Data: Seg Jul 14, 2003 11:35 am
Assunto: Estádio, de novo
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Colegas, não quero parecer chato em voltar ao assunto, mas a situação é preocupante.
Aproveitei a partida da quarta-feira para uma nova "vistoria" no setor de cadeiras do Brunão. O que se vê é uma lástima: ferros aparentes e oxidados para onde quer que se olhe, demonstrando processo de comprometimento estrutural em curso; iluminação precária, banheiros impraticáveis. E quando minha esposa vai ao banheiro tenho que ficar de plantão na porta, pois a segurança é zero. As cadeiras foram numeradas, e essa parece ter sido a única adaptação do estádio ao Código do Torcedor, mas continuam em estado precário, grande parte delas rachadas, constituindo perigo sentar-se nelas.
No início da Copa Estado de SP, a diretoria declarou que somente as cadeiras seriam liberadas ao público, pois esse setor "já estava adequado ao Estatuto". Quanto às arquibancadas, penso que só falta pintar e numerar os lugares, tarefa que uma equipe de pintores munidos de gabaritos realizaria no máximo em uma semana. Mas, ao que parece, nada está sendo feito, talvez por culpa da burocracia municipal, ou talvez porque ninguém tenha tomado nenhuma iniciativa até agora.
O Ramalhão volta a jogar no Brunão na próxima sexta-feira, pois no domingo haverá a comemoração do Jubileu da Diocese, e cerca de 20 mil fiéis deverão lotar o estádio. Ora, se o Brunão não é seguro para o público do futebol, também não o é para uma festa católica, e o contrário também é verdade. O Estádio, embora utilizado principalmente pelo Ramalhão, é patrimônio cultural e histórico da cidade, e precisa de reforma urgente.
A discussão quanto ao estádio é muito importante para a cidade e não pode ficar restrito ao público esportivo. É preciso transformar a reforma e possível ampliação do Bruno Daniel em prioridade da próxima Administração (pois da atual já está claro que não é), como o Eixo Tamanduatehy, o programa Santo André + Igual, o MOVA, etc. E isso só vai acontecer se a população se convencer da necessidade de gastar o dinheiro público nisso.
Começo a achar que as torcidas deveriam antecipar a campanha "SOS Bruno Daniel", já visando não só o Orçamento Participativo de 2004, mas também a campanha eleitoral.
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