- ESPIRITISMO KARDECISTA -
(RELIGIÃO CRISTÃ ESPÍRITA KARDECISTA)

 
 

ESTUDO DAS RELIGIÕES
(PARTE 5)

 

 
<< Página Anterior    -    Próxima Página >>

 


Calvinismo, teologia cristã do reformador da Igreja João Calvino. Dentre seus dogmas incluem-se a soberania absoluta de Deus e a doutrina da justificação por meio da . Para Calvino, não existia o livre arbítrio; ele elaborou também uma doutrina da predestinação. A Bíblia constitui a única norma para uma vida de fé. Muitos de seus princípios tiveram implicações sociais, como o que determina que a economia e o trabalho penoso fazem parte da virtude moral. No século XVII, em muitos lugares o calvinismo foi adotado por grupos protestantes, como o movimento huguenote na França e o puritanismo na Inglaterra.


Luteranismo, principal denominação protestante, iniciada com o movimento liderado por Martinho Lutero, no século XVI. Tinha como objetivo a reforma da Igreja Cristã do Ocidente.

Doutrina e práticas

O luteranismo proclama a autoridade definitiva da Palavra de Deus. A salvação é um presente da graça soberana e a fé, a única forma para se chegar à salvação.

A Bíblia é considerada o núcleo fundamental do culto luterano. O luteranismo também recomenda a consulta aos Livros Apócrifos do Antigo Testamento e aceita a autoridade dos três credos ecumênicos (Apóstolos, Nicéia e Atanásio), contidos no Livro da Concórdia. Os sacramentos foram reduzidos ao batismo e à eucaristia porque, segundo a interpretação luterana das Escrituras, somente estes dois foram instituídos por Cristo. Sem alterar demais a estrutura da missa medieval, o luteranismo estimulou a participação comunitária no culto. Ao contrário dos sacerdotes católicos romanos, o clero luterano pôde contrair matrimônio.

No que se refere à organização e ao governo da Igreja, as comunidades luteranas européias estão vinculadas a seus respectivos governos como igrejas oficiais. Nos países não-europeus, as igrejas são organizações religiosas voluntárias.

História

A evolução inicial do luteranismo foi influenciada pelos acontecimentos políticos. O imperador Carlos V não pôde impedir o avanço luterano porque estava ameaçado pelos turcos. Seguiram-se guerras religiosas intermitentes que terminaram com a Paz de Augsburgo (1555), onde foi determinado que a religião do governante de um território, dentro do Sacro Império Romano, deveria ser a mesma de seus súditos. Desta forma, as igrejas luteranas receberam autorização oficial para acolher fiéis. Após a Guerra dos Trinta Anos, o luteranismo sobreviveu e consolidou-se.

As origens do pietismo remontam ao final do século XVII quando foi proclamada a conversão individual, que revitalizou o luteranismo na Alemanha, permitindo que a Reforma se estendesse a outros países. Durante o século XVIII, a teologia luterana refletiu-se no racionalismo, exacerbado pelo Iluminismo. No século XIX, o teólogo alemão Friedrich Schleiermacher (1769-1834) enfatizou a experiência religiosa universal e exerceu grande influência sobre os luteranos liberais. Ao mesmo tempo, o idealismo — principal movimento da filosofia moderna alemã — teve profundos efeitos no pensamento teológico luterano. No século XX, a neo-ortodoxia existencialista do teólogo calvinista suíço Karl Barth (1886-1968) foi a influência mais importante na teologia luterana.


Presbiterianismo, forma de governo dentro de uma Igreja dos movimentos presbiteriano e reformada. As Igrejas integradas nesta tradição originaram-se da Reforma protestante do século XVI.

O governo dos anciãos caracteriza a organização das Igrejas Presbiteriana e reformada. Sua estrutura mescla elementos democráticos e hierárquicos. O poder equilibra-se entre as congregações e os corpos maiores do governo eclesiástico. Cada congregação é governada por uma sessão ou consistório e está integrada a um presbitério que coordena suas atividades em uma área geográfica. Os membros do presbitério são pastores e anciãos de um conjunto de congregações. A autoridade de nomear sacerdotes pertence ao presbitério. Os presbíteros pertencem aos sínodos, unidades geográficas maiores, a uma assembléia ou a um sínodo geral que representa toda a Igreja.

As raízes do presbiterianismo estão na teologia de João Calvino (1509-1564), cujo objetivo era estabelecer uma igreja governada pelo princípio do Novo Testamento, que fala do dever do ancião. Calvino, contudo, não insistiu em que o presbiterianismo fosse a única forma de governo permitida pela Bíblia. Ver também Calvinismo.

Embora a Bíblia seja a autoridade máxima, as Igrejas prebisterianas também são conhecidas como Igrejas confessionais por emitirem declarações sobre teologia e práticas eclesiásticas. O culto presbiteriano permite flexibilidade nas formas e práticas, mas baseia-se na definição de Calvino sobre as características da Igreja: a proclamação do Evangelho e a celebração dos sacramentos.


Jesuítas, ordem religiosa da Igreja Católica, fundada por santo Ignácio de Loyola em 1534 e aprovada pelo papa Paulo III em 1540. Seu objetivo é o de difundir a fé católica por meio da pregação e do ensino. Desde o início, a educação foi sua principal atividade. Seus membros fazem votos de pobreza, castidade e obediência e os professos acrescentam mais dois: aceitar ir ao lugar escolhido pelo Papa e renunciar a qualquer ofício eclesiástico que não seja em sua ordem, a menos que o determine a autoridade da Companhia. A direção da ordem está nas mãos de um superior geral, que reside em Roma. Este cargo é vitalício, eleito pela congregação geral da ordem.

As missões jesuíticas obtiveram também muito êxito. O trabalho mais conhecido do Novo Mundo foi a fundação das reduções ou comunidades de indígenas, onde ensinavam-se métodos agrícolas seguindo as tradições autóctones e favorecendo o desenvolvimento do comércio.

A história da Companhia de Jesus foi marcada por uma constante oposição a seu trabalho, especialmente nos países católicos. Em várias ocasiões, a ordem foi expulsa de diferentes países europeus, até que em 1814 o papa Pio VII a restabeleceu em todo o mundo.


Missionários, Movimentos, grupos e organizações leigos ou religiosos que têm como objetivo ampliar o número de crentes de sua religião.

O cristianismo, religião missionária por natureza, foi, em primeiro lugar, propagado pelos apóstolos. A igreja primitiva se estendeu rapidamente e, após sua total institucionalização, as ordens religiosas sistematizavam o trabalho das missões e aplicavam os ensinamentos da Igreja na América e no Oriente Próximo.

Após a Reforma, católicos e protestantes se empenharam em ativos programas de missões.

A Sociedade Missionária para a Divulgação do Conhecimento Cristão foi criada na Inglaterra, em 1698, com objetivo de tornar públicas as diretrizes da comunidade protestante. Com a mesma finalidade foi criada em 1701, nas colônias britânicas, a Sociedade para a Promulgação do Evangelho.

Atualmente, nenhuma religião é mais engajada e militante na atividade missionária do que o Islã. A jihad, um dos cinco preceitos islâmicos, prega a guerra santa a fim de conquistar mais fiéis.


