A trama
Sorrateiramente, Barretão se afasta e saca o celular. Em seguida, ouvimos um papo estranho: “Não sei o modelo”, diz Barreto, “mas pela placa, o pessoal consegue identificar... Eles acabaram de sair. Aguardo notícias”.

A blitz
Mais tarde, em algum ponto da cidade, uma blitz pára os carros numa avenida. Julia e Evilásio se aproximam calmamente. Não percebem o olhar do policial graduado fixado na placa da moto. Logo ele faz sinal para que eles estacionem e desçam: “Habilitação e documentos da moto”. Evilázio resmunga: “Só porque sou negro”. O policial se faz de ofendido e ameaça prende-lo. Para piorar, Evilásio se dá conta de que não está com os documentos. O veículo terá de ser rebocado. Chateado, ele desabafa e logo ouve voz de prisão. Julia toma suas dores e diz que vai junto para delegacia. Mas não tem motivos para isso. Indignada, ela arranja um: dá uma cusparada nas botas do policial.

Incompreensão
Não há amor que resista a incompreensão. Não que Claudius não compreenda o desejo obsessivo de vingança que Maria Paula nutre em relação ao homem que a ludibriou e confiscou todos os seus bens. Com isso, Claudius convive bem. Até mesmo o assédio comedido de Narciso, Claudius é capaz de aceitar. O que não dá pra aceitar é que ela enfrente Ferraço, acuse-o publicamente pelos seus crimes e, depois de ter sua integridade física e sua vida ameaçadas pelos capangas desse bandido, ela não vá à polícia dar parte dele, botá-lo atrás das grades. Um processo contra Ferraço é mais que urgente, é vital.

Teimosia
Mas Maria Paula incrivelmente se recusa. Não quer envolver a polícia nessa história, não quer processar o canalha. Diz ter um trunfo, sim, um trunfo... Mas que raio de trunfo é esse, meu Deus? Delírio? Cegueira? Burrice? Para Claudius, não há outra explicação: Maria Paula ainda está apaixonada por Adalberto – ou Ferraço, se preferir. Por isso, farto das teimosias dela, ele anuncia solenemente, em meio a uma discussão: “Eu desisto”. Vai deixar o caminho livre pra que ela aja da forma que achar melhor. Não quer ser mais usado. De repente, passou a se sentir ridículo por insistir em ajudá-la, por ter corrido tantos anos atrás de uma ilusão.

Mais uma vez, Ferraço se vê obrigado a contar sobre seu passado como Adalberto Rangel. Sem emoção alguma, ele fala sobre o golpe que deu em Maria Paula. Também sem esboçar qualquer reação, Sílvia o ouve, atentamente. Quando termina a história, Ferraço acredita que vai ser abandonado por sua noiva. Mas ela o surpreende...

“Um homem capaz de dar um golpe desses é imbatível! É dono de uma inteligência rara! Fiquei orgulhosa de você!”, diz Sílvia, caindo nos braços de seu homem.

Juntos e malévolos, Sílvia e Ferraço vão fazer de tudo para destruir Maria Paula.

Os dois acham que a comunidade deve ser consultada sobre a invasão. Mas Juvenal diz que ele sabe o que é melhor para seu povo. Com muito jeito, Evilásio propõe um plebiscito, para que as pessoas possam votar. O líder, que detesta ser contestado, acaba aceitando a proposta, muito a contragosto.

Depois, quando está a sós com Guigui, Juvenal diz que o paraíso acabou e vai haver briga pelo poder. “Minhas antenas tão captando: a chapa vai esquentar pro meu lado... Te prepara!”, diz ele, preocupado.

Não mesmo. Do fundo do salão, uma voz feminina o chama de mentiroso. É Maria Paula, que sai detrás dos convidados e coloca o dedo na cara do empresário. “Você vai me pagar com juros cada centavo que me deve, desgraçado! Cada minuto de dor, cada lágrima chorada. Chegou a hora do nosso acerto de contas, Adalberto Rangel!”, diz ela, muito nervosa, para o espanto de todos.

Ezequiel tem visões

Branca e Narciso reconhecem Maria Paula e tentam acalmá-la, mas ela se desvencilha dos seguranças e faz novas ameaças ao empresário. Fingindo bom humor e tentando mostrar aos convidados que a mulher é uma louca, Ferraço ordena, discretamente, que Bárbara suma com Maria Paula.

No lado de fora do salão, Ezequiel a vê sendo carregada aos gritos. O motorista encontra a bolsa dela caída no chão, e tem visões que mostram que seu patrão é o Adalberto que enganou Maria Paula. O celular da moça toca. É Claudius, que decide ir ao local quando Ezequiel conta o que aconteceu. O advogado reconhece Adalberto ao ver Ferraço, e também faz um escândalo.

Maria Paula é levada para terreno baldio

A mando de Bárbara, Waterloo e Ronildo levam Maria Paula, desacordada, para um terreno baldio próximo a Portelinha. Graças a Lucimar, a jovem é achada e levada para associação de moradores da comunidade, onde conta para Juvenal Antena todo o passado revelador de Ferraço. Depois de ser acolhida pelo líder da favela, Maria Paula deixa o local acompanhada de Claudius.

