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Mecanismos de ação dos medicamentos de uso homeopático.

Dados recentes e hipóteses*

1a parte: mecanismos físico-químicos 

Action mechanisms of the medicaments for homeopathic use. Recent data and hypotheses 1st part: physicochemical mechanisms

 BERNARD POITEVIN**

 Descritores:

* Mecanismo de ação do medicamento homeopático; Análise espectral Raman; Ressonância nuclear magnética; Água; Altas potências; Dinamização; Pesquisa homeopática básica

 Publicado originalmente na revista L'Homéopathie Européenne, lo tomo, NU 1, pp. 41-50, jan-fev 1993.

 ** Diretor de pesquisa dos Institutos Boiron.  Redator-chefe da revista VHoméopathie Européenne.

 Tradução e reprodução autorizadas pelo autor e editor.

Tradução:José Batista

 Revisão:   Léo Lewkowicz

Correspondência: 20, rue Robert Fleury -75015 Paris Fax: (1) 45 66 96 87

 

INTRODUÇÃO

 A Homeopatia, disciplina médica, utiliza como vetor de sua ação o medicamento de uso homeopático, que é definido no quadro da farmacopéia pelo seu método de fabricação, "método das diluições sucessivas, ditas habnemanianas" (Abecassis L, 1980).

Considerando o estado atual das experimentações biológicas e clínicas, relativas ao medicamento de uso homeopático, a hipótese de uma ação farmacológica específica dos medicamentos de uso homeopático torna-se um argumento cada vez mais sólido, incluindo-se as diluições que ultrapassam o limiar teórico de presença molecular (Kleijnen e cols., 1991; Poitevin, 1987a; Poitevin, no prelo; Scofield, 1984).

Para tentar compreender melhor como esses medicamentos, prescritos com base em uma similitude reacional,. podem exercer efeitos objetivos nos organismos vivos, examinaremos os possíveis mecanismos de ação, diferenciando aqueles relativos:

 * à natureza da informação biológica contida nas altas diluições: será necessário diferenciar claramente os fatos das hipóteses;

* à ação específica, local e geral, dos medicamentos de uso homeopático, o que permitirá considerar o componente psicossomático relacionado ao efeito farmacológico dos medicamentos prescritos, independentemente dos efeitos psicossomáticos devidos ao cuidado terapêuticO ou à relação médico / paciente.

 Descreveremos, pois , separadamente, os mecanismos físico-químicos, relativos à natureza da informação contida nas altas diluições, e os mecanismos biológicos que podem intervir na ação local e geral dos medicamentos de uso homeopático.

Diante da complexidade dos dados relativos aos mecanismos de ação físico-química das altas diluições, é necessário distinguir a análise dos fatos experimentaís, reagrupando o estudo dos fatores que modificam a atividade das altas diluições e o estudo espectroscópico direto das altas diluições, separadamente do enunciado das numerosas hipóteses lançadas sobre esse tema.

 

FATORES FíSICO-QUíMICOS QUE MODIFICAM A ATIVIDADE DAS  ALTAS DILUIÇÕES

 Histórico

 Numerosas experiências antigas, cujo rigor técnico é atualmente difícil de avaliar, foram efetuadas sobre o tema, em particular por Baranger e J. Boiron (rev. in Poitevin, 1987b).  Do conjunto desses estudos, pode-se reter como fatores físico- químicos principais que podem modificar o efeito das altas diluições:

 * A estrutura físico-química das substâncias diluídas, mínimas modificações estruturais podendo ocasionar uma perda de atividade.

 * A natureza do solvente, em que um grau muito alto de viscosidade constitui um fator não propício à persistência da informação da substância de base, por ocasião da preparação das altas diluições.

 * A influência do processo de diluição e de dinamização, uma diluição passiva não ocasionando nenhuma atividade das altas diluições.

* As condições de preparação das altas diluições, que não são ativas quando preparadas em atmosfera azotada.

* Fatores que agem sobre diluições já preparadas: o aquecimento (mais de 49oC durante 45 minutos) modifica a ação das altas diluições estudadas, enquanto os ultra-sons não teriam efeito preciso.

 Estudos recentes

 Recentemente, o papel dos dois fatores foi confirmado durante os estudos relativos à ação das altas diluições de arsênico: trata-se do papel do calor (Cazin e cols., 1987) e o da preparação em atmosfera azotada (Cazin e cols., 1991).

 

Síntese

 Vários fatores poderiam constituir objeto de estudos sistemáticos por ocasião do estudo da ação biológica das altas diluições:

 *  Ação de análogos estruturais ou de substâncias de ação patogenética próxima da substância estudada, a fim de verificar a especificidade de ação dos medicamentos ou mediadores estudados.

 * Utilização de diferentes solventes, a fim de determinar as características necessárias à condução da "informação".

 * Variação dos modos de dinamização, etapa crucial da preparação das diluições hahnemanianas.

 * Modo de preparação das diluições, papel do fluxo laminar, do oxigénio da atmosfera circunsdante.

