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Tá com Fome?!

Aqui em casa, cozinhar normalmente é um evento muito prazeiroso, e com o tempo, eu e a Luciana descobrimos que herdamos esse prazer dos nossos pais. Aliás, descobrimos que ficaríamos juntos no dia em que conseguimos usar a cozinha ao mesmo tempo.

Eu vou colocar aqui alguns pratos que nos acompanham desde 1998. Alguns - a maioria, eu acho - vêm de antes, já que nenhum dos dois começou a se aventurar com as panelas depois de velho. Outros na verdade, não dá nem para chamar de prato, mas como eu não podia colocá-los na seção de malabares, achei que deveriam ficar por aqui mesmo.

Por fim, não posso deixar de agradecer às cobaias que acompanham nossos experimentos culinários, Seu Guilherme e Dona Marília, Rodrigo e Carla (em breve, fotos das vítimas: legítimas Polaroids).

Bom Apetite!

PS: o número antes do nome do prato é uma escala de dificuldade, demora e coisas do tipo, determinada entre 1 e 5. As datas são referentes ao dia em que a receita foi colocada na rede.

4

Sopa de Tomate

30/JUN/03
1

Tomate Cereja com Manjericão e Aceto

01/JUL/03
-5!
11/JUL/03
1

Panquecas

11/JUL/03
05/AGO/03

 

Sopa de Tomate

Aproveitem enquanto a minha mãe não descobre que eu divulguei esta receita - não tenho certeza que ela vá mandar eu tirar da rede, mas em todo caso, quem avisa amigo é.
Eu coloquei esta receita primeiro, porque... bom, porque ela já estava digitada no meu computador! Ela foi moeda de troca para as receitas de molho chutney da Rosinha - anjo-da-guarda de uma amiga querida - e eu não sei se posso publicar.
Outra curiosidade é que a Luciana me acusa de ter feito essa sopa a primeira vez só pra comer ela - a Lu, não a sopa.

Mas chega de enrolação. Falando da própria sopa, uma coisa interessante, é que na receita original não existe 'tomate processado' ou 'passar no liquidificador': a regra para tudo era 'passar na peneira'! Se isso não parecer nada demais para você, tenta fazer desse jeito. Pode até ser que o resultado fique melhor, mas eu não tive coragem.
Só para terminar, a Lu costuma por menos catchup - e eu espero ela sair da cozinha para por mais.

Ingredientes

01 cubo de caldo de carne ou galinha
1 ½ kg de tomate pelado e processado
200g de manteiga
02 dentes de alho
02 cebolas
04 colheres de sopa de catchup
02 colheres de chá de açúcar
02 colheres de chá de molho inglês
Para servir: 02 colheres de sopa de farinha de trigo
04 gemas
02 colheres de chá de sal
02 copos de leite

Modo de fazer

Dourar o alho e a cebola picados na manteiga.
Juntar o tomate processado e o cubo de caldo de carne ou galinha e ferver por pelo menos 20 minutos.
Processar novamente e, se for o caso, passar na peneira (se quiser tirar as sementinhas).
Leve novamente ao fogo baixo e junte os temperos que restam.
Ferva mais vinte minutos.
Junte a isso a mistura de farinha-ovos-sal-leite conte até dez e desligue.
Ponha a sopa no prato, pegue uma colher, etc etc etc................

Não é da receita, mas a gente costuma por umas fatias de queijo mussarela no fundo do prato e põe a sopa bem quente por cima.

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Tomate Cereja com Manjericão e Aceto

O mesmo perigo que a receita de cima corre em relação a minha mãe, esta corre em relação a minha irmã, a Gabriela. Gabi, desculpe, mas é muito injusto as pessoas não conhecerem esta alquimia da cozinha anglo-italiana, tanto pelo sabor como pela simplicidade.

Eu já vi convidado perder a compostura, pedir licença e raspar a travessa - note que ele pediu licença.

Ingredientes

200g de tomate cereja cortados ao meio
queijo de cabra cremoso
folhas frescas de manjericão - uma mão cheia
aceto balsâmico - umas 3 ou 4 colheres, ao gosto do freguês
azeite
sal
pão italiano

Modo de fazer

É fundamental que você tenha uma frigideira com bastante área e um fogo bem quente - a gente comprou uma daquelas panelas chinesas de fazer yakissoba: parece uma calota de kombi.
Agora tudo é muito rápido, pois os tomatinhos não podem cozinhar... Preparado (a)?
Aqueça bem uma porção boa de azeite e coloque os ingredientes na panela nesta ordem: tomatinhos, manjericão, sal, aceto e uma colher de sopa do queijo de cabra. Não pare de mexer por nada! Para quem não sabe, isso é 'saltear' os ingredientes. Transfira tudo para uma travessa, espalhe colheradas do queijo de cabra por cima e faça um contorno com torradas feitas com fatias do pão italiano.