Não mesmo. Do fundo do salão, uma voz feminina o chama de mentiroso. É Maria Paula, que sai detrás dos convidados e coloca o dedo na cara do empresário. “Você vai me pagar com juros cada centavo que me deve, desgraçado! Cada minuto de dor, cada lágrima chorada. Chegou a hora do nosso acerto de contas, Adalberto Rangel!”, diz ela, muito nervosa, para o espanto de todos.

Ezequiel tem visões

Branca e Narciso reconhecem Maria Paula e tentam acalmá-la, mas ela se desvencilha dos seguranças e faz novas ameaças ao empresário. Fingindo bom humor e tentando mostrar aos convidados que a mulher é uma louca, Ferraço ordena, discretamente, que Bárbara suma com Maria Paula.

No lado de fora do salão, Ezequiel a vê sendo carregada aos gritos. O motorista encontra a bolsa dela caída no chão, e tem visões que mostram que seu patrão é o Adalberto que enganou Maria Paula. O celular da moça toca. É Claudius, que decide ir ao local quando Ezequiel conta o que aconteceu. O advogado reconhece Adalberto ao ver Ferraço, e também faz um escândalo.

Maria Paula é levada para terreno baldio

A mando de Bárbara, Waterloo e Ronildo levam Maria Paula, desacordada, para um terreno baldio próximo a Portelinha. Graças a Lucimar, a jovem é achada e levada para associação de moradores da comunidade, onde conta para Juvenal Antena todo o passado revelador de Ferraço. Depois de ser acolhida pelo líder da favela, Maria Paula deixa o local acompanhada de Claudius.

Ao ver seus ídolos chegarem, envoltos numa bela luz azul, quase divina, Zé da Feira treme na base. Quase em transe ele sobe no palco junto com os sambistas. Para o delírio do público, eles cantam alguns sucessos, inclusive um samba feito por Zé.

E o público está em peso, tem gente até de fora da Portelinha! Além de Luiza Brunet, que está dando dicas para Andréia Bijou arrasar, também estão sambando por lá a condessa de Finzi-Contini, sua assistente, Claudine, e até Maria Eva, tão enturmada que parece ter nascido na favela.

A presença surpresa dos músicos é um presente de Natal que Juvenal quer dar à sua tão amada Portelinha. Ao ver o povo feliz, seus olhos se enchem d’água. “Como eu amo a minha gente!”, diz.

A fuga pela tangente acontece depois que falta luz na Portelinha. Com a quadra às escuras, o povo começa a ficar agoniado. O próprio Mariozinho olha as horas, com cara de quem vai embora. Zé aproveita a confusão para sumir por debaixo das mesas. Quase é flagrado por Andréia Bijou, que está sambando e sem querer pisa na mão do cantor.

Depois de zanzar para lá e para cá, Zé dá de cara com o camarote de Juvenal. Ele abre a porta e vê o que tanto queria: um frigobar cheio de cervejas geladinhas! Mas a Antena do líder da Portelinha é poderosa mesmo. Quando Zé está prestes a beber um gole, Juvenal aparece e o impede de fazer mais essa besteira.

Assim, sóbrio como um bebê, Zé da Feira é levado de volta para o lado de Amélia, Ezequiel e Setembrina. A mãe-de-santo dá para o filho um copo com mel e gengibre. “Pra voz é tiro e queda. Pode tomar sem medo”, diz ela.

“Não acha que um dia feito o de hoje, com esse breu na favela, tá na medida pra uma invasão? Vou confessar pro colega: não vejo a hora de lhe ver tomar a Portelinha na mão grande pra acabar com a pose de Juvenal Antena!”, diz Waterloo.

Lobato, como todo bandido, não gosta de receber ordens ou sugestões. Quer decidir as coisas por ele mesmo. Então, encara Waterloo e diz que ainda está pensando se vai invadir a Portelinha. Ele só vai partir pra ação se for beneficiado de alguma forma.

Benefícios que, certamente, Ferraço vai saber oferecer. Ou seja: a Portelinha corre perigo e a invasão não tarda a acontecer!

Quando vê aquela morena ali na sua frente, Antônio mal acredita. Acha que é pegadinha. Mas Débora mostra que está ali para fazer a massagem, caso ele queira. Só coloca uma condição: que ele tome banho e acabe com aquela sujeira de oficina.

Feliz da vida, Antônio vai para o banheiro. Enquanto isso, Débora fuxica toda a casa. Ela encontra uma caixa de sapato cheia de dinheiro e com três moedas de ouro, iguais às que foram achadas na casa do pai de Célia Mara. Os olhos de Débora brilham. Ela acaba de encontrar sua galinha dos ovos de ouro!

“E o seu casamento, Sabrina, vai rolar mesmo?”, pergunta o jovem advogado. Sabrina confirma e aproveita para dizer o quanto o noivo é carinhoso e respeitador. Despeitado, Barretinho diz que a ama. Logicamente ela não acredita e diz que no fim das contas ele vai acabar casando com uma “patricinha branquela”.

Barretinho então dá um tremendo fora e diz que pode ficar com as duas, tanto Sabrina como a branquela. Sentindo-se ofendida, a empregada dá um tapa no patrãozinho, que chega a cair sentado na poltrona.