* Parâmetros físico-quimicos que modificam a ação das altas diluições: aquecimento, ultra-sonificação, congelamento, meio ambiente eletromagnético.

 É necessária a repetição desses diferentes estudos sobre vários sistemas experimentais, para que deles possamos extrair algumas grandes regras geraís, os dados oriundos de um único modelo em função da natureza das substâncias testadas (peso molecular, termolabilidade, eventuais propriedades paramagnéticas) e do modelo experimental (a ativação das células implicadas num mecanismo alérgico que dá lugar, por exemplo, a curvas normais, o que limita a extrapolação dos resultados obtidos com altas diluições a outros sistemas experimentais).

 As informações atualmente existentes projetam três dados bem estabelecidos:

 * A especificidade molecular existe, mesmo na ausência do princípio de base nas altas diluições.

 * A etapa de diluição-dinamização é crítica e é influenciada pela natureza do solvente, pela dinamização e pelo meio ambiente atmosférico (natureza dos gases, papel eventual das partículas em suspensão nos locais de fabricação das diluições, aspecto que está longe de ser negligenciável em certos laboratórios de biologia onde as fontes de contaminações são numerosas...

 * A atividade das altas diluições pode ser, após a preparação, modificada por fatores físicos em condições que ainda precisam ser determinadas.

 Mas, naturalmente, é o estudo direto das características físico-químicas das abas diluições que pode trazer as informações mais exatas.

 

ESTUDO FíSICO-QUíMICOb E ESPECTROSCÓPICO DAS ALTAS DILUIÇÕES

 

Histórico

 Vários trabalhos experimentais concluíram em favor de modificações físico-químicas objetivas nas altas diluições, seja após estudo em (rev. in Demangeat e cols., 1992; Poitevin, 1987b):

 * espectroscopia infravermelho;

*espectroscopia Raman-laser;

* ressonância nuclear magnética (RNM);

* ou estudo das variações da constante dielétrica ou da tensão superficial.

 Mas as imprecisões técnicas, a ausência de estudo estatístico ou a não-reprodutibilidade dos resultados para os trabalhos efetuados em espectroscopia Raman-laser, não permitem concluir positivamente sobre a existência de uma modificação física do solvente por altas diluições.

Por outro lado, muitos autores, utilizando marcadores radioativos, estudaram o limiar de matéria detectível em função do processo de dinamização e de diluição e da natureza molecular ou iônica do soluto.  A persistência de uma radioatividade discernível foi constatada nas altas diluições korsakovianas (Ducassou e cols., 1973), o que pode ser explicado pelo modo de diluição.  Mas nenhuma presença de matéria foi descoberta nas diluições hahnemanianas além da diluição CH18.  Por isso, a publicação de um estudo espectroscópico que coloca em evidência diferenças estatisticamente significativas entre o solvente e as altas diluições de um medicamento homeopático constitui uma etapa crucial da pesquisa em Homeopatia.

 Estudo recente em RNM

 Um estudo físico, longo e minucioso, das altas diluições de sílica Ai recentemente realizado, utilizando a técnica de ressonância nuclear magnética (Demangeat e cols., 1992; resumido in Poitevin, 1992).

A RNM é uma técnica poderosa para estudar a mobilidade e a quantidade de água ordenada nas soluções e nos meios biológicos.  O comportamento da água H20 é abordado pela RNM, graças à ressonância do próton 1H que permite o estudo dos tempos de relaxamento T1, tempos de relaxamento longitudinal e T2, tempo de relaxamento transversal... Esses tempos de relaxamento T1 e T2, assim como as relações T1/T2, estão ligados à dinâmica das moléculas H20.  T1 é igual a T2 na água líquida à temperatura ambiente; a diminuição da temperatura ou a introdução de um soluto provocam geralmente uma organização de moléculas de água, que acelera o relaxamento de maneira diferencial: T2 diminui mais que T1 e a relação T1/T2   eleva-se.  O relaxamento aparece assim como um processo complexo resultante da interação magnética dipolar entre prótons vizinhos intra e intermoleculares, do movimento molecular de rotação e translação, da permuta de prótons e da presença eventual de substâncias paramagnéticas.

Este estudo, cujo objetivo era pesquisar eventuais modificações dos tempos de relaxamento, portanto o caráter mais ou menos "ordenado" da água entre diluições de uma substância medicamentosa no solvente e diluições do solvente, ocupou-se das altas diluições de sílica, cujo efeito biológico foi demonstrado sobre os macrófagos peritoneais de ratos (Davenas e cols., 1987).

