Novela - Cobrase Lagartos

Um mestre em Pé na Jaca!

Chico Anysio grava suas primeiras cenas como Cigano

“Mestre, você vai entrar de lá e parar aqui, tá?”, explicava o diretor Marco Rodrigo. Mestre é a palavra correta para Chico Anysio, que agora empresta seu talento para Cigano, o dono do parquinho que Arthur quer expulsar de suas terras.

Chico, grande humorista, conta que apesar de fazer uma novela cômica, seu personagem exige uma certa seriedade. “Eu acho que o Cigano é sério. Tenho que representar a sério para que ele tenha a graça que está inserida na situação”, explica. Ele diz ainda que nunca fez uma novela de Carlos Lombardi está achando o texto ótimo e a direção excelente. A recíproca, ao que parece, é mais que verdadeira. “É uma honra e um privilégio dirigir o Chico Anysio!”, exclama o diretor Ary Coslov, entre uma cena e outra.

Experiente e criativo!
Com um currículo tão extenso e uma mente tão criativa, Chico não consegue se conter: “Ary, ao invés de segurar a laranja que ele vai jogar pra mim, posso cabecear?”, pergunta com todo o cuidado ao diretor que acha a idéia ótima, mas teme que a fruta o machuque. “Não tem problema! A laranja não é problema!”, falava feliz em contribuir.

Marcos Pasquim, que gravava a cena com ele, ficou igualmente admirado. “Quando terminou a cena fui falar pra ele que é um prazer enorme contracenar com ele. O cara tem mais tempo de televisão do que eu de idade. Ele é fantástico! Simplesmente uma emoção que não dá pra descrever... Chico é espetacular!”

Entrevista: Cléo Pires

Bem-humorada, porém, sarcástica. Saiba mais sobre a intérprete de Letícia!

Ao contrário da atirada Letícia, que não tem papas na língua, Cléo Pires tem muito a nos revelar. Afinal, quem poderia imaginar que por trás daquele sorrisão contagiante e bem-humorado existe um quê de sarcasmo? Essas são apenas algumas das diversas facetas da personalidade da intérprete da filha de Otaviano e Celina. Na entrevista abaixo, ela se coloca no universo da personagem, fala sobre o glamour da carreira de atriz e dá uma palhinha de certas características pessoais. Confira

A Letícia foi sempre uma que sacou a maldade do pai, do irmão e até das más intenções Foguinho com a Bel. Na vida real, você também tem esse tipo de feeling? Ou faz mais o estilo da Bel, que acredita em todo mundo, até que provem o contrário.
Ninguém é totalmente uma coisa só. Tem gente que sinto de longe o cheiro de que não presta. Mas, às vezes, não. E também, nunca alguém se aproximou de mim e foi do tipo lobo em pele de cordeiro. Não que eu saiba, pelo menos. De repente, o lobo está aí perto de mim e ainda não percebi!

A Letícia adora uma aventura. Você também faz o estilo esportes radicais?
Não faço não. Gosto de dança, de correr na praia, viajar, nadar... Gosto de tudo um pouco, mas não sou aficionada por esportes radicais.

Na carreira de atriz, a beleza já lhe atrapalhou, ou só lhe ajudou?
Nunca me atrapalhou. Mas não sei se ajudou porque ninguém nunca falou: ‘Olha, você vai fazer esse papel porque é bonita’. Acho que é um conjunto de coisas que dão certo.

De todos os glamoures que a vida de uma atriz pode ter, de qual você jamais gostaria de abrir mão?
Sou muito tranqüila. Acho que a vida se encarrega de trazer ou levar as coisas. Não sou eu quem tem que abrir mão de nada. Sempre fui muito feliz antes de ser atriz e sendo atriz. Então, não tenho problema de abrir mão de nada. Mas amo tudo o que tenho. Trabalhar com isso é a coisa de que mais gosto.

Qual dessas características define melhor alguns dos traços da sua personalidade?

Bem-humorada ou impaciente?
Bem-humorada.

Sarcástica ou ingênua?
Sarcástica (risos).

Dócil ou agressiva?
Dócil.

Personalidade forte ou flexível?
Adaptável...

Romântica ou prática?
Prática.

Sensual ou desencanada?
Desencanada.

O mundo é dos loiros!

