Flávia Alessandra achou até que algumas pessoas diriam que o castigo de Cristina – a morte como conseqüência de um incêndio devastador, por ela provocado – seria pouco para tantas malvadezas cometidas pela diaba. Que nada! Foi assustador, sobretudo pelo que veio depois. Sombras malignas, misteriosas, saindo das profundezas do além vieram buscar a alma da pecadora. Nada pior que o castigo divino.
Agora, o resultado do que vimos jamais seria tão bom não fosse o conjunto de duas coisas: o talento da direção e dos técnicos, a emoção da atriz.
Na gravação, realizada na última segunda-feira, 06 de março, no galpão de efeitos especiais do Projac havia uma energia pairando no ar. Era a última cena que Flávia gravaria, a despedida oficial de um papel magnífico depois de mais de um ano de convivência. E era quase um show. Um espetáculo cuja platéia, além de vários técnicos, diretores, integrantes do elenco, tinha ninguém menos que o próprio autor. Ele mesmo maravilhado com o desempenho da atriz.
O desespero no olhar de Cristina havia muito do próprio sentimento de Flávia naquele momento. A cada parada, podíamos notar o quanto ela estava emocionada. Chorava compulsivamente toda vez que saía de cena, abraçava o diretor, os produtores. Estava sob uma carga emocional enorme e, afinal, também era uma despedida.
Mas o show tinha que acabar e para isso os técnicos trabalhavam: dublês, produtores de efeitos especiais, câmeras, contra-regras, gente que foi brindada com momentos de extrema emoção.
Cristina certamente vai entrar no rol das grandes vilãs da dramaturgia e a cena do seu fim idem. Confiram as fotos!
Alma Gêmea teve um leque enorme de intenções, cores e caminhos
Antes da estréia, Jorge Fernando disse que dedicaria Alma Gêmea a seus dois diretores, Pedro Vasconcelos e Fred Mayrink, com quem trabalha há alguns anos. Dois grandes talentos, atores que enveredaram pelo caminho da direção da mesma forma que o próprio Jorginho e que agora ganhavam mais um senhor voto de confiança. Com o fim da novela podemos constatar: o mestre não estava enganado. Pedro e Fred levaram os 227 capítulos de forma magistral, tanto quanto o faria o diretor de núcleo
Aqui nesta entrevista, Fred fala como foi trabalhar no projeto Alma Gêmea.
Saudades
“Acho que Alma Gêmea foi um grande trabalho, um trabalho feliz, onde todas as pessoas conseguiram realizar aquilo que esperavam. Acho que certamente vai deixar saudades e muitos amigos”.
Confiança
“Foi uma oportunidade sem igual. O Jorginho depositou uma confiança e possibilitou que nós realizássemos cenas e seqüências importantíssimas da novela. Ele nos colocou à prova no sentido de podermos avaliar em que nível estávamos de trabalho e isso foi fantástico. Foi um presente do Jorginho que nos deu grandes momentos na novela para fazer, pedaços importantes da história que tivemos a chance de realizar. Isso demonstra um desapego da parte dele. E foi mais um passo dentro da nossa carreira, da minha e do Pedro, um grande exercício”.
O autor
“O Walcyr nos propiciou um trabalho extremamente prazeroso. Um texto maravilhoso, uma história que tem intriga, amor, momentos de delicadeza, momentos de ira. É um texto extremamente rico, em alguns momentos realista e em outros à moda das fábulas, onde tudo pode acontecer, saindo completamente do realismo. Você tem um leque enorme de intenções, de cores, de caminhos. Isso também foi um grande presente”.
Respeito
“Acho que o respeito que houve por parte de todas as pessoas envolvidas no trabalho em Alma Gêmea imprime na tela. Acredito que foi fundamental para esse resultado. É o que faz a diferença em qualquer trabalho”.
Lição
“O segredo é não ter pressa de chegar a lugar nenhum. O que não se pode é retroceder. Cada trabalho tem de ser melhor que o anterior. Você não pode errar nas coisas que você errou. A descoberta é constante e infinita. Nunca chegamos ao ponto de dizer: sei tudo. No máximo, você pode dizer: nisso aqui eu não erro mais”.
Que pena! Acabou!