Desse jeito indelicado, Barretinho nunca vai conseguir conquistar sua musa de ébano!

A cena deve ser exibida na próxima sexta-feira, 21/12.

Barretinho gosta de Sabrina?

• Não. Ele só a quer por orgulho ferido
• Sim. Isso é paixão de verdade

» Ver Resultados

A decisão acontece depois que Geraldo vai à casa de Juvenal para se desculpar. Diz que não deveria ter acreditado em Divaldo, já que este tem problemas de vista. Os dois se abraçam, tudo parece que vai voltar ao normal. Até que o motorista, aconselhado por Guigui, pede para Juvenal prometer nunca dar em cima de Alzira.

Pronto. Aí o tempo fecha novamente. O líder se irrita, porque não quer ninguém controlando sua vida amorosa. Geraldo também fica possesso, pois Juvenal não faz promessa alguma. Mais uma vez os dois se desentendem, e é então que o motorista resolve lutar por Alzira.

A cena deve ser exibida na próxima sexta-feira, 21/12.

Com quem Alzira combina?

• Dorgival
• Geraldo
• Juvenal
• Nenhum deles

» Ver Resultados

“Que pouca vergonha é essa, hein, bebê?”, grita Amara. Pego em flagrante, Bernardo leva um baita susto e tenta explicar que só estava incentivando Débora a vender mais bebida. Com o sangue quente, Amara parte para cima da morena. As duas trocam insultos. O vendedor de cerveja, cheio de vergonha, pede que elas parem, porque aquele é seu local de trabalho.

Mas a briga só piora. Entre um xingamento e outro, Amara joga areia molhada em cima de Débora. Esta, por sua vez, desvia e revida com outro tanto. Começa, então, uma guerra de areia entre as duas. Bernardo tenta impedir, mas acaba sendo atingido também. As duas ficam que nem bifes à milanesa, cheias de areia. O barraco só termina quando João Batista aparece e leva Débora dali.

Para piorar a situação, um ladrão passa correndo e leva a pochete de Bernardo, levando todo o lucro que ele teve no dia. Tanto sacrifício por nada!

Em pânico, todos tentam se proteger. As meninas gritam, o mundo parece que vai acabar. Segundos depois, o silêncio. As dançarinas se levantam, assustadas, sacudindo a poeira. Ninguém se feriu. Todos se perguntam o que aconteceu. Foi uma explosão? Um vazamento? Um botijão de gás?

Lá na associação, Guigui recebe o telefonema de Vesga, explicando o que aconteceu. A assistente de Juvenal manda que todos sigam para a quadra da escola de samba, pois lá estarão protegidos. Sem alternativa, Vesga, Denise, Socorro, Victória e as outras meninas recolhem o que sobrou de seus pertences e seguem para lá.

A pergunta que não quer calar: quem ou o que foi o responsável por esse desabamento? Ninguém vê, mas assim que todos deixam os escombros da uisqueria, uma pessoa – ou seria uma criatura? – passeia por ali. Um novo mistério se instala na Portelinha...

“Foi por isso mesmo que pensei nele. Joca sempre comentava comigo que o cunhado era uma fera, não perdia uma causa”, justifica.

Célia Mara então liga para Barreto e marca uma reunião. Quando descobre que o marido está pensando em ajudar a amante de João Pedro, Gioconda fica irritada. Primeiro ela decide sair de casa, em solidariedade a Branca. Mas depois pensa melhor e resolve ficar de olho quando o marido for receber sua nova cliente.

“Não acredito!! Eu aqui tendo um sonho perfeito, com uma gente finérrima, uma festa chiquérrima e você vem me acordar?”, reclama ela.

Mas Evilásio começa a se aproximar, de um jeito estranho e, de repente, a beija! Solange tenta recuar, diz coisas ofensivas, mas não resiste ao poder do negão.  Os dois ficam ali no maior amasso quando a porta se abre. É Júlia, que dá o maior flagrante!

Chocada com a cena, Júlia diz que Solange não vai roubar Evilásio dela. As duas começam a discutir e saem no tapa. Que baixaria...

De repente, Solange acorda. Agora, de verdade. Assustada com o sonho maluco, tenta reprimir o pensamento indesejado. Adormece de novo.

A cena deve ser exibida na próxima quinta-feira, 20/12.

O sonho de Solange significa que:

• No fundo ela está doida para beijar Evilásio
• Não quer dizer nada. É só um sonho!

» Ver Resultados

O constrangimento começa logo na entrada, quando Heriberto inaugura um busto em homenagem a João Pedro. Cinicamente, ele chama Branca para discursar a favor do falecido. A viúva quase se descontrola, mas mantém a pose e tem a brilhante idéia de passar o bastão para Sílvia. Em poucas palavras, a jovem homenageia o pai e chega a chorar, emocionada.

Já dentro do auditório, mais surpresas. Quando Macieira vai começar seu discurso, Rudolf o interrompe, com um calhamaço na mão. Diz que tem um manifesto a ler, crente que será reprimido pela cúpula. Mas o novo reitor dá a palavra ao aluno rebelde sem causa, para espanto de todos. Então, começa uma ladainha que dura quase uma hora, deixando todo mundo entediado.