Atores descolorem os cabelos e usam perucas para obedecer Leona

Depois de assumir a presidência da Luxus, Leona literalmente perdeu a noção da realidade! Dentre outras loucuras, exigiu que todos os funcionários da loja pintassem o cabelo de loiro, para ficarem parecidos com ela. Para cumprir as ordens da excelentíssima, todos os figurantes e elenco de apoio pintaram de verdade as madeixas. Já os atores optaram entre usar peruca ou descolorir o cabelo.

Tudo pela arte
Ailton Graça, o Ramires, foi um dos corajosos que resolveram mudar radicalmente o visual, clareando os cabelos. Para o ator, porém, este sacrifício não foi nada comparado com algumas transformações que teve que sofrer para interpretar outros personagens em sua carreira. "Quando era do circo, tinha que me depilar, porque lá não podia ter pêlos", lembra Ailton. "Ah, e uma vez, quando tinha um cabelo enorme, tipo black power, tive que alisá-lo para um personagem de teatro, que era um andrógeno", ele explica.

Maria Maya optou por usar uma peruca pra lá de esdrúxula: "Como a Sandrinha é uma ‘fashionista’, criamos uma peruca com dreads loiros, bem diferente!", observa Maria. A atriz também já optou por algumas mudanças bem radicais para interpretar diferentes personagens: raspou as sobrancelhas para viver uma índia e teve que malhar para interpretar uma passista de escola de samba.

Outra que preferiu usar uma peruca foi Elisângela, mas apenas porque a novela já está no fim. "A primeira vez que mudei radicalmente meu cabelo foi por uma sugestão do próprio Wolf Maya, em outro trabalho. Gostei tanto que até hoje não consegui parar de mudar meu visual", conta a intérprete de Shirley.

Final trágico para a loira
Sobre os mandos e desmandos de Leona, o elenco é unânime em concluir que a loiríssima está mesmo com um parafuso a menos. "Acho que o João Emanuel teve uma sacada muito genial de transformá-la naquela vilã que prova do próprio veneno. Mas é claro que, como a novela é uma obra aberta, isso tudo pode ser uma grande mentira. Porém, acho bem interessante esse desfecho de ela ir pirando, surtando mesmo!", declara Maria Maya.

Será que o excesso de tintura nos cabelos atingiu o cérebro da vilã?!

Fiéis escudeiros

Um papo com os mordomos da mansão de Omar

Muitos já passaram pela mansão de Omar, mas os mordomos continuam lá, firmes e fortes, a serviço de seus patrões! Eles agüentam desaforos, esquisitices, mandos e desmandos e, é claro, dão boas risadas também, afinal, ninguém é de ferro! Os intérpretes dos empregados nos contam aqui como foi participar da novela e são uníssonos em afirmar: "Foi muito gratificante trabalhar na mansão!"

Participação Miguel Nader: "Costumo dizer que tivemos muita sorte, porque todo mundo passou por essa mansão. Todos os atores me surpreenderam muito no que diz respeito ao companheirismo e a simplicidade com a gente."

Fernando Diamantino: "A novela vai deixar saudades..."

Aprendizado

Miguel Nader: "Cheguei aqui com a cabeça raspada e o Wolf (Maya, diretor de núcleo da novela) me disse que eu ia fazer o segurança da Ellen, mas que seria legal dar uma particularidade ao personagem. Ele sugeriu que o Cardoso desse uma desmunhecada de leve, quando ficasse nervoso. Isso foi muito bom, porque me permitiu brincar em cena!"

Fernando Diamantino: "Ao mesmo tempo em que foi um trabalho, foi um aprendizado muito grande. Cheguei já contracenando com grandes atores, como Francisco Cuoco e Milton Gonçalves, que me ensinaram muita coisa. No geral, todos foram muito generosos, porque a gente entra na cena deles e eles abrem espaço para a gente, nos dando toques importantes."

Renato Alexandre: "Também aprendi bastante só de observar o trabalho desses atores que passaram por aqui."

Relação patrão e empregado Miguel Nader: "Tive duas babás, que são muito importantes para mim, tamanho o carinho que elas sempre tiveram comigo. Acredito que o Cardoso é verdadeiro nos seus sentimentos, mas, antes de tudo, ele é profissional e, por isso, ele está ao lado de quem está no comando. Mas com a Ellen ele se apegou mais. Eu acho até que ele nutre uma paixãozinha por ela."

Fernando Diamantino: "Eu, por exemplo, fui apaixonado por uma empregada da minha infância..."

Renato Alexandre: "No meu caso, não tenho empregada, mas acho possível ter um bom relacionamento, sim. A Ellen, por exemplo, tem esse jeito tirânico, mas no fundo é uma boa pessoa!"