Muita emoção na última gravação no estúdio Alma Gêmea
Um clima de muita emoção e despedida tomou conta do estúdio B na CGP. Tudo isso porque era o último dia de gravação. Elenco, câmeras, contra-regras, equipe de produção, enfim, todos os envolvidos no sucesso que está, infelizmente, na última semana, estavam comovidos com o clima de despedida no ar.
O diretor de núcleo, Jorge Fernando, entre uma cena e outra, agradeceu a todo o elenco e equipe por tudo. Parabenizou o esforço de cada um e disse: “Vocês foram nota 10! De todos os meus trabalhos, esse foi o que consegui chegar mais perto do ideal. Tenho muito para aprender e melhorar. Obrigado do fundo do coração e um beijão a todos”.
Depois das palavras emocionadas, lágrimas tomaram conta dos rostos de alguns. Abraços, beijos, elogios e, claro, muita saudade e lembranças maravilhosas estarão para sempre na memória de cada um que contribui para esse maravilhoso trabalho.
Confira a galeria de fotos!
Não existe quem não queira encontrar sua alma gêmea
Taí outra atriz que se destacou muito em Alma Gêmea. Nívea Stelmann entrou com a novela já adiantada, como a esposa que o Eduardo rejeitou. Veio para fazer uma esquizofrênica, mas seu papel cresceu. Descobriu que sua Alexandra sofria com o assédio dos espíritos obsessores. Médium espontânea, não desenvolvida, passou por louca até ser recuperada pelo incrível doutor Julian. Recuperou também a auto-estima e consequentemente, o amor do marido. Foi presenteada com um filho no final.
Aqui nesta entrevista, Nívea nos conta um pouco de como foi fazer Alma Gêmea.
Saudades
Estou morrendo de saudade de todo mundo. O elenco é muito bom, toda a galera, a produção...A gente ficou muito amigo. Foi uma novela muito família, muito gostosa. E é muito bom trabalhar em sucesso, né? O astral era muito gostoso.
Sucesso
Acho que o sucesso foi graças a todos. Houve uma dedicação geral. Todos queriam que isso acontecesse e aconteceu. O astral da direção foi também muito importante. Fez com que viéssemos trabalhar feliz. Quando você sente prazer, tudo é melhor.
A história
Alma Gêmea é uma história linda, com a qual todo mundo se identificou. Não existe no mundo quem não queira encontrar sua alma gêmea, ou viver mais uma vida, ou ainda se redimir das coisas que fez errado.
Alexandra
Assisti ao primeiro capítulo e liguei para o Jorge para desejar boa sorte. Foi quando ele me disse que eu iria entrar na novela, mas não me disse o que era. Comecei a assistir em casa, mas não imaginava o que era. Depois descobri que faria a esposa do Eduardo, e que ela seria uma esquizofrênica. Fiz toda uma pesquisa em cima da esquizofrenia, só que na cabeça do Walcyr já estava previsto que ela teria um obsessor, que ela seria uma médium que não sabia lidar com esse fenômeno. Foi muito bom porque tive a oportunidade de fazer dois laboratórios numa novela só. Conheci muita coisa legal.
Espiritualismo
Minha religião é católica de formação, mas sempre li coisas de Chico Xavier, que achava bonito e acreditava um pouco. Mas depois que conheci a fundo a religião espírita, eu achei linda. É uma questão de justiça a gente poder voltar de novo, saber que não há fim.
Interpretação
Estudei muito, pesquisei, porque Alexandra era uma personagem de muita responsabilidade, que precisava ser feito com muita sutileza, algo que se tem de fazer acreditando, pois senão fica falso. Graças a Deus deu certo. Foi um desafio.
Final
Foi um final pelo qual todos torciam. Torciam não para que ela se curasse, pois ela nunca foi louca, mas para que ela pudesse administrar isso, esse dom. Ela continua a ouvir vozes, sentindo a presença dos espíritos, mas a diferença é que agora ela sabe administrar, sabe lidar com isso de uma maneira positiva, podendo inclusive ajudar aos outros.
Planos
Vou fazer uma peça, “Êxtase”, também texto de Walcyr Carrasco. É a história de duas drogadas, um tema superdifícil, mais um desafio para minha carreira. Estou estudando muito. A direção é da Rosane Gofman e divido o palco com a Sâmara Fillipo. Vai ser muito polêmico.