A análise estatística do conjunto dos resultados obtidos por ocasião dos três anos de estudos experimentais colocou em evidência um aumento significativo do tempo de relaxamento TI e da relação T1/T2 entre o solvente sorofisiológico (NaCl) e as diluições de síica-lactose, isto para diluições superiores ou iguais à diluição CH9.  A interpretação desses resulta dos é delicada: a hipótese mais considerável é a de uma desestruturação da água livre, com ruptura de pontes de hidrogénio conduzindo a uma maior mobilidade da água, mas a interação de substâncias paramagnéticas e do oxigénio molecular dissolvido com traços de SIL/LAC não pode ser totalmente excluída.  Essa experimentação é a primeira a mostrar, objetivamente e de modo rigoroso, diferenças de natureza física entre o solvente e as altas diluições de um medicamento de uso homeopático cuja atividade biológica tinha sido experimentalmente demonstrada.

 

HIPÓTESES RELATIVAS AO MECANISMO DE AÇÃO DAS ALTAS DILUIÇÕES

 Falsas certezas

 O principal problema colocado pela polêmica da memória da água, que se seguiu à publicação de Natura em junho de 1988, foi a confusão entre os fatos biológicos a serem confirmados e a "descoberta" de um mecanismo de ação, descoberta que não era, na verdade, senão uma hipótese, apresentada, aliás, anos antes por outros autores (Boyd, 1954; Boiron, J., 1974).

Aqui não podemos senão retomar o que afirmamos em 1990 (De Pracontal, 1990): "Não sabemos como aplicar as teorias dos físicos aos sistemas biológicos.  Os dois maiores problemas são a especificidade e a permanência da mensagem.  Eles não foram verdadeiramente resolvidos.  Se tivessem sido resolvidos, já teríamos construído o modelo.  Mas alguns elementos indicam-nos que se continuarmos a refinar nossas pesquisas, chegaremos a compreender o mecanismo".  De Pracontal diz a respeito dessa busca: "Ato de fé perfeitamente respeitável.  Mas existe um abismo entre uma posição como essa e o anúncio de uma revolução científica.  Sem o ruído e o furor que rodearam a polêmica, não se teria esquecido assim tão rapidamente as últimas palavras do relatório de Nature: "isto sendo apenas uma hipótese, até o momento não confirmada".

 Notemos, aliás, de passagem, que a experimentação que estava na origem dessa controvérsia mediática, isto é, a ativação pelas altas diluições de anti-IgE de basófilos não estimulados (Davenas e cols., 1988) não pôde ser reproduzida por experimentadores experientes (Ovelgonne e cols., 1992) e foi previamente reproduzida unicamente por um experimentador (1) (Benveniste e cols., 1991).  Por outro lado, os resultados relativos à inibição da degranulação de basófilos por Apis ou por histamina são muito reprodutíveis; a explicação dessa diferença deve-se muito provavelmente à ativação dos basófilos ocorrida nesse segundo tipo de experiências, a sensibilização do material biológico sendo necessária para observar a ação de altas diluições que não são diretamente tóxicas (Poitevin, 1991).

Atualmente, tudo sugere que a ação das altas diluições é a resultante de mecanismos complexos, o que ilustra, aliás, a abundância das hipóteses formuladas.  Recentemente elas foram classificadas por um pesquisador mexicano (Guarjado Bernal, 1990) em duas orientações gerais: aquelas relativas à modificação de estrutura do solvente e as relacionadas com a emissão de um campo eletromagnético pelo solvente.  A elas acrescentaremos duas outras, que são a existência de uni artefato e a persistência de uma presença molecular.

Primeiramente, faremos um breve apanhado sobre a estrutura da água e suas características físicas.

 A estrutura da água

 A estrutura da água em repouso é a mesma da água em movimento?  Esta é uma das numerosas questões colocadas por esse elemento, cuja simplicidade é apenas aparente.

A água possui propriedades físicas singulares que nas palavras de Paul Caro "são uma outra ilustração da complexidade das ligações entre as moléculas de água no estado líquido com as pontes de hidrogênio rompidas e reformadas" (Caro, 1990),

Essas pontes de hidrogénio, de natureza eletrostática, formam-se entre as duplas de elétrons livres de uma molécula e o átomo de hidrogénio carregado positivamente da molécular vizinha.

Entre as outras propriedades que a água possui, assinalemos principalmente o seu caráter químico mais agressivo, que lhe permite, por exemplo, arrancar a sílica da parede do vidro, e suas propriedades elétricas, a água comportando-se corno uni dipolo elétrico.

A estrutura da água, principalmente em função de sua densidade muito grande em pontes de hidrogênio, é ainda imperfeitamente conhecida e tem sido objeto de numerosas hipóteses.  Retenhamos simplesmente que a água é um edifício de uma extrema mobilidade e que é difícil imaginar que ela forme impressões de caráter estável e permanente em torno das moléculas, impressão mantida também em sua organização durante as diluições.  Por outro lado, as propriedades dinâmicas da água, sua capacidade de interagir com os elementos químicos e biológicos, algumas de suas propriedades, tais como a de assegurar a transferência de prótons (Maréchal, 1989), são muito mais originais.  Se a água intervém na ação das altas diluições em Homeopatia, não é apenas por sua estrutura, mas muito mais por suas capacidades de interação e de transferência de informação.

 Artefato ou mecanismo de ação?