Felipe, São (século I), um dos primeiros discípulos de Jesus Cristo, nascido em Betsaida. Os três primeiros evangelhos e os Atos dos apóstolos referem-se a ele como um dos 12 apóstolos. Anteriormente havia sido seguidor de João Batista. Segundo a tradição, morreu crucificado.


Evangelho segundo São Mateus, primeiro livro do Novo Testamento.

Os antigos escritores cristãos acreditavam que este livro era o primeiro dos Evangelhos sinópticos - desta idéia deriva sua localização no princípio do Novo Testamento - e atribuíam-no a São Mateus, um dos 12 apóstolos. Sustentavam, também, que Mateus escreveu o Evangelho na Palestina, pouco antes da destruição de Jerusalém, em 70 d.C. Embora ainda exista quem mantenha esta opinião, a maioria dos especialistas assegura que o Evangelho mais antigo é o de São Marcos.

Conteúdo

O Evangelho de Mateus estrutura-se em torno de cinco discursos de Jesus Cristo.

A narração introdutória, capítulos 1 e 2, traz a genealogia de Jesus até o patriarca Abraão e o rei Davi, incluindo uma série de dados sobre o nascimento e infância de Jesus (Mt.1,18; 2,23).

A primeira narrativa, capítulos 3 e 4, está dedicada a João Batista, ao batismo e tentação de Jesus e ao começo de seu ministério público. Em seguida, nos capítulos 5 a 7, vem o Sermão da Montanha (ver Bem-aventuranças. Neste sermão está incluído o Pai-nosso (Mt.6,9-13).

A segunda narrativa (Mt.8,1; 9,38) apresenta exemplos da capacidade de Jesus para curar os enfermos com o poder da fé. No segundo discurso (Mt.10, 1-42), Jesus ordena a seus 12 discípulos curar e pregar "às ovelhas perdidas da casa de Israel" (Mt.10,6), assinalando as condições para o apostolado.

A terceira narrativa, capítulos 11 e 12, relata a crescente oposição dos fariseus às obras e pregações de Jesus. A temática do terceiro discurso (Mt.13,1-52) é o reino dos céus. Este discurso inclui as parábolas do semeador (Mt.13,18-23), da cizânia (Mt.13,24-30) e do grão de mostarda (Mt.13,31-32).

A quarta narrativa (Mt.13,53; 17,27) começa com a história da discriminação que sofre Jesus pelos habitantes de sua cidade (Mt.13,53-58), dá conta da morte de João Batista (Mt.14,3-12), de uma série de curas milagrosas, de um milagre de São Pedro, da revelação de natureza e vocação divinas de Jesus (Mt.16,13-20), do anúncio da Paixão, Ressurreição e Transfiguração (Mt.17,1-8). O quarto discurso (Mt.17,24-18;35) refere-se à Igreja e às condições para que ela se viabilize, assim como ela deverá ser administrada.

A quinta narrativa, capítulos 19 a 22, descreve a última viagem de Jesus pela Judéia até Jerusalém, incluindo a entrada na cidade e a expulsão dos vendilhões do Templo. O último discurso importante divide-se em duas partes. Na primeira (capítulo 23), Jesus critica os fariseus e escribas. Na Segunda, capítulos 24 e 25, Jesus explica aos discípulos os sinais de sua vinda e do fim do mundo (Mt.24,3). Também lhes fala, nas parábolas da figueira (Mt.24,32-33), das dez virgens (Mt.25,1-3), dos talentos (Mt.25,14-30) e sobre a chegada do reino dos céus, descrevendo o Juízo Final.

A unção de Jesus, a traição de que é objeto, a última ceia, a agonia e sua prisão no jardim de Getsemani, seu julgamento, crucificação, morte e sepultura são relatados na primeira das duas narrativas culminantes, capítulos 26 e 27. A Ressurreição de Cristo e a ordem aos discípulos para que transformem todas as pessoas em novos discípulos (Mt.28,19), fazem parte da última narrativa.

Elementos característicos

A influência de Mateus no cristianismo foi dominante. Além de sua importância teológica na formulação da doutrina - importância compartilhada apenas com o Evangelho de São João, sua versão dos fatos mais célebres (Sermão da Montanha, Pai Nosso e as histórias da Paixão) é mais conhecida que os relatos paralelos dos demais Evangelhos.


Evangelho segundo São Marcos, segundo livro do Novo Testamento.

Os indícios mais antigos relativos ao autor do hino de Marcos provêm do historiador da igreja Eusébio de Cesaréia (século III) que cita Pápias, um escritor ainda mais antigo. Este, por sua vez, cita uma afirmação relativa ao Evangelho de são Marcos feita por uma figura mais remota, a quem chama o ‘Presbítero’ (em grego, presbyteros significa ‘mais velho’) "E costumava dizer o Presbítero: ‘Marcos, ao ser o intérprete de Pedro, escreveu com exatidão, mas não em ordem, o que recordava que havia sido dito e feito pelo Senhor’".

Na opinião de Pápias, o citado Marcos era João Marcos, primo de Barnabé, mencionado em Atos dos Apóstolos (Heb., 15;37,39) em várias epístolas de Paulo - Col 4,10; II Tim, 4,11 e Fil., 24 - e em I Pedro (5,13). No capítulo 13 de seu Evangelho, Marcos se refere à destruição de Jerusalém como um acontecimento iminente ou ocorrido recentemente. Em conseqüência, ainda que os especialistas não saibam se devem datar o texto pouco antes, ou pouco depois, de 70 d.C., é certo que não ele não foi escrito muito distante desta data.

Conteúdo

O Evangelho relata a história do Jesus adulto: do momento de seu batismo, por João Batista, até sua crucificação e a mensagem do anjo anunciando sua ressurreição. Os episódios iniciais, encenados na Judéia, descrevem a atividade de João Batista, o batismo de Jesus e sua tentação por Satã, no deserto. Em seguida, o cenário é trasladado para a Galiléia (Mc.1,14) e, durante a maior parte do Evangelho, o leitor percorre as diversas regiões do norte de Palestina, especialmente os arredores do mar da Galiléia onde Jesus prega sobre o reino de Deus e cura os enfermos.

Em seguida, Jesus dirige-se ao sul (Mc.10,1), rumo à Judéia. Do capítulo 11 até ao final do Evangelho, os acontecimentos se desenvolvem em Jerusalém e em seus arredores, onde se desenrolam a prisão, a crucificação e o sepultamento de Jesus. Quando algumas mulheres dirigem-se à tumba para encarregar-se do corpo, descobrem que está vazia. Um anjo, então, ordena-lhes comunicar o fato aos discípulos, mas elas, por temor, nada falam com ninguém.

Existem duas tradições textuais para a conclusão do Evangelho. A maioria dos manuscritos gregos têm o "final longo", encerrados no capítulo 16, versículo 20. Existe uma versão que acaba no capítulo 16, versículo 8. Entre os especialistas, a opinião dominante é que a versão mais curta é a mais antiga. Isto é, Marcos terminou seu Evangelho em 16,8 e um escriba do século II, considerando que o final era insatisfatório, baseou-se no Evangelho de Lucas para compor uma conclusão mais aceitável.