Flávia Alessandra – entrevista
Cristina é sarcástica, sensual, debochada...E tem humor
Lembram-se daquela menina que sempre fazia papéis de boazinha, de moça recatada, dócil, que invariavelmente se casava com o galã no final? Pois pegue aquelas lembranças todas e guarde-as bem guardadas no fundo da gaveta. Flávia Alessandra hoje é outra. Mais madura, mais mulher, mais atriz – mais tudo. Você, eu, o amigo ao lado, o Brasil inteiro temos de concordar: – ela simplesmente arrasou nessa novela. Uma atuação magistral para um personagem idem. Palmas para ela!
Aqui nessa entrevista, ela faz um balanço sobre como foi fazer Alma Gêmea, o melhor papel da sua vida. Confira!
Saudade
Saudades? Bem eu já dizia estar com saudades há uns meses, antes de acabarem as gravações. E digo: se tivesse uns dez dias de descanso, retomava o trabalho numa boa e estaria pronta para continuar por meses e meses afora. Esse na novela tem um astral muito bom.
Sucesso
Ë uma via de mão dupla. O astral trouxe o sucesso, e o sucesso continuou a trazer o astral. Acho que são duas coisas na balança que acabam se revezando.
Autor
O Walcyr... Ele não pára. É impressionante... Toda semana a gente achava que a novela ia acabar. Dizíamos: – “Caramba! Ele revelou isso!”. Mas aí, ele dava uma virada, e a novela tomava um outro rumo e um novo fôlego. Sempre acontecia alguma coisa nova.
Integração
Alma Gêmea é fruto de um cuidado todo especial que o Jorginho e sua equipe têm. Tudo aqui é muito integrado. Tudo, nos mínimos detalhes, era muito bem cuidado. Cabelo, maquiagem, figurino, produção de arte, texto, direção... O somatório disso tudo e mais um elenco muito afinado não podia dar noutra coisa: sucesso, sucesso, sucesso!
Novela de época
Quando optaram para que Alma Gêmea fosse uma novela de época, um dos motivos alegados era que justificaria a ingenuidade de alguns personagens e malvadeza de outros. Hoje, com toda a tecnologia, com todo o modernismo que se tem, as maldades poderiam acabar pesando para o horário.
Mensagem
Alma Gêmea não teve apelação, não teve barra pesada. É uma novela que criança assiste, que as mães deixam assistir sem problemas, porque é uma novela pura. E traz mensagens bonitas. Acho importante que a novela tenha passado mensagens importantes, do irmão, do amor no coração... Porque a gente só ouve barbaridade, tragédia. Quando vem uma mensagem iluminada, bonita, com astral para cima, é importante que isso entre na gente.
Cristina
Cristina é muito recheada, muito sedutora. O Walcyr escreveu as cenas para ela de uma forma muito especial. Ela não é linear. Tem humor, é sarcástica, é sensual, debochada...É de tudo um pouco. E é esse colorido tão grande dela que dá esse encantamento todo. A Cristina é danada!
Colegas de trabalho
Já tinha contracenado com a Aninha (Lucia Torre). Tínhamos feito a Indomada juntas, onde ela fazia a minha mãe também. Mas ali não tínhamos tanta troca de bola. A Ana é estudiosa. A gente batia muito as cenas antes, arredondava mais ainda. Na velocidade em que a gente grava, no pique que precisamos ter, temos que chegar aqui com tudo meio pronto. Senão, não dá tempo. Não há tempo para dar nuance especial para cada cena. Fiz muito isso também com a Priscila, e com o Du Moscovis, com o qual trabalhei pela primeira vez. Agora fiz esse bate bola com o Thiago Luciano, trocamos muito.
Final da Cristina
Acho que todos vão gostar. Podem até achar que ela deveria ter sofrido mais... Mas o que vem depois, sofrimento maior não existe. Acho que vai ser um belo final, melhor do que previam. A justiça divina é a grande justiça. Temos que acreditar nisso. Tem que existir algo como ‘aqui se faz, aqui se paga’. É esse o final da novela.