O discurso de Rudolf só chega ao fim graças a Gioconda que, providencialmente, tem uma crise de tédio e desmaia. As atenções se voltam para a madame e o aluno fica esquecido. Depois, Macieira retoma a palavra e faz um discurso brilhante, e é aplaudido por todos.

Desde que parou de dançar na uisqueria, Alzira não faz outra coisa senão ficar em casa e cuidar dos filhos. E em meio às tarefas cotidianas, a lembrança do que aconteceu na noite anterior não lhe sai da cabeça. Ao mesmo tempo em que se preocupa com o paradeiro de Dorgival, flagra-se diversas vezes pensando em Juvenal. E com um sorrisinho no rosto...

Será que realmente Alzira está se apaixonando?

Durante toda a cerimônia, Maria Paula fica sentada na arquibancada, misturada aos estudantes. Ela mantém uma certa distância, mas não tira os olhos de seu ex-marido, que não pára de beijar e mimar Sílvia.

Em dado momento, porém, o celular do empresário toca e ele se afasta para atender. Ferraço vai justamente para perto de onde Maria Paula está. Ela vira um pouco o rosto para não ser vista, mas consegue ouvir o assunto da conversa: um negócio que envolve milhões! Ela fica com mais ódio ainda. Aquela fortuna um dia foi dela.

Ao final da solenidade, a tensão de Maria Paula chega a tal ponto que ela decide que é o momento certo de abordar Ferraço. E isso está prestes a acontecer, mas Branca, que até então não a tinha visto, a chama. “Minha querida!”, diz a dona da universidade. Maria Paula é obrigada a se virar e cumprimentá-la, enquanto o empresário vai embora.

Juvenal, com algum sentimento de culpa e vendo a cara de poucos amigos de Geraldo, o faz passar a frente do povo. A sós, os dois conversam. O motorista dispara toda sua ira: “Qual é a tua, Juvenal Antena? Depois que virou o rei da cocada preta, resolveu trair teus amigos?”.

“Êpa! Êpa! Êpa!”, responde o Juvenal, já sabendo do que se trata, mas fazendo-se de desentendido.  Geraldo diz então que o viu beijando Alzira na porta da casa dela. O líder se mostra ofendido, diz que isso é uma calúnia. Nega com tanta veemência que o motorista de van fica sem saber quem está falando a verdade.

Cabreiro, Geraldo sai da associação e resolve testar a vista de Divaldo. Aponta para Edivânia e pergunta quem é. O ajudante diz que é Lucimar. Depois aponta para um rapaz e Divaldo diz que é Bernardinho. Mas não é! Resumindo: Divaldo tem problema de vista e não enxerga nada bem. Certamente ele se confundiu quando viu Juvenal e Alzira.

Mas o ajudante do motorista continua jurando que viu o beijo, sim, senhor. E agora, Geraldo? Vai acreditar no amigo cegueta ou no irmão poderoso?

Quando ouve as batidas na porta, Alzira corre para atender, achando que é Dorgival. Mas se espanta ao ficar frente a frente com Juvenal, que a surpreende com um beijo. Antes que ela possa falar alguma coisa, o líder da Portelinha confessa que seu interesse é verdadeiro e se despede, deixando-a atônita.

“Agora que lhe mostrei que não tô pra brincadeira, pode ir dormir tranqüila... E tenha bons sonhos”, diz ele.

São manequins vestindo fantasias lindíssimas de carnaval, bastante coloridas e com ares circenses. Dália recebe os elogios de Bernardinho com ressalvas. Acha que ele só diz isso porque gosta dela. Mas o cozinheiro dá força e lembra o passado recente e difícil da moça: “Dália Mendes, profissão: carnavalesca. Garota, nem faz tanto tempo que tu chegou aqui na Portelinha com aquele vigarista (...)Você mudou toda a sua vida, Dália. E eu estou muito orgulhoso por sua causa!”.

Os dois se olham com carinho. Dália beija Bernardinho na testa, na bochecha, e quase na boca. Mas ele se afasta, sem graça. Feliz, ela diz ao amigo que o ama. Ele baixa a guarda e diz que também a ama.

“Antes eu só via um menino, o Adalberto. Mas naquele dia também a vi: a senhora saía correndo de uma casa grande, parecia muito nervosa... Estava vestida com um capote vermelho, e gritava o nome dele”, revela Ezequiel.

Impressionada com a história, Maria Paula pede mais detalhes. Em sua empolgação, o motorista revela que trabalha para Marconi Ferraço. Uma luz se acende na cabeça dela: é tudo um complô! Acreditando que Ezequiel foi mandado por Ferraço para vigiá-la, ela entra em pânico e corre para casa.

Só que a confusão piora ainda mais. Ela chega em casa, esbaforida, chamando por Renato. Nanã abre a porta para a patroa e vê Ezequiel vindo atrás. Maria Paula descobre que sua empregada conhece o motorista e a teoria do complô fica ainda mais forte.

Por sorte, Ezequiel e Nanã explicam que se conhecem há anos do terreiro de Mãe Setembrina. O motorista, que não entendeu o surto de Maria Paula, jura que suas visões são verdadeiras. No entanto, ela está em crise: existe mesmo uma conspiração de Ferraço?

