"Eu sempre disse
aos trabalhadores que a nós só restam duas alternativas: ou ficar quieto e
morrer de fome, ou lutar para não morrer de fome." Luís Ignácio "Lula" da Silva, Presidente do Brasil e Presidente de Honra do PT. |
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"O
vermelho representa a luta e o branco representa a paz, o que é perfeito, pois o PT luta pela paz!" (Frei Betto). |
O PT é um "partido do ano inteiro" |
Tem opinião e participação nas lutas sociais e reivindicações da sociedade todos os dias de todos os anos. |
Esta participação deve ser crescente e trazer cada vez mais gente. |
Filiar-se ao PT é um ato consciente na busca de uma participação política mais plena. |
É uma atitude que valoriza a democracia, pois fortalece o partido e propicia uma atividade política organizada junto aos movimentos sociais, nas campanhas políticas nacionais, nas eleições e nos debates internos ao PT. |
No PT, cada filiado tem um voto. Todos e todas têm igual direito de opinar e participar.A democracia interna do PT é uma conquista que se garante pela ampla discussão nas bases e pela liberdade de expressão dentro do partido. |
A democracia se expressa também, no cumprimento pelos filiados das decisões tomadas pelas instâncias partidárias. |
Para participar do PT é preciso se filiar no diretório municipal, zonal ou no núcleo. Filia-se ao PT quem se identifica sinceramente com as idéias defendidas pelo PT, sintetizadas no seu Programa e nas resoluções dos Encontros e Congressos Nacionais. |
Filia-se ao PT quem concorda com a sua democracia interna, expressa no seu Estatuto e Regimento Interno. |
Filia-se ao PT quem quer uma participação política ativa para transformar o país e a sociedade, inspirados nos princípios democráticos e socialistas. |
Este texto foi extraído do site "PT de Carteirinha!" |
O PT é mais que um partido político. Ele é a história de lutas, trabalhadores, mulheres, crianças, sonhos, esperanças... enfim, ele faz parte dos grandes momentos de nosso país nos últimos anos. |
O partido político é uma ferramenta. É a ferramenta mais adequada para a luta política mais ampla. A sociedade em que vivemos é dividida em classes. De um lado estão os que dominam, os proprietários dos meios de produção (indústrias, equipamentos, máquinas, prédios, etc.) que chamamos burguesia. Do outro lado estão os trabalhadores que são aqueles que dependem apenas de sua força de trabalho (intelectual ou manual) para sobreviver. Entre a burguesia e a classe trabalhadora estão as classes intermediárias, constituídas pelos pequenos proprietários de terras e de meios de produção e pelos assalariados que recebem altos salários. Estas classes intermediárias não possuem uma identificação ideológica definida, ora estando em um lado, ora no outro. Os partidos políticos são formados para representar os interesses de uma classe que quer lutar pelo poder para reorganizar a sociedade. |
Por isto, ao final da década de 70 havia a necessidade da classe trabalhadora formar o seu partido. Baseado nas greves dos trabalhadores do ABC de 1979 e da liderança de um novo líder sindical chamado Lula, surgiu o Partido dos Trabalhadores (PT). Nunca antes um partido de esquerda no Brasil havia nascido da luta diária dos trabalhadores. Segundo o manifesto do partido (1980): "O partido dos trabalhadores surge da necessidade sentida por milhões de brasileiros de intervir na vida social e política do País para transformá-la. A mais importante lição que o trabalhador brasileiro aprendeu em suas lutas é a de que a democracia é uma conquista que, finalmente, ou se constrói pelas suas mãos ou não virá ... A grande maioria de nossa população trabalhadora tem sido sempre relegada à condição de brasileiros de segunda classe. Agora as vozes do povo começam a se fazer ouvir através de suas lutas ... O Partido dos Trabalhadores pretende que o povo decida o que fazer da riqueza produzida e dos recursos naturais do País". |
Ele tem os seguintes objetivos: ser um partido voltado para a organização das lutas dentro das fábricas; ser um partido de massas; ser um partido democrático, onde as bases realmente possam opinar e mudar o partido; ser um partido que unisse as lutas do campo e da cidade; e finalmente ser um partido que lute pelo socialismo. Portanto, o PT é um partido de massas que luta pelo socialismo. |