O amor é mais amplo que tudo
Michel Bercovitch analisa a novela e se despede
O sucesso
“Já estou com uma nostalgia profunda. É a primeira novela que faço e já estou falando que é a melhor que já fiz. Mesmo que venha fazer outra ou não. Sinto saudade, sim. Muitos amigos a gente fez por aqui, fora o sucesso. Reencontrei velhos amigos também. O Ciro foi uma surpresa pra mim. Naturalmente que eu esperava que ele crescesse, mas a forma como acabou se desenvolvendo foi uma grata surpresa pra mim. Acho que o sucesso da novela também garantiu isso. A novela aumentou, deu mais espaço para todos. E não só para o Ciro, como também para todos os outros personagens. O Walcyr Carrasco conseguiu contar a história de todos. Acho isso bacana e é mais uma qualidade do autor. Ele consegue distribuir bem as histórias e acho que isso prende o público também”.
A moral
“Se há uma moral dessa história, acho que é a de que a vida segue, independente da gente continuar ou não. A vida segue sempre. A gente parte, mas a vida continua”.
Um pouco de tudo
“Acho que o importante do sucesso dessa novela é o fato dela ter um pouco de tudo: literatura, compaixão, amor, religiosidade...E pelo fato dela não precisar apelar. Tem o drama, tem tragédia, tem muitas coisas acontecendo, mas ela não apela para o fácil. Ela segue o caminho menos óbvio, lida com sentimentos diferentes sem apelação. E tem uma grande audiência. O público pode querer outras coisas, e então a diversidade da novela é muito interessante nesse sentido”.
O detetive
"O final do Ciro foi bem legal. É difícil o papel de detetive numa novela. É ingrato, porque ele não pode descobrir as coisas. Mas acho que até isso o Walcyr conseguiu dosar. O Ciro foi um detetive que conseguiu continuar trabalhando. Tinha sempre objetivos e motivações diferentes".
O amor
"E acho que com a Agnes foi tudo bem também. Foi um exemplo. Acho que o amor não tem idade, mesmo. Ele independe de faixa etária. O amor, ele existe e está em todas as coisas: na religiosidade, no amor pelo próximo, pela família e até pelo inimigo. Essa é uma moral também. O amor independe do físico, do homem e da mulher, dessa coisa só romântica. O amor é maior, é mais amplo que tudo. Talvez aí exista uma coisa de divino, de superior. Está muito por aí a moral dessa novela".
Priscila Fantin - Entrvista
Serena me deixou mais calma
Ela foi uma heroína completa. Encarnou o bem em todas as suas instâncias e neutralizou o mal usando como arma a simplicidade, o perdão e o amor ao próximo. Conquistou o coração de Rafael e, consequentemente, do Brasil inteiro. Na pele da índia Serena, um papel de certa forma complexo de ser realizado, Priscila Fantin ganhou notoriedade e respeito como atriz. Aqui nesta entrevista ela fala o que aprendeu com a novela. Confira
Já está com saudades da novela?
"Sim, já estou com o coração apertado... E sinto mais saudades ainda do pessoal mesmo".
A que você atribui esse sucesso todo?
"Acho que é um conjunto de muitos fatores. A começar pelo clima que temos aqui nos bastidores e acho que isso passa para a tela. O Jorge Fernando sempre tenta manter um clima agradável e alegre. Outra é que o tema é muito polêmico. Outra que a novela foi muito romântica, muito sonhadora. Acho que as pessoas precisam mais disso, as pessoas não querem chegar em casa e ver mais violência do que elas já vêem, já presenciam normalmente. Acho que elas querem mais. A TV foi criada para ser a fábrica de sonhos, então, acho que Alma Gêmea trouxe de volta um pouco disso".
Gostou do final da Serena?
"Amei! Achei a coisa mais linda! E acho que vai ficar para a história, porque nunca houve nada parecido. Nunca!"
Já tinha feito um personagem mágico assim? O que vai ficar da Serena para você como lição?
"Nunca tinha feito nada parecido. Agora sobre a lição que ela me passou, eu posso afirmar que já tinha muitas coisas da Serena. Mas ela me deu mais calma, ela me ajudou a saber que no final tudo dá certo".
O contato com os índios Kadiwéu, tribo que inspirou o povo de Serena, também te trouxe algum ensinamento?
