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CRISTOTECA – BALADA DO SENHOR
Uma das festas mais agitadas da noite de São Paulo não tem álcool, cigarros nem amassos. É a Cristoteca.
As noites de sexta-feira do Brás não são mais as mesmas. Um galpão no bairro paulistano tornou-se sede de uma balada, no mínimo, inusitada, sem bebidas alcoólicas, cigarros nem amassos explícitos nos cantos da pista de dança. Regado a muito refrigerante, com animação de sobra, o sucesso foi batizado de Cristoteca - criada pelo padre João Henrique, da comunidade Aliança de Misericórdia, movimento da Igreja Católica. Ela virou uma febre desde as primeiras edições, em maio do ano passado.

Segundo o padre, a idéia nasceu como alternativa para os jovens católicos que gostam de diversão na noite, mas não se sentem à vontade ''nas boates do mundo'', como ele define as casas noturnas do circuito comercial. ''Nesses locais moças e rapazes se perdem com drogas, promiscuidade e bebidas, o que acarreta também muita violência'', afirma. Para participar, basta levar 1 quilo de alimento, que ajudará nas atividades da Casa Restaura-me, entidade que funciona no local durante a semana, atendendo moradores de rua. A festa começa às 22 horas com o Cristolanche, seguido de um aquecimento com músicas pop e rock, sempre com letras de louvor a Deus. Esta foi a fonte de inspiração, para que se iniciasse a Cristoteca aqui no Rio de Janeiro. Membros da Igreja que compõe o Núcleo da organização, acompanhados pelo Padre Jorge Bispo, resolveram conhecer de perto este evento realizado em São Paulo. A Cristoteca do Rio é organizada pela Paróquia do Menino Jesus, cujo pároco é o padre Jorge Bispo . As noites, febre desde a primeira edição, completaram um ano em outubro/2005.Para o Padre Jorge Bispo que trabalha há cinco anos com a juventude, adolescentes e recem-adultos tem, atualmente exemplos contrários aos valores familiares que a Igreja passa, mas ele conta não ter sido fácil a aceitação da " balada".                                      " Por ser à noite e ter música eletrônica ouvi muitas críticas. Só que os jovens pediam esse espaço de confraternização", comenta o padre, explicando que a única solicitação dos criadores do evento em São Paulo foi a exposição do Santíssimo Sacramento.

             

" Aqui é assim: o padre sonha e os fiéis realizam. É um divertimento sadio." A balada começa cedo e a palavra de ordem é ousadia. Luzes coloridas giram no ambiente, muita fumaça, um DJ, um apresentador para animar o público e uma banda para tocar. Até aqui nada de diferente para um sábado a noite em boates e bares. Mas as semelhanças entre essas festas e a Cristoteca terminam quando, embalada por muitas palmas e coreografias, a presença da Eucaristia compõe o do ambiente onde realiza-se a festa, na Zona Oeste do Rio.  Sem cigarros e bebidas alcóolicas, o que entorpece os jovens é a música com letras que pedem o Fogo do Espírito Santo e anunciam que o "tempo de cantar chegou". Todas as canções são adaptadas em ritmos como o eletrônico e o funk.O evento tem a estrutura própria para os badaleiros, mas, sem preconceitos, o único objetivo é a conversão. Por isso usa-se métodos que seduzem a juventude de nossa época. Apesar da animação, a unanimidade entre os presentes é o momento da adoração ao corpo de Cristo. Envolto a um ostensório, o pão da vida percorre a multidão, que ajoelhada contempla sua doação. Repetindo dizeres proclamados pelo sacerdote, os badaleiros se transformam em rebentos. O público, vibra cada vez que o nome de Jesus é pronunciado. ''Que vocês sejam tocados pela alegria do Senhor'', abençoa o padre, sob aplausos. Depois da missa, os DJs de Cristo capricham na dance e no techno, que tomam conta da pista. Todos se abraçam na despedida com recomendações como ''Jesus te abençoe'', esperando pela próxima balada. Que vai bombar - graças a Deus.