Evangelho segundo São Lucas, terceiro livro do Novo Testamento.

A tradição da Igreja, que data este evangelho no final do século II, atribui sua autoria a "Lucas, o médico querido" (Col. 4,14), um dos "meus colaboradores" (Fil. 1, 24) mencionado por São Paulo. A mesma tradição também considera Lucas o autor de Atos dos Apóstolos que, juntamente com o Evangelho que leva seu nome, costuma ser considerado uma obra maior nos primeiros anos do cristianismo. A maioria dos especialistas modernos aceitam que Lucas é o autor de ambos os livros, embora alguns, — devido à contradição entre as cartas de Paulo e o que dele se conta em Atos dos Apóstolos —, duvidem que Lucas e Paulo estivessem estreitamente associados durante a obra missionária deste último.

Atualmente, acredita-se que o Evangelho de Lucas foi escrito na década de 70 a 80 d.C.

Conteúdo

O contexto de Lucas é o mesmo do Evangelho de São Marcos. Mas Lucas ampliou o relato de Marcos através de duas importantes interpolações (Lc.6,20;8,3; 9;51,18,14).

O Evangelho de Lucas pode ser dividido em seis seções:

– prólogo (1,1-4)

– relatos do nascimento e infância de Jesus (1,5-2,52)

– o ministério de Jesus na Galiléia (3,1-9,50)

– a viagem de Jesus à Galiléia e Jerusalém (9,51-19,48)

– a pregação em Jerusalém (20-21)

– paixão, ressurreição e ascensão de Jesus(22-24)

O prólogo, onde Lucas expõe suas razões para escrever o Evangelho e a autoridade para fazê-lo, está dirigido ao "ilustre Teófilo" (1,3).

A narração de Lucas sobre o nascimento e infância de Jesus foi a mais importante para dar forma à celebração cristã do Natal. Desta parte foram retirados os grandes hinos conhecidos como Magnificat (1;46,55) e Benedictus (1;68,79).

O relato de Lucas a respeito do ministério de Jesus na Galiléia é similar, com poucas exceções, ao do Evangelho de Marcos.

Por outro lado, em Lucas, a descrição da viagem de Jesus até Jerusalém, atravessando a Samaria (9,51;19,48) contém informações que não aparecem nem em Marcos, nem em Mateus. É, sobretudo, esta parte - denominada, por numerosos especialistas, "seção especial de Lucas" - a que oferece as qualidades distintivas deste Evangelho.

Para seus relatos acerca do ministério de Jesus em Jerusalém (Lc. 20-21) e da Paixão e Ressurreição (Lc.22-24), Lucas volta a recorrer a Marcos, acrescentando à narração apenas as últimas palavras de Jesus aos discípulos (Lc.22;21,38), suas palavras a caminho da cruz (Lc.23;28,31), as palavras dos dois ladrões crucificados (Lc.23;39,43), as aparições de Cristo ressuscitado no caminho de Emaús e em Jerusalém (Lc.24;13,49) e a Ascensão de Jesus (Lc.24;50,53).

O Evangelho de Lucas foi escrito para os gentios. O objetivo declarado do evangelista é a universalidade. Lucas, — mais que Mateus e Marcos —, tenta situar a pessoa e o ministério de Jesus dentro do tempo e do mundo.


Lucas, São (século I d.C.), no Novo Testamento, amigo de São Paulo e, ao que parece, bastante fiel durante o período de encarceramento do apóstolo. (Rom. 16,21; 1Tim. 4,11). Segundo a tradição eclesiástica, foi médico e autor do livro Atos dos apóstolos e do terceiro evangelho sinóptico.


Galileu (Galileu Galilei) (1564-1642), físico e astrônomo italiano que, junto com o astrônomo alemão Johannes Kepler, começou a revolução científica que culminou com a obra do físico inglês Isaac Newton.

Sua principal contribuição para a astronomia foi o uso do telescópio para a observação das manchas solares, vales e montanhas lunares, os quatro satélites maiores de Júpiter e as fases de Vênus. No campo da física, descobriu as leis que regem a queda dos corpos e o movimento dos projéteis. Em seu tratado intitulado Diálogo sobre os sistemas máximos (1632), defendeu a teoria de Copérnico, segundo a qual a Terra gira ao redor do Sol. Galileu foi chamado a Roma pela Inquisição, que o acusava de "suspeita grave de heresia ". Finalmente, foi obrigado a abjurar em 1633 e condenado à prisão perpétua, pena que foi diminuída para prisão domiciliar.

A última obra de Galileu, Discursos e demonstrações matemáticas sobre duas novas ciências, publicada em Leiden em 1638, revisa e aprimora seus primeiros estudos sobre o movimento e os princípios da mecânica em geral. Este livro abriu o caminho que levou Newton a formular a lei da gravitação universal.

Galileu simboliza a defesa da investigação científica sem interferências filosóficas e teológicas. O Papa João Paulo II abriu em 1979 uma investigação sobre a condenação eclesiástica do astrônomo e em outubro de 1992 foi reconhecido o erro do Vaticano.


Joana d'Arc (1412-1431), chamada a ‘Donzela de Orléans’, heroína nacional e santa padroeira da França. Uniu a nação em um momento crítico e deu um rumo decisivo à guerra dos Cem Anos em favor da França.

Em plena guerra dos Cem Anos, Joana convenceu Carlos VII de que tinha a missão divina de salvar a França. Desse modo, ela foi posta à frente de tropas, com as quais conduziu o exército francês a uma vitória decisiva sobre os ingleses em Patay.

No ano 1430, dirigiu uma operação militar contra os ingleses em Compiègne, perto de Paris, onde foi capturada e levada perante um tribunal eclesiástico, em Ruán, que a julgou por heresia e bruxaria; em 30 de maio de 1431, ela foi enviada à fogueira na praça do Mercado Velho.

Vinte e cinco anos depois de sua morte, a Igreja revisou seu caso e a declarou inocente. Foi canonizada em 1920 pelo papa Benedito XV.


Crucificação, modalidade de execução que consiste em atar ou pregar a vítima numa cruz. Foi uma forma usual de pena de morte do século VI a.C. até IV d.C., principalmente entre os persas, egípcios, cartagineses e romanos. Os romanos a utilizavam para executar escravos e criminosos, mas nunca a aplicavam em seus próprios cidadãos. Esta prática foi abolida por Constantino I, em 337, por respeito a Jesus Cristo, que morreu na cruz e se converteu no símbolo maior do cristianismo.

A crucificação de Cristo é relatada no Novo Testamento pelos quatro evangelistas (Mat. 27,33-44; Mc. 15,22-32; Lc. 23,33-43; Jo. 19,17-30).


Via-crúcis, série de 14 cruzes que relembram os fatos da Paixão de Cristo e suas conseqüências imediatas. A Via-crúcis completa é, de fato, um modelo da via dolorosa, rota pela qual Cristo foi conduzido ao Calvário. As estações da cruz têm considerável importância como exercício devocional na Igreja católica; o devoto medita e reza em cada uma delas.