"Sim, foi ótimo. Para compor o personagem foi fundamental. E também para a minha vida. Nós que vivemos nessa sociedade capitalista nos acostumamos a banalizar muito as palavras que usamos. E as palavras têm poder. Só que a gente não se dá muita conta disso. É um “eu te amo” para lá, um “eu te amo” pra cá, todos de chamam de “amor”, disso, daquilo...E lá, os índios dão o valor que a palavra pede. Quando eles falam é uma só vez, e aquela palavra tem força e carrega todo o significado que a palavra tem. E isso ficou muito no personagem da Serena".
E contracenar com as feras como a Flávia Alessandra?
"Ela foi uma excelente antagonista, fez um excelente trabalho. Foi legal porque a Serena e a Cristina são completamente diferentes. Até o tempo da fala. Por exemplo: eu não usava maquiagem alguma. A outra é toda cheia de pancake, batom, cílios postiços, toda perua. E isso dá um contraponto legal. Acho que foi a briga do bem contra o mal mais compreensível dos últimos tempos. Todo mundo entendeu".
Você acha que essa história poderia ter sido contada nos tempos atuais?
"Acho que sim, mas talvez ela perdesse um pouco do romantismo. Ou não. Porque se fosse do jeito que é o amor deles, poderia ser até mais romântica nos dias atuais que foi naquela época, porque ninguém está mais acostumado com essas coisas hoje em dia".
Projetos para o futuro?
"Nada, por enquanto!"
Participações muito especiais
Vários mistérios no final de Alma Gêmea
Engana-se quem pensa que já sabe os finais de Alma Gêmea... A última semana da novela ainda vai revelar muitas surpresas. A começar pelas participações especiais. Nesta quinta, durante as gravações dos últimos capítulos, perguntamos a Jorge Fernando, diretor de núcleo, e a produtora de elenco Yolanda Rodrigues quem seriam os atores convidados
Jorge fez mistério, Yolanda também. Mas consentiram em adiantar um pouco para matar a curiosidade dos freqüentadores do site da novela. Vamos lá...
Louise Cardoso entra na novela como uma bonitona capaz de revirar os mais puros corações caipiras. Na verdade ela chega ao sítio como a madrinha do Crispim e da Mirna, mas com um detalhe muito especial, registrado e sacramentado em cartório. É que seu nome é Doralice. Isso mesmo, não é coincidência não. Doralice... Foi ela quem inspirou a Mirna a dar esse nome à sua pata de estimação e confidente nas horas vagas. Motivo de muito orgulho, aliás...Só não sabemos até quando!
Rodrigo Faro é outro que vai entrar na novela... O galã vai se misturar também com o povo lá do sítio. Só não me perguntem fazendo o quê. É segredo de estado! Betty Faria também vem, e já tem até data para gravar. Mas seu personagem também está envolto em mistério. Para se ter uma idéia, pouquíssimas pessoas tiveram acesso à prova de roupa da atriz.
E, por fim, um mistério absoluto – esse reservado para capítulo de sexta, o derradeiro. Mas esse nem mesmo o nome nós podemos revelar. É ver para se emocionar!
Grande festa fantasia!
Direção, equipe e parte do elenco se esbaldaram
Grande festa fantasia
Direção, equipe e parte do elenco se esbaldaram
Motivos não faltam para toda a equipe e elenco de Alma Gêmea comemorar. A novela é um sucesso total e está na reta final. Nada melhor do que uma festa, e à fantasia, para celebrar os altos índices de audiência. Por isso, depois das gravações da última sexta-feira, foram todos para uma casa de festas próxima ao Projac se entregar aos som dos tamborins e dos pandeiros.
Muita animação, alegria, alto astral e criatividade na escolha do figurino marcaram mais esse evento organizado pela produção da novela.
Um dos momentos empolgantes foi a participação da bateria da escola de samba Renascer de Jacarepaguá e sua rainha Rita Guedes. A atriz mostrou que está afinada para o carnaval e sambou muito. Depois disso, muita música, do funk ao axé, e sem hora para acabar!
A mulher-gato passou por lá. Não era avião, nem pássaro, era a bela Flávia Alessandra, fantasiada de mulher-gato. A atriz era uma das mais animadas, dançou e se divertiu muito.
