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O Linux está preparado para o desktop de

 ambiente corporativo?

 

               Cada vez mais o Linux e o movimento de software livre vem ganhando espaço na mídia. Atualmente, o próprio Governo Federal possui diversos programas de incentivo ao desenvolvimento e adoção de software livre e vem turbinando o movimento no país e tornando o Brasil uma referência mundial. Diferentemente de outras revoluções como, por exemplo, a revolução industrial, na qual o Brasil ficou a margem do processo como mero expectador na “revolução da informação”provocada pelo movimento de software livre, o Brasil pode ter um papel fundamental e decisivo .

               Projetos sociais  como os Telecentros (em São Paulo), que atualmente atendem aproximadamente a 300 mil pessoas de comunidades carentes, mostram uma outra vertente do software livre: a capacidade inigualável de viabilizar projetos de inclusão digital, cujo objetivo consiste em democratizar o acesso a tecnologia e diminuir as enormes diferenças do nosso país. Contudo, resta ainda uma pergunta: o Linux, principal representante do Software livre, está preparado para o ambiente corporativo?

               Em relação ao ambiente de servidores, o Linux tem espaço garantido e um número crescente de administradores de sistemas vêm substituindo seus servidores baseados em softwares legados para alternativas livres em Linux.

               Para as plataformas de desktop, contudo, o sistema do pingüim encontra-se maduro o suficiente?

 

Suíte de escritório

 

               É possível afirmar que a grande maioria dos desktops em ambientes corporativos necessita, basicamente, de um bom pacote de escritório, um programa para leitura de e-mails e outro para navegar na Internet. Mesmo contando com interfaces gráficas bastantes atraentes, a ausência de uma suíte de Office no Linux era, há algum tempo atrás, um fator limitante à sua adoção no ambiente de desktop. Apesar de existirem alternativas como o Abiword, nenhum pacote de software livre para o Linux tinham recursos comparáveis ao MS-Office, até o surgimento do OpenOffice (www.openoffice.org).

               A versão mais atual, a 1.1.0, apresenta novos recursos e um desempenho significativamente melhor quando comparado à versão anterior, a 1.0.3. contendo um editor de textos, um  aplicativo de planilhas, um produtor de slides de apresentação e outros, o OpenOffice, hoje, possui uma estrutura sólida o suficiente para produzir documentos de alta qualidade.Outra característica fundamental é o fato do OpenOffice também estar disponível para Windows. Ou seja, o processo de migração de sua empresa para software livre pode iniciar-se pela suíte de escritório, uma vez que sua importância, na maioria dos casos, vai além do próprio sistema operacional. No momento em que seus usuários estiverem acostumados ao OpenOffice, a migração para o Linux pode se dar de maneira bem mais tranqüila.

               O OpenOffice possui também compatibilidade com outros formatos inclusive o próprio “doc” do MS-Word. Por outro lado o concorrente não  mantém essa troca de gentilezas. Porém, pelo fato do OpenOffice se tratar de um software livre, caso a pessoa para qual você esteja repassando um documento não tenha o mesmo, você pode copiar o software em um CD e enviar junto com seus arquivos, sem medo de estar disseminando pirataria. Ah, você pode ainda exportar o arquivo para PDF diretamente através de um botão na barra de ferramentas.

               Vale ressaltar ainda que o OpenOffice possui suporte ao português do Brasil e conta com o apoio do projeto OpenOffice Brasil (www.openoffice.org.br).

 

Navegador e leitor de e-mails

 

               Como é característico no movimento de software livre, existem várias opções de navegador e leitor de e-mail. Mozilla, Galeon e Konqueror são os mais conhecidos. Inclusive, está em fase de desenvolvimento o Mozilla Firebird, uma versão mais leve do Mozilla que carrega bem mais rápido que a solução tradicional.

               Contudo, se o seu problema é ter um browser “leve” sem os tradicionais plugins e recursos que tornam o aplicativo mais lento, você pode utilizar o Dillo, que é extremamente simplificado e rápido. Se você ainda não está satisfeito, tem ainda a sua disposição o bom e velho lynx, um browser em modo texto que permite a máquinas sem recursos gráficos navegar na Internet.

               O Mozilla traz ainda um aplicativo excelente para a leitura de e-mails, que da mesma forma que o browser, possui uma versão light, que é o Mozilla Thunderbird, uma alternativa extremamente versátil. Outra alternativa é o Evolution, que possui aparência e funcionalidades semelhantes ao Outlook e pode ser uma ótima opção para que os seus usuários, acostumados à solução do Bill Gates, comessem a se adaptar ao mundo do software livre.

               Outras opções? Bem, existem ainda o Balsa, Sylpheed e o Kmail, todos disponíveis na maioria das distribuições Linux.

 

Interfaces gráficas

 

               Diferentemente do Windows, onde a interface gráfica está altamente atrelada ao sistema operacional, no Linux existem diversas interfaces que podem ser utilizadas. Inclusive, é possível ter várias possibilidades ao mesmo tempo dando-se liberdade ao usuário de escolher o seu ambiente gráfico preferido no momento do login do sistema. Ah, nada impede que o usuário tenha várias interfaces gráficas ao mesmo tempo em uma mesma cessão de login.

               Além dos mais famosos Gnome e KDE, que possuem ricos recursos gráficos, existem outras opções mais lights como o wmaker, o fluxbox, o blackbox e o icewm, por exemplo, que possuem requisitos mínimos de memória e que podem ser alternativas para recuperar máquinas com poucos recursos e que poderiam estar destinadas ao lixo.

 

 

Distribuições

 

               O Linux possui distribuições com as mais diversas características e formas. Atualmente, além do workstations e servidores de empresas e usuários, existem desde mainframes até eletrodomésticos e celulares que funcionam com o sistema do pingüim. Existem distribuições Linux com amplos recursos gráficos e processo de instalação bastante simples, outras voltadas para a demanda de servidores e até distribuições voltadas para Palmtops.

               Resumidamente, as  empresas e organizações que tiverem cogitando um processo de migração para Linux, podem experimentar várias distribuições Linux e selecionar aquela que mais se adapta a sua realidade. Nos casos mais extremos, é possível que a organização personalize sua própria distribuição utilizando projetos como o “Linux From Scratch” (www.linuxfromscratch.org), por exemplo.

 

Serviços de mensagem on-line

 

               Para aqueles que não vivem sem os serviços de troca de mensagem on-line, o Linux traz consigo aplicativos como o AMSN e o Gaim que viabiliza o uso de serviços como o AOL Messenger, ICQ, Yahoo, Napster e, acreditem o MSN. A vantagem desses aplicativos é que eles podem manipular em um único programa vários protocolos de aplicações de mensagens.

 

Conclusões

 

               Utilizar o Linux associado a outras soluções de software livre no desktop do ambiente corporativo pode trazer benefícios significativos à sua organização. A variedade e estabilidade dos aplicativos de escritório, além de segurança e robustez da própria plataforma, podem colaborar com o aumento de produtividade, com a redução de custos e com a independência em relação a fornecedores de software que muitas vezes impõem seus preços e condições para os produtos e serviços prestados.

               Diante disso, elabore um plano de migração para sua empresa, verifique as possíveis incompatibilidades, mapeie soluções e comece a desfrutar dos benefícios do sistema do pingüim. Afinal, em um mundo sem barreiras, quem precisa de janelas e portas?

 

 

 

   Extraído da PC & CIA

 

                                    
     
 

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