Calvário, colina nos arredores da antiga Jerusalém, onde teve lugar a crucificação de Jesus Cristo. Designa também a representação das cenas da paixão e morte de Jesus Cristo na cruz


E Deus fez a Luz (Teoria do Big-Bang)

Cosmologia, estudo do Universo em seu conjunto, incluindo teorias sobre sua origem, evolução, estrutura em grande escala e seu futuro. O estudo mais específico da origem do Universo e de seus sistemas astronômicos, como o Sistema Solar, é chamado de cosmogonia.

As primeiras teorias cosmológicas importantes devem-se ao astrônomo grego Ptolomeu, e a Nicolau Copérnico, que propôs em 1543 um sistema em que os planetas giravam em órbitas circulares ao redor do Sol. Tal sistema foi modificado pelo sistema de órbitas elípticas descrito por Johannes Kepler.

Em 1917 o astrônomo holandês Willen de Sitter desenvolveu um modelo não estático do Universo.Em 1922 esse modelo foi adotado pelo matemático russo Alexander Friedmann e em 1927 pelo sacerdote belga Georges Lemaitre, que introduziu a idéia do núcleo primordial. Lemaitre afirmava que as galáxias são fragmentos proporcionados pela explosão desse núcleo, dando como resultado a expansão do Universo. Esse foi o começo da teoria da Grande Explosão (Big Bang) para explicar a origem do Universo, modificada em 1948 pelo físico russo naturalizado americano George Gamow.

Gamow disse que o Universo se criou numa gigantesca explosão e que os diversos elementos que hoje se observam foram produzidos durante os primeiros minutos depois dessa Grande Explosão (Big Bang), quando a densidade e a temperatura extremamente alta fundiram partículas subatômicas, transformando-as nos elementos químicos. Por causa de sua elevadíssima densidade, a matéria existente nos primeiros momentos do Universo expandiu-se rapidamente.

Ao expandir-se, o hélio e o hidrogênio esfriaram e se condensaram em estrelas e galáxias.

Um dos problemas não resolvidos no modelo do Universo em expansão é saber se o Universo é aberto ou fechado (isto é, se se expandirá indefinidamente ou se voltará a se contrair).


Sistema solar, sistema formado pelo Sol, nove planetas e seus satélites, asteróides, cometas e meteoritos, além de poeira e gás interplanetário. Supõe-se que a fronteira entre o Sistema Solar e o espaço interestelar, chamada de heliopausa, esteja a 100 unidades astronômicas (uma UA equivale a 150 milhões de quilômetros)

Os planetas se dividem em dois grupos: os planetas interiores (Mercúrio, Vênus, Terra e Marte) e os planetas exteriores (Júpiter, Saturno, Urano, Netuno e Plutão). Os interiores são pequenos e se compõem sobretudo de rocha e ferro. Os exteriores (exceto Plutão) são os maiores e se compõem principalmente de hidrogênio, gelo e hélio.

Outros componentes do Sistema Solar são os asteróides. Os corpos menores que giram ao redor do Sol se chamam meteoróides (ver Meteoros e Meteoritos). Parte da poeira planetária pode também vir dos cometas.

Movimento dos planetas e de seus satélites.

Se fosse possível olhar o Sistema Solar por cima do pólo norte da Terra, veríamos que os planetas se movem ao redor do Sol na direção contrária ao movimento dos ponteiros do relógio. Todos os planetas, exceto Vênus e Urano, giram sobre seu eixo na mesma direção. Todo o sistema é bastante plano; só as órbitas de Mercúrio e Plutão são inclinadas. A de Plutão é tão inclinada que tem momentos que se aproxima mais do Sol que Netuno.

Tanto Júpiter como Saturno e Netuno têm um ou mais satélites que se movem a seu redor em órbitas retrógradas (no sentido dos ponteiros do relógio). Os cometas mostram órbitas elípticas ao redor do Sol.

Teorias sobre a origem

Apesar de suas diferenças, os membros do Sistema Solar parecem ter se originado ao mesmo tempo. As teorias atuais sobre a origem do Sistema Solar associam sua formação com a do Sol, ocorrida há 4 bilhões e 700 milhões de anos. A fragmentação e o colapso gravitacional de uma nuvem interestelar de gás e poeira, provocados pela explosão de uma supernova próxima, podem ter conduzido à formação da nebulosa solar inicial. O Sol teria, então, se formado na região central, mais densa.


Nova e supernova, duas classes de fenômenos explosivos que ocorrem em algumas estrelas. Uma nova é uma estrela que aumenta muito seu brilho de forma repentina e depois enfraquece lentamente, mas pode continuar existindo durante certo tempo. Uma supernova exibe o mesmo tipo de comportamento, mas a explosão destrói ou altera de forma profunda a estrela. As supernovas são muito mais raras que as novas, que se observam com bastante freqüência nas fotografias do céu.


Estrela, grande corpo celeste composto de gases quentes que emite radiação eletromagnética, em especial a luz, como resultado das reações que ocorrem em seu interior.

Com exceção do Sol, as estrelas parecem estar fixas, mantendo a mesma forma no céu ano após ano. Na realidade estão em movimento rápido, mas a distâncias tão grandes que sua mudança relativa de posição só é percebida através dos séculos.

Calcula-se que o número de estrelas visíveis da Terra a olho nu é de cerca de 8.000, das quais 4.000 estão no hemisfério norte do céu e 4.000 no hemisfério sul. Em qualquer momento durante a noite, em ambos hemisférios só são visíveis 2.000 estrelas. As demais se ocultam na neblina atmosférica, sobretudo próximo ao horizonte, e na luz pálida do céu.

Os astrônomos calculam em centenas de milhões o número de estrelas da Via Láctea, a galáxia a que pertence o Sol. A Via Láctea é apenas uma das milhares de galáxias visíveis pelos potentes telescópios modernos. As estrelas visíveis individualmente no céu são as que estão mais próximas do Sistema Solar na Via Láctea. A mais próxima de nosso Sistema Solar é a Próxima do Centauro, uma das componentes da estrela tripla Alfa do Centauro.

As estrelas se compõem sobretudo de hidrogênio e hélio, com quantidades variáveis de elementos mais pesados. As maiores que se conhecem são supergigantes com diâmetros 400 vezes maiores que o do Sol. Já as estrelas conhecidas como anãs-brancas podem ter diâmetros de apenas um centésimo do diâmetro do Sol. Mais da metade das estrelas do firmamento são membros de sistemas de duas estrelas (binárias) ou de sistemas múltiplos. Algumas estrelas duplas próximas aparecem separadas quando são observadas através de telescópios. A maioria é detectada como dupla só por meio de espectroscópicos.

É provável que todas as estrelas, incluindo o Sol, variem ligeiramente de brilho com certa periodicidade. Essas variações apenas são mensuráveis. No entanto, algumas estrelas mudam muito de brilho e são denominadas estrelas variáveis. As mais espetaculares são as novas e supernovas.

Muitas estrelas variáveis mudam seu brilho porque oscilam, isto é, se expandem ou se contraem, como um balão. As variações são de interesse extraordinário porque só se produzem por alguma peculiaridade de sua estrutura interna, a qual se desenvolve com o tempo. As estrelas variáveis podem, assim, conter informações sobre a evolução estelar.