O socialismo que queremos é o socialismo da democracia radical, não um socialismo burocrático como o do leste europeu. Para isto acreditamos no incremento dos mecanismos democráticos de controle do estado e na luta sindical. Segundo o programa do partido "Ele (o partido) se desenvolve ao mesmo tempo em que se desenvolvem as lutas dos trabalhadores". O sindicalismo que o PT deseja não deve ser o sindicalismo pelego, nem o reformista, muito menos o vanguardista ou o de "resultados". O sindicalismo que o PT deseja, e que no Brasil é representado pela CUT, é o sindicalismo de lutas, que busque a construção de uma nova sociedade. |
Este texto foi extraído do site "O Que é o PT?". |
MANIFESTO DE
FUNDAÇÃO DO PARTIDO DOS TRABALHADORES (Aprovado na Reunião Nacional - São Paulo, 10 de fevereiro de 1980). |
1 - NASCENDO DAS LUTAS SOCIAIS |
2 - POR UM PARTIDO DE MASSAS |
3 - PELA PARTICIPAÇÃO POLÍTICA DOS TRABALHADORES |
( Publicado no Diário Oficial da União de 21 de outubro de 1980). |
OS FILHOS DA PAIXÃO |
Nascemos
num campo de futebol. Haverá berço melhor para dar a luz a uma estrela? Aprendemos que os donos do país só nos ouviam quando parava o rumor da última máquina... quando cantava o arame cortado da cerca... Carregamos no peito, cada um, batalhas incontáveis. Somos a memória perigosa das lutas. Projetamos a perigosa imagem do sonho. Nada causa mais horror à ordem do que homens e mulheres que sonham. Nós sonhamos. E Organizamos o sonho. Nascemos negros, nordestinos, nisseis, índios, mulheres, mulatas, meninas de todas as cores, filhos, netos de italianos, alemães, árabes, judeus, portugueses, espanhóis, tantos... Nascemos assim desiguais como todos os sonhos humanos. Fomos batizados na pia, na água dos rios, nos terreiros... Fomos, ao nascer, condenados a amar a diferença. A amar os diferentes. Viemos da margem. Somos a anti-sinfonia que estorna na estreita pauta da melodia. Não cabemos dentro da moldura... Somos dilacerados como todos os filhos da paixão. Briguentos. Desaforados. Unidos: como meninos de rua. Quando o inimigo não fustiga, inventamos nossas próprias guerras, desenvolvemos um talento prodigioso para elas... Compomos um rosto de peão, Uma voz rouca de peão o desassombro dos peões para oferecer ao país, para disputar o país. Por sua boca dissemos, na fábrica, nos estádios, nas praças que este país não tem mais donos. Em 84 viramos multidão. Inundamos as ruas. Somamos nosso grito ao grito de todos. Depois gritamos sozinhos. E choramos a derrota sob nossas bandeiras. 88: como aprender a governar e desenhar em cada passo, em cada gesto, a cada dia, a vida nova que nossa boca anunciou? 89: encarnamos a tempestade. Assombrados pela vertigem dos ventos que desatamos. Venceu a solidez da mentira, do pré-conceito. Dois anos depois pintamos a cara, como tantos, e fomos pra rua inventar o arco-íris e a indignação. Dessa vez a fortaleza ruiu diante dos nossos olhos. E só havia ratos depois dos muros. A fortaleza agora está vazia. Ou povoada de fantasmas. O caminho que conduz a ela passa por muitos lugares: caravanas. Pelas estradas empoeiradas, pela esperança empoeirada do povo, pelos mandacarus e juazeiros, pelos seringais, pelas águas da Amazônia, pelos pampas, pelos cerrados e pelos babaçuais, mas sobretudo pela invencível alegria que o rosto castigado da gente demonstra a sua passagem. A revolução que acalentamos na juventude faltou. A vida não. A vida não falta. E não há nada mais revolucionário que a vida. Fixa suas próprias regras. Marca a hora e se põe diante de nós, incontornável. Os filhos da margem têm os olhos postos sobre nós. Eles sabem, nós sabemos que a vida não concederá uma terceira oportunidade. Hoje, temos uma cara. Uma voz. Uma bandeira. Temos sonhos organizados. Queremos um país onde não se matem crianças que escaparam do frio, da fome, da cola de sapateiro. Onde os filhos da margem tenham direito à terra, ao trabalho, ao pão, ao canto, à dança, às histórias que povoam nossa imaginação, às raízes da nossa alegria. Aprendemos que a construção deste país não será obra apenas de nossas mãos. Nosso retrato futuro resultará da desencontrada multiplicação dos sonhos que desatamos. |
Pedro Tierra, 1994 |
Este texto foi extraído do livro "O Sonho Era Possível - A História do Partido dos Trabalhadores Narrada Por Seus Protagonistas" (Marta Harnecker, MEPLA / Casa América Livre, 1994). |
Última atualização: 04/06/03 11:50
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