Uma sugestão mais barata para o queijo de cabra é o cream cheese. Na relação custo benefício vale a pena. A quantidade de aceto influencia bastante no resultado: experimente mais de uma proporção, até achar o seu ponto ideal.
Uma boa notícia: a Gabi viu publicada e não só adorou como sugeriu que eu avisasse os incautos que este prato é apenas uma entrada, e ainda sugeriu um bom vinho para acompanhar.

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Pão Embutido de Salsichas ao Molho

Este prato é vulgarmente conhecido com o nome de Cachorro Quente. Eu aqui poderia manter o nome ancestral desta iguaria, mas no nosso caso, ela seria confundida com as versões servidas de maneira leviana e descuidada. Para tornar a compreensão desta inovadora abordagem do citado quitute, achei melhor ilustrar este momento ímpar na culinária brasileira. A ilustração é seguida dos devidos esclarecimentos.

Esse jantar é a prova de que o hábito não faz o monge, mas dá um trucão legal e você pode morar as custas do vaticano bastante tempo.

1 - A apresentação é fundamental!

Para configurarmos um jantar, é necessário usarmos pratos grandes. Mais que isso, se você notar, os pratos e o recipiente que contém as salsichas são do mesmo jogo. Atenção também para o jogo americano...
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2 - Escolha da Salsicha.

Existem no mercado inúmeras marcas. Isso não importa: sempre serão feitas de jornal de ontem. O importante é que sejam daquelas beeeeeem grandes. Por uma questão de ordem, cozinhe as salsichas e o molho separadamente.
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3 - Molhos.

Não importa o que você faça, JAMAIS ponha catchup na mesa. Isso é uma heresia, um pleonasmo culinário, já que as salsichas estão em molho de tomate. Cuide também para que pelo menos um dos molhos seja importado.
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4 - Purê de Batata

Infelizmente eu não consigo pensar numa justificativa para isso...
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5 - Batatinhas

A única justificativa para isso, é o purê de batata. Vale notar que apenas as batatinhas da esquerda vão por sobre o purê.
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6 - Bebida

O golpe de misericórdia na vulgaridade: 250ml de Lambrusco bem gelados! Para manter uma ligação com o elo perdido, tome-se em copo de requeijão. Se possível, manter a etiqueta de preço na garrafa.
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7 - Esclarecimentos

Aqui em casa ninguém fuma: a caixa de charutos serve para acondicionar os guradanapos de papel - cabem direitinho - e também é usada como descanso de chaleira quente.
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Panquecas

Outro dia a Manu - uma amiga da Central do Circo - me perguntou:
- Você gosta de tomate, né?
Eu achei estranho aquele comentário, e só depois de uns segundos entendi que ela tinha entrado nesta página quando só tinha duas receitas. Portanto, aqui segue a primeira receita sem tomate, em homenagem à Manu.

Essas panquecas são muito fáceis de fazer: exigem pouco esforço, mas algum cuidado. Ah! Não vai fermento. Eu não achava isso digno de comentário, mas alguém para quem eu passei a receita ficou surpreso com esse detalhe, então achei legal levantar essa lebre.

Ingredientes

01 xícara grande de leite
a mesma medida de farinha de trigo
02 ovos
01 colher de chá de sal
01 colher de café de acúcar
01 pitada de noz moscada moída - opcional
manteiga

Modo de fazer

Bata todos os ingredientes - exceto a manteiga - no liquidificador. Eu normalmente bato os ovos antes, depois misturo o leite e só depois junto a farinha, o sal e o açucar.
Ao gosto de cada um, coloque um pouco mais de leite se quiser panquecas mais finas, mais farinha se quiser mais grossas ou mais um ovo se quiser mais crocante.
Feita a massa, esquente bem uma frigideira com manteiga e mantenha o fogo baixo. Aqui devemos tomar cuidado: a gordura só serve para a panqueca não grudar e não para fritar. Se a panela for tratada com antiaderente, tanto melhor. Caso contrário, cuide para que não tenha excesso de gordura.
Derrame a quantidade desejada de massa e gire a panela em círculos para que a massa se espalhe uniformemente no fundo da frigideira. A opção para se ter panquecas semelhantes é usar uma medida, como uma concha pequena ou uma colher de arroz. Esse passo deve ser feito com alguma agilidade, senão a massa frita antes de se espalhar. Vire a panqueca assim que o lado de cima 'secar'.

A gente costuma comer as panquecas como café da manhã: tiramos todos os molhos, geléias e queijos da geladeira e damos asas à criatividade. Outra opção são as famosas panquecas recheadas, que dão bem mais trabalho: fazer o recheio do seu agrado - carne moída, frango desfiado e por aí vai - enrolar as panquecas, dispô-las numa travessa e gratiná-las ocupa um tempo considerável. Mas quando se está inspirado, vale a pena.

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