E assim, numa dessas coincidências do destino, Ronildo pega o mesmo ônibus que Fernanda. Sem saber que a moça é filha de Bárbara, ele anuncia o assalto, pedindo que ela lhe dê o cordão de ouro que está no pescoço.  Nervosa, Fernanda tem dificuldade de abrir o fecho. Ronildo ameaça arrancá-lo, mas felizmente ela consegue se livrar da jóia e entrega para ele, chorando.

Já em casa, Fernanda comenta com Bárbara que foi assaltada por um bandido louro com uma cicatriz no rosto. A assistente de Ferraço logo desconfia que foi Ronildo quem roubou sua filha. Coisa que ela confirma horas depois, ao falar diretamente com ele.

Ao descobrir que assaltou a filha de Bárbara, Ronildo pede desculpas e promete que, assim que conseguir um bom dinheiro, vai cobrir o prejuízo. Sabe-se lá como ele vai arranjar esta grana. Provavelmente, metendo-se onde não deve! Como já adiantou Aguinaldo Silva, o destino deste rapaz será trágico...

O nome desta farpa, logicamente, é Alzira. Juvenal decidiu dar os R$ 50 mil para pagar a cirurgia de Dorgival e, desde então, quase não vê a amada. Esta, por sua vez, está presa ao hospital, onde seu marido caminha entre a vida e a morte.

No fundo, Juvenal está morrendo de medo de perder Alzira. Ele acha que ela não vai ter coragem de largar Dorgival, por pena e pelos filhos do casal. Esta dúvida não abandona o líder que, com isso, desconta sua ira nos pobres coitados que vão à associação pedir ajuda. Muitos chegam a ir embora da fila ao perceberem que o pai da comunidade está em fúria.

Cansada de ser esnobada pelo cozinheiro, ela pergunta se ele nunca mais vai perdoá-la. Mais uma vez, Bernardinho se faz de desentendido, como se não tivesse motivo nenhum para estar chateado com a carnavalesca. Nesta hora, Dália explode e confessa que passou a noite com Heraldo porque ele é um gato, porque estava carente e porque estava com ciúmes do cozinheiro! Pronto, essa última parte deixa Bernardinho meio desconcertado. “Não sei onde é que você está querendo chegar com esse papo”, diz ele, tentado fugir daquilo que está na cara.

Dália então resolve dizer tudo o que sente de uma vez por todas: que ela gosta dele não só como amiga, mas também como mulher. “Bernardinho, eu tô te dizendo que você é o homem da minha vida!”, revela a moça. Abalado, Bernardinho acaba confessando que também a ama, mas que qualquer tipo de relacionamento entre os dois, além de amizade, é impossível.

Será mesmo que esses dois vão ser apenas bons amigos para sempre?

É claro que Renato fica encantado. Logo começa a brincar, feliz da vida por estar ao lado do pai, imerso num mundo fantástico. Ferraço aproveita para destilar seu veneno e começa a falar mal de Maria Paula para o menino.

“Eu e sua mãe brigávamos muito. Ela era ciumenta. O Claudius era muito amigo dela já naquela época e aconselhou sua mãe a terminar comigo. Eu fiquei desnorteado. Uma noite não agüentei e fui procurar a Maria Paula. Foi aí que descobri que ela e Claudius estavam juntos”, mente Ferraço, descaradamente.

Renato, em sua ingenuidade normal para uma criança de 10 anos, acredita piamente. Ele começa a nutrir uma raiva pela mãe, que não consegue mais disfarçar. Ao final do encontro com o pai, corre para dar-lhe um abraço. Ferraço fica meio sem graça, mas é obrigado a retribuir.

Durante a conversa, Alzira revela que dançou na boate durante anos. A prima se assusta, mas logo entende: afinal, ela também tivera uma vida dupla. A ex-dançarina conta que conseguiu juntar a metade do valor necessário para a cirurgia. “Tudo que fiz esses anos todos não vai valer pra nada se Dorgival não for operado! Eu preciso desse dinheiro, Célia Mara!”, chora.

Sem seus dobrões de ouro, Célia Mara não pode ajudar a prima. A única pessoa que pode fazer isso, afinal, é Juvenal Antena. Que ironia! Será que Alzira vai ter coragem de pedir dinheiro ao líder para salvar Dorgival?

“Eu vim lhe dizer que, ao contrário de minha mãe, vou fazer tudo o que estiver ao meu alcance para facilitar a vida da sua filha. Estou disposta a fazer o exame de DNA quando vocês quiserem”, diz Sílvia.

Célia Mara fica pasma. Não entende a atitude de Sílvia. Afinal, se for mesmo provado que ela e Clarissa são irmãs, a herança da primeira será reduzida à metade. É a vez de Ferraço se intrometer na conversa. Ele diz que Sílvia está fazendo isso porque é uma pessoa ética e generosa. Que cara-de-pau!

O pior é que Célia Mara cai nesse papinho furado. Acha mesmo que Sílvia é um anjo. Já Clarissa fica desconfiada. Quando a esmola é demais...

Às pressas, Júlia é levada para o hospital. Mas não um particular, que Barreto paga todo mês para a família. A moça rica filha de advogado vai para um hospital público, e lá fica mofando na sala de espera.

Assim que sabe do ocorrido, Gioconda voa para o local. Enquanto isso, Evilásio tenta buscar um médico à força para atender sua mulher. Mas vê pessoas nos corredores à beira da morte, e sem atendimento.

Inconformada com a situação, Gioconda diz que vai levar a filha para um hospital particular. Mas tanto Júlia como Evilásio não querem aceitar nada que venha de Barreto. A madame olha para o genro e diz, firme: “Escuta aqui: seu filho vai morrer se a Júlia não for levada agora para um bom hospital. Não importa quem está pagando, isso se resolve depois! Isso aqui não é brincadeira, é vida real! E na vida real as pessoas morrem!”.

Evilásio sente o baque e concorda. Já no hospital particular, depois de ser atendida, Júlia descobre que tem hipertensão e, por isso, terá uma gravidez de risco. O médico recomenda repouso absoluto. Gioconda diz que a filha precisa voltar para casa com urgência.

A história poderia muito bem ter terminado assim, mas Barretinho estraga tudo. Chega à igreja esbaforido, depois de correr por Jacarepaguá como um louco. Grita em alto e bom som: “Nãaaaao!”. Depois, corre até Sabrina e se ajoelha a seus pés. “Sabrina, eu sei que você também me quer... Não casa com ele, não faz isso comigo, não faz isso com você!”, implora o jovem advogado.

