Adição de amido para a colagem das fibras;
Adição de sobras de linho e cânhamo, além de outras fibras facilmente encontradas, às fibras originais;
Emprego de moinhos com martelos movidos a força hidráulica para desagregar as fibras vegetais;
Utilização de cola animal para colagem interna das folhas de papel;
Filigrana (marca d'água).
Madeira: a nova matéria-prima do papel
Durante a Revolução Industrial (meados do século XIX), a demanda de papel cresceu e ficou maior do que a oferta. Justamente dessa época data o descobrimento do uso da madeira como matéria-prima - verdadeiro divisor de águas na história do papel. Graças a isso, de artigo de luxo produzido em pouquíssima quantidade, o papel passou a ser produzido em larga escala, tornando-se acessível, mas sem perder o alto padrão de qualidade que o caracterizava na produção anterior.
O papel no Brasil
No Brasil, o papel chegou por iniciativa de Dom João VI. Em 1848, foi inaugurada na Bahia a primeira fábrica de papel brasileira, que utilizava fibras de bananeira como matéria-prima. Durante a Segunda Guerra Mundial, surgiu um grande problema: o Brasil não pôde contar com as importações da celulose utilizada para fazer papel, que vinha toda do exterior. Esse fato acabou por dar um novo impulso à fabricação nacional.
As primeiras árvores utilizadas na fabricação do papel em escala industrial foram o pinheiro e o abeto das florestas de coníferas, encontrados nas zonas do norte da Europa e da América do Norte. Hoje em dia, praticamente qualquer árvore poderia servir como matéria-prima, mas as mais utilizadas são o vidoeiro, a faia, o choupo preto, o bordo e principalmente o eucalipto, a partir dos anos 60.