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Músicas que começam com a letra A
Estava à toa na vida O meu amor me chamou Pra ver a banda passar Cantando coisas de amor
A minha gente sofrida Despediu-se da dor Pra ver a banda passar Cantando coisas de amor
O homem sério que contava dinheiro parou O faroleiro que contava vantagem parou A namorada que contava as estrelas parou Para ver, ouvir e dar passagem A moça triste que vivia calada, sorriu A rosa triste que vivia fechada, se abriu E a meninada toda se assanhou Pra ver a banda passar Cantando coisas de amor
O velho fraco se esqueceu do cansaço e pensou Que ainda era moço pra sair no terraço e dançou A moça feia debruçou na janela Pensando que a banda tocava pra ela A marcha alegre se espalhou na avenida e insistiu A lua cheia que vivia escondida surgiu Minha cidade toda se enfeitou Pra ver a banda passar Cantando coisas de amor
Mas para meu desencanto O que era doce acabou Tudo tomou seu lugar Depois que a banda passou
E cada qual no seu canto Em cada canto uma dor Depois da banda passar Cantando coisas de amor
Era uma casa muito engraçada Não tinha teto, não tinha nada Ninguém podia entrar nela não Porque na casa não tinha chão
Ninguém podia dormir na rede Porque na casa não tinha parede Ninguém podia fazer pipi Porque penico não tinha ali
Mas era feita com muito esmero Na rua dos bobos Número zero
Conheci uma menina que veio do sul Pra dançar do tchan e a dança do tchutchu Deu en cima e deu embaixo na dança do tchan E na carrapinha deu uma roladinha Agora o Gera Samba mostra pra vocês A dança do bumbum que pegou de uma vez
Bota mão no joelho Dá uma baixadinha Vai mexendo gostoso Balançando a bundinha
Agora mexe (mexe, mexe mainha) Agora mexe (mexe, mexe lourinha) Agora mexe (mexe, mexe neguinha) Agora mexe (balançando a bombomzinha)
Mexe, mexe pro lado Mexe, mexe pro outro Vai mexendo embaixo Vai mexendo gostoso
Vai no sapatinho, vai Vai mexendo gostosinho, vai
Brilha pra ela sim Brilha pra ele também Brilha pra mim Brilha pra todos nós Brilha pra iluminar o amor Que quer falar e não tem voz
Eu vi pontilhar A constelação no céu A constelação Lá no alto muito brilha De repente uma estrela cadente Riscou o firmamento Desprendeu-se naquele momento Da minha visão Deixando um raio de luz em sua trilha Deu razão pra eu me inspirar Pra eu poder versificar As coisas lindas Desta redondilha
Ela caiu no mar Fora do alcance De um farol de milha Muito mais que um farol Muito mais que um clarão A nossa estrela brilha
Tristeza não tem fim Felicidade, sim
A felicidade é como a pluma que o vento vai levando pelo ar Voa tão leve, mas tem a vida breve Precisa que haja vento sem parar
A felicidade do pobre parece a grande ilusão do carnaval A gente trabalha o ano inteiro por um momento de sonho Pra fazer a fantasia de rei, ou de pirata ou jardineira E tudo se acabar na quarta-feira
A felicidade é como a gota de orvalho numa pétala de flor Brilha tranqüila, depois, de leve, oscila E cai como uma lágrima de amor
A minha felicidade está sonhando nos olhos da minha namorada É como esta noite, passando, passando Em busca da madrugada. Falem baixo, por favor! Pra que ela acorde alegre com o dia, oferecendo beijos de amor
Tristeza não tem fim
Quando não tinha nada, eu quis Quando tudo era ausência, esperei Quando tive frio, tremi Quando tive coragem, liguei
Quando chegou carta, abri Quando ouvi Prince, (Salif Keita), dancei Quando o olho brilhou, entendi Quando criei asas, voei
Quando me chamou, eu vim Quando dei por mim, tava aqui Quando me achei, me perdi Quando vi você, me apaixonei.
