Anjo
nu
(Fase
- II)
Agora estava ele ali, ensaboando-se, a mercê do meu olhar esconso,
com a porta entreaberta, a qual me permitia ver sua sombra por trás do acrílico
do "box", deixando-me excitada e apenas imaginando o realismo do
tesouro
sombreado. Divertia-se, sem querer, talvez sem saber, às minhas custas, o anjo
mau.
Tomava para mim suas
palavras que em minha mente insana pareciam estar trauteando alegremente uma ária:
“Na
felação desejada incendeio tuas entranhas delicadas e mancho tuas vestes bordadas com
fios de ouro reluzentes... Fui aspirado para o teu interior onde perambulo
sem querer sair dessa quietude perpétua”.
Estava nu o anjo que me tortura,
possuindo-me em sonhos eróticos, em pensamentos loucos, como em uma relação
incestuosa, condenada e proibida até nos pensamentos. A música que entoava
coincidente ou não dizia:
“Não me podes ter, apenas podes ver e com isso sentir teu prazer na
ânsia que alimentas...”.
Tamara
R. Almeida
Fase I
Só para mulheres
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