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NO ROCK IN RIO
GUNS N' ROSES

Evento bissexto, o Rock In Rio
tem lá suas particularidades. Talvez por ser o único (realmente) grande
festival de rock que se realiza no Brasil (esse ano em Lisboa - Portugal, o Rock
In Rio difere dos festivais de seu tamanho que acontecem ao redor do mundo. Rock
no Brasil, quer a gente goste ou não, incomoda a mídia, bagunça e estranha
lógico de mercado das gravadoras instaladas no país, que parecem a cada ano
mais incompetentes para reaproveitar seu (do rock) potencial
Enfim, é pra o Rock In Rio que
dinossauros do rock se dirigem buscando alento - o soro de incentivo de sangue
jovem das novas gerações de fãs. Foi no primeiro Rock In Rio , em '85, que
James Taylor "renasceu" e viu milhares de pessoas cantando sua
música, agitando isqueiros no ar - brega, claro, mas comovente até para quem
jamais gostou do velho baladeiro de "You've Got A Friend" e "Fire
And Rain".E Taylor ficou tão feliz com a a colhida, que fez do Brasil seu
segundo (primeiro?) lar artístico, nos visitando a toda hora e até escrevendo
uma música especial sobre seu "renascimento" no Rio, "It's Only
A Dream In Rio". Agora, o homem já está integrado, por assim dizer, à
cultura nacional, freqüenta quadras de escola de samba e, se facilitar, ainda
vai acabar fazendo novela na Globo.
É claro que a legenda reclusa do rock Axl Rose não precisaria do Rock In
Rio para retomar a carreira, mas a presença de 200 mil pessoas que foram
vê-lo na noite do dia 14 de janeiro de 2001 valeram a bênção, a "crisma
de fogo" da nova formação da banda. A aprovação pública e entusiasmada
daquela platéia foi especialmente importante, pois a maioria maciça das
pessoas que estavam lá, eram criancinhas que brincavam com barbies, em
1993, ano em que Axl fez seus últimos shows com o antigo Guns N' Roses.
Enfim, havia chegado
o grande dia. Duas semanas antes, Axl e novo Guns haviam feito seu primeiro
show, na véspera do Ano Novo, ao vivo, em uma arena em Las Vegas. Agora, a
expectativa estava na gigantesca platéia do Rock In Rio e no mundo todo,
com a
transmissão do evento pela TV. Platéia inquieta, naturalmente, às 2h da
manhã, e então, depois de um piscar do telão, dos ruídos de fogos de
artifício, de um rufar de tambores e de um breve silêncio, surgiu Mr. Rose,
com as calças justíssimas e uma camisa cintilante totalmente aberta no peito,
cantando a introdução de "Welcome To The Jungle" - atrás dele, os
"novos Guns", baterista Bryan Mantia baixista Tommy Stinson -
ex-Replacements - , guitarrista avant-garde Bucket Head e Robin Finck,
este guitarrista do Nine Inch Nails, banda apontada como a razão musical por
Axl ter se retirado por tanto tempo - diz-se que ele ficou tão fascinado com o
som do grupo ao vivo, que se isolou para buscar uma nova sonoridade para o Guns
N' Roses.
O repertório, como
esperado, foi familiar, músicas como "November Rain", "Mr.
Brownstone", "Sweet Child o'Mine", "My Michelle", que
até hoje são hits, viraram standards radiofônicos. Na hora de
"Live And Let Die", todo o público cantou junto - reedição do show
de James Taylor? Axl vai fazer uma nova "It's Only A Dream In Rio"?
Músicas novas também foram mostradas, incluindo "Madagascar", já
apontada como o grande hit do álbum Chinese Democracy que inclusive
está demorando muito para ser lançado. Nenhuma surpresa porém se Chinese
Democracy, o álbum mais postergado do rock, mais uma vez tenha sua edição
adiada.
A grande surpresa da noite
foi assistir a Robin Finck num número solo, cantando a soul - brasil
"Sossego", o hit de Tim Maia, e ainda conversar com o público em
português. Inusitado foi o visual de Bucket Head, com uma make-up estranha,
que deixava "olhos" fosforescentes saindo de baixo de um
"chapéu" original: uma embalagem fast food KFC.
Todos os boatos sobre a
aparência de Axl, de que ele estaria obeso (ele tá mei gordinho mesmo!), calvo
ou grisalho, caíram por terra; a possibilidade de encontrar um Axl decadente em
cima do palco criou uma expectativa meio mórbida, e ver o homem quase o mesmo
de sete anos atrás, em forma, coma mesma voz (talvez até melhor) foi de certa
forma desapontador para a imprensa que "perdeu" um grande assunto. Ao
fim do show, já se sabia que Axl Rose seria sem dúvida o grande vencedor do
Rock In Rio 3; ele triunfou sobre a aura pessimista que cercava seu retiro,
recuperou os danos que sua reclusão causou a sua popularidade.
Axl Rose é a grande persona do rock, o sumário de tudo que o rock
traduz - sensualidade, energia, poder, fúria - e faz-se fantasiar. Ao avesso de
tantos ídolos de pés de barro que surgem e desaparecem com a mesma rapidez na
cena musical, Axl Rose é íntegro até em suas mazelas: ele é o rock star,
nestes tempos de correção política monitorados por fariseus da imprensa e ongs
picaretas, que escreve versos racistas, homofóbicos, sexistas e/ou misóginos e
se mantém incólume, sem mostrar qualquer arrependimento nem se autocriticar.
Ao mesmo tempo ícone, herói e anti-herói, belicoso e provocador, Axl Rose é
a tradução mais fiel de tudo que o rock já significou.

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