ANOTAÇÕES

As Aventuras da Liga Extraordinária

Por Jess Nevins (jjnevins@ix.netcom.com)

Esse texto é divulgado com a permissão do Autor. Thanks, Jess!


Capítulo III: Mistérios do Oriente


Página 9, quadrinho 2

Ho Ling é um personagem de várias histórias de Thomas Burke, inclusive The Song of Ho Ling (A Canção de Ho Ling). Ho Ling, no trabalho de Burke, trabalha numa sala de fantan (jogo de apostas chinês).

Em The Mystery of Fu Manchu (O Mistério de Fu Manchu), há um antro de ópio que conduz Petrie e Sir Nayland Smith a Fu Manchu. No livro, porém, o nome desse antro é Cingapura Charlie’s.


Página 9, quadrinho 5

Haggard voltou, em 1912, a escrever outro romance, Marie, inserindo uma nova aventura na cronologia de eventos já descrita em Allan's Wife (A Esposa de Allan). Neste livro Allan encontra, corteja e se casa com Marie Marais, que morre tragicamente para o salvar. De Marie, Allan diz:

Ela foi minha primeira esposa, mas eu lhe imploro que não fale dela comigo ou com qualquer outro, porque eu não agüento ouvir o nome dela . Assim isso faz de Stella, que foi descrita como a primeira esposa de Allan, em sua segunda esposa.


Página 10, quadrinho 1

O exterior da loja de Shen Yan, como visto aqui, é mais ou menos idêntico, inclusive a placa Shen Yan, Barbeiro, à sua descrição no capítulo 6 de O Mistério de Fu Manchu. As duas palavras chinesas no edifício ao lado significam assassino. O dragão de quatro garras é freqüentemente usado por nobres, funcionários e pessoas com grau de pequena nobreza. Assim, o dragão usado por Shangai Charlie fora de seu estabelecimento, é indicativo de seu considerável nível social.


Página 10, quadrinho 2

O interior da loja, Porém, não é semelhante à descrição de Rohmer em seu livro.


Página 11

Desta vez, o roteiro em chinês, pelo ritmo do diálogo e as palavras escolhidas, está escrito em mandarim, ao invés do Cantonese. O diálogo é lido da direita para a esquerda, linha por linha.


Página 11, quadrinho 2

Homem bravo: O chefe (ou dono) precisa de mais pincéis. Estes estão se solidificando. Olhe para isto. É inútil.


Página 11, quadrinho 3

Homem bravo: Eu quero um outro.


Página 11, quadrinho 3

Homem amedrontado: Certo, serei rápido, o chefe está esperando.


Página 11, quadrinho 4

Homem amedrontado: Por favor, me perdoe. Eu tenho um pincel novo aqui.


Página 11, quadrinho 4

Esta estranha imagem é um recipiente conhecido como chueh. Foram enterrados muitos de tais recipientes rituais em tumbas reais e em outras tumbas do tempo da dinastia Shang. o chueh era usado para verter libações de vinho aos espíritos (libação é um ritual religioso de derrame de bebidas como oferenda a diferentes divindades) - Os punhos da caleira são projetados para serem erguidos por tenazes quando o líquido é aquecido em cima de uma chama.


Página 11, quadrinho 5

Homem bravo (presumivelmente): Apresse-se idiota, o chefe está escrevendo poesia!

As palavras no tórax do homem, lidas da direita para a esquerda e de cima para baixo, descrevem o seguinte poema:

As estrelas são a poesia do destino
Um homem que nunca foi ferido
É um livro no qual nenhuma palavra foi escrita


Página 11, quadrinho 6

Homem amedrontado: Olhe! Achei um!


Página 12, quadrinho 1

Homem bravo: Dê-me aqui! Estou com pressa!


Página 12, quadrinho 2

Homem bravo: Finalmente! Da próxima vez, seja mais rápido!


Página 12, quadrinho 2

Não há certeza de o que Moore está insinuando aqui com essa imagem do olho de Fu Manchu. Poderia ser, como diz Quatermain (desconhecendo o que cita Nayland Smith no capítulo dois de O Mistério de Fu Manchu), que o olho inumano de Fu Manchu é uma indicação de suas origens satânicas. Pode ser ainda que a imagem do olho do Doutor sugira ao leitor um outro tipo de olhar, aquele impelido por um intelecto vasto, frio e antipático - como o de um marciano. Talvez o insidioso Doutor verdadeiramente não tenha nada de humano. O que se pode afirmar com certeza é que o close-up ajuda a confirmar que esse é Fu Manchu.


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