Madre Teresa

A Virgem Maria

Jesus

Catolicismo

A Virgem Maria e o menino Jesus

Papa Clemente XI , Giovan Francesco Albani , combateu o janseinismo
DOUTRINA CATÓLICA

O Sagrado Coração de Jesus

The Sacred Heart of Jesus

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A Escolástica e o Tomismo

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A Filosofia Cristã - a Doutrina Perene

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"Nós pregamos o Cristo crucificado, escândalo para os judeus e loucura para os pagãos, mas para os eleitos Ele é a força e a sabedoria de Deus. (1 Cor I, 23)."

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A Escolástica pode ser definida como o conjunto de elaborações filosóficas dos doutores da Igreja, ao longo da história, notadamente na Idade Média ( do séc. IX ao séc. XVII ), que busca conciliar as verdades de fé ( as verdades reveladas ) com a razão humana. Dessas elaborações, a Igreja seleciona aquele conjunto de doutrinas que compõe a chamada filosofia perene; sempre sob a autoridade do seu magistério supremo, o Santo Padre e o Colégio Episcopal .

Podemos citar alguns importantes nomes do pensamento escolástico que engrandeceram sobremodo a doutrina da Igreja, como por exemplo : Alcuíno de York (735-804), Santo Anselmo (1033-1109), Pedro Lombardo (1100-1160), São Bernardo (1090-1153), Santo Alberto Magno (1200-1280), São Boaventura (1217-1274), São Tomás de Aquino (1225-74) e João Duns Scotus (1308), entre outros grandes filósofos .

As obras desses autores estão disponíveis na internet aos estudiosos. A Suma Teológica, por exemplo, encontra-se disponível, em inglês, no endereço http://www.newadvent.org/summa/ .

Tal a importância da obra de São Tomás de Aquino, o ilustre Doutor Comum , -- obra reverenciada por diversos papas, como São Pio X , que declarou ser a doutrina tomista “ íntegra, incorrupta , fonte inesgotável em todo o gênero de ciência" -- , a escolástica é frequentemente dividida em duas fases, a fase anterior à obra do Aquinate e a fase posterior ao gênio de São Tomás de Aquino. Uma escolástica, portanto, " pré e pós-tomista " .

Sempre foi muito claramente definido pela Igreja, além da doutrina revelada, a necessidade do desenvolvimento do pensamento racional. A razão é um dom divino concedido à alma humana, para o bem de todos e de cada um ; no conhecimento da realidade espiritual e natural. A graça divina só é possível na alma racional criada por Deus, à Sua imagem e semelhança. Qualquer tentativa de abandono da razão é condenável segundo a doutrina da Igreja ( o caso do ' fideísmo ' ); e, por outro lado, qualquer tentativa de excluir a fé, e absolutizar a razão, também é rejeitada ( o caso do racionalismo )(Cfr. Documento Syllabus anexo à Encíclica Quanta Cura do Papa Pio XI ).

Uma vez definidos dogmaticamente os mistérios centrais da fé cristã - a Santíssima Trindade, a Encarnação do Verbo, a Morte e Ressurreição redentoras de Cristo - não cabe aos homens inventarem mistérios onde a ciência encontra explicações não fundamentadas no mistério, mas sim, na própria razão.

As igrejas ortodoxa ( cismática ) e protestante não aceitam a possibilidade de um conhecimento racional da divindade, para além daquilo que é estritamente exposto na Revelação divina; segundo as suas respectivas leituras doutrinárias.

Para os protestantes, - como os luteranos e os calvinistas - a natureza humana foi totalmente corrompida pelo pecado original. A capacidade de crer, a capacidade de decidir ( o juízo moral ) e também o juízo de realidade se perderam por completo. O homem é inteiramente escravo do pecado e só alcança algum entendimento do bem, pela graça de Deus; afirmação rejeitada pela Igreja Católica.

A doutrina católica afirma que o conhecimento sobrenatural foi corrompido pelo pecado original e necessita da graça divina, mas afirma que a razão, ainda que sujeita ao erro, está apta a conhecer a realidade natural pela observação e pela abstração, e a realidade sobrenatural por analogia em face da realidade criada ( Cfr. Concílio Vaticano I )

O conhecimento passa por vários graus de abstração cujo objetivo último é conhecer a imaterialidade. No estágio em que se considera as coisas independentes do seu valor material, chega-se ao objeto metafísico, que é puramente espiritual.

A fé e o livre-arbitrio não foram corrompidos e podem ser exercitados, mesmo por aqueles que não receberam a graça justificadora do Batismo ( definições dogmáticas do Concílio Tridentino ).

A Igreja defende a harmonia entre a fé e a razão. A razão deve conduzir à fé ; e a fé esclarecida não é inimiga da razão.

A fé pode ser definida como a virtude presente em nossas almas que nos permite aderir intelectualmente à mensagem sobrenatural revelada, abrindo a nossa mente para descobrir a presença operante da providência divina na realidade criada.

Podemos ler na Encíclica " Fé e Razão " do Papa João Paulo II a confirmação das nossas reflexões : " Do que ficou dito conclui-se que o homem se encontra num caminho de busca, humanamente infindável: busca da verdade e busca duma pessoa em quem poder confiar. A fé cristã vem em sua ajuda, dando-lhe a possibilidade concreta de ver realizado o objetivo dessa busca. De fato, superando o nível da simples crença, ela introduz o homem naquela ordem da graça que lhe consente participar no mistério de Cristo, onde lhe é oferecido o conhecimento verdadeiro e coerente de Deus Uno e Trino. Deste modo, em Jesus Cristo, que é a Verdade, a fé reconhece o apelo último dirigido à humanidade, para que possa tornar realidade o que experimenta como desejo e nostalgia.