Miguel parte para cima de Barretinho, e os dois rolam pelo chão. A briga só termina quando Barreto arrasta o filho para fora. Na igreja, o padre tenta continuar a cerimônia. Mas Sabrina está tão consternada que não consegue dizer “sim”. Miguel, revoltado, entende que sua noiva está apaixonada pelo invasor e vai embora, deixando-a aos prantos, abandonada! 

E agora, Barretinho vai assumir as conseqüências do que fez?

Depois de expulsar Evilásio da associação, as atenções de Juvenal Antena se voltam para Geraldo Peixeiro. Para quem não lembra, os dois andaram se estranhando, mas isso é um assunto já resolvido, não é? Pelo visto, não. Para o líder, ainda há uma coisa a ser esclarecida antes que o assunto se dê por encerrado. “O que tu tava fazendo na hora da invasão?”, pergunta Juvenal a Geraldo, em tom de interrogatório. Por um momento, o motorista não acredita no que está se passando, e garante que nunca seria capaz de matar o próprio amigo.

Conversa vai, conversa vem, eis que as antenas de Juvenal o atentam para um detalhe: o relógio de Geraldo. Na hora, ele lembra que a mão misteriosa que apertou o gatilho tinha um brilho estranho. O líder, então, pergunta quando foi que ele comprou o relógio. Geraldo responde sem exatidão e trata de dar uma desculpa e sair dali, deixado Juvenal cismado.

A cena deve ser exibida no próximo sábado, 26/01.

Quem atingiu Juvenal?

• Dorgival
• Evilásio
• Geraldo Peixeiro
• Outro

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No meio dos outros alunos, Célia Mara também mal acredita no que ouve. Todos a parabenizam e ela vai para o palanque do auditório, ficando frente a frente com Branca, que sorri forçado. Mas quando a rival cumprimenta Macieira, o sangue da loura ferve e ela a provoca. De sangue português, também quente, Célia Mara responde à provocação e as duas começam a discutir na frente de todos.

O nível da briga chega tão lá embaixo que Branca dá um tapa em Célia Mara, que revida imediatamente. Os fotógrafos fazem a festa. Mas barraco não se limita a tapas e puxões de cabelo. Quando a loura recrimina a rival por armar confusão em sua universidade, Célia Mara faz uma revelação desconcertante.

“Minha filha! Ela é dona disso aqui tanto quanto você e a Sílvia. Clarissa é filha dele! Do Joca!”, diz a eterna amante do finado reitor.

Clarissa fica arrasada e começa a chorar. Branca, chocada, tenta retrucar que tudo é uma calúnia, mas Célia Mara diz que pode provar através do exame de DNA.

Ao ver que a amiga ganhou 100% da bolsa graças à sua bela colocação, Solange não se conforma. Afinal, diz que estudou muito mais que Gislaine e só conseguiu a metade do desconto.

A periguete faz aquela carinha matreira e responde para Sossô: “Sou assim desde moleca, minha filha, esperta: só me dou mal porque não estudo. Mas é só estudar um pouquinho... Pra arrebentar. Coisa de gênio! Fazer o quê?”.

Além de Gislaine e Solange, outros candidatos que fizeram o provão também conseguem bolsas: Benoliel, Dagmar, Denise, Vesga, Victória, Alzira, Célia Mara, Clarissa e Bruceli. Branca promete uma festa para comemorar. Mal sabe a loura que uma terrível revelação será feita neste dia!

O dono do Texas Bar conta que recebeu uma ligação de uma mulher dizendo ser amiga do doente. Ela disse que Dorgival tem apenas 48 horas de vida, caso ele não faça uma operação no coração urgente.

“Então, me diz, Alzira: é o pai dos teus filhos! Você não vai fazer nada?”, pergunta Jojô.

No dia seguinte, Juvenal procura por sua amada e não a encontra em lugar nenhum. Ele nem desconfia que Alzira está às voltas com o coração do ex-marido, que está prestes a parar de bater.

Surpresa, Alzira fica sem saber o que dizer. Até porque, ainda tem Dorgival como marido. Ao vê-la sem palavras, Juvenal resolve tudo, com seu jeito mandão e ao mesmo tempo adorável: “Não diga nada, mesmo porque já tá decidido. Você pede a separação e a gente vai morar logo junto. Mas casa, de papel passado, quando você ficar livre. Eu não casei antes, Alzira, nunca me interessei, e agora sei por quê: era com você que eu devia fazer isso. Agora me diga: ‘sim’!”.

Alzira, emocionada, não responde que sim, mas diz “eu te amo”, que o líder entende como uma resposta afirmativa. Os dois se beijam, selando o futuro romântico que os espera.

Na frente do espelho, Andréia Bijou está concentradíssima dando os últimos retoques na maquiagem. Muito tímido, ele a convida para tomar outro sorvete. A bela recusa, delicada. Diz que precisa se preparar para o carnaval. Mas, assim como a mãe, Petrus não se dá por vencido e pede um encontro rápido.

Bijou é obrigada a ser sincera: “É melhor procurar outra menina pra tomar sorvete”.

A ficha de Petrus cai. Ele fica arrasado e sai do camarim. No entanto, o destino vai preparar uma surpresa para o coração do rapaz. Mas isso é papo para um próximo Fique por dentro!

A conversa não começa nada bem. De cara, Juvenal pergunta sobre a taxa que os comerciantes pagam "por fora",  a qual  Evilásio se recusou a cobrar. “Tu não cansou de receber pra mim?! Resolveu bancar o moralista por quê?”, questiona ele. Evilásio tenta se explicar, mas Juvenal parece irredutível e acusa o afilhado de tentar jogar o povo contra ele para ocupar seu lugar na Portelinha. A tensão entre os dois começa a aumentar, mas Guigui, desavisada, entra e interrompe a conversa.

Evilásio, então, dá o assunto como  encerrado e volta aos seus afazeres na associação, quando é surpreendido por Juvenal,  que pergunta o que ele está fazendo ali. Inocentemente, ele responde que está pegando o livro de anotações, como faz todos os dias, e é mais uma vez pego de surpresa. “Então faz favor de entregar o livro das trevas pro Feliz. A partir de agora, tu tá dispensado desse serviço. Não quero mais te ver nas audiências. Pode cair fora daqui”, ordena Juvenal, em alto e bom tom, na frente de todos. Evilásio sente o baque, entrega o livro para Feliz como lhe foi dito, e sai apressado.

“Não devia ter entrado assim, de repente. Foi mal, não queria atrapalhar. Fiquem à vontade”, diz, meio chocado. Nervoso, acaba derrubando algumas coisas pelo caminho na hora de sair.

