As crianças começaram a fazer tudo, juntas... ficaram amigos.
Um mês depois, Jennifer chega com a notícia em casa:
- Marc, Marc, -só encontra Camilla – filha, cadê o papai ? Marc !
- Pára de gritar, mãe, papai tá na sala de leitura, que saco !
- Camilla, tenha modos ! – a menina nem ouve e volta a brincar com suas bonecas, e com Emily, que estava em sua casa.
- Marc, oi, você não me ouviu ?
- Querida ! Oi – beija a esposa – como você está ? Eu sai mais cedo, você estava numa reunião, e eu não consegui te avisar...
- Tudo bem, Marc. Tenho novidades: iremos à Suécia ! Semana que vêm !
- Mas... e o projeto, ainda precisamos de um mês pra termina-lo.
- Recebi uma proposta. Uma restauração de um monumento, e temos que a desenhar.
- E esse projeto ?
- Marc, ficou no mão de outro engenheiro !
- Mas eu... eu estava gostando tanto, e... meus amigos aqui, o lugar aqui...
- Marc, agora é você ? Não se pode acostumar tanto assim com a região que se está, quando se tem uma profissão, em que em cada mês se está em um país !
- Eu sei. Entendi. Quando vamos ?
- Quinta, de manhã.
- Ok. Mas e Camilla, eu ... ela não vai querer largar os amiguinhos.
- Ora, serão apenas dois meses, na Suécia, depois teremos que voltar pra cá. Se você quiser, ela vai, mas se não, ela pode ficar aqui mesmo. Voltaremos pra cá, novamente.
- Precisamos conversar com ela primeiro.
- É, mas ... temos que ir ajeitando nossas malas.
Foi uma semana corrida. Eles estavam sem empregados, e , precisavam agendar vôo, ver passaporte... e arrumar a mala. Fizeram tudo isso, e, na Quarta à noite, tudo já estava pronto. Camilla, não quis, de modo algum, ir. Eles, ah, o sobrenome da familia de Camillla era Scherer. Bom, como dizia, os Scherer foram conversar com os Andersen, pra pedir que a menina Camilla ficasse na casa deles. Sem problemas, ela ficou. Quinta, pela manhã, os Scherer viajaram.
No outro dia, à noite, o telefone toca, na casa dos Andersen.
- Chris, atende pra mãe, por favor !
- Tô indo, mãe.... – alô ? Ah, um minuto ?
- Maaaaaaaaaaaaaãae, é pra você. Deve ser algo sério, o menino falava assustado.
- Alô ? Quem ? Não, a senhora não pode estar falando sério ? Ah, meu Deus ! Sim, ela está aqui, comigo. Não, não vou manda-la. Não... Ah, vão pro Brasil ? Sinto tanto...
Claire desliga o telefone. Pálida.
- Mãe, o que foi ? Fala logo ! O que aconteceu ?
- Chris... são... ah, meu Deus, acho melhor dizer ao seu pai. É muito sério. – Claire sobe para o quarto, atrás do marido.
- Ué. O que pode ser tão importante – Chris se ‘’encuca’’.