Dorgival pede a Alzira um terno de linho e sapatos brancos. Resignada, ela atende o desejo do marido. Ele se veste, tal qual um malandro. Solta seus pássaros – metáforas dele mesmo – e se despede dos filhos. Quando Alzira quer saber seu destino, ele é reticente: “Diz que eu fui por aí...”.

O “por aí” de Dorgival é a uisqueria. Ele pede para Jojô abrir uma conta. Encantadas com o novo hóspede, as dançarinas começam a chamá-lo de “Outro”.

O problema é que, como a casa agora é da prefeitura – e Célia Mara foi indenizada por isso – todos os bens que estão nela também são do governo. Com isso, se ela quiser ter os vinhos e o ouro de volta, terá que entrar na Justiça.

Fora de si, Célia Mara perde a linha e diz que está sendo roubada. E acrescenta que vai contar as moedas, uma a uma, para se certificar de que ninguém vai surrupiá-las. Para completar o espetáculo, empurra as garrafas de vinho que estão em cima da mesa, e elas se espatifam no chão.

O delegado perde de vez a paciência e a prende por desacato à autoridade. Chorando, Célia Mara é levada como meliante para o xadrez. E só é solta porque um homem paga a fiança. Seu nome? Antônio Melgaço!

A descoberta acontece quando um trator está demolindo as paredes. Célia Mara está por ali, desolada, vendo a casa onde nasceu e viveu durante anos vir abaixo. De repente, ouve-se um barulho de vidros se quebrando. É aí que os homens encontram um buraco e, nele, garrafas de vinho do Porto datadas do início do século passado.

Célia Mara se espanta. Como nunca soube desta cave? Logo ela trata de se apossar das garrafas, mas o engenheiro responsável a impede. “A casa era do seu pai, a senhora foi indenizada, agora a casa é da prefeitura, o terreno idem. E a senhora deixou as garrafas aí, não me interessa se sabia ou não, ficaram como as paredes, as portas... Portanto são da prefeitura”, diz o homem.

Mas as surpresas – e decepções – de Célia Mara não param por aqui. Remexendo no buraco, o pessoal encontra um baú cheio de moedas de ouro! É demais para a filha de seu Manoel. Ela desmaia nos braços de Clarissa. E só acorda quando o delegado aparece, dizendo que vai confiscar os bens encontrados.

Aí, já viu! Todo mundo pra delegacia...

A notícia da festa está no jornal, com data, hora e local. Nadir, que está ao lado de Maria Paula, pergunta por que ela não procura a Justiça, em vez de ir a essa festa. Mas a sede de vingança é tanta que ela quer humilhar Ferraço em praça pública.

“Desde que tenha muita gente por perto, eu não abro mão disso: de aparecer na frente daquele sujeito, apontar com o dedo pra cara dele e gritar, com todas as letras: ‘eu tô aqui, cara, e quero de volta tudo o que você me roubou!’”, diz, determinada.

“Vamos lá, moçada, não se acanhem! Agora tem novidade!”, grita Bernardo, armando o isopor sobre a areia. Enquanto isso, Débora tira a saída de praia e fica só de biquíni. Ela se espreguiça, preparando-se para o batente.

Tendo a garota como chamariz, os pedidos começam a pipocar. Ela corre de um lado, pega a cerveja, corre do outro e entrega para os clientes, pega o dinheiro, entrega o troco... Um vaivém que só faz atrair ainda mais compradores.

Conclusão: Bernardo e sua assistente conseguem vender todas as cervejas em pouco tempo. E quando ele anuncia que vai embora, o pessoal vaia, desapontado. Esperto, o vendedor diz que no dia seguinte tem mais, garantindo assim mais verdinhas.

Em casa sem fazer nada, como sempre, Amara empurra o ciúme para baixo do tapete e torce para que tudo dê certo. Ela sonha fazer uma plástica com o dinheiro faturado por Débora. E pelo andar da carruagem, a bruxa pode até conseguir!

“Vamos lá, moçada, não se acanhem! Agora tem novidade!”, grita Bernardo, armando o isopor sobre a areia. Enquanto isso, Débora tira a saída de praia e fica só de biquíni. Ela se espreguiça, preparando-se para o batente.

Tendo a garota como chamariz, os pedidos começam a pipocar. Ela corre de um lado, pega a cerveja, corre do outro e entrega para os clientes, pega o dinheiro, entrega o troco... Um vaivém que só faz atrair ainda mais compradores.

Conclusão: Bernardo e sua assistente conseguem vender todas as cervejas em pouco tempo. E quando ele anuncia que vai embora, o pessoal vaia, desapontado. Esperto, o vendedor diz que no dia seguinte tem mais, garantindo assim mais verdinhas.

Em casa sem fazer nada, como sempre, Amara empurra o ciúme para baixo do tapete e torce para que tudo dê certo. Ela sonha fazer uma plástica com o dinheiro faturado por Débora. E pelo andar da carruagem, a bruxa pode até conseguir!

Justamente no momento em que Ezequiel se decide a falar com Maria Paula, os guardas chegam. “Parado aí, cara!”, grita um policial. Ezequiel se vira e não entende nada. Os homens o revistam e prendem seus punhos com algemas.