A pedido de Dália, Heraldo vai conversar com Bernardinho. O cozinheiro se desculpa pela reação de antes e diz que misturou as coisas. Afinal, o que rola entre os dois é só amizade. No entanto, apesar de afirmar que está bem, na verdade Bernardinho está magoado. Sua expressão se nubla assim que Heraldo se afasta.

Primeiro, a câmera mostra duas sombras se movimentando em um beco. Depois, os donos das sombras aparecem. É um casal não identificado se beijando. Bernardo já sente a testa coçando, quando a mulher, na telona, se vira para a câmera. É Amara!

“Essa daí parece, mas não sou eu, não! É a minha irmã gêmea, a Amora!”, inventa Amara, histérica.

Reação descrente de todos. Alguns riem. Bernardo fica arrasado. A mulher dele com outro, na frente de todo mundo. Que vergonha! Mas Amara continua dizendo que é Amora que está no filme. Será que o vendedor de cerveja vai cair nessa?

Quando Débora vê a cena, decide ceder à chantagem. Não quer nem pensar em perder uma bocada dessas e sai correndo atrás de Amara. Ela chega a tempo de impedir que tudo vá por água abaixo. Acaba mentindo para Antônio que está devendo dinheiro para Amara, da época em que morou na casa de Bernardo.

Antônio se propõe a adiantar a quantia, mas a vigarista pede bem mais. E justifica dizendo que parte do dinheiro que Débora deve foi usada para fazer certas mudanças no corpo. “Ou você acha que isso aí é de verdade?”, diz Amara, apontando para a “turbinada”. Débora engole seco e é obrigada a concordar com a mentira...

Mas a vida na favela, para quem sempre teve do bom e do melhor, não é moleza. Os primeiros dias de Júlia na residência dos Caó são complicados. Primeiro, ela tenta arranjar espaço na geladeira para colocar um pouco de comida saudável. Chega a jogar fora um pedaço de banha de porco que Evilásio adora colocar no feijão.

Depois, sofre com os desejos na madrugada. Júlia diz que não vai conseguir dormir se não comer empadinhas de queijo, e pede que Evilásio ligue para um delivery. Ele ri. “Delivery, na Portelinha?”. Sobra para ele rodar a cidade inteira atrás das malfadadas empadinhas. E pior: quando ele volta com o pacote, ela corre enjoada para o banheiro.

Mas a grande aventura de Júlia na Portelinha é quando se depara com um cesto de roupa suja para lavar. Ela pergunta para Gislaine e Solange, que estudam na sala, se elas não pagam alguém para fazer o serviço. A cunhada da ricotinha acha graça. Ali, cada um lava a própria roupa. Lá vai Júlia para a laje da casa, vestindo shortinho, camiseta regata e chinelos de dedo. E para completar, depara-se com o tarado espiando-a com o binóculo. Ninguém merece! Incorporando uma verdadeira barraqueira, a patricinha começa a xingar o homem, que foge.

Lucimar, em sua bicinete, é quem descobre tudo. Fofoqueira do jeito que é, em pouco tempo, toda a Portelinha já comenta sobre o filme. Quando Juvenal fica sabendo, ele vira uma fera. Como assim estão ganhando dinheiro às custas de sua favela?

Primeiro, ele solta seus trovões para cima de Evilásio. Mas o rapaz diz que proibiu Duda de comercializar as imagens. Depois, Juvenal pressiona o jovem cineasta, que também jura inocência. Quem confessa a culpa é Mosquito, o cinegrafista, que diz que mandou fazer uma cópia de segurança, mas ela desapareceu.

O primeiro ímpeto de Juvenal é destruir o filme e mandar caçar as cópias piratas. Mas, depois de matutar, decide montar um telão na favela e exibir. “Dependendo do que acharem, sou até capaz de liberar o filme pra ser lançado nos conformes, tudo dentro da lei”, diz, para alegria de Duda e Mosquito, que sonham ver o filme correndo o mundo e participando de festivais.

As cenas devem ser exibida a partir da próxima terça-feira, 21/01.

Qual o momento mais emocionante da invasão à Portelinha?

• A chegada dos invasores
• A morte de Rebeca
• O infarto de Setembrina
• Gioconda solidária em meio ao fogo cruzado
• Lobato revelando que Ronildo é filho de Guigui
• Morte e ressurreição de Juvenal
• Alzira se declarando a Juvenal
• A comoção popular achando que Juvenal morreu

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O jovem cineasta, por sua vez, não esperava que a filha de sua locatária fosse tão doce e bonita. No início interessado em Júlia, Duda começa a ver Clarissa com outros olhos. Quando percebe que o interesse é recíproco, decide tomar uma iniciativa. Um filme seria uma boa?

Sessão pipoca romântica
 
Clarissa aceita o convite de Duda para assistir a um filme no escritório. No dia marcado, ele toca os amigos para fora, com a desculpa de filmarem o ensaio da escola de samba.
Enquanto isso, a jovem segue ansiosa e deslumbrante para o encontro, para felicidade de Célia Mara.

Já no escritório, o filme começa. Duda tenta disfarçar, mas não tira os olhos de Clarissa. Depois, é a vez de ela dar uma olhadinha. Eles tentam se concentrar, mas eis que sobra apenas uma pipoca, que os dois pegam, ao mesmo tempo. Esse contato é suficiente para rolar um clima. Eles deixam de lado o filme, a pipoca e se beijam, apaixonados. 

Alzira, que até então só tinha sido intensa em relação aos seus sentimentos quando viu Juvenal à beira da morte, resolve declarar-se de uma vez. “Eu só penso em você Juvenal Antena. Não sei que feitiço jogou em mim, o que eu sei é que você mexeu comigo de um jeito... Eu sinto falta de você, sinto o meu coração pular quando penso em você...”, diz ela, toda romântica.

Com o coração também aos pulos, Juvenal beija Alzira. O líder diz que nunca sentiu nada igual. É o amor!

Mas Gioconda não agüenta e, com seu jeito destrambelhado, revela a verdade. “Sua filha está grávida, Barreto!”, afirma. Depois do baque, Barretão começa a passar mal. Sua garganta começa a fechar, ele perde o ar... Já experientes com os ataques do advogado, Gioconda e Lenir lhe dão um tapa nas costas. Ele melhora, mas continua inconsolável.

Fala dos sonhos de ver seus netos correndo pela casa, de como cuidou de sua filhinha querida. Para ele, ver Júlia grávida de Evilásio é uma traição, o fim dos tempos. O advogado se prepara para conversar com Júlia. Não vai ser fácil.