Com os radiostelescópios tem sido possível descobrir numerosas fontes distantes de radiopulsos, qualificadas como pulsares. Os indícios sugerem que os pulsares são estrelas de nêutrons que giram e tem diâmetros de cerca de 16 km. Sua densidade é tão grande que se uma pluma fosse feita de um material semelhante teria uma massa de 91.000 toneladas.


Galáxia, grande conjunto de bilhões de estrelas, todas interagindo gravitacionalmente e orbitando ao redor de um centro comum. Todas as estrelas visíveis a olho nu (numa faixa esbranquiçada do céu) na superfície terrestre pertencem à Via Láctea. O Sol é apenas uma das estrelas dessa galáxia. Além de estrelas e planetas, as galáxias contêm cúmulos ou aglomerados estelares hidrogênio atômico, hidrogênio molecular, moléculas compostas de hidrogênio, nitrogênio, carbono e silício, entre outros elementos, além de raios cósmicos.


OBS.: a CADA ponto luminoso que se vê na ilustração acima, é simplesmente uma Galáxia com bilhões de estrelas e planetas
no seu interior. Calcula-se que em cada Galáxia exista mais de dez bilhões (10.000.000.000) de sistemas solares como o nosso,
ou seja, numa Galáxia poderia existir mais de cem bilhões de planetas (100.000.000.000). Somente em uma Galáxia. Pois, no
Universo existe mais de duzentos bilhões (200.000.000.000) de Galáxias até no momento, computado pelos maiores e melhores
telescópios, como o Hubble. Imagine quantas formas de vidas existiriam neste Universo com bilhões ou trilhões de planetas e
estrelas. Será que ainda muitos Ateus duvidariam da existência de uma Poderosíssima Força, que chamamos, DEUS.
A única FORÇA CRIADORA deste INFINITO Universo.

 

Classificação das galáxias

As galáxias apresentam uma grande variedade de formas. Algumas têm um perfil globular completo com um núcleo brilhante. Essas galáxias, chamadas elípticas, contêm uma grande população de estrelas velhas normalmente com pouco gás ou poeira e algumas estrelas de formação recente. As galáxias elípticas têm uma grande variedade de tamanhos, desde gigantes a anãs.

Ao contrário, as galáxias espirais têm a forma de discos achatados e contêm apenas algumas estrelas velhas e uma grande população de estrelas jovens, além de bastante gás, poeira e nuvens moleculares, isto é, o lugar de nascimento das estrelas.

Outras galáxias em forma de disco se denominam irregulares. Essas galáxias têm também grandes quantidades de gás, poeira e estrelas jovens, mas sua disposição não é em forma de espiral.

Os quasares são objetos que parecem estelares, mas seu grande deslocamento para o vermelho indica que são objetos situados a grandes distancias. Muitos astrônomos acreditam que os quasares são galáxias ativas cujos núcleos contêm gigantescos buracos negros.

Distribuição das galáxias

As galáxias costumam formar agrupamentos de tamanho pequeno e médio, que por sua vez formam grandes cúmulos ou aglomerados de galáxias. Nossa galáxia pertence a um pequeno agrupamento de aproximadamente 20 galáxias, que os astrônomos chamam de Grupo Local. A Via Láctea e a galáxia de Andrômeda são os dois membros maiores, com 100 bilhões a 200 bilhões de estrelas cada uma. As Nuvens de Magalhães são as duas galáxias mais próximas da Via Láctea. Visíveis a olho nu, foram descobertas pelo navegador Fernão de Magalhães na sua viagem de circunavegação.


Via Láctea, também chamada apenas a Galáxia, agrupamento de estrelas com formato de disco, que inclui o Sol e seu Sistema Solar. Estende-se pelas constelações de Perseu, Cassiopéia e Cefeu.

Para um observador colocado na Terra, aparece como uma faixa fracamente luminosa que se observa à noite estendendo-se pelo céu. A aparência difusa dessa faixa é o resultado da combinação da luz das estrelas demasiadamente próximas para serem distinguidas separadamente à vista desarmada.

É uma grande galáxia em espiral, com vários braços espiralados que se enroscam ao redor de um núcleo central. A Via Láctea gira ao redor de um eixo que une os pólos galáticos. Observada do pólo norte galático, a rotação da Via Láctea se faz no sentido dos ponteiros do relógio, arrastando os braços da espiral.


Sol, a estrela que, por efeito gravitacional de sua massa, domina o sistema planetário que inclui a Terra. Mediante a radiação de sua energia eletromagnética, comporta toda a energia que mantém a vida na Terra, porque todo o alimento e combustível procede em última instância das plantas que utilizam a energia da luz do Sol. Ver Fotossíntese; Energia solar.

Por causa de sua proximidade com a Terra e por ser uma estrela típica, o Sol é um recurso extraordinário para o estudo dos fenômenos estelares. Não se estudou nenhuma outra estrela com tanto detalhe.

Composição e estrutura

A quantidade total de energia emitida pelo Sol em forma de radiação é constante. Como a maioria das estrelas, o Sol se compõe sobretudo de hidrogênio (71%). Também contém hélio (27%) e outros elementos mais pesados (2%). Próximo do centro do Sol, a temperatura é de quase 16.000.000°K e a densidade é 150 vezes a da água. Sob essas condições, os núcleos dos átomos de hidrogênio atuam entre si, fazendo a fusão nuclear (ver Energia nuclear).

O Sol apresenta uma superfície visível chamada fotosfera, uma atmosfera saturada de gases quentes com uma temperatura de 6.000°K. A cromosfera, que se estende por milhares de quilômetros acima da fotosfera, tem uma temperatura em torno dos 30.000°K. Sobre ela fica a coroa, mais difusa, que vai até o limite interplanetário e tem uma temperatura de 1.000.000°K. O material lançado pela coroa forma uma corrente de partículas chamada de vento solar.

As áreas mais frias da fotosfera, que no Sol se chamam manchas solares, provavelmente existem em outras estrelas. George Ellery Hale descobriu em 1908 que as manchas solares apresentam fortes campos magnéticos. O ciclo de manchas, em que a quantidade varia de menos a mais e volta a diminuir ao cabo de uns 11 anos, é conhecido pelo menos desde o início do século XVIII.

Evolução solar

O passado e o futuro do Sol foram deduzidos dos modelos teóricos de estrutura das estrelas. Durante seus primeiros 50 milhões de anos, o Sol se contraiu até chegar ao tamanho atual. A energia liberada pelo gás aquecia o interior e quando o centro ficou suficientemente quente, a contração parou e começou a combustão nuclear do hidrogênio em hélio. O Sol tem estado nesta etapa de sua vida durante os últimos 4 bilhões e 500 milhões de anos.


Cometa (astronomia) (em latim stella cometa, "estrela com cabeleira"), corpo celeste de aspecto nebuloso que gira ao redor do Sol. Caracteriza-se por apresentar uma cauda comprida e luminosa que só se produz quando o cometa está nas proximidades do Sol.

O aparecimento de grandes cometas era considerado um fenômeno atmosférico até 1577, quando o astrônomo dinamarquês Tycho Brahe demonstrou que eram corpos celestes. No século XVII o cientista inglês Isaac Newton demonstrou que os movimentos dos cometas estão sujeitos às mesmas leis que controlam os planetas.