Quem matou Estevão?

Veja a opinião dos atores!

Fale a verdade: você tá doido para saber quem matou o vilão da novela, não é mesmo? Pois saiba de uma coisa: todos nós estamos! O autor da trama, João Emanuel Carneiro, fez questão de manter o mistério, inclusive entre os atores! Por isso, fizemos um bolão com alguns deles e você confere o resultado a seguir

Henri Castelli: "Eu acho que foi a Celina por dois motivos: ela assistiu a tudo que ele fez, sofreu muitas coisas na pele e por ela ser também uma pessoa que nunca ninguém suspeitaria, pelo seu notável equilíbrio."

Mariana Ximenes: "Prefiro não apontar ninguém, afinal, todos têm motivo. O João Emanuel vai surpreender!"

Carolina Dieckmann: "Eu acho que foi a Silvana, porque é uma pessoa insuspeita e também tem motivo, já que o Estevão sumiu com o Duda. A Leona não mataria porque a vida dela com o Estevão sempre foi de traição e não seria agora que ela faria isso."

Lázaro Ramos: "Eu tenho duas opiniões: ou foi o Otaviano, porque ele acha que tudo de ruim que está acontecendo com ele é por causa do Estevão ou foi o gato Menezes (o gatinho do Sushi), que foi muito maltratado por ele (risos)."

Taís Araújo: "Eu acho que foi a Valquíria. Todo mundo tem uma razão para querer matá-lo, porque ele era o ó."

Carmo Dalla Vecchia: "Em minha opinião foi a Júlia, em prol da felicidade da família. A Júlia tem um temperamento esquizóide (pessoas quietinhas, que vivem num mundo quase particular) que quando apronta é da pá virada. E eu, como bom leitor de Agatha Christie, acho que o culpado é sempre aquele menos indicado."

Cléo Pires: "A Júlia. Eu sou meio maria vai com as outras... O Carmo disse que é a Júlia e eu concordei, já que a Júlia pode ser daquelas pessoas que quando piram são capazes de tudo..."

Ricardo Pavão (delegado): "Ele é um vilão clássico, que todos querem matar, até eu (risos). Prefiro não arriscar nenhum palpite, porque há muitos suspeitos."

Estranho amor

A atriz Bianca Comparato fala sobre a enfermeira Rosimary

Quem vê o rosto meigo e o sorriso delicado de Bianca Comparato, a enfermeira Rosimary, logo pensa que sua personagem é uma fofa, mas a história não é bem assim... Está certo que a enfermeira do interior tem cuidado de Duda com todo o carinho do mundo, mas é exatamente aí que mora o perigo...

A atriz, que despontou na TV como a Maria João, da novela “Belíssima”, nos contou que espera ficar até o fim da trama e torce para que sua personagem supere esse louco amor por Duda e encontre um novo amor. Não entendeu o que ela quis dizer com "louco amor"? Então acompanhe o papo que tivemos com a atriz, que você vai entender tudinho!

Convite
"Estava me dedicando à faculdade de cinema, quando recebi o convite. O Wolf gostou do meu trabalho em Belíssima e a produtora de elenco Marta Andrade acreditou em mim e achou que a gente podia fazer algo diferente. Deu um pouquinho de medo, mas fiquei muito contente de entrar numa novela em que eu adoro. Ela consegue atingir todas as faixas etárias com muito humor, drama, suspense e sem perder o ritmo."

A inspiração para o personagem
"Quando recebi as primeiras cenas, não sabia até que ponto iria essa loucura da Rosimary, já que ela estabelece uma relação com uma pessoa que está em coma. Então, assisti a alguns filmes como Paciente Inglês e Fale com Ela, que retrata o estranho relacionamento de um enfermeiro com uma paciente em coma. Depois disso, conclui que eu não precisava fazer uma louca de carteirinha, e sim uma mulher comum que desenvolve uma paixão fora dos padrões da normalidade."

O futuro de Rosimary
"Não sei se fico até o final. Pela personagem, gostaria que ela ficasse com o Duda, apesar de não ser um amor muito saudável. Então, eu torço para que ele fique com a Bel e a Rosi encontre alguém bacana."