Na Portelinha, Júlia procura o ex-namorado e os dois vão para a laje conversar. Lugar onde já namoraram, já viram estrelas juntos. E é o lugar onde Evilásio descobre que vai ser pai. Muito emocionado, ele aponta para duas pipas no céu, que voam juntas. “Se depender de mim, vai rolar a mesma coisa com a gente. E ainda vai pintar uma outra pipa com a rabiola bem pequeninha, tipo baby, e vai voar junto”, diz ele.

A esta altura, Júlia já está aos prantos. Evilásio se aproxima e diz, mais uma vez, que quer ficar com ela e ter esse filho. Os dois ficam de rosto coladinho, quase se beijam. Mas de repente Júlia se nubla. Ela ainda não esqueceu a traição e pede um tempo para pensar.

Em pouco tempo, a notícia se espalha pela Portelinha: o afilhado de Juvenal Antena vai ser papai!

A cena deve ser exibida a partir da próxima sexta-feira, 18/01.

Júlia deve perdoar Evilásio?

• Sim. Ainda mais agora, grávida!
• Não. Como confiar num homem que traiu?

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Sílvia é a primeira a abordar Renato, que está sozinho esperando Ezequiel – mais uma vez, interpelado por Waterloo. Ela oferece carona e o garoto não aceita. Impaciente, Sílvia resolve dizer a verdade: no carrão parado ali na frente, está o pai dele, Adalberto.

Assustado e curioso, Renato vai em direção ao carro. O vidro da janela se abre e lá está Ferraço. Com a cabecinha a mil, o menino faz um monte de perguntas de uma só vez. Ele é mesmo seu pai? Por que ele os abandonou? Por onde ele andou esse tempo todo? Renato olha aquele homem de óculos escuros e vê um herói, poderosíssimo.

Com seu olhar de serpente, Ferraço começa o processo de conquista do filho. “Eu sempre quis te conhecer, mas sua mãe nunca deixou. Se estamos separados até hoje, a culpa é dela. Se você quiser me ver, de novo, tem que prometer que não vai contar pra ninguém do nosso encontro. Esse vai ser o nosso segredo, meu filho”, diz o empresário.

Agoniado, Renato quer entrar no carro e conversar mais com o pai. Mas, cauteloso, Ferraço diz que depois vai procurá-lo novamente e os dois poderão falar com calma. Fecha o vidro e sai, deixando o pobre menino tremendo.

Ela descobre que seu ex está fazendo seleção para motorista e dá dicas para João Batista ser contratado: andar sempre com o terno nos trinques, nunca puxar assunto com o chefe, nunca mudar a estação de rádio que ele gosta de ouvir e dirigir com muito cuidado.

Todo empombado em seu terno novo – presenteado por Débora, claro -, João participa da seleção, organizada por Bárbara. Um a um, os candidatos dão uma volta com o patrão pelo quarteirão. Nenhum deles é aprovado. Quando chega a vez de João Batista, ele faz à risca tudo o que Débora lhe ensinou. E dá certo! O rapaz é contratado, e ainda ganha a simpatia de Bárbara, quando ela descobre que ele é irmão de Benoliel.

Agora Débora vai ter um espião na casa de seu ex-namorado e atual desafeto. Ferraço que se cuide!

Ronildo, nervoso, dispara uma batelada de perguntas. Quer saber se ela é mesmo sua mãe, qual o nome do pai dele, se o cara é mesmo cheio da grana... Guigui fica abalada e diz que não é desse jeito que eles devem ter essa conversa.

O rapaz fica ainda mais agressivo e continua pressionando a assistente de Juvenal. Diz que sofreu o pão que o diabo amassou desde que foi abandonado, deixando Guigui ainda mais culpada do que já está. “Eu não queria que tivesse sido assim!”, diz ela. “Então revela o nome do meu pai!”, insiste ele.

Mas, nesse momento, a voz de Evilásio ecoa pelos becos da favela. Guigui manda Ronildo fugir e pede para ele ter cuidado, pois Juvenal está na sua cola. O rapaz, então, troca de celular com ela. Avisa que, quando telefonar, é para ela atender, pois eles irão se encontrar novamente.

A denúncia acontece durante o burburinho dos cursos de verão, que estão fazendo o maior sucesso. Salas lotadas, alunos satisfeitos. As aulas de Macieira são as mais disputadas. Mas, todos os dias, durante a chamada, o reitor vê que Rudolf Stenzel não compareceu.  Acaba brincando com os outros alunos, perguntando se o rapaz é um zumbi, pois nunca dá as caras.

Ao saber destas palavras, Rudolf decide ir até Macieira e, na frente de todos os alunos, pergunta do que foi chamado. Na maior tranqüilidade, o reitor responde “zumbi”. O rapaz, que tem um gravador escondido no bolso, registra a palavra, e depois vai direto para a delegacia.

“Eu fui vítima de um crime na universidade onde estudo. Um crime de racismo”, diz Rudolf, ao delegado, mostrando a gravação logo em seguida.

No dia seguinte, Macieira recebe uma intimação para comparecer à delegacia. Rudolf aproveita para chamar a imprensa, pois quer fazer um verdadeiro escarcéu. E parece que vai conseguir!

“Votação a gente anula! Urnas pegam fogo, votos se perdem... Eu sei o que é melhor pro meu povo! E um líder tem que saber sujar as mãos quando for para bem do seu povo!”, diz Juvenal.

Evilásio discorda e alega que a decisão da comunidade precisa ser respeitada, afinal, “a voz do povo é a voz de Deus”. É aí que o líder fica louco da vida! Acusa o afilhado de não ter tomado conta da Portelinha como deveria. Evilásio, sentindo-se injustiçado, afirma que resolveu vários pepinos enquanto Juvenal estava fora, cuidou de tudo muito bem, salvando até uma certa pessoa das mãos de playboys. Mas não revela que foi Solange.

O líder fica encucado com as palavras de Evilásio, mas ainda assim levanta a voz novamente para reiterar sua autoridade. Só que o rapaz o deixa falando sozinho. Juvenal sente que seu reinado está começando a ruir e se apóia na mesa, duplamente enfraquecido.

Enquanto isso, do outro lado do campo de batalha, Ferraço comemora. A Portelinha está a seu favor!

Porém, o ambiente, agora, é outro. As meninas, que desta vez são garçonetes, trocaram suas vestes de dançarinas por roupas de “cowgirls”: shortinho, botas, camisa, colete e chapéu de vaqueiro. Empolgadíssimo, Jojô recebe os convidados: “Vamos entrando, gente! Entrem e fiquem à vontade! Eu prometo que todos vocês vão ter uma noite de sonho!”.

