Sobre
o método científico
Segundo Karl Popper, uma teoria científica é um modelo matemático que descreve e codifica as observações que fazemos. Assim, uma boa teoria deverá descrever uma vasta série de fenômenos com base em alguns postulados simples como também deverá ser capaz de fazer previsões claras as quais poderão ser testadas. Se as observações concordarem com as previsões, a teoria se mantém apesar de ainda poder está errada por causa da descoberta de novos fatos. Se, no entanto, as observações não concordarem com as previsões é necessário modificar a teoria ou descartá-la de uma vez.
É desnecessário fazer com mais o que se pode fazer com menos.
O essencial não deve ser multiplicado sem necessidade. Outra regra do método científico, segundo Descartes: Jamais aceitar alguma coisa como verdadeira, se isto não for evidente.
Sempre que possível, deve haver confirmação independente
dos "fatos"
Os argumentos de autoridade têm pouca importância - as "autoridades" cometeram erros no passado. Voltarão a cometer no futuro (na ciência não existem autoridades, quando muito, há especialistas) Devemos considerar mais de uma hipótese. Se alguma coisa deve ser explicada, é preciso pensar em todas as maneiras diferentes pelas quais poderia ser explicada. A hipótese que sobreviver a todas as refutações tem uma chance melhor de ser a resposta correta do que se tivéssemos adotado a primeira idéia que veio a cabeça Devemos tentar não ficar demasiado ligados a uma hipótese, só por ser a nossa. Devemos compará-la imparcialmente com as alternativas. Devemos verificar se é possível encontrar razões para rejeitá-la Devemos quantificar. Se o que estiver sendo explicado é passível de medição, de ser relacionado a alguma quantidade numérica, assim seremos muito mais capazes de discriminar entre as hipóteses concorrentes. O que é vago e qualitativo é suscetível de muitas explicações Se há uma cadeia de argumentos, todos os elos na cadeia devem funcionar (inclusive a premissa) - e não apenas a maioria deles A Navalha de Occam. Essa maneira prática e conveniente de proceder nos incita a escolher a mais simples dentre duas hipóteses que explicam os dados com igual eficiência Devemos sempre perguntar se a hipótese pode ser, pelo menos em princípio, falseada. As proposições que não podem ser testadas ou falseadas não valem grande coisa. Devemos poder verificar as afirmativas A confiança em experimentos cuidadosamente planejados e controlados é de suma importância. Os experimentos de controle são essenciais. Por exemplo, se alegam que um novo remédio cura uma doença em 20% dos casos, temos de nos assegurar se uma população de controle, ao tomar um placebo pensando que ingere a nova droga, também não experimenta cura espontânea da doença em 20 % das vezes As variáveis devem ser separadas (cada droga deve ser ministrada isoladamente para poder ser avaliada sua contribuição real na cura) Freqüentemente os experimentos devem ser realizados pelo método "duplo cego" (nem os cientistas nem as cobaias sabem quem está tomando a droga ou o placebo), para que aqueles que aguardam uma certa descoberta não fiquem na posição potencialmente comprometedora de avaliar os resultados, pois este conhecimento poderia influenciar sua decisão, ainda que inconscientemente |
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