“Moço, eu só vim aqui falar com a dona dessa casa, vocês não podem me prender deste jeito, eu não sou nenhum ladrão!”, implora Ezequiel. O policial olha para Maria Paula, que a esta altura já abriu a porta para saber o que está havendo, e pergunta se ela conhece o suposto ladrão.

Ezequiel murmura o nome de Adalberto. Ela então tenta defendê-lo, mas os policiais não lhe dão ouvidos. O motorista então diz a Maria Paula que passa no supermercado, assim que puder, para conversar com ela.

O pobre coitado é levado para a delegacia. E ficaria muito tempo lá se não fosse a influência de Narciso Tellerman, que manda soltá-lo.

Mas Ronildo não conta com a sagacidade de Bárbara. Ela o flagra com a boca na botija e fecha a maleta num rompante. Nisso, os dois ouvem a voz de Ferraço chamar pela governanta. Ronildo gela, pede para que Bárbara não o denuncie. Diz que estava colocando os papéis de volta na maleta, pois o vento havia espalhado tudo pelo chão.

Bárbara o olha, intrigada, e vai atender ao pedido de Ferraço. Enquanto isso, Ronildo executa a segunda parte do plano. Vai para a piscina, tira a roupa e mergulha na água. Quando a governanta volta, dá uma bronca no rapaz, mas fica baqueado ao vê-lo tão à vontade. Ela não resiste e o beija.

Quando ele pergunta se ela vai denunciá-lo para Ferraço, ouve a seguinte resposta: “Se continuar me prestando esse tipo de serviço... Eu não terei do que reclamar”.

Moral da história: Ronildo consegue uma pista para Juvenal e enrola Bárbara direitinho.

Alzira leva um susto ao ver o marido ali, com aquela expressão enigmática. Tem certeza de que ele vai atacá-la, de que estes são seus últimos momentos. A dançarina implora por sua vida, pede para Dorgival pensar nas crianças. Ela jura que só fez o que fez para ajudá-lo, pois quer pagar a operação no coração que o salvaria da morte.

Com seu olhar estranho e ameaçador, Dorgival responde: “Quer dizer, então, Alzira, que você é uma heroína... A mocinha toda pura que se sacrifica... Mas eu não quero mais nada de você. A partir de agora, eu dispenso o teu sacrifício... E pra não ter erro quanto a isso, eu só vejo um jeito”.

É neste momento que Alzira acha que está perdida. Mas Dorgival não tenta atacá-la. Ao contrário, ele ameaça tirar a própria vida. Ouvindo os gritos vindos do quarto dos pais, Dorginho e Manoela batem na porta. Mas ninguém abre.

Quando Dorgival está prestes a fazer uma besteira, Juvenal salta pela janela e o impede. Alzira grita, as crianças, no corredor, também gritam. E Dorgival desaba num choro convulsivo, também em voz alta, lançando no ar uma triste melodia.

Mostrando o anel no dedo para provar o compromisso, Sabrina desdenha do patrãozinho. Ela diz que o noivo é um rapaz sério e respeitador de sua comunidade. “Daqui a três meses a gente casa, e eu vou deixar de trabalhar fora pra cuidar só do meu marido e da nossa casa”, completa ela, indo embora na maior pose de vitória.

Barretinho, por sua vez, é o retrato da derrota. Ele vai para o quarto e se joga na cama, onde tem uma crise de choro. Destrói seu travesseiro de penas e começa a jogar tudo pelo chão. E jura para si mesmo que Sabrina vai ser dele de qualquer jeito.

Tensa, ela pega um táxi e pára numa floricultura. Compra um buquê e se encaminha para o endereço escrito no papel. Ao chegar no condomínio, o segurança anuncia sua chegada para Andréia Biju, que, por sua vez, avisa Sílvia.

Sem conseguir olhar para a moça, Maria Paula entrega as flores. Sílvia fica toda prosa, acha que é surpresa de Ferraço. A falsa entregadora se enche de coragem e: “Desculpe tomar a liberdade, mas... É um assunto muito importante pra mim. Eu queria muito lhe fazer uma pergunta”.

Mas Sílvia nem lhe dá bola. É que, por trás dos ombros de Maria Paula, ela vê Ferraço e grita seu nome, chamando-o. Tensão. Maria Paula se vira e reconhece o ex-marido saindo do carro. Nervosíssima, ela dá um jeito de passar pelo empresário, de cabeça baixa.

Com os olhos fixados em Sílvia, Ferraço nem percebe que a mulher que ele enganou está ali. Como um raio, Maria Paula sai de perto dos dois e se esconde atrás de uma árvore. Consegue flagrar um beijo apaixonado do casal. Fica completamente abalada.

Ainda com seus trajes de enfermeira, Alzira nega. Não quer dançar e ninguém vai obrigá-la. Os dois começam a discutir, o tom agressivo vai aumentando. Jojô ali, no meio dos dois, sem saber o que fazer. As garotas da uisqueria só olhando aquele barraco.

E então, Juvenal saca um maço de dinheiro do bolso e joga na cara de Alzira. “Vai dançar, sim, vai dar o maior show de sua vida aqui na minha frente, e pra isso já tô até lhe pagando adiantado!”, ordena ele.