Ainda que não se tenha aceitado de todo nenhuma teoria detalhada de sua origem, muitos astrônomos acreditam que os cometas surgiram nos primeiros dias do Sistema Solar, em sua parte exterior, mais fria, a partir da matéria planetária residual.

As pessoas superticiosas consideraram durante muito tempo que os cometas eram o presságio de calamidades ou acontecimentos importantes. O aparecimento de um cometa despertava também o temor de uma colisão com a Terra. Alguns cientistas sugeriram que devem ter ocorrido colisões no passado, as quais podem ter trazido um efeito climático que teria resultado na extinção dos dinossauros.

Composição

Um cometa consta de um núcleo claro, de gelo e rocha, rodeado de uma atmosfera nebulosa chamada cabeleira ou coma.

À medida que um cometa se aproxima do Sol, a alta temperatura solar provoca a sublimação (transição da fase sólida para o vapor) do gelo, fazendo com que o cometa brilhe intensamente. A cauda também se torna brilhante nas proximidades do Sol e pode estender-se por dezenas ou centenas de milhões de quilômetros. À medida que um cometa se afasta do Sol perde menos gás e poeira, e a cauda desaparece.


João Evangelista, São (falecido 101 d.C.), um dos 12 apóstolos no Novo Testamento. Participou da organização da primeira Igreja na Palestina. Acredita-se que escreveu o Apocalipse, ou Livro da Revelação, em Patos, onde, segundo a tradição, teria se refugiado durante as perseguições romanas. De lá, seguiu para Êfeso, onde redigiu três cartas e o quarto Evangelho.


Apocalipse, último livro do Novo Testamento, rico em alegorias e sujeito a numerosas interpretações legítimas. Em certas oportunidades, a obra é denominada Revelação.

O autor chama a si mesmo de João, e a tradição eclesiástica mantém que se trata de São João Evangelista. Entretanto, muitos especialistas se sentem mais inclinados a atribuir o texto a algum outro destacado e primitivo cristão. A opinião geral é de que foi escrito na ilha de Patmos. Ali, talvez durante o reinado do imperador romano Vespasiano (69-79 d.C.) — ainda que, com maior probabilidade, tenha sido escrito durante o reinado do imperador Domiciano —, o autor ouviu "uma grande voz, como de trombeta", dizendo-lhe "o que vês, escreve-o em um livro e envia-o às sete Igrejas: a Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia" (1,10-11).

O Apocalipse foi escrito para preparar os cristãos ante a última intervenção de Deus nos assuntos humanos. A Igreja primitiva acreditava que este acontecimento não tardaria a chegar. Quando se produzisse, começaria uma nova era no mundo, aquela em que Cristo e a Igreja seriam triunfantes. Entretanto, antes, agravariam-se e intensificariam-se os males e terrores da ordem mundial existente. O autor do Apocalipse interpretou a piora das condições dos cristãos no império romano de Domiciano como um sinal do começo deste período catastrófico. Tudo indica que o autor escreveu, sobretudo, para encorajar os cristãos a resistirem durante essa aterradora crise final, na confiante esperança do advento de uma iminente era justa para a eternidade.

Em nossos dias, o Apocalipse é muito apreciado pela sua magnífica qualidade literária, por sua descrição de uma crise histórica do cristianismo, por sua sublime dramatização da luta contra o mal e por suas visões de Deus e sua última redenção eterna aos justos.


Evangelho segundo São João, quarto livro do Novo Testamento. A tradição eclesiástica, da segunda metade do século II, sustenta que foi escrito por São João Evangelista e publicado no final do século I, talvez na antiga cidade grega de Éfeso. A mesma tradição diz que este foi o último dos Evangelhos, opinião compartilhada pelos estudiosos modernos. Esta é a razão pela qual aparece no cânone do Novo Testamento após os três evangelhos sinópticos (Mateus, Marcos e Lucas) que, entre si, compartilham pontos de vista e temáticas comuns.

Os especialistas mais liberais situam João na última década do século I, ou na primeira do século II.

Tratamento do evangelho

O Evangelho de João divide-se em quatro seções diferenciadas. A primeira (capítulo 1, versículos de 1 a 18) é um breve prólogo sobre a natureza de Jesus Cristo como encarnação da Palavra ou Verbo (capítulo 1, versículos 1, 2 e 14) - o Logos. Logos significa razão e, na antiga filosofia grega, representa o princípio reitor do Universo. Designa, ainda, uma doutrina cristã que explica Deus como o agente divino manifestado na criação, ordenação e salvação do mundo.

A segunda seção (capítulo 1, versículos 11 e 19 a 57) - ou, segundo a divisão de outros especialistas, capítulo 12, versículos 19 a 50 - apresenta o testemunho de que Jesus é o verdadeiro Messias. Cristo, em outras palavras, é o Logos encarnado. Este testemunho é prestado por João Batista e pelos primeiros discípulos. Mas se expressa, sobretudo, através dos milagres de Jesus que, assim, "manifestou sua glória" (capítulo 2, versículo 11). Estes milagres são a transformação da água em vinho em Canaã (Jo.2,1-11), a cura do filho de um funcionário real (Jo.4,46-54), a cura de um homem que estava há 38 anos enfermo (Jo.5,1-9), a multiplicação dos pães e dos peixes (Jo.6,1-15) — este, o único milagre registrado nos quatro Evangelhos —, a cura de um homem cego de nascimento (Jo.9,1-7) e a ressurreição de Lázaro, amigo de Jesus (Jo.11,1-46). Alguns exegetas consideram que a aparição de Jesus caminhando sobre as águas (Jo.6,16-21) é também um milagre, embora existam os que duvidem que este fenômeno deva ser considerado como tal. Outros estudiosos enumeram a morte e ressurreição de Jesus como fatos milagrosos (capítulo 19, versículo 30).

Teólogos afirmam que a terceira seção do evangelho de João começa com as últimas viagens de Jesus a Betânia e a Jerusalém. Estas viagens marcaram o final do ministério público de Cristo (capítulo 12). De acordo com os teólogos, esta parte compreende a paixão e ressurreição de Jesus (capítulos 12 a 20). Outros especialistas - seguindo a doutrina do Logos, definida no prólogo -, sustentam que o tema fundamental da terceira seção é o regresso do Filho encarnado ao Pai. Por estas opiniões, a terceira seção começaria, então, no capítulo 13 (onde se conclui a peregrinação de Cristo) e iria até o capítulo 20. Seja qual for a estrutura escolhida, esta seção inclui o relato da última ceia, o último discurso e oração de Cristo. Os parágrafos narrativos descrevem o drama da traição, prisão, julgamento, crucificação e sepultamento de Jesus e o testemunho pessoal do sepulcro vazio e das aparições de Cristo ressuscitado ante Maria Magdalena, os discípulos e o incrédulo Tomé.

A quarta seção de João (capítulo 21) é um apêndice ou epílogo. Nele, Cristo ressuscitado aparece, pela terceira vez, ante seus discípulos e ordena a Pedro: "apascenta meus cordeiros" e "minhas ovelhas", também prediz o martírio do apóstolo e fala sobre um discípulo a quem ama. Este discípulo se identifica como o próprio autor do Evangelho (capítulo 21, versículo 24).


