Pioneer XI

A sonda espacial Pioneer XI (siginifica Pioneiro, Desbravador) foi lançada em 5 de abril de 1973. Em dezembro de 1974, passou A 43.000 km de Júpiter. A passagem pelo gigante acelerou a sonda até a velocidade de 173.000 km/h, o suficiente para levar a mesma até o próximo alvo: Saturno.

A sonda foi realmente uma desbravadora, sendo o primeira artefato feito pelas mãos do homem a passar próximo do planeta Saturno. Quase 5 anos depois de viagem pelo espaço, em 1 de setembro de 1979, Pioneer XI atingiu o seu tão esperado alvo: passou a 21.000 km das nuvens mais altas do planeta, e pela primeira vez foram recebidas imagens em "close up" do planeta, seus satélites e anéis.


Saturno visto pela Pioneer XI

Com a Piooner XI, foram descobertas duas luas novas; um anel adicional; estudou-se o campo magnético e a magnetosfera do planeta; e teve um encontro com Titã, o maior satélite, descobrindo que o mesmo é muito frio e hostil a possíveis formas de vida. A sonda enviou fotos fantásticas do planeta e seus anéis, vistos até então só por meio de telescópios.

Foto de Titã, enviada pela Pioneer XI (NASA/JPL)

Ambas as sondas quase foram destruídas pelas poderosas magnetosfera de Júpiter (ambas) e Saturno (Pioneer XI). Essa informação foi crucial para os técnicos da NASA, e sem elas as missões Voyagers seguintes não teriam sido o sucesso que foram.


Os anéis de Saturno vistos pela Pioneer XI

A sonda mede 2,9 metros de comprimento, desde o bico da antena de médio ganho até a ponta da antena omnidirecional. Seu peso é de 270 quilogramas. A sonda gira ao redor do eixo da antena de alto ganho em aproximadamente 5 rotações por minuto. Seis impulsores de Hydrazina fornecem volocidade e controle de giro.

Pioneer XI carrega 12 instrumentos, dos quais 3 apenas ainda estavam funcionando quando perdeu-se a comunicação com a sonda em novembro de 1995.


Outra imagem de Saturno enviada pela Pioneer XI

Após passar por Saturno, a sonda passou então a explorar e enviar para a Terra dados dos limites do nosso sistema solar, estudando as partículas energéticas do nosso Sol (vento solar) e outros raios cósmicos. Mas a sonda não poderia continuar transmitindo dados indefinidamente. Em setembro de 95, mais de 22 anos após ser lançada, próximo de seu combustível se exaurir, a sonda não poderia mais continuar a fazer observações científicas e as operações de rotina da missão foram encerradas. Desde novembro do mesmo ano que não há mais comunicações com a sonda, pois seu combustível se acabou pouco depois. A essa altura, a mesma já estava a distância de 6,5 bilhões de quilômetros da Terra, e o seu sinal de rádio levava 6 horas para chegar até nós, viajando à velocidade da luz.

A sonda segue adiante, em direção aos limites do nosso sistema solar, impulsionada pela velocidade que ganhou na passagem com os dois astros, rumo à constelação de Aquila (Águia), ao nordeste da constelação de Sagitário. Em 4 milhões de anos, a sonda deve passar perto de uma das estrelas dessa constelação. Ambas carregam uma mensagem gráfica, no formato de uma placa de ouro de 15,24 cm X 22,86 cm, falando mais de onde vieram e quem são seus criadores.

 

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