A atriz se despede de Alma Gêmea no velório de Débora
Ana Lúcia Torre é uma senhora ATRIZ. Não estranhe o exagero das letras garrafais. A profissão dela a gente tem de escrever assim mesmo, com o A e todas as outras letras maiúsculas. Além de dar show de atuação como Débora – fez uma vilã impecável, que trouxe para a personagem uma dimensão que nem mesmo Walcyr Carrasco esperava que tivesse –, Ana é de um profissionalismo capaz de servir de exemplo às novas e velhas gerações. E é também de uma simplicidade cativante, o que torna o convívio com ela uma delícia.
Na rubrica da cena – ou seja, na parte do texto entre os diálogos, onde o autor faz indicações ao elenco, direção e produção sobre o que quer de cada cena – não havia uma indicação direta de que ela precisava se deitar no caixão por ocasião do seu velório. Escrevera o autor que a cena fosse gravada apenas tendo à mostra o perfil de Débora. Se quisesse, o diretor Jorge Fernando poderia usar um dublê.
Mas, não. Ana fez questão de se deitar no caixão e gravar a cena inteira. O resultado, como vocês poderão conferir, foi excelente.
Maquiada, a atriz ganhou o aspecto pálido dos mortos. E ao se deitar, com a ajuda de um contra-regra, tratou de se concentrar para não que não percebêssemos que respirava. Só não agüentou quando Olívia, ou melhor Drica Moraes, derramou confetes sobre ela. Mas aí não havia mesmo como conter o riso: o estúdio inteiro estava às gargalhadas.
Mas da segunda vez que gravaram, ela manteve preso o riso e a cena pôde transcorrer sem interrupções, com Cristina jurando vingança sobre o corpo da mãe. Foi uma despedida dramática e emocionante. Bem à altura da grande atriz que Ana é. Parabéns!
O que o elenco acha de cinco pecados cometidos na novela
Em Alma Gêmea podemos tirar muitos exemplos das atitudes de seus personagens... Mas ninguém melhor que Serena para personificar uma qualidade tão necessária ao ser humano – e tão em falta hoje em dia – como a capacidade de perdoar. Como um anjo moreno, nossa protagonista surgiu em Roseiral pra apaziguar diversos conflitos e trazer uma mensagem de paz e esperança a um povinho acostumado às pequenas ambições e às coisas materiais. Mesmo sem conhecer quase nada do mundo civilizado, soube ensinar aquelas pessoas – e a nós também – o verdadeiro sentido da palavra perdão
Tudo isso, porém, acontece na ficção. Mas e na vida real? Você acredita que seja possível praticar o perdão como nos demonstra Serena? O Vídeo Show fez recentemente uma pesquisa sobre o assunto e colheu vários depoimentos com os atores da novela. Veja o que eles disseram sobre alguns pecados cometidos em Alma Gêmea.
Quando Rafael esteve de cama, Cristina cobriu-lhe de tapas, deu sopa pelando, beijou o amante na frente dele, e ainda abria a janela para que ele pegasse uma pneumoniazinha...Isso tudo tem perdão?
Emílio Orciollo Netto: "eu não perdoaria...". Sidney Sampaio: "Espera aí. Sou bom mas não sou bobo. Não dá, gente!" Felipe Camargo: “acho que eu matava...Só depois perdoaria”. Drica Moraes: “Ah, fala sério! Como é que o Rafael poderia perdoar isso? Imperdoável".
Mirna pegou o noivo beijando outra pessoa justamente no dia no noivado. Você perdoaria uma coisa dessas?
Felipe Camargo: “Cito aquela música do Roberto Carlos: ‘o coração perdoa, mas não esquece à toa, e eu não esqueci’...Acho que estas coisas você não esquece”. Ronnie Marruda: “Não sei. Acho que quem ama perdoa, sim. Mas teria de ter provas mais contundentes de que eles se amam de verdade para perdoar”. Emílio Orciollo Netto: “Sem condições...Uma mancada desses, não tem perdão”.
Dona Ofélia viu seu passado entrar pela porta de uma hora pra outra. O Falecido voltou pedindo perdão depois de ter fugido com outra mulher...Você acha que ele merece?
Drica Moraes: “Ele deve ter feito uma coisa muito horrível com ela no passado... É imperdoável também”. Felipe Camargo: “Você pode até perdoar, falar que, tudo bem, eu compreendo, essas coisas...Mas querer a pessoa de volta é uma outra história”. Ronnie Marruda: “Se fosse eu, tacava a bengala nele. Depois de tantos anos o cara vem pedir perdão? Não dá!”.