 A existência de um artefiato constitui a primeira pista de pesquisa em toda investigação científica voltada para um fenômeno muito paradoxal.  Nas experiências biológicas efetuadas, essa pesquisa se baseia na qualidade dos controles.  Quando o solvente, submetido ao mesmo processo de diluição-dinamização, mas sem a substância de base na primeira diluição, não possui nenhuma atividade no que se refere à substância diluída que desenvolve uma atividade biológica estatisticamente significativa, pode-se dizer que o artefato não foi encontrado.  Atualmente, nenhum estudo evidencia atividade do solvente.

Todavia, não pode ser totalmente excluída uma hipótese que implique não somente as interações solvente-soluto, mas igualmente as substâncias arrancadas da parede de vidro durante o processo de diluição e de dinamização.  O exemplo das experiências realizadas com a sílica permitiu afastar o papel das moléculas de sílicas arrancadas da parede de vidro corno causa única da ação das abas diluições.  Além disso, se os responsáveis pelo efeito "ultramolecular" fossem essas moléculas de sílica, que a energia do vértice e dos dinamizadores retiram do vidro original, não haveria nenhuma ação farmacológica específica em biologia e em clínica: não é isto que se observa.

Seria necessário, portanto, excluir o papel dessas moléculas de sílica?  Esse metalóide, que entra num grande número de minerais, tem propriedades bem conhecidas de semicondutor.  Não é possível excluir o seu papel eventual na informação contida nas abas diluições, papel que caberá aos físicos determinar.

 

As hipóteses relativas à presença de moléculas do principio ativo nas abas diluições

 Estas hipóteses são favoritas de numerosos cientistas e médicos. (observemos de início, que moléculas subsistem nas diluições muito altas: molécula de água (sobre a qual discutiremos mais adiante), moléculas de sílica (cujo papel acaba de ser considerado) e moléculas de "impurezas" numerosas e diversas. Mas subsistem moléculas da substância de base?  Só podemos eliminar os efeitos de contaminação pelo externo rigor na fabricação dos controles e pelo simples cálculo teórico do número de moléculas numa diluição.  Esse cálculo é efetuado com base no número de Avogadro (6,02254 x 10 23), levando-se em conta a molaridade da substância de base, molaridade que pode ser muito diferente entre substâncias de origem mineral e vegetal.

    Mas trata-se apenas de cálculos teóricos: o debate permanece aberto na ausência de controle direto das altas diluições.  Uma nova técnica, a espectroscopia por ionização ressonante, logo poderá detectar moléculas com uma sensibilidade e uma seletividade comparáveis às dos órgãos olfativos dos mamíferos (Lethokov, 1988).

     Aguardando que o nariz dos lasers se tome sensível à menor molécula extraviada, imaginemos que subsista uma molécula numa diluição CH15 ou CH30, ou seja, além de CH12, na qual um elemento simples não existirá mais teoricamente.  Nesse caso, duas soluções são passíveis de consideração:

           A repartição entre os frascos é mal feita e o experimentador deu de cara com o único tubo contendo a molécula, entre milhares de outras possibilidades.  As observações de um efeito biológico deveriam então ser caríssimas para um mesmo modelo.  Não é isto o que mostra a reprodutibilidade, ainda que imperfeita, das experiências.

           A outra solução consiste em dizer que os limites atualmente conhecidos da divisibilidade da matéria são falsos.  Mas tal hipótese é infinitamente mais "chocante" do que aquela que consiste em dizer que o solvente retém, de um modo ou de outro, a informação, pois essa consiste realmente em tomar a pôr em questão as bases da física contemporânea, o que a meu ver; não é da alçada dos problemas colocados pelas altas diluições.

 Em resumo, se a persistência de uma presença molecular da substância de base é uma hipótese formulada por numerosos biólogos, em particular por aqueles que trabalham com as doses fracas, ela não pode, entretanto, explicar a ação biológica reprodutível de diluições situadas claramente além do número de Avogadro (a partir da CH15 ou diluições equivalentes).  A constatação desses efeitos biológicos esteve na origem de numerosas hipóteses relativas ao solvente.

 

As hipóteses relativas às modificações estruturais do solvente

 Foram formuladas principalmente por Gutmann e Resch - organização de sistemas moleculares -- e por Angel Salas - hipótese dos cristais líquidos - (rev. in Guajardo Bernal, 1990).  Mas no estado atual dos conhecimentos físicos, a persistência de uma impressão molecular específica de uma substância diluída necessita da persistência de moléculas do soluto no interior do solvente, o que não permite explicar a ação das altas diluições.

A hipótese, largamente formulada e mediatizada, segundo a qual a água estabeleceria uma impressão, uma espécie de molde durante as diluições da substância de base, molde que continuaria a existir quando as molecular desapareceram e que seria responsável pela atividade biológica, não resiste a uma análise aprofundada.  Paul Caro diz que não se entende como conformações de algumas moléculas de água em torno do substrato "poderiam ser estáveis no tempo e resistir à agitação e à transferência das soluções de um recipiente ara outro" (Caro, 1989).