A tonga da mironga do kabuletê Eu caio de bossa Eu sou quem eu sou Eu saio da fossa Xingando em nagô
Você que ouve e não fala Você que olha e não vê Eu vou lhe dar uma pala Você vai ter que aprender
A tonga da mironga do kabuletê
Eu caio de bossa Eu sou quem eu sou Eu saio da fossa Xingando em nagô
Você que lê e não sabe Você que reza e não crê Você que entra e não caba Você vai ter que viver
Na tonga da mironga do kabuletê
Você que fuma e não traga E que não paga pra ver Vou lhe rogar uma praga Eu vou é mandar você
Pra tonga da mironga do kabuletê
Eis o malandro na praça outra vez Caminhando na ponta dos pés Como quem pisa nos corações Que rolaram dos cabarés
Entre deusas e bofetões Entre dados e coronéis Entre parangolés e patrões O malandro anda assim de viés
Deixa balançar a maré E a poeira assentar no chão Deixa a praça virar um salão Que o malandro é o barão da ralé
Solidão De manhã Poeira tomando assento Rajada de vento Som de assombração Coração Sangrando toda palavra sã
A paixão Puro afã Místico clã de sereia Castelo de areia Ira de tubarão Ilusão O sol brilha por si
Açaí guardiã Zum de besouro Um ímã Branca é a tez da manhã
Afinal Cheguei à conclusão Que pro meu coração Só mesmo um novo amor Chega de viver na amargura Solidão é uma pintura Em um quadro sem valor
Não desejo ser uma aquarela Nem tampouco exposto em tela Pendurado em galeria Você já perdeu a inocência Levou minha paciência Sepultou toda alegria
Vou confessar Infelizmente você me traiu Atribuiu a falsidade Ao seu coração Nunca somou, subtraiu Sem ponderação nos dividiu
É pau, é pedra, é o fim do caminho É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol
É peroba no campo, é o nó da madeira Caaingá candeia, é o matintapereira
É madeira de vento, tombo da ribanceira É o mistério profundo, é o queira ou não queira
É o vento ventando, é o fim da ladeira É a viga, é o vão, festa da cumeeira
É a chuva chovendo, é conversa ribeira Das águas de março, é o fim da canseira
É o pé, é o chão, é a marcha estradeira Passarinho na mão, pedra de atiradeira
É uma ave no céu, é uma ave no chão É um regato, é uma fonte, é um pedaço de pão
É o fundo do poço, é o fim do caminho No rosto um desgosto, é um pouco sozinho
É um estepe, é um prego, é uma conta, é um conto É um pingo pingando, é uma conta, é um ponto
É um peixe, é um gesto, é uma prata brilhando É a luz da manhã, é um tijolo chegando
É a lenha, é o dia, é o fim da picada É a garrafa de cana, o estilhaço na estrada
É o projeto da casa, é o corpo na cama É o carro enguiçado, é a lama, é a lama
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã É um resto de mato, na luz da manhã
São as águas de março fechando o verão É a promessa de vida no teu coração
É uma cobra, é um pau, é o João, é o José É um espinho na mão, é um corte no pé
São as águas de março fechando o verão É a promessa de vida no teu coração
É pau, é pedra, é o fim do caminho É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã É um belo horizonte, é uma febre terçã
São as águas de março fechando o verão É a promessa de vida no teu coração
Todo dia O sol da manhã vem e os desafia Traz do sonho pro mundo quem já não queria Palafitas, trapiches, farrapos, Filhos da mesma agonia
E a cidade Que tem braços abertos de um cartão postal Com os punhos fechados a vida real Lhes nega oportunidades, Lhes mostra a face dura do mar
Alagados, trenchtown, favela da maré A esperança não vem do mar Nem das antenas de tevê A arte de viver da fé Só não se sabe fé em quê Mas a arte é de viver da fé Só não se sabe fé em quê
Por te amar, eu pintei Com azul do céu se admirar. Até o mar adocei E das pedras leite eu fiz brotar
De um vulgar fiz um rei E do nada império pra te dar, E ao cantar eu direi O que eu acho, então, o que é amar
É uma ponte, lá para o longe Do horizonte, Jardim sem espinho. E no que vai bem Em qualquer canção, Roupa de vestir Em qualquer estação.
