Em uma pequena cidade, pacata, isolada e sem muitos atrativos, certo
dia surgiu uma jovem e linda mulher que, bem vestida e bem penteada,
percorreu a cidade ante a admiração de todos. E assim, por muitos e
muitos dias, essa mulher surgia, causando a mesma reação das pessoas.
Um dia, ao invés dos lindos trajes, dos penteados e adornos que a todos
cativara, essa mulher surgiu caminhando pelas ruas da cidade
completamente nua, sem adornos, com seus cabelos soltos. Imediatamente,
todos começaram a injuriá-la e apedrejá-la, por sua atitude ofensiva.
Essa mulher era a Verdade.
E assim, exatamente como o povo dessa cidadezinha, nós agimos em relação
à Verdade. Como ela nos chega bem trajada, maquiada e adornada de acordo
com nossos valores e crenças, nós a aceitamos, admiramos e exaltamos.
No entanto, a Verdade nua, sem laços com nossos paradigmas, sem
compromisso com nossa visão restrita, é tratada como calúnia e ofensa.
Autor não mencionado
Enviado por Maurílio Campos - Novos Mensageiros
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