The Yoga Institute

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 Shri Yogendra & Smt. Sitadevi Yogendra

 

O fato de milhares de pessoas em todo o mundo continuarem se beneficiando do trabalho pioneiro do Fundador do 'The Yoga Institute', Shri Yogendra, deve-se grandemente ao amor e dedicação de sua esposa, Smt. Sitadevi. Ele próprio a homenageou dizendo: "Sem Sita, o trabalho do Instituto não teria sido possível".

Smt. Sitadevi Yogendra nasceu em 1 de Junho de 1912. Casou-se com Shri Yogendra em 29 de Setembro de 1927. Iniciou seu estudo de yoga logo após o casamento, tornando-se, após dois anos, secretária do Instituto e mais tarde, encarregada das aulas para mulheres. Contribuiu, com artigos, para o Yoga Journal, desde a sua primeira edição; seu primeiro trabalho tinha o título Easy Postures for Women. É também autora do livro "Yoga simplified for Women" reconhecido em todo o mundo como o primeiro livro de yoga para mulheres escrito por uma mulher. Foi traduzido em várias línguas.

Ela foi a primeira mulher a fazer yoga, depois de um longo período no qual a mulher foi discriminada e proibida de praticá-lo.

Até 1918, ninguém tentou sistematicamente reviver o Hathayoga, de maneira a torná-lo acessível ao homem em sociedade. Foi neste ano, durante um estado caótico de preconceito e ignorância, que o movimento de modernização do yoga foi iniciado por Shri Yogendra. Sua revolução silenciosa não terminou aí. Contrariamente ao conceito ortodoxo, Shri Yogendra enfatizou a aplicação do yoga para e pelas mulheres. Historicamente este trabalho pioneiro gerou uma grande transformação na visão ortodoxa sobre yoga, como podemos perceber no entusiasmo popular em praticá-lo, não somente por homens, como por mulheres.

Mesmo sendo bastante nova, casada aos 15 anos, Smt. Sitadevi foi lúcida o suficiente para enfrentar uma tradição estabelecida onde as mulheres eram profundamente discriminadas. Enfrentou a crítica popular não somente por ser uma mulher praticando yoga, mas por ser casada com um yogui. Eles foram os primeiros yoguis casados, foram revolucionários, enfrentaram não somente a sociedade de seu tempo mas uma velha tradição que caracteriza a cultura indiana. O argumento que advogavam era muito lógico, integrado e enraizado em sua cultura; eram um casal indiano que desde a juventude (começo deste século) foi capaz de ter uma vida plena, espalhando sua mensagem e exemplo com dignidade. O discurso de Shri Yogendra, quanto a este assunto, é muito significativo, principalmente se pensarmos que foi feito décadas atrás:

Nas palavras de Shri Yogendra: "Preconceito sexual primitivo: pelo que ainda permanece das velhas tradições e costumes, mesmo no seio de nossa civilização, advogando a liberdade pessoal e o tratamento igual para os sexos, torna-se evidente que no passado, as mulheres foram sujeitas a insultos e injustiças culturais. Consequentemente, provavelmente muito lhes foi negado, mesmo o auto-conhecimento e a investigação espiritual. A crítica às mulheres, feita pelos homens na literatura sânscrita ortodoxa, principalmente com relação a espiritualismo, eram discutidas no contexto social, e já indicam o consenso popular, que tomou uma forma horrenda, onde a mulher é vista como um apêndice desnecessário ao homem espiritualista. Os advogados da abstinência e renunciação (brahmacarya e vairagya) eram violentos em sua crítica às mulheres, pintando-as como seres imorais vestidos com uma pele suja. Estes autores tinham em mente, somente a imagem do homem espiritualizado sendo perturbado por uma mulher mundana, esquecendo-se de que o contrário também é verdadeiro.

"Mito da Incapacidade Feminina: É interessante salientarmos aqui que na Cultura Ariana, salvação ou mukti era supostamente possível somente para pessoas da alta casta ou especialemente para aqueles agraciados por deus ou que tivessem qualquer mérito especial que os permitisse o estudo dos Vedas e outras literaturas sagradas e rituais. Diziam mesmo que, para se iluminar, as mulheres teriam que nascer (numa próxima encarnação) como ksudra ou membro da casta baixa, então (no terceiro nascimento) como vaisya ou membro da casta comerciante, e assim por diante (no quarto nascimento) como kstriya ou membro da casta militar e (no quinto nascimento) como brahmana ou membro da casta intelectual. Depois desta longa e dolorosa espera, dependente da vontade divina, ela, naturalmente não como mulher mas como homem brahmim, talvez chegasse à salvação através dos métodos prescritos pelo brahmanismo.

"Para mim é evidente que o que era necessariamente urgente neste período era um treinamento que fosse acima de tudo universal em sua aplicação, isto é, livre de preconceitos contra casta, credo, religião, nacionalidade, sexo etc, e em segundo lugar, deveria assegurar a salvação nesta vida. Hathayoga tomou este desafio, introduziu o elemento da prática física e auto-responsabilidade - descartou a idéia de deus (upayenaiva) .

"Textos que Sancionavam o Estudo do Yoga pelas Mulheres: em outro trabalho já observamos que 'a associação da idéia de abstinência como requisito essencial ao yoga, gerou uma série de mal-entendidos. Passou-se a supor que a vida de casado não era adequada à prática do yoga tornando-se um obstáculo. Esta falácia foi mais tarde explorada para sugerir que a mulher é incapaz para o estudo do yoga'. Esta é uma deturpação grosseira da aplicação universal do Hathayoga. No Yogabija somos definitivamente informados que o yoga pode ser praticado tanto por homens quanto por mulheres de qualquer casta ou religião. Em outra passagem afirmam que o yoga não restringe nem o homem casado nem a mulher, e pelo contrário afirmam que o yoga não se limita à mulher casta e que mesmo uma prostituta (vargavakrsta nari) pode estudá-lo alcançando seus mais altos ideais (paramam gatim) .

Yoga não é sectário e sua aplicação e estudo não se restringe a qualquer sexo ou grupo particular da humanidade. O fato de não encontrarmos muitas mulheres praticando yoga não é desculpa para dúvidas ou limitações, desde que em outras artes e ciências as mulheres foram vítimas da ambição masculina pelo poder, em todas as eras, paises e comunidades." (este texto foi escrito por Shri Yogendra na primeira metade deste século)


Shri Yogendra nasceu em 1897, em Surat, Gujarat,
Smt.Sitadevi nasceu em 1912, em Bangalore,

Tiveram dois filhos:
Dr. Jayadev Yogendra, Diretor do "The Yoga Institute" em Mumbai (Bombay ) e,
Shri Vijayadev Yogendra, Fundador-Presidente de uma escola para crianças, na Austrália.