A ESTAÇÃO DE SALVAMENTO
 
Numa certa costa do mar havia um trecho muito perigoso que 
causava muitos naufrágios. Um grupo de marinheiros corajosos 
instalou um pequeno posto de socorro marítimo com um farol 
para serviço de vigilância e um barco sempre pronto para o 
salvamento muitas vidas foram poupadas, e a casa se tornou 
conhecida.

Aconteceu que as pessoas socorridas se afeiçoaram com ela, e 
começaram a melhorar a casa. Compraram outros barcos e 
treinaram mais gente. A estação crescia e prosperava. 
Benfeitores queriam aumentar o prédio.
Diziam que os socorridos merecem mais conforto compraram camas 
novas e todo  o mobiliário novo. 

A estação começou a ser procurada como lugar de lazer e virou 
um clube recreativo. Já não tinha quase voluntários para o 
socorro marítimo, e foi preciso contratar profissionais para 
isto.

Ainda havia o emblema antigo em todas as salas, e o modelo do 
primeiro barco estava no salão nobre, mas isto não passava de 
enfeite.

Um dia aconteceu um grande naufrágio.
Os barcos de socorro trouxeram muita gente aflita, alguns negros, 
outros orientais.
No clube deu-se um grande caos, este povo vai sujar a casa!
Fizeram banheiros improvisados lá fora para os estranhos não 
invadirem a casa elegante. Logo depois teve uma assembléia geral.
A maioria quis suspender de vez o serviço de salvamento, porque 
só dava dor de cabeça e perturbava a vida normal do clube.
Mas um pequeno grupo defendeu a idéia do começo a estação para 
salvar os naufragados!
Este grupo foi derrotado pela maioria que falou se vocês se doem 
com este povo, façam uma nova estação.

E foi isto o que o grupo fez.
Tudo começou de novo com o mesmo elãn.
Mas com os anos a história se repetiu a alegria de salvar vidas, 
a gratidão dos socorridos e a chegada dos benfeitores.
Assim foi preciso fundar uma terceira casa que não foi diferente 
das outras.

Hoje em dia, naquela praia tem uns dez clubes cada qual mais 
elegante que o outro.
Ainda  hoje tem navios que naufragam ali, só que a maioria não 
escapa da morte porque não tem mais ninguém que se arrisque ao 
alto mar.


Autor não mencionado
Enviado por Regina Suppi - Visitante de Fonte para reflexão


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