Encantado, o público, agora feito de homens e mulheres, vai entrando. A decoração do lugar faz lembrar uma fazenda. Até Edivânia, disfarçada, resolve conferir a nova casa. E fica meio decepcionada, porque não encontra nenhum resquício do “mundo de pecado” que reinava ali, tempos atrás.

Um cantor se apresenta, para o deleite do público. Sucesso total! Mas, apesar da alegria de Jojô e suas meninas, é bom que eles fiquem de olhos abertos. O Sufocador não desistiu e vai continuar aparecendo. Ou melhor, não aparecendo e deixando sua marca... Aguarde!

Com a desculpa de que está procurando uma escola para os filhos de uma amiga, Sílvia diz à diretora que quer conhecer a instituição. Fã de João Pedro, a mulher trata a filha do falecido reitor com a maior simpatia e permite que a moça passeie pelo colégio. É hora do recreio e Sílvia aproveita para procurar Renato. Encontra o menino conversando com uma amiguinha e se oferece para pagar o lanche dos dois.

Muito simpática, Sílvia conquista a atenção das duas crianças. Ela passa o horário do recreio conversando com Renato e a menina. Mas a tacada final é mesmo na hora da saída. Com a intenção de deixar o garoto na porta da escola sozinho, Waterloo interpela Ezequiel no meio do caminho. Diz que teve uma visão divina e quer mudar de vida. Nesse ínterim, Sílvia aparece e oferece carona para Renato.

“Minha mãe não gosta que eu dê conversa pra estranhos”, diz o menino, esperto. Enquanto isso, Waterloo pede para Ezequiel levá-lo imediatamente para uma igreja. Mas o ex-motorista parece não acreditar muito no papo do bandidão e segue seu rumo. Ao ver Ezequiel chegando, Sílvia se despede de Renato e sai, sem ser vista.

Desta vez, o plano deu errado. Mas outros planos virão!

Sendo assim, ele manda um bilhete para Guigui através de Bárbara. É a primeira vez que as assistentes de Juvenal e de Ferraço se encontram. Mas Bárbara entrega o papel e sai fora, deixando a “sargentona” emocionadíssima. Com dor no coração, ela lê as linhas escritas por Ronildo, que pede um encontro e deixa um número de telefone celular, para que ela entre em contato.

Juvenal, que estava dormindo, acorda e vê Guigui com o bilhete na mão. Quando ela revela que é de Ronildo, ele diz que vai denunciá-lo à polícia. Mas ela implora: “A maior culpada de ele ser o que é sou eu. Eu não quero ter mais remorso do que eu já tenho”.

O líder, então, resolve não entregar Ronildo, mas proíbe Guigui de encontrá-lo. Juvenal acha que é uma armadilha de Ferraço. Arrasada, ela rasga o bilhete do filho, e diz que não vai falar com o rapaz.

A assistente de Juvenal até tenta impedi-lo, mas quem pode com um homenzarrão daqueles? No entanto, ao chegar perto da porta, ele fica branco e desaba no chão. Nervosa, com medo de que o chefe tenha tido novo piripaque, Guigui grita pelos enfermeiros. Desmaiado, ele é posto de volta na cama. Aos poucos, vai voltando a si. Mas está arrasado.

O médico lhe diz, então, que tão cedo ele não vai sair do hospital. Ainda mais se não se comportar. Enquanto isso, a Portelinha se prepara para um novo plebiscito sobre a implantação da fábrica de cimento de Ferraço. Quem está comandando? Evilásio, óbvio.

“Esse calor é que faz a gente passar mal, dá moleza, dá baixa de pressão. Calor e raiva não são boa combinação!”, responde a branquinha.

Realmente, Júlia está vivendo sob um estresse terrível. Desde que viu o vídeo com o beijo de Guigui e Evilásio, sua vida desmoronou. Seus planos, todos ligados à Portelinha, a uma vida a dois com seu amado, parecem ter ido por água abaixo.

Lenir, por sua vez, resolve revelar logo a Gioconda sobre a gravidez de Júlia. A madame fica chocada e não consegue nem vislumbrar as conseqüências que virão quando Barreto ficar sabendo.

 “Aquela coisa insignificante que você foi fisgar nos confins do mundo te deu um herdeiro, enquanto eu, se quiser continuar contigo, vou ter que ficar seca”, grita Sílvia a Ferraço, ao descobrir que Maria Paula falara a verdade.

Também atordoado desde que colocou os olhos na criança, o empresário mal consegue consolar sua noiva. Está mais preocupado é com seu destino, o destino de sua fortuna. Pela primeira vez, está se sentindo fraco e vulnerável.

Sílvia vê a foto de Renato e chora. Diz que não sabe se vai suportar esse castigo. Sua dor fica mais forte ao ver que o menino parece mesmo com Ferraço, e “é uma graça”.

“Não é possível. Que perseguição é essa, meu Deus, eu fiquei duranga de novo!”, exclama Célia Mara, com os olhos na testa, sem acreditar no que está acontecendo.

Realmente, o caso é grave. Barreto diz ao policial que a delegacia é responsável pelo sumiço do ouro. O delegado, sentindo que vem encrenca por aí, afirma que é o primeiro roubo ocorrido ali desde que foi transferido, e promete tomar as atitudes legais cabíveis ao caso.

Enquanto isso, na oficina de Antônio...

Um barulho de algo pesado caindo no chão assusta os mecânicos. Antônio, que está enfiado embaixo de um carro velho, diz que não é nada. Mas, na verdade, ele está segurando uma caixa cheia de dobrões de ouro, presa na carroceria do veículo. Serão os mesmos roubados da delegacia?

Mais um mistério na Portelinha!

“Cheguei a pensar que era a coitada da empregada! Mas não, o ladrãozinho é meu filho! Mas agora é o fim! Minha paciência acabou!”, diz Bárbara, colocando o filho para fora, arrasada.

Com apenas uma mochila nas costas, Heraldo vaga por Jacarepaguá, sem rumo. Vai à casa de uma garota com quem saía, mas ela lhe dá um fora. Acaba indo parar nas redondezas da Portelinha, onde vê os preparativos para a inauguração do restaurante de Bernardinho, o Castelo de São Jorge.

Nova chance

Dália está pregando na porta uma placa, onde se lê: “Precisa-se de garçom e cumim”. Heraldo despreza a vaga de garçom, mas vai até lá e se oferece para ser cumim, mesmo sem saber o que é. Acha que a palavra vem de cume, topo, e vai logo dizendo a Bernardinho e Dália que tem experiência no ramo.