Assim como Raul, seu ex-marido entra na sua casa e leva toda a grana que você passou meses economizando. Existe perdão para um sujeito desses?
Drica Moraes: “pegar o dinheiro que a Olívia guardou com tanto sacrifício, com tanto suor, tanto trabalho...E roubar!? É difícil... Para mim é imperdoável”. Emíllio Orciollo Netto: “Não perdoaria. Isso é um crime”. Felipe Camargo: “eu botaria na cadeia...”.
Dalila recentemente voltou ao mundo dos vilões...Tem tudo do bom e do melhor, mas mesmo assim ainda gosta de praticar umas maldadezinhas...como contar onde Rafael estava escondido. Você perdoaria?
Drica Moraes: “não, eu não perdoaria a Dalila nunca”. Felipe Camargo: “também não perdoaria”. Sidney Camargo: “Errar é humano, persistir no erro demonstra realmente o caráter que a pessoa tem. Eu dava um cartão vermelho para ela”. Emíllio Orciollo Netto: “odeio mulher que mente... Então, eu nunca perdoaria”.
Magia e contraste
No estúdio, um casamento e um velório ao mesmo tempo
Aqui vai uma pequena amostra da magia da televisão. Num canto do estúdio B de Alma Gêmea, por volta das 18h, os técnicos acabavam de entregar o cenário de uma cena importante, que vai ao ar na próxima semana. Tratava-se do velório de Débora. Como você já deve saber (se ainda não leu, leia urgentemente: “Já vai tarde!”), a víbora-mãe vai bater as botinhas. Será vitima do próprio veneno. Jorge Fernando tinha pressa em gravar, no que foi atendido prontamente por todos. A cena era complicada. Havia muita gente no cenário, muitas falas, entradas, saídas...Tudo tinha de ser muito bem coordenado para dar seqüência ao longo plano de gravação previsto.
Dispensável dizer que correu tudo na mais perfeita ordem, aliás, como sempre. Mas o assunto não é exatamente esse... O que queremos dizer é que enquanto parte da equipe técnica registrava os minutos finais de Débora, antes que fosse despachada para o além, outros tantos técnicos, cenógrafos e produtores organizavam os últimos detalhes da próxima cena a ser gravada: a festa do casamento de Kátia.
O contraste era interessante e chamava a atenção: um velório às 18h e um casamento às 18h30. Praticamente o mesmo elenco de uma cena estava escalado na outra. Em poucos minutos, os atores tiveram de tirar o luto, enxugar as lágrimas e, com outro figurino, mais alegre, pular para o outro cenário, farto em comes e bebes e onde Kátia, personagem de Rita Guedes, cortava feliz da vida o bolo do seu tão sonhado casamento. Incrível essa magia, não acham?
Quem vai ficar com Kátia?
Marginalizada pela gentinha preconceituosa da pequena, mas nem tão pacata assim, Roseiral, Kátia passou boa parte da sua juventude batendo pernas pelo lado escuro da vida. Tudo porque cometeu o pecado mortal de se tornar mãe sem ter se casado. Por conta disso, sofreu horrores. Ganhou o título de maior sirigaita da cidade e teve de engolir o pão azedo do diabo, sem manteiga, sem nada. Mas ela também fez por merecer. Nunca foi um modelo de virtude, de santa ou muito menos de anja. Aprontou muito, isso sim...
Mas pelo jeito, felizmente, aprendeu a lição. Tanto que o destino – leia-se Walcyr Carrasco – lhe foi generoso e resolveu dar-lhe um final feliz. Na próxima semana, finalmente, Kátia vai se casar. E como não poderia deixar de ser, o acontecimento vai ser recheado de lances cômicos.
O casamento está marcado. Raul, Terezinha e Adelaide, a pedido de Elias, serão os padrinhos. Kátia terá como dama de honra sua filha Ritinha e promete realizar um sonho de infância: vestir-se de branco, mesmo que alguns achem que pode cair um raio na igreja. Até o momento, o noivo é Jorge.
Mas tudo pode acontecer. Espere até segunda e saiba como tudo isso vai acabar!