Um autor australiano (Callinan, 1986, 1987) apresentou a hipótese de que a elevação da energia térmica mediana, devido às colisões provocadas pela dinamização, poderia induzir a estados vibratórios estáveis nas moléculas de água.  Segundo esse autor, a pesquisa das modificações da frequência de absorção infravermelho das ligações covalentes e sobretudo das pontes de hidrogénio poderia evidenciar modificações da estrutura da água e uma fixação de energia pelos amontoados moleculares da água, modificações que seriam ocasionadas pelo processo de sucussão.  Experiências preliminares realizadas no laboratório de infravermelho de Orsay não permitem observar modificações do espectro infravermelho das moléculas de histamina, medida efetuada, é verdade, apenas com uma diluição CH 17.

No estado atual de nossos conhecimentos, a hipótese da impressão aquática, reprodução de um molde estrutural da molécula de base, qualquer que seja a forma elaborada que ela possa assumir, choca-se praticamente de imediato com os mesmos obstáculos às hipóteses relativas à persistência de moléculas clássicas.  Examinemos algumas hipóteses biofísicas aparentemente mais audaciosas.

 

 As hipóteses relativas aos efeitos de tipo eletromagnético

   São hipóteses desenvolvidas atualmente sobretudo por físicos italianos e pelos físicos alemães Popp e Ludwig.

 Os argumentos dos físicos alemães baseiam-se na emissão de biofótons e na organização de redes tridimensionais de dipolos elétricos que seriam os alvos dos biofótons.  Os biofótons são irradiações emitidas por elementos biológicos constitutivos do corpo humano e que possuíriam as características do laser.  Eles interviriam na comunicação celular desempenhando um papel complementar ao reconhecimento estrutural de um mediador biológico pelo seu receptor celular: "Microimpulsões exatas que nunca são levadas em consideração em bioquímica podem ser mais ativas do que o excesso ou a insuficiência, ou mesmo a ausência total, de urna substância particular" (Popp, 1989) Por seu lado, Frõlich, físico ligado à origem das descobertas sobre a supercondutibilidade, descreve as propriedades dielétricas menos habituais da célula e de numerosas moléculas biológicas estas últimas podendo ser consideradas, segundo ele, como redes tridimensionais de dipolos elétricos (rev. in Popp, 1989).  Considerando que a diferença de potencial entre duas vertentes de uma membrana biológica (da ordem de 100 milivolts), de espessura muito fina, corresponde a uma força elétrica muito intensa, Frölich deduz que existe nos sistemas biológicos unia reserva de energia eletromagnética sob a forma de campos oscilantes.  A ordem de grandeza da freqüência das ondas eletromagnéticas emitidas pelos sistemas biológicos se situaria na gama das microondas (freqüência da ordem de 5.10` Herz, comprimento de onda da ordem do milímetro).

Popp desenvolve os argumentos em favor da existência dessa luminescência de baixo nível no organismo humano e do papel regulador e coordenador que esses biofótons exerceriam sobre as funções biológicas.  Ele fornece vários exemplos dessa bioinformação eletromagnética, que desempenha um papel em numerosos fenômenos biológicos, da atividade das enzimas aos ritmos biológicos, nas relações entre o meio ambiente e os seres vivos, assim como nos seres vivos entre si.  Desse modo, a detecção pelas borboletas de moléculas odoríficas emitidas pelo seu parceiro a vários quilômetros de distância não seria devido ao encontro de moléculas raras, mas à emissão de fótons eletromagnéticos infravermelhos, que apresentam zonas de ressonância dependentes precisamente dessas substâncias odoríficas.

O físico Luwdwig trabalha com a espectroscopia de oscilações ultrafinas e insiste no papel dos "sólitons", forma de movimentos produzidos por ocasião de vibrações não-lineares tais como as correntes de marés (Ludwig, 1991).  Atualmente, ele estuda a natureza das altas diluições e o papel de diferentes mecanismos de dinamização, com a ajuda desse método.

Esses trabalhos dos biofísicos alemães sobre a sensibilidade dos organismos humanos a fatores eletromagnéticos, habitualmente negligenciados, encontram ecos em clínica e em biologia.  Um físico inglês, C. Smith, estuda em pacientes os fenômenos patológicos, em particular os de natureza alérgica, ocasionados por uma hipersensibilidade eletromagnética (Coy e cols., 1986).  Biólogos estudam a ação dos fenômenos eletromagnéticos sobre o funcionamento biológico.  Desse modo, num estudo relativo aos efeitos de um campo elétrico oscilante sobre a atividade enzimática de uma ATPase de membrana (Tsong, 1989), o autor defende a idéia de que "as comunicações a longa distância, de uma célula para outra ou de uni organismo pua outro, poderiam ser efetuadas pela transmissão ou pela recepção de sinais eletromagnéticos ou de enzimas".  O autor assinala que o esquema de comunicação devido à interação entre as moléculas biológicas ou íons e seus receptores específicos não pode explicar todos os tipos de comunicação, tais como aqueles que são muito rápidos ou os que se efetuam a grande distância.  Ele sublinha a existência de sinais eletromagnéticos emitidos por peixes, pássaros ou microorganismos, e observa que esses fatos cientificamente fascinantes interessam pouco aos bioquímicos.