Hinduísmo, religião originária da Índia e praticada pela maioria de seus habitantes até os dias atuais. O hinduísmo é uma das maiores e mais importantes religiões do mundo, não somente pelo seu número de adeptos (estimados em mais de 700 milhões) mas, também, pela influência que, ao longo da história, tem exercido sobre muitas outras religiões. Inciadas em torno de 1500 a.C, as leis do hinduísmo definem-se mais pelas ações das pessoas do que por seus pensamentos. Em conseqüência, entre os hindus encontra-se maior uniformidade nas ações do que nas crenças. Muitos hindus veneram Shiva, Vishnu ou a Deusa Devi, além de centenas de outras divindades menores. Existem práticas que são observadas por quase todos, entre elas, reverenciar a brâmane (casta) e as vacas (consideradas animais sagrados), a proibição de comer carne, casar-se somente com um membro da mesma casta (jati) na esperança de ter um filho homem.

Textos

Para todos os hindus a suprema autoridade são os quatro Vedas. O mais antigo é o Rig-Veda, escrito em sânscrito arcaico entre 1300 e 1000 a.C. Ao Rig-Veda foram agregados outros dois: o Yajur-Veda (livro do sacrifício) e o Sama-Veda, de hinos. Um quarto livro, o Atharva-Veda, uma coleção de palavras mágicas, foi incluído em torno de 900 a.C. Nesta mesma época, também foram escritos os Brahmanas e, no início de 600 a.C., os Upanishad. As duas obras épicas sânscritas mais importantes são o Mahabharata e o Ramayana. No primeiro, relata-se a guerra entre os irmãos Pândavas liderados por seu primo Krishna (deus) contra os também primos Káuravas. O segundo conta a viagem feita por Rama para resgatar sua esposa Sita.

Filosofia

Os hindus acreditam que o universo é uma grande esfera dentro da qual existem céus concêntricos, infernos, oceanos, continentes e que a Índia é o centro desta esfera. A vida humana é cíclica: depois de morrer, a alma deixa o corpo e renasce em outra pessoa, animal, vegetal ou mineral. A qualidade da reencarnação vem determinada pelo carma.

Os hindus dividem-se em dois grupos: os que buscam as recompensas sagradas e profanas (saúde, dinheiro, filhos e uma boa reencarnação) e aqueles que procuram se libertar deste mundo. Muitos esforços foram feitos para conciliar estas duas correntes.

Culto e rituais

Em cerimônias públicas e particulares, todos os deuses são adorados. Devido às bases sociais do hinduísmo, as festas mais importantes são as dos rituais de passagem: nascimento e primeiro alimento sólido, matrimônio, benção para as grávidas, morte e oferendas anuais aos antepassados mortos.

Dentro do ritual diário dos hindus são feitas oferendas (puja) de frutas e flores perante um altar dentro de casa. Muitos povoados e cidades possuem templos, muitas vezes considerados centros culturais, onde os sacerdotes celebram cultos durante o dia. Existem milhares de templos locais que se resumem numa pequena construção de pedra. Além disto, a Índia conta com inúmeros templos grandes e, até mesmo, algumas cidades-templo. Vários lugares sagrados ou santuários — como o de Rishikesh, no Himalaia, ou o de Benares, no Ganges — são objeto de peregrinação de fiéis de todas as regiões da Índia.

História

As crenças e práticas religiosas básicas do hinduísmo não são compreendidas fora de seu contexto histórico. Apesar de ser impossível situar os primeiros textos e eventos, traça-se seu desenvolvimento cronológico com muita clareza.

No vale do rio Indo cresceu, em torno de 2000 a.C., uma próspera civilização. Em 1500 a.C., quando as tribos arianas invadiram a Índia, esta civilização entrou em decadência. Ver também Civilização do vale do Indo.

Ao se fixarem no Punjab, os arianos traziam seu panteão de divindades indo-européias. Os deuses do panteão védico sobreviveram no hinduísmo tardio, mas já não eram objetos de culto. Em 900 a.C., os arianos ocuparam o rico vale do rio Ganges, onde desenvolveram uma civilização e um sistema social sofisticado. Durante o século VI a.C., o budismo começou a infiltrar-se na Índia e, ao longo do milênio, interagiu com o hinduísmo.

Aproximadamente entre 200 a.C. e 500 d.C., a Índia foi invadida por grupos provenientes do norte e iniciou-se um período de mudanças e definições para o hinduísmo. Durante esta época foram concluídas as obras épicas Dharmashastras e Dharmasutras. No império Gupta (entre 320 e 480 d.C.), quando grande parte do norte da Índia esteve subjugada a um único poder, o hinduísmo clássico encontrou sua máxima expressão: codificaram-se as leis sagradas, iniciou-se a construção dos grandes templos e preservaram-se os mitos e rituais nos Puranas. Durante o período seguinte ao da dinastia Gupta, surgiu um hinduísmo menos rígido e mais eclético, formado por seitas dissidentes. Muitas das seitas surgidas entre 800 e 1800 são movimentos que ainda perduram na Índia.

Durante o século XIX realizaram-se importantes reformas sob o auspício de Ramakrishna, Vivekananda e das seitas de Arya Samaj e de Brahmo Samaj. Estes movimentos procuraram conciliar o hinduísmo tradicional com as reformas sociais e políticas. Do mesmo modo, os líderes nacionalistas Sri Aurobindo Ghose e Mahatma Gandhi procuraram extrair do hinduísmo todos os elementos que melhor servissem para enfatizar seus propósitos políticos e sociais.

Atualmente, muitos autoproclamados mestres dos ensinamentos religiosos da Índia emigraram para a Europa e Estados Unidos. O hinduísmo — religião que ajudou a Índia a se sustentar por séculos, apesar da invasão estrangeira e dos problemas internos — continua a desempenhar importante função, proporcionando significado às vidas dos hindus de hoje.


Encarnação, adoção de uma forma terrestre por um deus. Em tempos primitivos, sacerdotes e reis eram com freqüência considerados encarnações divinas. No cristianismo, a encarnação ou união da natureza divina com a natureza humana, na pessoa de Jesus Cristo, é a doutrina central. Participando completamente do divino e do humano (exceto no pecado), ele é considerado a personificação de Deus.


Reencarnação - (Transmigração), trânsito da alma a um novo corpo ou forma de ser. Este conceito também se conhece como encarnação.

Os antigos egípcios acreditavam na transmigração das almas, assim como os gregos Pitágoras e Platão. Esta idéia nunca foi adotada pelo judaísmo e cristianismo ortodoxo.

Na filosofia e no pensamento ortodoxo oriental, esta crença não se relaciona com a antiga religião dos conquistadores arianos. Aparece, na Índia, pela primeira vez de forma doutrinal nas compilações filosóficas e religiosas dos Upanishad. A partir de então, Samsara (termo sânscrito para transmigração) tem sido um dos principais dogmas das principais religiões orientais: hinduísmo, budismo e jainismo.


