Anjo
nu
(Fase
- I)
O homem
de sorriso franco, palavras bonitas, mãos delicadas e um trejeito lindo no
arquear de uma das sobrancelhas, tomava banho solfejando uma música alegre. A
canção que entoava confundia-se com o barulho incessante dos automóveis que,
num vaivém frenético, causavam-me lembranças vividas da cidade onde nasci.
O
orgulho vão, que os intelectuais chamam de empáfia, inexistia naquela mente
pura, mas as vezes diabólica, quando olhando em meus olhos, que se esgazeavam
ante o brilho estranho emanado, dizia: “Quero usufruir por breve instante do
prazer de sentir teus lábios nos meus, teus braços me envolvendo e mãos me
tocando com a ternura da inocência enaltecida pela magia de nosso encontro”.
Não
disse aquilo para meu deleite, citava um dos seus trabalhos! Não tenho vergonha
em dizer que fico úmida quando leio alguns dos seus textos mais maliciosos tais
como: “Pernas”, “A boca”, “Meu pecado”, “Nosso prazer”, “Volúpia
do beijo” e tantos
outros.
Tamara
R. Almeida
(Continua
na Fase - II)
Fase
II
Só para mulheres
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