No quadro de seus trabalhos de natureza teórica, os físicos italianos (Del Giudice e cols., 1988) apresentam a hipótese de modificações de natureza eletromagnética da água, que se exerceriam a longa distância em torno de toda impureza em solução, com a condição de que esta soa eletricamente polarizável.  Esses especialistas da teoria quântica dos campos eletromagnéticos demonstram matematicamente que a água pode, ao contato com uma molécula que possua características dielétricas, organizar-se de modo coerente e conservar assim a "assinatura" eletromagnética da molécula com a qual ela está em contato.  Não se trata da construção de uma impressão ou de um molde, mas de uma organização dinâmica das moléculas da água que, segundo as regras da mecânica quântica, se organizariam de modo coerente, com um efeito laser.  Mas esse efeito "Laser aquático" requer, para durar, a presença da molécula de base e não permite explicar as diferenças de ação biológica observadas entre anticorpos diferentes.  Os dois problemas essenciais levantados pela ação das altas diluições, isto é, a especificidade e a permanência da informação, não encontram, nessa teoria, explicações suficientes.

Segundo esses autores, a biologia não se basearia apenas nos efeitos dos "ganchos" moleculares entre mediador e receptor, mas abriria espaço para modos de comunicação mais sutis, tais como as interações eletromagnéticas de longo alcance.  A água poderia, estando estruturada de forma ordenada e coerente, servir de suporte para uma circulação fotônica da informação biológica.

O papel dos fenômenos eletromagnéticos em biologia ganha uma importância crescente e a interação com o mecanismo de ação das abas diluições é conceitualmente determinável, mas os argumentos experimentais em favor dessa hipótese são atualmente pouco numerosos.  Somente a continuação do estudo físico, especialmente espectroscópico, das abas diluições trará elementos concretos sobre a eventual natureza eletromagnética da informação contida nas altas diluições.  Os argumentos indiretos, em particular a modificação da ação das abas diluições sob o efeito dos campos eletromagnéticos, não constituem um argumento suficiente para atribuir às altas diluições uma natureza eletromagnética.

Antes de efetuar uma síntese dessas diversas hipóteses, é útil examinar de maneira específica o papel da dinamização.

 

A dinamização

 O papel desse processo (que é, de fato, uma agitação vigorosa da mistura solúvel, mas que permanece completamente impregnado do vitalismo hahnemaniano) é um ponto-chave para aqueles que se interessara pelo mecanismo de ação da Homeopatia.  Seu papel é melhor conhecido graças aos físicos.

A primeira vista, a dinamização tem por único objetivo homogeneizar muito bem a substância dissolvida na água.  Em todos os trabalhos de biologia, esse processo de agitação vigorosa também é realizado e na verdade não existe nada de específico na preparação dos medicamentos homeopáticos.  Esta corresponde, segundo os físicos, a uma conseqüência prática do fenômeno da turbulência, do aumento do transporte (Frisch, 1981).

Mas para que haja produção de uma informação biológica, não é suficiente que estejam presentes a substância e o solvente: um acréscimo de energia exterior é indispensável para suscitar um processo físico-químico qualquer.  Num raciocínio pelo absurdo, o único momento do processo de preparação, onde um acréscimo de energia exterior é possível, corresponde a esta dinamização.

Esta hipótese, bastante intuitiva, foi indiretamente confirmada por um especialista em ultra-sons.  Numa correspondência para a revista Nature (Suslik, 1988), ele expõe a idéia "de que esses resultados devem-se à produção de espécies químicas reativas, obtidas por cavitação quando do preparo das amostras".  O processo de cavitação consiste na fabricação de bolhas, que são geradas, por exemplo, durante os processos de turbulência na água ou sob o efeito de ultra-sons.  Suslik sugere que a turbulência, criada pelo vértice durante as diluições, gera a criação dessas microcvidades que implodem e liberam localmente grandes quantidades de energia.  O calor emanado por essas implosões conduz então à decomposição da água em espécies radicais muito reativas, o que cria danos celulares não-específicos.  Em outros termos, esse efeito resultaria unicamente de um processo físico gerado pela turbulência, que resulta da dinamização.  Se a hipótese de Suslik não é suficiente para explicar o fenômeno de um dano celular não-específico, ela confirma o papel da dinamização e do processo de turbulência por ela suscitado no acréscimo de energia e na produção de radicais livres. É desconhecida a maneira como estes últimos podem intervir, quando das interações soluto-solvente, na gênese de uma informação farmacológica específica, mas esse acréscimo de energia é um anel indispensável na cadeia de eventos físico-químicos induzidos por esta simples turbulência.  Assim como na ação da sílica, vê-se que o que é uma causa de possível artefato pode também contribuir para o mecanismo de ação.