Esta verdade que Deus nos revela em Jesus Cristo, não está em contraste com as verdades que se alcançam filosofando. Pelo contrário, as duas ordens de conhecimento conduzem à verdade na sua plenitude. A unidade da verdade já é um postulado fundamental da razão humana, expresso no princípio de não-contradição. A Revelação dá a certeza desta unidade, ao mostrar que Deus criador é também o Deus da história da salvação. O Deus que fundamenta e garante o caráter inteligível e racional da ordem natural das coisas, sobre o qual os cientistas se apóiam confiadamente, é o mesmo que Se revela como Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Esta unidade da verdade, natural e revelada, encontra a sua identificação viva e pessoal em Cristo, como recorda o apóstolo Paulo: "A verdade que existe em Jesus" (Ef 4,21; cf. Col 1,15-20). Ele é a Palavra eterna, na qual tudo foi criado, e ao mesmo tempo é a Palavra encarnada que, com toda a sua pessoa30, revela o Pai (cf. Jo 1,14.18). Aquilo que a razão humana procura "sem o conhecer" (cf. At 17, 23), só pode ser encontrado por meio de Cristo: de fato, o que n'Ele se revela é a "verdade plena" (cf. Jo 1,14-16) de todo o ser que, n'Ele e por Ele, foi criado e, por isso mesmo, n'Ele encontra a sua realização (cf. Col 1,17)"

O Santo Padre demonstra claramente a compatibilidade entre o conhecimento racional do mundo e do homem e a verdade sobrenatural revelada, e , principalmente, expõe a necessidade dessa compatibilidade, pela própria concepção da verdade plena, entendida como " una " ; não-contraditória.

O Deus que criou o mundo e as leis que o regem, é o mesmo Deus que Se revelou aos homens no Antigo Testamento e na Pessoa maravilhosa do Cristo. Deus que não apenas Se revela aos homens na história, como também e fundamentalmente opera a regeneração espiritual da humanidade em Cristo. A regeneração espiritual é também uma regeneração intelectual.

O homem está apto a conhecer algo novo sobre Deus e a crescer nessa relação , que se processa no seu próprio ser em comunhão espiritual com Deus e com toda a Igreja.

Para concluir, podemos reafirmar que o fato de a fé transcender a razão, não significa que ela seja adversária da razão -- como afirmam os agnósticos -- significa, sim, que a razão ainda não alcança aquilo que Deus deseja manter como mistério , mas que será revelado à inteligência humana no Dia do Juízo.

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" Conheceis a verdade e a verdade vos libertará " João 8:32

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" O ceticismo é a fé das almas fracas ! "

Louis Bonald

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TEXTOS

TEOLOGIA RACIONAL , EVOLUCIONISMO E COSMOLOGIA

COSMOLOGIA

DOUTORES E SANTOS DA IGREJA

DOUTORES DA IGREJA CATÓLICA

QUESTÕES TEOLÓGICAS , COSMOLÓGICAS E ÉTICAS

AS CINCO VIAS PARA A DEMONSTRAÇÃO RACIONAL DA EXISTÊNCIA DE DEUS

POR QUE JESUS NÃO ENSINOU CIÊNCIA NATURAL ?

POR QUE DEUS FEZ UM MUNDO CHEIO DE SOFRIMENTO ?

TEOLOGIA SISTEMÁTICA ( DOGMÁTICA E MORAL ) , TEOLOGIA POSITIVA E TEOLOGIA PRÁTICA

A LEI MORAL NATURAL : PAPA JOÃO PAULO II , SANTO AGOSTINHO E S. TOMÁS DE AQUINO

REVELAÇÃO PÚBLICA E PRIVADA - ASSISTÊNCIA E INSPIRAÇÃO DIVINAS

BERNARDO DE CLARAVAL

TOM JOBIM E SÃO TOMÁS DE AQUINO - A GLÓRIA DO ARTISTA

ESCOLÁSTICA EM PORTUGAL , FREI JOÃO DE SAO TOMÁS

SANTO ALBERTO MAGNO

EXPLICANDO A SANTÍSSIMA TRINDADE

A PESSOA DIVINA DE CRISTO

LIBERDADE RELIGIOSA E RELIGIÃO IMANENTE

A DOUTRINA CRISTÃ , O HINDUÍSMO E O BUDISMO

ENTENDENDO DONOSO CORTÊS

SÃO BOAVENTURA E SÃO TOMÁS DE AQUINO

JACQUES MARITAIN

ENCÍCLICA " FÉ E RAZÃO " DO PAPA JOÃO PAULO II

O PAPA FALA SOBRE AS ORIGENS DO MAL

CRIAÇÃO , O PRIMEIRO EFEITO DA POTÊNCIA DIVINA

PARTICIPAR DA GRAÇA DIVINA

HERESIAS I

A REAL PRESENÇA EUCARÍSTICA

ESCOLÁSTICA

HERESIAS II

A QUEDA ORIGINAL E O CONHECIMENTO

A SUMA TEOLÓGICA (dois cliques)

A SUMA TEOLÓGICA

ERROS APONTADOS PELO DOCUMENTO SYLLABUS

MITO , CIÊNCIA E RELIGIÃO

São Tomás de Aquino

Em 1º de Março de 1318 , o Papa João XXII ao iniciar o processo de canonização declara solenemente : " Tomás iluminou a Igreja mais que todos os outros doutores. Sua doutrina só pode provir de um ato milagroso de Deus". Com o processo finalizado em 14 de julho de 1323 ; o Doutor Comum foi canonizado por João XXII em Avignon , com a Bula ' Redemptionem Misit Dominus ' de 18 de julho desse mesmo ano , apenas 50 anos depois de sua morte.

Redação do site Doutrina Católica