Armas: escudo esquartelado, o primeiro e o segundo de vermelho, uma asa aberta de ouro terminada numa mão de carnação a segurar uma espada de prata, guarnecida de ouro. O segundo e o terceiro de prata, um leão de púrpura, armado e lampassado de azul. Timbre: a mão e a asa do escudo.

Os Manoel de Vilhena usam: Esquartelado denticulado de ouro e vermelho. Não se lhes conhece timbre.

 

 

17 – MANOEL

Deriva esta família de D. Fernando II, o Santo, Rei de Castela, e da Rainha sua mulher D. Brites, de quem foi filho o Infante D. Manoel, que dos seus dois casamentos, com a Infanta D. Constança de Aragão e com a princesa D. Brites, filha de Amadeu IV, Duque de Sabóia, teve larga descendência que adotou por apelido o nome daquele infante. Além de outras famílias que em Portugal usaram aquele nome derivado de patronímico e que, portanto, nada têm a ver com os Manoéis referidos, deste se deixaram em Portugal dois ramos, o primeiro dos quais indiscutível e o segundo sobre o qual A. B. Freire lançou dúvidas, aliás pouco consistentes. Provém o primeiro de D. Henrique Manoel, filho ilegítimo de D. João Manoel, Príncipe de Vilhena e primogênito do Infante D. Manoel, que veio para o nosso país na companhia de sua meio-irmã, a Infanta D. Constança Manoel, que se desposou com o Infante D. Pedro, depois Rei D. Pedro I. D. Henrique veio a ser em Portugal Conde de Sintra e de Seia, senhor de Cascais e de outras terras, casando com D. Brites de Sousa, com geração de que descendem os Manoel de Vilhena, dos quais um regressou a Castela, permanecendo o outro em Portugal. Descende o segundo de D. João, bispo de Ceuta e mais tarde da Guarda, que se diz ser filho bastardo do Rei D. Duarte, havido na extrema juventude deste soberano numa dama Manoel de Vilhena. Aquele prelado teve, dos seus amores com Justa Rodrigues, que depois viria a fundar o Mosteiro de Jesus em Setúbal, dois filhos, Nuno e João, legitimados pelo rei D. João II, que usaram o apelido Manoel com o tratamento de Dom. A representação de D. Nuno Manoel está nos dias de hoje na Casa dos condes da Atalaia e marqueses de Tancos.

 Fonte: Genea Portugal