Art_Lit_Psi
Entrevista:
Jorge Forbes
Psicanalista em São
Paulo, médico-psiquiatra, A.M.E., analista membro da Escola
Brasielira de Psicanálise e da Escola Européia
de Psicanálise, o homem é fera.
Rev/ferencia
Lacan, Jobim, Freud, Alain, Jabor, Roberto, Rimbaud entre Outros
formando um nó forbiano que vai sempre além.
É Diretor da revista
de psicanálise e cultura Dora e publicou recentemente o livro:
Da Palavra ao Gesto
do Analista (Jorge
Zahar Editor) de onde retiramos alguns "significantes"
.
Dele(i) tem-se:
"O fantasma é como
uma roda que permite certos giros - não quaisquer -, e
a sua travessia leva ao esvaziamento da sua significação,
possibilitando uma mudança de grandeza na vida de uma
pessoa." (pág. 36)
"A psicanálise lacaniana substitui
a culpa pela responsabilidade. Ela responsabiliza a pessoa por seu desejo. É
uma responsabilidade que se prova, não por se fazer bem
um dever, mas pelas consequências que alguém pode
inscrever no mundo em que vive. " (pág. 12)
"Ouve-se muito em papos de corredor:
"Eu sei que sou histérica mesmo". Ao dizer isso,
a histérica está se colocando como locutora de si mesma,
ou seja, você e eu sabemos dela numa exterioridade absoluta:
uma declaração inconsequênte.
Quando uma pessoa pode se convencer de que ela é ela?
Realmente, qualquer um pode se dizer histérico, obsessivo,
louco;
mas, numa análise, em determinado momento isso ganha vida,
corporifica. Há uma convicção quando alguém
pára de ser locutor de si mesmo de contar sobre si, com
exterioridade a seu respeito. Há que se evidenciar a própria
histeria, a obsessão, etc., como um rabo que se forma
para se tropeçar nele, para que se possa atravessar esse
discurso. O fato de alguém se dizer histérico não
quer dizer que ele ou ela não o seja."(pág.
86)
"O analisando, na compaixão chorosa de si mesmo durante
as sessões, naquela gosma do gozo, de cutucar suas chagas
numa mostração das mesmas, deve ser arrancado,
deslocado desse até que possa rir e confrontar sua maneira
de ser atual com a anterior." (pág. 126)
"Realçando o ridículo que existe
no envelope choroso de um sofrimento, o analista colabora para
que o analisando não se tome por demais a sério.
Dissocia dor e relato da dor, provando que frequentemente sofre-se
mais pelo que se conta do que pelo que se sente." (pág.
79)
Trabalhamos o gesto como algo que excede
a palavra; o ridículo como algo que excede o aceitável;
a interpretação no que excede o sentido, como o
sem-sentido. Talvez seja conveniente lermos Além do Princípio
do Prazer como algo que excede o prazer."(pág. 81)
Leia a entrevista!
Em breve anunciaremos
nosso próximo convidado!
Fique atento, e, se
quiser, envie sua sugestão!