De maneira mais geral os fenômenos de turbulência se integram no quadro dos fenômenos caóticos, aqueles pua os quais mínimas diferenças nas condições iniciais são capazes de provocar grandes diferenças nos efeitos (Thuillier, 1991). Esse fenômeno pode intervir na ação dos medicamentos de uso homeopático co. As curvas dose-resposta observadas sugerem que sua ação é submetida a mecanismos não-lineares que intervêm na regulação de numerosos sistemas biológicos.  A hipótese de uma relação entre os princípios de base da Homeopatia e a teoria do Caos foi recentemente desenvolvida (Garner e cols., 1991).

 

 Síntese

A pesquisa sobre o mecanismo de ação das abas diluições está no início de seu desenvolvimento.  Surgem três elementos que são determinantes para essa informação do tipo "alta diluição":

 * a especificidade molecular dos constituintes da substância de base, especificidade conservada nas soluções muito diluídas;

* O papel do solvente que seria o suporte e talvez o elemento "condutor" da informação;

* enfim, o papel da dinamização.

 Três outros elementos podem, a meu ver, desempenhar um papel na gênese da informação "alta diluição", ou em seu controle:

 *  oxigénio atmosférico intervém durante o processo de diluição-dinamização.  O oxigénio é, como a água, pouco conhecido (Deby, 1991).  Permanece sendo um dos principais elementos que podem intervir ativamente no processo de diluição-dinamização.

*  A sílica arrancada da parede de vidro: durante o processo de dinamização, produzem-se igualmente interações com os elementos retirados da parede de vidro, e nada nos permite excluir a intervenção desses elementos, em particular da sílica, cujo poder condutor é conhecido, no mecanismo de ação das altas diluições.

* Os radicais livres que podem contribuir para desestruturar essa organização de uma informação "alta diluição", na hipótese em que ela seria de natureza eletromagnética.  Os físicos alemães e italianos confirmaram esse possível papel dos radicais livres como agente regulador da informação gerada por fenômenos de tipo homeopático (Poitevin, 1989).

Entre as hipóteses consideradas, aquelas relativas a efeitos de tipo eletromagnético, podem contribuir para uma melhor compreensão de outras características da informação biológica contida nas altas diluições: a via de condução, via intravenosa, ou circuito de condução próximo dos meridianos da acupuntura, e a natureza dos alvos - que pode ser eletromagnética.

Portanto, seria preciso opor a biologia molecular clássica a uma nova biologia metamolecular que "subverteria as concepções atuais sobre a estrutura da matéria", segundo a expressão de J. Y Nau e F. Nouchi no jornal Le Monde (30 de junho de 1988)?  Não necessariamente: as bases científicas da Homeopatia não exigem a criação de um novo paradigma que derrubaria o precedente, mas podem se integrar no quadro dos processos de regularão biológica atualmente desconhecidos.  Nessa hipótese, a água "informada" durante a preparação do medicamento homeopático não agiria no lugar das moléculas de nosso organismo, mas lhes traria uma regulação biológica de natureza eletromagnética, regulando sua atividade.

E outros elementos, como o oxigénio do ar, a sílica da parede de vidro ou os radicais ocasionados pela dinamização, participariam dessa informação, cujos pontos de mais difícil explicação atualmente são a especificidade molecular e a permanência.  Naturalmente, faltam muitas peças no quebra-cabeça, em particular aquelas colocadas pela transferência para um sólido, a mistura sacarose-lactose, de uma informação gerada num meio líquido.  A água de impregnação retida nos sólidos por capilaridade é talvez o suporte dessa informação.  Mas, apesar de todos esses desconhecimentos, os mecanismos de ação dos medicamentos de uso homeopático em altas diluições tornam-se progressivamente acessíveis à investigação científica, graças, em particular, aos progressos realizados nos métodos de análise física dos solventes.

 


Novas descobertas homeopáticas

Unicamp desenvolve pesquisa que avaliza procedimento homeopático

 

Comprovar que a água colocada em um campo magnético com outra substância passa a Ter o mesmo efeito da tal substância era um desafio para pesquisadores e a esperança de muitos médicos homeopatas. O mérito desta conquista inédita no mundo – é do Instituto de Química da Universidade de Campinas(Unicamp). O professor do Instituto de Química da Unicamp, José Fernando Greogori Faigle, foi o responsável pela pesquisa. “A grande novidade é que, em vez de colocarmos apenas água nestes campos magnéticos, acrescentamos substâncias farmacológicas”.

            Com as pesquisas, que duram dez anos, foi comprovado cientificamente que soluções sem soluto (puras) apresentam os efeitos biológicos da mesma solução diluída em água. Esta descoberta contribui para a credibilidade do tratamento homeopático que utiliza medicamentos de origem animal, vegetal e mineral diluídos em água ou álcool.

