Pagu
Em
1929 apresenta seus Sessenta poemas censurados, nome que ela mesma dá, e os
dedica a Fenolino Amador, diretor da censura da época.
Em
1930 ela passa a viver com Oswald de Andrade e, junto com ele, assume a militância,
filia-se ao PCB e se engaja na luta revolucionária.
Em
1931 Pagu assina uma coluna feminista: A Mulher do Povo. Nesta coluna criticava
o comportamento hipócrita das mulheres da burguesia paulista, e mostrava um
mundo de luta e trabalho.Ainda neste ano, Pagu participa do comício dos
estivadores em Santos e é presa - torna-se a primeira mulher a ser presa por
militares na causa revolucionária. Sem desistir da luta e de seus ideais, começou
a viajar pelo mundo (Japão, Estados Unidos, Polônia, China, França e Rússia)
como correspondente de vários jornais. Em Paris filia-se ao PCF, continuando
sua militância, mas outra vez vai presa, tendo que voltar ao Brasil. No seu
retorno acaba sofrendo perseguições, e é novamente presa, ficando cinco anos
encarcerada e sofrendo terríveis torturas. Quando foi solta, estava muito
debilitada física e emocionalmente. Apesar disso, não se entregou.
Ela
também separadou-se de Oswald e casou-se com o jornalista Geraldo Ferraz. Pagu
ao longo de sua vida escreveu dois romances: “Parque Industrial” e A
“Famosa Revista”. Pagu também deu sua contribuição para o Teatro, foi
candidata à Assembléia pelo Partido Socialista Brasileiro e trabalhou em
diversos jornais. Ela morreu em 1962, vítima de câncer.
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