Jean-Jacques Rousseau
(Genebra, 1712 - Ermenonville, 1778)
Filósofo suíço, um dos principais nomes do Iluminismo francês, inspirador do movimento romântico na Europa Central. Escreveu clássicos fundamentais como Discurso sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade entre os Homens (1754-1755), Do Contrato Social (1757-1762), Emílio (1757), entre outros títulos importantes. Em sua obra, tratou de estética, linguagem, política, educação, sempre divulgando noções sobre o "bom selvagem", "vontade geral" e "direito de rebelião". Suas idéias influenciaram os revolucionário franceses, bem como Immanuel Kant (1724-1804) e os românticos alemães (Schelling, Fichte e Hegel). Entretanto, sua mentalidade paranóica o indispos com vários amigos, entre eles David Hume (1711-1776), que lhe ofereceu asilo em Londres, quando era perseguido em todo continente europeu. Participou da elaboração da Enciclopédia (1751-1772), para a qual escreveu artigos sobre música.
A soberania não pode ser representada pela mesma razão porque não pode ser alienada. Consiste essencialmente na vontade geral e a vontade absolutamente não se representa. É ela mesma ou é outra, não há meio-termo. Os deputados do povo não são nem podem ser seus representantes; não passam de comissários seus, nada podendo concluir definitivamente.
É nula toda lei que o povo diretamente não ratificar; em absoluto, não é lei (...) (ROUSSEAU, J-J. Do Contrato Social, III, cap. XV, pp. 107-108).
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Imagem: Gravura existente na Biblioteca Nacional de Paris. |