Cúmplices, os dois trocam olhares e vêem logo que o rapaz não sabe do que se trata a vaga. E explicam a Heraldo que cumim é o ajudante do garçom. Sem alternativa, o rapaz aceita, e ainda ganha um cantinho para dormir, nos fundos do restaurante.

Vamos ver se desta vez, o filho rebelde de Bárbara toma jeito na vida!

Ao lado do chefe, Waterloo se orgulha das fotos que ele mesmo tirou. Achando que fez um bom trabalho, acaba falando mais do que devia. “Sabe que olhando agora... O moleque até que parece com o senhor”, diz o capanga, que é fuzilado com os olhos por Ferraço, que odeia tais intimidades.

Com o rabo entre as pernas, Waterloo entrega o endereço do colégio e trata de deixar o chefe sozinho. Ferraço, por sua vez, continua olhando para a foto de Renato, sem parar. O que será que se passa em sua cabeça?

“Os dois eram tão educados, uns mauricinhos, aquele jeito meio ingênuo... Agora não parecem diferentes?”, diz Solange, a primeira a suspeitar de que algo está errado.

Pouco a pouco, Márcio e Felipe começam a ficar agressivos. Não parecem mais os rapazes atenciosos que deram carona a elas no outro dia. Com medo, as meninas resolvem ir embora, mas eles as impedem.

O clima fica pesado no apartamento. Gislaine consegue se desvencilhar de Felipe e foge. Mas Solange fica ali, a sós com os mauriçocas, e é ameaçada. Já do lado de fora do prédio, Gislaine liga para Evilásio, que surge com os anões e invade o apartamento dos rapazes. Márcio se esconde com Solange na cozinha, e a ameaça, para que ela não grite.

Mas Evilásio e os sete anões são espertos e conseguem libertar Solange. Consolando-a, o novo poderoso chefão diz a ela que o pesadelo acabou. Com o choque de realidade, a menina conclui: “O que acabou foi o sonho”.

Narciso, porém, está disposto a conquistá-la. Durante o jantar, ele se rasga em elogios a Maria Paula. Chega a se oferecer para ser seu advogado no caso Ferraço, já que Claudius não quer mais defendê-la. E insinua claramente que suas intenções vão além de uma simples amizade.

Mesmo se sentindo atraída pelo deputado, ela foge do assunto, e os dois voltam a falar de amenidades. Só que Narciso é insistente. Na despedida, ele rouba um beijo de Maria Paula, que corresponde por alguns segundos, mas depois se afasta. Ela diz que ambos precisam se conhecer mais, e cita ainda o nome de Claudius.

“Não vou te pressionar. Mas quero que você saiba: eu gosto de você... E gosto muito!”, diz Narciso, paciente.

E agora, para que lado irá o coração de Maria Paula? Participe da enquete ao lado e dê sua opinião!

Tudo começa quando Maria Paula cai na besteira de chamar Claudius para conversar sobre Ferraço quase na mesma hora em que tinha combinado de comer uma pizza com o deputado. Os dois, obviamente, acabam se encontrando, e fica aquele clima!

Quem perde a linha é Claudius: “Não perca tempo, camarada. Não é em mim, nem em você que ela está interessada: é no Ferraço!”. Superior, Narciso diz que está ali somente para chamar Maria Paula para uma pizza. Uma pizza... Sozinhos??? Claudius se morde de ciúmes e sai chispando, dizendo que com deputado tudo sempre acaba em pizza.

Este triângulo amoroso ainda vai dar o que falar!

Alzira, por sua vez, liga o tempo inteiro tentando falar com Juvenal. Cheia de ciúmes, Guigui não permite, diz que ele está descansando e não pode ser importunado. Mas a dançarina não se dá por satisfeita e aparece no hospital vestida de enfermeira, só para poder ver seu amor.

Ao abrir os olhos e ver Alzira, Juvenal se desmancha. Antes que os dois comecem a trocar declarações, Guigui sai do quarto e começa a chorar no corredor. “Ingrato! Ignorante! Bronco! Cego! Dez anos, e eu sempre ali do lado dele, fiel em tudo... E ele nunca se deu ao trabalho de perceber o quanto eu o amava!”, diz ela, para si mesma. As lágrimas rolando... Cai a máscara da sargentona.

Intrigado, começa a abrir a porta de outros quartos. Nada. Onde o líder está, afinal? É quando Guigui o flagra andando pelos corredores. Waterloo, pego em flagrante, foge correndo.

Rapidamente, Guigui chama a segurança do hospital. Depois, liga para Evilásio e avisa que Juvenal quase sofreu um atentado. Alguns anões são chamados para proteger o líder. É bom que eles fiquem de olhos bem abertos.

Mas, desta vez, Célia Mara não está ali para roubar o homem de ninguém. Ela está pedindo que Macieira permita que Clarissa faça a prova de vestibular oralmente, já que é disléxica. Homem justo, o reitor aceita, e justamente na hora em que ambos apertam as mãos, cordialmente, Branca aparece e fica louca da vida.

Como não podia deixar de ser, as duas eternas rivais discutem e se ofendem, e Macieira fica ali, com aquela cara de quem não está entendendo nada. “Senhoras, senhoras, por favor... Estou aqui atônito, na maior inocência enquanto as duas trocam insultos”, diz Macieira, pedindo calma.

Branca então explica que Célia Mara era a amante de João Pedro. “Eu era mais que amante, era a segunda mulher do Joca, a esposa secreta, e não abro mão disso!”, retruca Célia Mara. E o bate-boca recomeça, só parando quando Macieira exige que as duas parem.

Se Clarissa e Célia Mara forem mesmo estudar na Universidade Pessoa de Moraes, encontros como esse serão bastante comuns. Macieira que se prepare!

Segundo ela, a mãe de Ronildo, chamada Margarida – conhecida por nós como Guigui –, era uma moça rica que se casou muito jovem com um homem igualmente endinheirado. Mas, durante uma viagem à Cidade Maravilhosa, ela se apaixona por Lobato e abandona tudo: casa, marido e filho, uma criança ainda pequena.

Mas Guigui não se adapta à vida no submundo e foge de Lobato. Este, por vingança, seqüestra Ronildo e diz a ela que deu cabo da vida do menino. Porém, não se sabe ao certo o motivo, o bandido poupa o garoto, que cresce entre cafajestes, cometendo delitos, sendo preso, transformando-se num verdadeiro marginal.

Arrasado, revoltado, dolorido, Ronildo ouve tudo aquilo e só pensa naquilo que nunca teve: “Era pra eu ser rico! Aquele miserável roubou minha vida!”.