Humilhada, Alzira diz que não vai dançar de jeito nenhum e sai correndo para o camarim, aos prantos. Jojô e as garotas aproveitam para pegar as notas caídas pelo chão. Juvenal coloca a cadeira em frente ao palco e diz que dali não sai sem ter o que deseja.

Ao ver Geraldo ali na porta, Juvenal fica sem graça. “Não vai me convidar pra entrar?”, pergunta o motorista de van. O líder dá a passagem e o amigo entra.

Fica então aquele clima estranho. Geraldo puxa assunto, quer conversar, mas Juvenal trava. Tem pressa, quer ir logo para a uisqueria ter seu show privê com a Outra. O motorista, que o conhece há anos, percebe que tem algo errado. Pergunta se o assunto é mulher, mas Juvenal responde que é outra história. E praticamente expulsa Geraldo dali.

Ao sair, Peixeiro desabafa com Divaldo: “Ele mentiu pra mim!”. Arrasado, diz que Juvenal nunca o tratou daquela forma. Mas jura que vai descobrir o motivo. E acompanhado de seu fiel escudeiro, resolve perseguir o todo-poderoso, que se dirige para a casa de massagens.

Martinho está saindo da sala de Mariozinho, com quem se reuniu, e Zé da Feira leva um susto. Ele se esconde atrás de uma pilastra, mas acaba sendo visto pelo produtor, que lhe apresenta o famoso cantor e compositor carioca. Meio aéreo de emoção, Zé da Feira aperta as mãos de Martinho de Vila.

Logo depois, chega a hora de Zé conversar com o produtor. Mariozinho pede que ele grave um CD com alguns sambas de sua autoria, mas Zé diz que prefere mostrar seu repertório ao vivo. “Que tal na quadra da Nascidos na Portelinha?”, sugere o sambista. Mariozinho aceita, Juvenal aprova e é isso aí: em breve, show de Zé da Feira na favela!

Assim que terminam de assinar a papelada, os negociantes se cumprimentam. Quando os chineses saem, Ferraço telefona para um funcionário: “Já pode mandar as máquinas. E trata de começar hoje mesmo a cavar o buraco pras fundações. É, vai ser uma baita surpresa”.

Que mistério será esse? Somente quem sabe de tudo é Barreto, que mesmo pressionado por Gioconda, não diz nada. Apenas confirma que o negócio renderá muito dinheiro e vai atrapalhar a vida dos moradores da Portelinha....

Forçando um pouco a memória, Maria Paula finalmente junta as peças do quebra-cabeças e se dá conta de que o homem que estava amparando Sílvia no dia da invasão e que ela reconheceu como Adalberto é o tal Ferraço. E mais: ele está noivo justamente da filha de Branca, uma mulher que ela conhece e por quem tem muita simpatia.

Num ímpeto, a jovem procura o número da universidade na lista telefônica e liga para lá fingindo trabalhar em uma floricultura. “Eu estou aqui com uma encomenda de flores do doutor Marconi Ferraço para a senhorita Sílvia Pessoa de Moraes, e não tá dando pra entender aqui a letra...”, mente, com uma frieza impressionante.

A secretária da diretoria acaba caindo na história de Maria Paula e fornece o endereço direitinho. Agora, resta saber o que a jovem vai fazer com essa preciosa informação.

Jojô reclama do prejuízo que vai ter se fechar a casa justamente no dia da apresentação da Outra. “Não se preocupe, que não vou aí de graça, não. Eu banco a noite, cubro o seu prejuízo...”, diz Juvenal.

Sem acreditar que vai realmente receber algum dinheiro do líder comunitário, Jojô coloca a plaquinha de “fechado” na uisqueria. Convoca Alzira e diz que a Outra deve voltar das férias o mais rápido possível.

Alzira, que não sabe de nada, chega à uisqueria e se espanta com a placa. Já começa a reclamar que o gerente fechou a casa, mas ele aponta para a porta. “Você tem um cliente especialésimo, que exigiu exclusividade. Hoje a Outra vai dançar só pra ele!”, diz, apontando para Juvenal.

E agora? Alzira vai ou não vai dançar para o rei da Portelinha?

A cena deve ser exibida a partir da próxima quinta-feira, 06/12.

Alzira deve dançar para Juvenal?

• Lógico! Se ela dançou pros outros, pode dançar pra ele
• Não. É bom pra ele aprender que não pode mandar em tudo

» Ver Resultados

A situação inusitada acontece depois que Zé da Feira, mais uma vez, não consegue encarar o produtor musical, na gravadora. Ele vai para o boteco e pede uma caninha, mas as mãos, trêmulas, fazem o copo cair no chão.

Desesperado, Zé da Feira corre. Envereda-se pelas ruas, sempre correndo, sempre fugindo do mal que lhe persegue, a bebida. Corre tanto que acaba no cemitério, onde adormece sobre um túmulo. Acorda com um homem lhe cutucando. Quando pergunta quem é, ele diz: “Sou Afonso Henriques de Lima Barreto”. Zé olha para a lápide e vê que é o mesmo nome talhado ali!