É uma dança, Pai de criança Que só se alcança Se houver carinho É estar além Da simples razão, Basta não mentir Pra seu coração
Por te amar, eu pintei
Eu queria ser Um tipo de compositor Capaz de cantar nosso amor Modesto
Um tipo de amor Que é de mendigar cafuné Que é pobre e às vezes nem é Honesto
Pechincha de amor Mas que eu faço tanta questão Que se tiver precisão Eu furto
Vem cá, meu amor Agüenta o teu cantador Me esquenta porque o cobertor É curto
Mas levo esse amor Com o zelo de quem leva o andor Eu velo pelo meu amor Que sonha
Que enfim, nosso amor Também pode ter seu valor Também é um tipo de flor Que nem outro tipo de flor
Dum tipo que tem Que não deve nada a ninguém Que dá mais que maria-sem-vergonha
Eu queria ser Um tipo de compositor Capaz de cantar nosso amor Barato
Um tipo de amor Que é de esfarrapar e cerzir Que é de comer e cuspir No prato
Mas levo esse amor Com o zelo de quem leva o andor Eu velo pelo meu amor Que sonha
Que enfim, nosso amor Também pode ter seu valor Também é um tipo de flor Que nem outro tipo de flor
Dum tipo que tem Que não deve nada a ninguém Que dá mais que maria-sem-vergonha
Olha dentro de mim Você pode se ver a todo momento O teu jeito de amar Te faz dona de mim e do meu sentimento
É um bem que me faz Bem, você é demais, eu me entrego inteiro Quando estou com você Eu percebo que é amor verdadeiro
Tenho medo que um dia, talvez Esse amor se desprenda de mim Mas o amor, quando é verdadeiro, Não se pensa no fim
Me dá teu colo Eu quero me deitar, sentir teu coração Usando do embalo da nossa paixão Menina, te quero, te amo demais
Me dá teu corpo Só ele pode alimentar o meu prazer Não quero nem sonhar que posso te perder Se eu perder você, eu perco minha paz
Vim, tanta areia andei A lua cheia, eu sei Uma saudade imensa Vagando em verso eu vim Vestido de cetim Na mão direita, rosas Vou levar
Olha a lua mansa a se derramar (Me leva, amor...) Ao luar descansa meu caminhar (Amor...) Seu olhar em festa se fez feliz (Me leva, amor...) Lembrando a seresta que um dia eu fiz Por onde for quero ser seu par
Já me fiz a guerra por não saber (Me leva, amor...) Esta terra encerra meu bem-querer (Amor...) Que jamais termina o meu caminhar (Me leva, amor...) Só o amor me ensina onde vou chegar Por onde for quero ser seu par
Rodei, de roda andei Dança da moda eu sei Cansei de ser sozinho Verso encantado usei Meu namorado é rei Nas lendas do caminho, onde andei
No passo da estrada só faço andar (Me leva, amor...) Tenho a minha amada a me acompanhar (Amor...) Vim de longe léguas, cantando eu vim (Me leva, amor...) Ou não faço tréguas, sou mesmo assim Por onde for quero ser seu par
Já me fiz a guerra por não saber (Me leva, amor...) Esta terra encerra meu bem-querer (Amor...) Que jamais termina o meu caminhar (Me leva, amor...) Só o amor me ensina onde vou chegar Por onde for quero ser seu par
Ando meio desligado Eu nem sinto os meus pés no chão Olho e não vejo nada Eu só penso se você me quer
Eu nem vejo a hora de te dizer Aquilo tudo que eu decorei E depois do beijo que eu já sonhei Você vai sentir Mas por favor Não me leve a mal
Eu só quero que você me queira Não leve a mal
Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo Corro o lápis em torno da mão e me dou uma luva E se faço chover, com dois riscos tem um guarda-chuva Se um pinguinho de tinta cai num pedacinho azul do papel Num instante imagino uma linda gaivota voar no céu
Vai voando, contornando a imensa curva norte-sul Vou com ela viajando Havaí, Pequim ou Estambul Pinto um barco a vela branco, navegando É tanto céu e mar num beijo azul
Entre as nuvens vem surgindo um lindo avião rosa e grená Tudo em volta colorindo com suas luzes a piscar Basta imaginar e ele está partindo sereno e lindo E se a gente quiser, ele vai pousar
Numa folha qualquer eu desenho um navio de partida Com alguns bons amigos, bebendo de bem com a vida De uma América a outra eu consigo passar num segundo Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo Um menino caminha e caminhando chega no muro E ali logo enfrente a esperar pela gente o futuro está
E o futuro é uma astronave que tentamos pilotar Não tem tempo nem piedade, nem tem hora de chegar Sem pedir licença muda a nossa vida E depois convida a rir ou chorar
Nessa estrada não nos cabe conhecer ou ver o que virá O fim dela ninguém sabe, bem ao certo, onde vai dar Vamos todos numa linda passarela de uma aquarela Que um dia, enfim, descolorirá
Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo Que descolorirá
E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo Que descolorirá
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo. Que descolorirá
Vejam esta maravilha de cenário É um episódio relicário Que o artista num sonho genial Escolheu para este carnaval E o asfalto como passarela Será a tela Do Brasil em forma de aquarela Passeando pelas cercanias do Amazonas Conheci vastos seringais No Pará a Ilha de Marajó E a velha cabana do timbó Caminhando ainda um pouco mais Deparei com lindos coqueirais Estava no Ceará Terra de irapuã De Iracema e Tupã Eu fiquei irradiante de alegria Quando cheguei na Bahia Bahia de Castro Alves, do acarajé Das noites de magia do candomblé Depois de atravessar a matas do ipu Assisti em Pernambuco À festa do frevo e do maracatu Brasília tem o seu destaque Na arte e na beleza e arquitetura Feitiço de garoa pela serra São Paulo engrandece a nossa terra Do leste, por todo o centro-oeste Tudo é belo e tem lindo matiz E o Rio dos sambas e batucadas Dos malandros e mulatas E requebros febris Brasil Estas nossas verdes matas Cachoeiras e cascatas De colorido sutil E este lindo céu azul de anil Emolduram, aquarelam Ô meu Brasil
Brasil! Meu Brasil brasileiro Meu mulato izoneiro Vou cantar-te nos meus versos Ô Brasil, samba que dá Bamboleio, que faz gingá Ô Brasil, do meu amor Terra de Nosso Senhor Brasil! Pra mim... Pra mim... Pra mim...