Enquanto isso, Guigui remói seus pensamentos, envolta em culpa e angústia. Agora que ela sabe que Guilherme está vivo, o que ela vai fazer?

Antes de morrer nos braços de Andréia Bijou, Mãe Bina entrega a guia que está em seu pescoço para a neta. E dá seu último suspiro, para a tristeza da moça, que, além de perder a avó, tem nas mãos agora este destino: ser sua substituta no terreiro.

Durante o velório de dona Setembrina, a emoção toma conta de todos. Zé da Feira chora como um menino, pedindo perdão pelos problemas que causou à mãe. Ezequiel, também muito triste, encontra apoio em Maria Paula, que já sofreu a mesma experiência.

A partir de agora, o terreiro vai passar um ano fechado. E até lá, saberemos se Andréia Bijou será mesmo a substituta de Mãe Bina.

“Tá tudo bem, Juvenal?”, pergunta Guigui. Ele responde que sim, mas imediatamente cai no chão, desacordado. Quando ela abre o casaco do líder, entende o motivo: durante o conflito, um disparo de Lobato o atingiu.

Comoção na Portelinha

Uma ambulância chega e dá os primeiros socorros a Juvenal. Mas ele continua inerte. Logo a notícia da morte do líder se espalha pela comunidade. Todos choram, desolados. Como vão viver sem seu rei? Solange chama por seu paizinho, pela primeira vez ela demonstra um afeto sincero.

Na rua, o povo faz vigília. Acende velas, entoa hinos, numa histeria coletiva comovente. Os anões, os mecânicos de Antônio, Lucimar, Bernardo, Amara, Bernardinho e muitos outros mais. Todos que um dia foram ajudados pela mão do pai da Portelinha. Desolados.

Alzira e Guigui choram

De repente, Alzira entra como louca na casa de Juvenal. “Não morre, meu amor! Fica comigo, Juvenal!”, grita ela, pela primeira vez assumindo seus sentimentos em público. Irritada e com ciúmes, Guigui tenta tirá-la dali, mas não consegue. Então também cai num choro desesperado: há muito tempo ela ama este homem em segredo.

Lembranças do líder

“O líder da Portelinha está morto”, diz Macieira aos moradores, e faz um lindo discurso. Tristes, cada um começa a se lembrar dos momentos importantes que viveram ao lado de Juvenal. Misael lembra de quando o aconselhou a não ser mais um pau-mandado. Evilásio se recorda do dia da invasão que fez nascer a comunidade. Morena guarda na memória seus namoros com o líder anos atrás. Ninguém se conforma.

“Eu não morri!”

Deitado sobre a cama, a mão de Juvenal treme, levemente.  Em sua mente, ou no além, ou seja lá onde ele está, o líder vê Alzira se aproximando. Ela o chama, como se ele não estivesse lá. Intrigado, Juvenal tenta falar com ela e não consegue. Aos poucos, começa a se dar conta do que aconteceu. Vai saindo de seu transe, abre os olhos e grita, como se nascesse de novo: “Eu não morri!”. Aos pulos, corre em direção ao seu povo, assustando e alegrando a todos.

Nunca houve um dia tão feliz na Portelinha.

Pastor Lisboa e os fiéis insistiram, mas Rebeca está decidida a sair e pedir que os bandidos parem em nome de Deus. “Eu vou marchar diante deles, é o Senhor quem está me ordenando! Eu vou cantar um hino, eles ouvirão minha voz e entenderão que estão errados!”, diz ela, saindo pela porta da igreja para nunca mais voltar.

No meio do conflito, Evilásio tenta impedir que Rebeca continue com essa loucura. Mas a moça, em transe, continua a vagar pelas ruas da Portelinha. Juvenal vê a cena e ordena o cessar fogo, mas também não é ouvido. Lobato dispara contra Rebeca, que cai. Gioconda tenta socorrer a moça, mas ela morre em seus braços. Pastor Lisboa fica em choque. “Por que logo eu?”, grita ele, sem forças.

“Vem cá trocar de lugar com ela! Eu solto tua filha e tu fica de refém até eu sair da favela com segurança”, ameaça Lobato.

Desarmado, Juvenal sobe ao encontro do bandido, que está com Ronildo. Frente a frente, os dois discutem. Solange aproveita um momento de distração e escapa. Lobato, então, volta-se para sua presa e deixa Juvenal encurralado. Mas Guigui surge como uma flecha e dispara contra Lobato.

Agonizando, o bandido diz a ela que Ronildo é seu filho. Guigui fica petrificada. Quando Juvenal está prestes a atacar Ronildo, ela pede que ele poupe o rapaz, que foge.

“Juvenal Antena não queria entrar pra história? Pois é hoje que você vira lenda, desgraçado!”, diz Ferraço, de si para si, quando desliga.

“Eu quero a cabeça de Juvenal Antena!!! É ele que eu quero, entenderam bem?!”, grita Lobato, a plenos pulmões.

Mas Juvenal está desaparecido. Rumores de que o líder fugiu começam a correr pela favela. Os anões não conseguem defender a Portelinha e fogem, amedrontados. Uma chuva torrencial cai na cidade, atrapalhando a chegada da polícia.

Com o líder sumido, os soldados-anões encurralados e a polícia ilhada no outro lado da cidade, parece que a Portelinha está totalmente à mercê da bandidagem. Mas, como um salvador dos filmes de guerra, Juvenal surge de um alçapão secreto, dentro da associação. Guigui, Misael e Narciso vêem assustados o pai de todos abrir a porta e gritar para o inimigo: “É só um minutinho, Lobato... E eu vou sair!”.

A guerra está declarada.

Viva, Juvenal
Os anões também estão por ali, vigiando. São os únicos que não podem molhar o bico. Ordens de Juvenal. Na hora de depositar o voto, Juvenal sorri e posa pra foto que Guigui faz. É um líder carismático. E viva a Portelinha! E viva Juvenal Antena! No meio da algazarra, ouve-se de repente uns pipocos, vindo sabe-se lá de onde. Os músicos param, assustados. De repente, bate um pânico geral, um medo de ser tiroteio. Mas não, é. É o Zé da Feira soltando foguetes. Eita, Zé da Feira! E viva a Portelinha! E viva Juvenal Antena! Gioconda, que chega naquele instante, mais parecendo um ET do que a socialite que é, acha tudo aquilo uma maravilha: “Como são animados!”. Pois é, os moradores da Portelinha são bastante animados mesmo. Pode-se dizer até que são felizes. Mas essa animação está pra acabar.

