapeutics qualificou de "uma das descobertas mais importantes do ano", um grupo de cientistas de vários países conseguiu fazer um rato nascer sem ossos. Vamos agora mencionar especialmente alguns aspectos relacionados aos tão decantados transplantes, já que existe hoje um consenso universal de que tal prática constitui um extraordinário avanço da ciência médica, só trazendo benefícios: O corpo humano não é uma máquina, cujas peças possam ser trocadas por outras idênticas quando apresenta algum defeito. O corpo é o instrumento que possibilita a atuação do espírito na matéria. Ele é emprestado ao espírito para utilização durante um determinado tempo, findo o qual deve ser devolvido à terra. Durante o tempo de utilização ele tem de ser muito bem cuidado e conservado, sem o que o espírito não poderá atuar como deve. Se alguma de suas partes apresenta um problema, é sinal de que não foi suficientemente bem cuidado ou, então, que o espírito responsável por aquele corpo trouxe uma alma tão carregada carmicamente, que isto acabou por atuar também no corpo terreno, gerando doenças. Em ambos os casos, a culpa da falha de algum órgão do corpo é sempre do próprio espírito humano. O espírito é ligado ao corpo na encarnação, e permanece ligado a partes desse corpo quando estas são removidas depois da morte e continuam a "viver" em outros corpos. Não é difícil ver que esse quadro frankensteiniano é contrário às Leis naturais da Criação, só podendo acarretar danos a doadores e receptores de órgãos humanos. Só as dificuldades observadas em relação aos processos naturais de rejeição já deveriam ter servido de alerta contra a prática dos transplantes. Mas não. Seria esperar demais da ciência médica. Os pesquisadores preferiram desenvolver drogas imunodepressoras cada vez mais potentes, a fim de esticar artificialmente ao máximo a vida dos transplantados. Uma atitude que deixa antever também claramente o domínio do raciocínio sobre o espírito, que só vê contingências materiais em tudo, meramente exteriores, procurando edificar em cima disso. É por essa razão também que a medicina atual não se impressiona, absolutamente, com o fato de o coração, o fígado, os pulmões, os rins e o pâncreas, para serem aproveitados em transplantes, terem de ser retirados do doador ainda enquanto seu coração está batendo Tampouco as graves complicações pós-operatórias, invariavelmente associadas aos transplantes, foram suficientes para demover a ciência médica da prática desse delito. Uma vida prolongada artificialmente não traz benefícios a ninguém. Pelo contrário. Médico e transplantado tornam-se culpados de um crime contra a natureza. Mesmo que aqui na Terra os resultados exteriores e efêmeros de um transplante possam ser classificados de positivos, quando observados através das lentes míopes do intelecto humano, o efeito real de tal ato é calamitoso, como ocorre com tudo quanto ousa opor-se às Leis naturais. Além do novo carma, pesadíssimo, que todos os envolvidos nessa prática angariam para si, o carma antigo que o doente já trazia consigo, evidenciado pelo mal funcionamento de algum órgão, fica naturalmente impedido de ser remido com o transplante. Portanto, além da culpa antiga, uma nova. Após o desenlace terreno, médico e doente reconhecerão, com o mais profundo horror e desespero, de que maneira se enredaram nos espessos fios de culpa formados com o ato do transplante. |