Boletim Mensal * Ano VII * Abril de 2009 * Número 69

           

 

         

“DOCE BRASIL HOLANDES“

 

 

João Fernandes Vieira

- herói da guerra contra os holandeses que nasceu em Funchal na Ilha da Madeira veio para o Brasil aos onze anos de idade e se estalecendo em Pernambuco, combateu ao lado de Matias de Albuquerque após a rendição de 1636 entrou em negociações com os inimigos e tornou-se um dos mais ricos senhores de engenhos da capitania associado ao judeu Jacó Stachouwer, em 1646 quando da insurreição pernambucana sua participação se constituem um fator decisivo para um êxito da campanha com fornecimento de armas e munições e comandando a primeira fase do movimento em Tobocas e depois em Casa Forte e notabilizou-se em ambas as Batalhas dos Guararapes; foi governador da Paraíba em 1655 e Capitão-General em Angola em 1658.

 

 

 

 

 

“Comecei refutando a idéia de que o Nordeste do Brasil estaria hoje melhor se os holandeses não tivessem sido derrotados nas Batalhas de Guararapes e aqui permanecessem. Que provas podem apontar para explicar tal hipótese? A União Sul Africana (hoje Republica da África do Sul) é realmente um país altamente desenvolvido, graças à riqueza de seu subsolo,  mas o que a Igreja Reformada Holandesa fez naquele país foi a cruel discriminação racial conhecida como apartheid.”

            O que transcrevemos acima, inclusive o titulo desta pequena crônica faz parte do artigo publicado na página Opinião do Diário de Pernambuco de 8 de Abril de 2009, escrito pelo Dr. Edson Nery da Fonseca, Professor Emérito da Universidade de Brasília.

            Há já algum tempo que não lia nos jornais diários do Recife um artigo baseado na verdade histórica e sem as fantasias que alguns historiadores, por razões que desconheço, começaram a publicar, desmentindo o que haviam escrito e publicado alguns anos atrás. Mas, como diz um velho ditado português, “a verdade vem sempre ao de cima”.

            Já escrevia Darcy Ribeiro:- “Quem critica a colonização portuguesa nunca foi ao Suriname” ( eu acrescento, nem à África do Sul).

            O nosso muito obrigado ao Professor Edson Nery da Fonseca e ao Diário de Pernambuco.

 

Pequena nota:- Os flamengos semeavam e colhiam aqui o açúcar e levavam-no para as refinarias da Holanda. Na África do Sul fizeram o mesmo. Extraiam os diamantes e mandavam-nos para a lapidação em Amsterdam.