Opala – Longa Vida

 

                        Lançado em novembro de 1968, o Opala – cujo projeto recebeu o nome-código 676 – já tinha duas opções de motor: um quatro cilindros de 2.5 litros e um seis cilindros , inicialmente de 3.8 litros de cilindrada. A carroceria , de quatro portas , contrariava o gosto reinante na época, francamente voltado por modelos de duas portas. Era um carro moderno, pois havia surgido na Alemanha há pouco tempo.

                  Em 1971, o Opala ganhou a opção de um novo motor de seis cilindros , com 4.1 litros, que o acompanharia até o final de produção e iria para o seu sucessor o Omega. Esse motor com cilindrada de 4.1 litros, equipava inicialmente a versão esportiva SS, mas em 1972 passou a fazer parte do restante da linha. Ainda em 1971, o carro recebeu câmbio de quatro marchas com alavanca no assoalho, freios a disco na dianteira e bancos dianteiros individuais.

                  A versão de duas portas viria em seguida , em 1972. Para1973, a grade dianteira foi redesenhada, ficando mais moderna. Em 1974, surge o motor 151/S , um quatro cilindros mais potente e ainda a transmissão automática. Em 1975 aparece  o motor 250/S (um 4.1 “vitaminado”), por iniciativa dos pilotos Jan Balder e Bob Sharp. Ainda nesse ano é que vieram as maiores modificações em termos de estilo, com as lanternas traseiras redondas e duplas (duas de cada lado).Chega também ao mercado a perua Caravan, que na Europa também existia com quatro portas mas que por aqui teve apenas duas. Foi ainda lançado a então versão “top” de linha , o Comodoro. Novidades de peso até 1980, só o lançamento da esportiva Caravan SS , em 1978.

                    Em 1980, mais um pesado face-lift (uma “reforma”de estilo). A frente recebe faróis retangulares com lanternas nas extremidades do páralamas, uma tendência na época, e as lanternas traseiras se tornaram retangulares e maiores. O Diplomata , que havia sido apresentado informalmente em 1979,agora chega em 1980 como versão definitiva .Ainda nesse ano inicia-se a venda do motor quatro cilindros movido à álcool e não foram poucos que aguardaram ansiosamente o seis cilindros a álcool , que deveria – pela taxa de compressão mais alta – “andar” melhor. Este porém, só chegaria cinco anos depois...

                       Em 1981, a linha Opala ganhava pequenas modificações , como frisos em volta das lanternas dianteiras e traseiras nas versões mais luxuosas – e um painel de instrumentos redesenhado, muito mais moderno. Nem poderia ser diferente , pois o painel encontrado até 1980 era praticamente o mesmo desde o lançamento do carro, em 1968. Em 1982, os pára-choques passaram a ser pretos na versão “top” Diplomata e o câmbio de cinco marchas passou a ser disponível para o motor de quatro cilindros.

                       Em 1985,acontecem novas mudanças, como lanternas traseiras redesenhadas, nova grade , rodas, calotas , volante , caixa de instrumentos do painel (“cluster”) etc. Além disso, a Caravan ganhou uma versão top, também, a Diplomata, e o motor seis cilindros finalmente começou a ser produzido também a álcool.

                        Em 1988, novo pacote de mudanças de estilo, com faróis, lanternas, volante e rodas  remodelados, além da introdução da regulagem da coluna da direção em sete posições e lançamento do câmbio automático de quatro marchas (opcional) para o Diplomata e Comodoro. Em meados desse ano, o Opala cupê (duas portas) se despede do público e acontecem pequenas mudanças mecânicas: o eixo cardan passa a ser bi-partido e a suspensão dianteira recebe novas buchas e bandejas.

                          Os derradeiros retoques que a linha Opala receberia aconteceriam em 1991. Nesse ano, numa tentativa de estender um pouco a vida do carro, os velhos pára-choques de chapa de aço deram lugar a outros, envolventes e de material plástico .No Opala, os quebra-ventos deixaram de existir, muito embora continuassem na Caravan até o fim de sua produção. A direção hidráulica passou a ser a ZF Servotrônic, comandada por processadores eletrônicos, equipamento que não estaria nem no sucessor do Opala, o Omega. Os freios traseiros, passaram a ser a disco no Diplomata.

                           Em 1992, a longa estrada percorrida pelo Opala estava chegando ao fim. Com a introdução da caixa de câmbio de cinco marchas Clark e apoios de cabeça vazados , o Opala vivia seus últimos momentos. E às 14 horas  do dia 16 de abril de 1992, o último Opala, um Diplomata “Collectors Series” , cor vinho perolizado e com interior em couro preto, deixou a linha de montagem da GM em São Caetano. Era o adeus do Opala, depois de 23 anos.

                            Esse último carro ainda se encontra na GM, esperando seu lugar no museu que a empresa pretende construir, em São Caetano . Foram produzidos exatos um milhão de Opala, que fizeram história como um dos maiores sucessos da GM brasileira.  

 

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