É meu este poema ou é de outra? 
Sou eu esta mulher que anda comigo 
E renova a minha fala e ao meu ouvido 
Se não fala de amor, logo se cala? 

Sou eu que a mim mesma me persigo 
Ou é a mulher e a rosa escondidas 
(Para que seja eterno o meu castigo) 
Lançam vozes na noite tão ouvidas? 

Não sei. De quase tudo não sei nada. 
O anjo que impulsiona o meu poema 
Não sabe da minha vida descuidada. 

A mulher não sou eu. E perturbada 
A rosa em seu destino, eu a persigo 
Em direção aos reinos que inventei.

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