Ó, abre a cortina do passado Tira a mãe preta do cerrado Bota o rei gongo no congado Brasil! Pra mim... Pra mim... Pra mim... Deixa cantar de novo o trovador A merencória luz da lua Toda a canção do meu amor Quero ver a “Sá Dona” caminhando Pelos salões arrastando O seu vestido rendado Brasil! Pra mim... Pra mim... Brasil!
Brasil! Terra boa e gostosa Da morena sestrosa De olhar indiferente Ô Brasil, samba que dá Bamboleio que faz gingá Ô Brasil, do meu amor Terra de Nosso Senhorã Brasil! Pra mim... Pra mim... Pra mim...
Ó, esse coqueiro que dá coco Onde eu amarro a minha rede Nas noites claras de luar Brasil! Pra mim... Pra mim... Pra mim... Ah! ouve estas fontes murmurantes Aonde eu mato a minha sede E onde a lua vem brincar Ah, esse Brasil lindo e trigueiro É meu Brasil brasileiro Terra de samba e pandeiro Brasil! Pra mim... Pra mim... Brasil! Brasil! Pra mim... Brasil! Brasil!
O Rio de Janeiro continua lindo O Rio de Janeiro continua sendo O Rio de Janeiro, fevereiro e março Alô, alô Realengo Aquele abraço Alô torcida do Flamengo Aquele abraço Chacrinha continua balançando a pança E buzinando a moça E comandando a massa E continua dando ordens no terreiro Alô, alô, seu Chacrinha Velho guerreiro Alô, alô Terezinha Rio de Janeiro Alô, alô, seu Chacrinha Velho palhaço Alô, alô Terezinha Aquele abraço Alô moça da favela Aquele abraço Todo mundo da Portela Aquele abraço Todo mês de fevereiro Aquele passo Alô banda de Ipanema Aquele abraço Meu caminho pelo mundo Eu mesmo traço A Bahia já me deu Régua e compasso Quem sabe de mim sou eu Aquele abraço Pra você que me esqueceu Aquele abraço Alô Rio de Janeiro Aquele abraço Todo o povo brasileiro Aquele abraço
As canções que você fez pra mim Hoje eu ouço as as canções Que você fez pra mim Não sei por que razão Tudo mudou assim Ficaram as canções E você não ficou
Esqueceu de tanta coisa Que um dia me falou Tanta coisa que somente Entre nós dois ficou Eu acho que você Já nem se lembra mais
É tão difícil Olhar o mundo e ver O que ainda existe Pois sem você Meu mundo é diferente Minha alegria é triste
Quantas vezes você disse Que me amava tanto Tantas vezes Eu enxuguei o seu pranto E agora eu choro só Sem ter você aqui
Bate outra vez Com esperanças no meu coração Pois já vai terminando o verão Enfim
Volto ao jardim Na certeza que devo chorar Pois bem sei que não queres voltar Para mim
Queixo-me às rosas Mas que bobagem as rosas não falam Simplesmente as rosas exalam O perfume que roubam de ti
Devias vir Para ver os meus olhos tristonhos E, quem sabe, sonhar nos meus sonhos Por fim
Brasil, meu Brasil retumbante Um passado brilhante Resplandece em teus anais Tomé de Souza foi o fundador Da cidade de São Salvador A primeira das três capitais Duzentos e quatorze anos de então se passaram Que pouco favoreceram o sistema econômico nacional
Sabiamente Dom José I Ordenou ao Marquês de Pombal Que transferisse para o Rio de Janeiro a capital
Continuando o século do vice-reinado O nobre conde da Cunha foi nomeado Verdadeira epopéia de fatos a história registrou Até que o presidente Juscelino Kubitschek inaugurou Brasília no Planalto de Goiás Suprema capital das capitais
Monumento sublime da arquitetura universal Colossal |
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