A graça do figurino

Quem pensa que as roupas dos personagens de uma novela só servem para lançar moda, está muito enganado. Elas também servem para fazer graça! Afinal, o que seria de Marilene desfilando por sua mansão com um roupão sério, cinza e bem comportado no lugar do seu chamativo roupão rosa-choque? E a Sandrinha sem aqueles ridículos pompons na cabeça? Já imaginou então a Shirley de pretinho básico? Não dá nem pra imaginar, não é? Por isso, conversamos com as figurinistas Beth Filipeck e Renata Gadelha, que nos contaram tudo sobre o processo de criação do figurino dos personagens cômicos da novela.

Marilene – decotes, dourado e muito pink
Marilene usa e abusa de roupas decotadas, com explosão de dourado e “pink”. Para compor sua fase de nova rica, as figurinistas se inspiraram em novos ricos e alpinistas sociais da vida real. As peças-chave de seu guarda-roupa são as minissaias e os casaquinhos.

Shirley – casaco de peles e estampas de bicho
Shirley, cujo visual também foi inspirado nas novas ricas e alpinistas sociais, é o estereótipo da perua com muito dourado e estampas de bichos, como oncinha. Suas peças-chave são blusas transparentes e muitos, muitos casacos de pele.

Ramires – malandro do subúrbio
Já as roupas de Ramires têm cores escuras e muitas listras, numa tentativa de passar a informação de seriedade. As figurinistas revelam que a inspiração para a composição de seu figurino é nos malandros do subúrbio. No seu armário, muitos blusões de listras e a indefectível carteira de couro.

Sandrinha – inspiração na história em quadrinhos
As roupas de Sandrinha são criativas e inusitadas, feitas com materiais como vinil e plástico. Seu figurino recebe influência dos Mangás (histórias em quadrinhos japoneses) e dos fruits (moda dos adolescentes japoneses que se vestem como bonecas, fazendo sobreposições de peças). No guarda-roupa da personagem metida a estilista, há muitos acessórios como pompons e sandálias plataforma.

Tomás – roupas que fogem do básico
Beth Filipeck e Renata Gadelha se inspiraram no jogador de futebol David Beckham para compor o guarda-roupa de Tomás. Por isso, ele tem influência da moda européia, mais ousada, com peças que beiram o feminino.

Milu – elegância dos anos 70 e 80
Ao pensar o figurino de Milu, as figurinistas Beth e Renata se inspiraram nas mulheres elegantes e badaladas das décadas de 70 e 80, que freqüentavam boates da alta sociedade carioca e figuravam nas colunas sociais. A Milu se veste assim, pois era rica nesta época e depois perdeu tudo. As peças-chave de seu figurino são tailleurs e blusões floridos.

O dia das crianças

Filhos de Ellen e Foguinho fazem sucesso no estúdio!

“Gente, essas crianças são uns anjinhos”, disse Taís Araújo, ao terminar a gravação de uma cena de Ellen, Foguinho e seus quadrigêmeos. Os meninos, todos na faixa de 1 ano e meio, fizeram uma bagunça daquelas! Mas sem sair do que estava previsto no roteiro, o que não é nenhum pouco fácil quando se trata de gravar com crianças...

Entrosamento entre pais e filhos
Mas com esses pimpolhos, a produção nem teve trabalho! Tanto que a gravação fluiu tranqüilamente, sem precisar ficar parando toda hora, para ajeitar uma coisinha ou outra. A produção de arte fez a sua parte, espalhando brinquedinhos pela sala da mansão onde foram gravadas as cenas. E os atores Lázaro Ramos e Taís Araújo conseguiram interagir com a meninada muito bem, especialmente Lázaro: “O Lázaro tirou de letra. As crianças adoraram ele”, opinou o assistente de direção, Emerson Muzzeli.

A identificação entre o ator e os bebês era realmente visível. Lázaro já chegou no estúdio falando maravilhas sobre seu mais novo parceiro de cena, o menino Gabriel (na trama, ele é o bebê Nero). E não é pra menos. Gabriel chegou a chamar Foguinho de pai e imitava tudo que o personagem fazia. “Essas crianças são ótimas. O legal é que elas se divertem. Parecem que estão num parque de diversões”, disse Lázaro, encantado.

Jogo de cintura e improviso
O improviso também deu o tom das cenas. Como não dava para marcar as posições dos atores, o diretor de núcleo Wolf Maia deixou o elenco à vontade para improvisar, tanto no texto, como no posicionamento diante das câmaras. Taís Araújo e Carolina Dieckmann mudaram suas falas só para se adequarem à reação de Flavio (que vive o bebê Danielzinho). Afinal, não dava pra contar com o que tinha sido ensaiado.