O espírito do escritor começa a dar uma bronca no vivo. Diz que morreu de cirrose e, se Zé não tomar vergonha, vai acontecer o mesmo com ele. O sambista, mesmo com medo, não gosta nada da bronca e tenta encarar o defunto. Mas Lima Barreto o pega pelo colarinho: “Trata de correr atrás! O homem tá lá te esperando! Ou vai ficar aqui pra sempre? Se quer, eu te arranjo um lugarzinho ali do meu lado”.

Apavorado com a possibilidade de fazer companhia a um morto, Zé da Feira trata de correr e voltar para a gravadora. Lá, Mariozinho o aguarda!

“Sou eu paizinho!”, diz Morena, pelo telefone, depois de falar algumas palavras em italiano que deixam Juvenal zonzo.

Com o celular colado à orelha, o rei da Portelinha se lembra da bela moça que o acompanhava, há 10 anos, na época da invasão. Sorridente, conversa com ela e descobre que, depois de ter comido o pão que o diabo amassou na Europa, Morena se casou com um conde riquíssimo. Agora, viúva e com toda a herança no bolso, quer ajudar os seus amigos da Portelinha.

Juvenal adora a idéia e os dois marcam um encontro. E o líder ainda aproveita para brincar com sua antiga paixão. “Um beijo para você, condessa... Como é mesmo o nome? Ah! Freezer-Quentinha... Não, tô só brincando, não sou assim tão burro, e você sabe. Mas o nome é engraçado sim... Arrivederchi, isso aí!”, diz ele, rindo, ao telefone.

Tudo começa quando Célia Mara, correndo para pegar um ônibus, não vê um carro se aproximando. Ela só ouve a freada e se encolhe toda. Mas, felizmente, não é atingida. O veículo não passa por cima dela, mas em compensação, a motorista a atropela com tudo: é Branca, que ao ver Célia Mara em sua frente, desata a ofendê-la.

É claro que Célia Mara não deixa barato, e responde às agressões na mesma moeda. Ambas trocam farpas, xingamentos e fazem a alegria do povo, que começa a se aproximar. Clarissa implora para que a mãe deixe a loura de lado, mas a raiva que uma tem da outra é tanta que elas não conseguem parar de discutir.

Célia Mara chama Branca de “vassoura de piaçava albina”. Esta, por sua vez, xinga a outra de “cafona periférica”. O povo aplaude, bota lenha na fogueira, quer ver o circo pegar fogo. E quando as duas estão quase se atracando de verdade, Clarissa puxa a mãe com força e a põe dentro do ônibus.

Pronto, fim do espetáculo. E estejam certos: vem muito mais por aí!

“Escuta aqui, teu pai já disse mil vezes que não é pra trazer mulher pra dentro de casa”, diz Amara a João Batista. Constrangida, Débora faz menção de ir embora, mas o rapaz a segura.

Nisso, Bernardo aparece e arregala os olhos ao ver a bela morena em sua sala. Débora conta tudo o por que passou, desde que saiu da casa de Ferraço. O vendedor de cerveja se impressiona quando ela diz que recebeu R$ 250 mil do empresário. Vendo que a garota é uma mina de ouro, ele puxa Amara num canto e diz que se Débora já fisgou um ricaço, pode fisgar outros.

Então, é com segundas intenções que Bernardo e Amara deixam Débora morar em sua casa. E a moça ainda promete lavar e passar! É tudo o que a bruxa pediu a Deus!

O líder comunitário não entende esse papo de 007 e pede mais explicações. Ronildo revela que pode descobrir tudo sobre Ferraço através de sua governanta, Bárbara Carreira. Juvenal fica nitidamente interessado e resolve mantê-lo como aliado, mas, para isso, exige que o rapaz o informe sobre cada passo da vida do empresário, sem tentar fazer jogo duplo.

“A partir de agora, você é o espião de Juvenal Antena, plantado no território do meu inimigo... Mas vai ter que mostrar serviço!”, diz o líder, em voz ameaçadora, para Ronildo nem pensar em trair sua confiança.

Cheio de raiva, Ronildo está prestes a atacar os dois amigos, que dormem tranqüilos sem pressentir o perigo. Mas eis que Juvenal Antena e seus sete anões aparecem como um trovão dentro da casa. Bernardinho e Dália acordam num susto.

“Pensou que tinha esquecido de você, ô muquirana? Botei minha gente na tua campana esse tempo todo, sei de cada passo que tu deu... E tu aprontou muito, cara!”, diz Juvenal.

Ronildo se pela de medo e trata logo de baixar a guarda. Diz que não fez nada e só queria conversar. Conversar... O líder comunitário conhece bem esse papo furado e leva o bandido para a associação de moradores. Lá, ele será novamente julgado.

Qual será o destino de Ronildo?

“Não, padrinho, não pode ser. Não é justo, me parece um... Um abuso de autoridade...”, diz Evilásio.

Juvenal fica pasmo. Nunca seu afilhado foi tão insolente. Furioso, ele diz que Evilásio não tem direito de julgá-lo. O rapaz retruca que só estava dando sua opinião, mas o líder diz que a única opinião que interessa é a dele mesmo. E que, para ficar ao seu lado, Evilásio precisa acatar cegamente suas ordens.

O clima fica pesado entre os dois. O rapaz se desculpa, não quer se indispor com o padrinho. Mas sabe que Juvenal não está certo, e isso o deixa incomodado.