Novos Satélites de Saturno descobertos |
Em 2003, um novo satélite é descoberto Uma equipe de "caçadores de Satélites" da Universidade do Avaí (EUA) - que surpreendeu a todos com a descoberta de 18 novos satélites ao redor do planeta Júpiter em 2003 - anunciou a descoberta de uma nova lua, anteriormente desconhecida, orbitando o Saturno. É a primeira lua a ser encontrada desde o ano 2000, quando 12 novos satélites ao redor do planeta foram descobertos (veja a reportagem abaixo). Com isso, Saturno passa a contar com 31 luas.
No dia 8 de abril de 2003, a IAU (International Astronomical Union) anunciou a notícia . A descoberta foi feita por uma equipe de astrônomos da Universidade do Avaí, formada por Scott Sheppard e David Jewitt, com a ajuda de Jan Kleyna, da Universidade de Cambridge. O trio observou primeiramente o satélite no dia 5 de fevereiro, com o telescópio Subaru de 8.3 metros, localizado no topo do monte Mauna Kea. Eles passaram a acompanhar o pequeno objeto com o Subaru, junto com o apoio dos telescópios de 2,2 metros da Universidade do Avaí, para definir sua órbita e confirmar seu status de satélite. Através de seu brilho aparente e albedo (porcentagem de luz que um corpo que não a emite por si próprio reflete) estimado, supõe-se que o novo satélite tenha 8 km de comprimento. Ele foi batizado de S/2003 S1. Tem uma órbita distante, retrógrada (sentido contrário ao que o planeta Saturno gira em torno de si), e é o 14° satélite irregular orbitando Saturno a ser encontrado. Fonte: Vanessa Thomas,
para o site Astronomy.com Em 2000, doze novos satélites foram encontrados A descoberta de 12 novos satélites foi resultado do esforço conjunto de uma equipe internacional, chefiada pelo astrônomo Brett Gladman, do Observatório de Côte d'Azur, em Nice. Para tais descobertas usou-se uma rede de telescópios: Observatório de La Silla ( 2,2 metros) no Chile; o CFH ( 3,6 metros) no Havaí; Monte Hopkins ( 1,2 metro) e o Kitt Peak ( 4 metros), no Arizona, além do telescópio do Monte Palomar ( 5 metros ), na Califórnia. A onda de visualização de novos satélites que, em menos de três meses aumentou o total de luas conhecidas em volta de Saturno, e nos últimos 18 meses, mais que dobrou, gerou um novo "problema" para os astrônomos: achar nomes para todos estes corpos.
As novas luas descobertas são pequenos corpos irregulares, orbitando entre 15 e 23 milhões de quilômetros de distância do centro de Saturno. Foram examinadas as imagens obtidas desses objetos, que, em geral, descrevem órbitas muito inclinadas em relação ao plano do equador do planeta. Pelo fato de serem corpos de luminosidade muito fraca, levou-se um certo tempo para poder serem vistos novamente em outros telescópios. Com esse número de luas, Saturno ultrapassa Urano, até então considerado o mais numeroso em matéria de satélites, com seus atuais 21 satélites (8 deles descobertos recentemente).
O tamanho estimado dos novos corpos descobertos, algo que seria em torno de 10 a 50 quilômetros de ponta a ponta, são baseados em hipóteses a partir de sua luminosidade. Observados a partir de telescópios terrestres, as novas luas aparecem como pequenos e fracos pontos luminosos movimentando-se ao redor do planeta. Algumas de suas órbitas são acentuadamente elípticas, alguns deles orbitam na mesma direção que Saturno gira, outros têm trajetória em direção oposta. Em geral, as órbitas destes satélites são grandes e fazem movimento descrevendo um "8" no espaço em que orbitam, bem diferente da órbita de uma lua interior, que é próximo de um círculo e é no mesmo plano do equador do planeta. Tudo começou em outubro de 2000, mais precisamente no dia 26, quando a primeira descoberta de 4 novas luas foi anunciada. Ela só foi possível através de uma nova técnica que usa semicondutores sensíveis à luz, chamada de charged-couple device, que são anexados ao telescópio com objetivo de detectar distantes pontos de luz. Várias dessas imagens digitais, capturadas uma vez a cada hora, são então comparadas através de software de computador, destinados a capturar um ponto de luz em movimento em frente a uma estrela conhecida no fundo de paisagem do céu. A mesma equipe descobriu 5 novas luas do planeta Urano usando esta técnica, entre 1997 e 1999. A evolução das técnicas para detectar estes pequenos objetos foi um fator fundamental. Douglas Hamilton, do departamento de astronomia da Universidade de Maryland, explica que estas descobertas já nem passam mais somente pelo uso de grandes telescópios, mas sim por instrumentos digitais de detecção, complementado pelo uso de microcomputadores, que processam uma imensa quantidades de dados retirados da observação, em muito pouco tempo. Os fatos só reforçam a tese de que todos esses satélites se tratam de corpos que outrora vagabundeavam no espaço, e que porventura foram capturados pela gravidade de Saturno, após este ser formado. Alguns astrônomos especulam que antes as luas eram de Centauro, um grupo de diminutos objetos gelados que orbitam em o Sol entre os planetas Saturno e Urano. Até então, Febe foi o corpo mais distante e irregular orbitando Saturno, descoberto há 102 anos atrás. Membros do time que anunciou a descoberta de 4 novas luas, em outubro de 2000: Brett Gladman, Joseph Burns, Philip Nicholson.
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