O buraco no muro
É que perto dali há homens nada alegres e muito mal intencionados. Os homens de Lobato. Enquanto a festa rola mais adiante, eles tratam de penetrar sorrateiramente por um rombo aberto no muro da Portelinha. Agem com a ajuda de Waterloo. São muitos, dúzias deles, e estão mais do que prontos para estragar qualquer festa. Ronildo está com eles. Quando examinava os mapas do local, Lobato fez questão que ele viesse também. A guerra vai começar e, pelo jeito, vai ser bastante dramática.

Perdão
Ferraço e comporta como o perfeito canalha que é. Lida com Maria Paula como se não a conhecesse, como se ela fosse uma interesseirazinha que só quer faturar às suas custas. “Diz logo quanto você quer!”, fala na tentativa de humilhá-la ainda mais. Maria Paula, no entanto, só quer uma coisa: justiça! Quer que ele reconheça publicamente a sua culpa e que pague pelos crimes que cometeu. Não é dinheiro o que quer, mas sim vê-lo humilhado, rastejando aos seus pés, implorando perdão.

O troco
Desejos esses absurdos, no entender de Ferraço. Ele tem a certeza de que não há provas contra ele. Desta forma, a história de Maria Paula pareceria mesmo absurda. Então, que o processe, que gaste rios de dinheiro com os melhores advogados e que perca em todas as instâncias. “Vou passar por cima de você como um rolo compressor”, diz, ameaçador. Mas é nessa hora que Maria Paula tira de dentro de si o trunfo que vinha carregando desde então e, confiante, atira na cara do mal-feitor como lança em chamas: “E vai passar por cima do seu filho!”.

DNA de Ferraço
Ferraço estanca, hipnotizado: “Filho?”. Sim, filho. Ele levou tudo de Maria Paula, mas lhe deixou um filho. E não adianta dizer que ela é louca, pois é uma hipótese altamente viável. A vasectomia, Ferraço só fez depois que abandonou Maria Paula, portanto, não é blefe. Maria Paula não dá maiores detalhes, mas afirma que a criança tem 10 anos. Mais que um herdeiro, é seu trunfo contra Ferraço, já que um simples exame de DNA pode provar que o que ela vem dizendo não é nem nunca foi absurdo.

Discursos
Juvenal quica de raiva, mas nada pode fazer. Ferraço tem a seu lado um argumento incontestável: a liberdade de expressão. Democracia é isso aí! Depois de falar a favor da fábrica, acenar com a geração de empregos, ele oferece o microfone a qualquer um que quiser se manifestar também. Geraldo se anima e defende a construção da fábrica. É aplaudido por meia dúzia de gatos pingados. Macieira sobe também e manifesta opinião contrária e é muito aplaudido quando revela seu plano de oferecer bolsas na universidade, uma oportunidade para estudantes sem recursos.

O tombo
Juvenal não se agüenta e sobe para se manifestar. Mas, lá em cima, seu sangue ferve e ele acaba se atracando com Ferraço. O vilão termina por tombar em cima do carro, completamente batido. Sua queda provoca um estrondo colossal e, quando se levanta, limpando o estrago com as costas da mão, as ameaças que faz soam quase como pragas proféticas. O troco, Juvenal pode esperar, não tarda a vir.

Um pouco de consciência
Uma fábrica de cimento bem ao lado de uma comunidade como a Portelinha, onde vivem milhares de pessoas, não é exatamente um modelo de progresso. De que adiantam os empregos diretos e indiretos apregoados por Ferraço se a população, obrigada a conviver com toneladas de poluentes despejadas no ar diariamente, vai acabar por sofrer danos graves e irreversíveis à saúde. O ar se tornaria praticamente irrespirável e a vida ali impossível. Qualquer um com um pouco de bom senso sabe disso. Juvenal sabe. Narciso, os professores da universidade, Macieira, Branca, você, nós – todos sabemos disso.

A opinião de Juvenal
Diferente do afilhado, Juvenal foi contra. Sabe que a produção de cimento é prejudicial para todos ali, ainda sendo uma idéia vinda da parte de um homem como Ferraço. Por ele, não havia plebiscito coisíssima nenhuma. Por ele, já estava decidido: dizer não à construção da fábrica, pronto e acabou! Para ele, o povo da Portelinha tinha mais é que invadir o terreno anexo, ocupar a área e impedir que se concretizasse aquela barbaridade. Mas consentiu em acatar a opinião da maioria e permitiu que se fizesse o plebiscito. Agora, sai em campanha para que o povo vote com ele, vote no NÃO.

Poder divino
Sempre cauteloso, um pouco antes da votação, Evilásio cochicha no ouvido do padrinho sobre a possibilidade da vitória do SIM: “Estou lutando pelo bem do meu povo”, responde Juvenal. A expressão “meu povo” traduz exatamente como pensa aquele homem. Ali, crê Juvenal, é ele quem decide o que é bom e o que é ruim. E fala do fundo do coração porque acredita que está sendo justo. No seu delírio populista, acredita ter recebido uma missão divina: a de guiar o seu povo rumo a um destino glorioso, rumo à felicidade, removendo montanhas, abrindo mares, movendo céus.

Resultado mutável
Por isso, sem o menor remorso, ele diz na cara de Evilásio que caso o SIM vença, ele pode muito bem alterar o resultado do pleito: “O poder nessa aqui nessa favela é só meu”. Diante do imutável, Evilásio vira as costas e vai-se embora. Quem é capaz de contestar a autoridade de um Juvenal Antena?

Você acha justo que se faça um plebiscito para decidir sobre instalação da fábrica ao lado da Portelinha?

• Sim, a vontade da maioria vence
• Não, a vontade de Juvenal deve imperar

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Assuntos indigestos
O contraste e as divergências entre os comensais não são os únicos problemas. Os assuntos à mesa é que são amargos demais. Gioconda quase engasga quando descobre as circunstâncias em que a condessa conheceu o marido – era prostituta na Itália quando se apaixonaram. A construção da fábrica também é um assunto dos mais pesados, capaz de provocar uma indigestão fatal em todos. Ainda assim fica o tempo todo na ponta da língua de muitos.

O passado de Guigui
Mas o mais revelador vem da parte de Lenir. A presença de Juvenal parece  refrescar sua memória. Subitamente, ela se lembra de onde conhecia Guigui, a lugar-tenente do dono da Portelinha. “É Margarida Mackenzie” – recorda-se num estalo. Gioconda questiona, incrédula: “De uma família quatrocentona paulista, que nos anos oitenta se envolveu com um sujeito desclassificado?”. Essa mesmo, confirma Lenir, fazendo um adendo sobre o currículo do tal sujeito: “Um traficante perigosíssimo”.