            Para exemplificar, o professor cita a seguinte experiência: “Pegamos a substância atropina (colírio utilizado para dilatar a pupila dos olhos), pingamos nos olhos de animais de laboratório e obtivemos o mesmo efeito que ocorre com humanos. Em seguida, colocamos em um campo magnético um frasco de água e outro de atropina. Deixamos por algum tempo. Depois pingamos esta água que estava junto com a substância nos olhos dos animais. Os resultados apresentados foram os mesmos de quando colocamos a atropina pura”.

            Faigle ressalta que, do ponto de vista químico, a substância aplicada no animal era apenas água. “Pudemos concluir que, para produzir o efeito da atropina, bastou termos a água que esteve em contato com campos magnéticos”, observa. “Mas, como não existiu contato físico, ainda não conseguimos explicar o motivo pelo qual isto ocorre. Estamos trabalhando neste sentido.”

 

Alteração na competição

            Nos experimentos, a água não sofreu nenhuma alteração em sua composição. “Isto tem um peso muito grande. Nossa pesquisa pode trazer uma série de avanços para medicina. É uma conquista, pois estamos comprovando que o soluto realmente funciona, o que resulta em maior credibilidade para a homeopatia”, diz Faigle.

            O químico lembrou que novidades sempre trazem desconfianças. “Algumas pessoas são favoráveis, aceitam e apoiam a nossa pesquisa. Outras só acreditam quando vão ao laboratório e certificam-se dos experimentos. Isso é muito comum e faz parte. Não existem pesquisas e resultados se não houver questionamentos e opiniões controvertidas.”

           

Relação

            A médica especialista em homeopatia, Graciela Alícia Martinez, integrante da Comissão de Pesquisa da Associação Médica Homeopática Brasileira, disse que o processo de solução imagem (como é denominada a substância diluída em água, cuja molécula não apresenta a substância, mas causa o mesmo efeito) é utilizado de forma semelhante na homeopatia. O Aurum metallicum (ouro), por exemplo, é triturado até virar pó. Se diluído com açúcar de leite, torna-se pastilha e, em álcool, é formada a Tintura Mãe. A partir desta substância, o remédio homeopático é realizado.

            A médica citou alguns exemplos dos estudos da Unicamp. Foram formados dois grupos de coelhos de laboratório. No primeiro administraram estricnina pura – veneno letal, se utilizado em grandes doses, e estimulante do sistema nervoso central, quando aplicado de forma controlada. A substância provocou diversas reações nos animais, como batimento cardíaco acelerado. No segundo grupo foram administradas doses de estricnina que estiveram em contato com água, mas em termos de molécula não tinha mais o produto., era apenas H2O. “Quando administrada aos coelhos, os sintomas apresentados pelos animais foram os mesmos”, explica a especialista.

            Os pesquisadores trabalharam com outras substâncias farmacológicas, utilizando coelhos, ratos e cachorros, por exemplo. “Os estudiosos conseguiram provam cientificamente as alterações físico-químicas das substâncias e o efeito que as soluções tem nas moléculas. Foi criada uma polêmica: para conseguir efeito, não é necessária a presença das substâncias”, declara a médica.

 

Pesquisa apresentada em congresso

            A pesquisa realizada pelo Instituto de Química foi apresentada no congresso “A Homeopatia no Século XXI”, em dezembro do ano passado. De acordo com o professor Faigle, o interesse de um palestrante italiano, Paolo Bellavite, professor da Universidade de Verona, foi tanto que ele solicitou algumas amostras do trabalho para serem testadas na Itália. “Estamos ansiosos, aguardando os resultados. Caso sejam positivos, esperamos o reconhecimento da seriedade da pesquisa”, anima-se Faigle.

            O médico homeopata Matheus Marin, um dos organizadores do congresso, disse que é necessário mudar o conceito de que a homeopatia funciona apenas de forma psicológica. Marin afirmou que esta é a primeira vez que uma universidade do porte da Unicamp abriu suas portas para a discussão do papel da Homeopatia, mostrando como a água pode reter informações de outras substâncias. “Costumam dizer que a Homeopatia não é ciência e esta perspectiva  está caindo por terra com pesquisas embasadas em estudos científicos.”

 

Continuidade

            Dentro do Instituto de Química são realizadas diversas pesquisas com linhas inéditas de estudo. “Esta água é apenas uma delas”, comenta Faigle. “O trabalho ainda não está terminado, acreditamos que sejam necessários mais alguns anos para aprimoramento dos estudos. Os pesquisadores sempre procuram dar o melhor de si em seus projetos”, adianta.

            A pesquisa realizada pelo Instituto de Química conta com apoio do Departamento de Farmacologia e Ciências Médicas da Universidade. Atualmente, alunos de pós-graduação em Química também estão oferecendo suas contribuições, mas o trabalho é coordenado por Faigle e mais dois pesquisadores.

 

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Dra. Regina Dias - Última modificação: 29 outubro, 2008