Jainismo, uma das mais importantes religiões da Índia. Foi fundada por Vardhamana Jnatiputra ou Nataputta Mahavira, entre 599 e 527 a.C. e assemelha-se muito ao budismo. Rejeitam a origem divina, a autoridade dos veda e veneram os santos que oferecem a salvação. Admitem a existência, como instituição, das castas e praticam um grupo de 16 ritos essenciais.

Para o jainismo é fundamental a doutrina das duas eternidades, conhecidas como jiva (alma vivente: a que desfruta) e ajiva (objeto sem vida: a que desfrutou). Por outro lado, crêem que os atos da mente e do corpo produzem um carma sutil, pequenas partículas de matéria que se transformam em escravidão, devendo renunciar à violência para evitar o sofrimento na vida. Esses princípios são comuns para todos, mas existem diferenças em relação às obrigações religiosas entre os membros das ordens monástica (yatis) e os laicos (sravakas). Os yatis devem guardar a observância de cinco votos: não infligir dano, sinceridade, não roubar, abstinência sexual e negar-se a aceitar presentes desnecessários.


Vedas (em sânscrito "conhecimento"), os escritos sagrados mais antigos do hinduísmo ou cada um dos livros que formam o conjunto. Estes escritos literários antigos consistem de quatro conjuntos de hinos, incluindo formulações poéticas e fórmulas cerimoniais. São conhecidas como Rig-Veda, Sama-Veda, Yajur-Veda e Atharva-Veda. Também são chamadas de as samhitas (que significa "coleção").

As quatro coleções de vedas foram compostas em védico, uma forma antiga do sânscrito. Acredita-se que as passagens mais antigas foram escritas por estudiosos procedentes, em sua maioria, dos arianos que invadiram a Índia entre os anos 1300 e 1000 a.C. No entanto, as coleções de vedas, tal como as conhecemos hoje, datam, provavelmente, do século III a.C. Antes de serem escritas, sábios chamados rishi as transmitiram oralmente, transformando-as e elaborando-as durante este processo. Desta maneira, preservaram grande parte do material ariano original e da cultura dravidiana da Índia, distinguidas, claramente, no texto.

As três primeiras samhitas consistem num apanhado de instruções para condução de rituais do período védico, oficiadas por três tipos de sacerdotes que comandavam as cerimônias de sacrifícios. Rig-Veda contém mais de mil hinos (em sânscrito, rig), compostos em várias métricas poéticas e ordenados em dez livros. Sama-Veda revela passagens em verso tomados, em sua maioria, do Rig-Veda. Yajur-Veda são duas revisões compostas parte em verso e parte em prosa com o mesmo material, ordenado de forma diferente. Também contém fórmulas para os sacrifícios (em sânscrito, yaja significa "sacrifício").

Atharva-Veda parte do qual a tradição atribui a um rishi chamado Atharvan, é composto por uma ampla variedade de hinos, encantamentos e palavras mágicas.


Samsara, conceito fundamental da doutrina da reencarnação no hinduísmo e no budismo. Designa o ciclo de vidas, mortes e renascimentos que cada ser sensível experimenta como conseqüência de seu carma. Todas as almas viajam por essa roda indefinida. Tanto o hinduísmo como o budismo se esforçam para transcender este processo mediante a liberação definitiva que supõe o aceso ao nirvana.


Pitágoras (c. 582-c. 500 a.C.), filósofo e matemático grego. Suas doutrinas influenciaram Platão. Até o ano 530 a.C., Pitágoras viveu em Crotona, uma colônia grega ao sul da Itália, onde fundou um movimento com propósitos religiosos, políticos e filosóficos, conhecido como pitagorismo. Sua filosofia só é conhecida através da obra de seus discípulos.

Os pitagóricos aconselhavam obediência, silêncio, abstinência de alimentos, simplicidade no vestir e nas posses e o hábito da auto-análise. Acreditavam na imortalidade e na transmigração da alma.

Entre as amplas investigações matemáticas realizadas pelos pitagóricos destacam-se os estudos dos números pares e ímpares, dos números primos e dos quadrados. Através destes estudos, foi estabelecido uma base científica para a matemática. Em geometria, a grande descoberta da escola foi o teorema da hipotenusa, conhecido como teorema de Pitágoras. A astronomia dos pitagóricos marcou um importante avanço no pensamento científico clássico já que foram eles os primeiros a considerar a Terra como um globo que gira, junto a outros planetas, em torno de um fogo central.


Platão ( 428- 347 a.C.), filósofo grego, um dos pensadores mais criativos e influentes da filosofia ocidental. Discípulo de Sócrates, aceitou sua filosofia e sua forma dialética de debate. No ano de 387 a.C., fundou em Atenas a Academia que Aristóteles freqüentaria como aluno. Seus escritos, em forma de diálogos, podem ser divididos em três etapas de composição. A primeira representa o desejo de divulgar a filosofia e o estilo dialético de Sócrates. As segunda e terceira, compostas pelos diálogos dos períodos intermediário e final de sua vida, refletem sua própria evolução filosófica, expondo já suas próprias idéias.

O eixo de sua filosofia é sua teoria das formas ou das idéias. Sob esta perspectiva, devem ser entendidas sua idéia do conhecimento, sua teoria ética, sua psicologia e seu conceito de Estado. Platão, também, distingue entre dois níveis de saber: a opinião e o conhecimento. O ponto alto do saber é o conhecimento, porque concerne à razão, e não à experiência. A razão, utilizada de forma adequada, leva a idéias que são corretas, e os objetos dessas idéias racionais são os universais verdadeiros, as formas eternas ou substâncias que constituem o mundo real. Influenciado por Sócrates, estava persuadido de que se pode chegar ao conhecimento, teoria que expõe em A República, mais particularmente em sua discussão sobre a imagem da linha divisível e o mito da caverna.

Nesta obra, sua maior obra política, trata da questão da justiça. O Estado ideal se compõe de três classes: os comerciantes, os militares e os reis-filósofos. Cada classe está associada a uma das virtudes tradicionais gregas: a temperança, o valor e a sabedoria. A justiça, que é a quarta virtude, caracteriza a sociedade como um todo. O sistema educacional ideal de Platão está estruturado visando a produzir filósofos-reis. Usou para a análise da alma humana um esquema semelhante: a racionalidade, a vontade e os apetites. Uma pessoa justa é aquela cujo elemento racional, com ajuda da vontade, controla os desejos.

Sua teoria ética repousa na suposição de que a virtude é conhecimento e que este pode ser aprendido. Esta doutrina também deve ser compreendida no âmbito de sua teoria das idéias.

A influência de Platão através da história da filosofia foi enorme. O neoplatonismo foi um importante desenvolvimento posterior de suas idéias, que tiveram papel fundamental no desenvolvimento do cristianismo e no pensamento islâmico medieval. Durante o Renascimento, o primeiro centro de influência platônica foi a Academia Florentina, fundada no século XV, próximo a Florença. Sob a direção de Marsilio Ficino, os membros da Academia estudaram Platão em grego antigo. Na Inglaterra, o platonismo foi recuperado no século XVII, pela escola de Cambridge. Sua filosofia também influenciou pensadores do século XX, como Alfred North Whitehead.


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

<< Página Anterior    -    Próxima Página >>

(VOLTAR A PÁGINA INICIAL)